O ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos foi transferido do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP) para a Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, na tarde desta sexta-feira (2). A informação foi confirmada pela delegada da Polícia Civil de Goiás, Paula Meotti. O homem foi preso em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver da estudante Luana Marcelo Alves, de 12 anos.A adolescente saiu para ir em uma padaria perto de casa, no domingo (27), e não voltou para casa. A família registrou boletim de ocorrência por desaparecimento e a polícia passou a investigar.A estudante fazia o trajeto que a levou à morte, no mínimo, duas vezes por dia durante a semana. O ponto onde ela esperava o ônibus escolar toda manhã é em frente ao supermercado onde ela comprou os salgados antes de ser morta.O corpo de Luana Marcelo foi velado e sepultado nesta sexta-feira. Ambas as cerimônias contaram com diversas homenagens de familiares, amigos e até grupos de cavalaria. Ela foi velada na Igreja Batista Madre Germana, no Setor Madre Germana 2, e enterrada no Cemitério Municipal Jardim da Saudade.Leia também: - Homem que confessou ter matado menina de 12 anos é transferido para a DECAP- Corpo da estudante de 12 anos morta após ir à padaria é velado em Goiânia- Corpo de estudante de 12 anos morta após ir à padaria é enterrado em Goiânia Confirmação de estupro A delegada Caroline Borges Braga, responsável pela investigação da morte da adolescente Luana Marcelo Alves, de 12 anos, revelou, nesta sexta-feira (2), que o homem que confessou ter matado a menina, Reidimar Silva Santos, admitiu ter estuprado a menina após a morte dela, praticando necrofilia.A informação do abuso foi revelada pelo homem à polícia durante o interrogatório formal dele realizado na delegacia, na terça-feira (29). Ela explicou que inicialmente o homem havia confessado apenas que tinha tentado estuprar a menina antes de matá-la.No entanto, a delegada acrescentou que, apesar do homem ter acrescentado essa informação no depoimento, ainda é necessário aguardar os laudos periciais para a confirmação do abuso.Relembre o casoA menina de 12 anos desapareceu no domingo (27), após ir a uma padaria localizada a cerca de 400 metros da casa dela. Vídeos de câmeras de segurança mostram parte do percurso realizado pela menina na ida e na volta do estabelecimento.Reidimar disse à Polícia Civil que matou a adolescente enforcada e colocou fogo no corpo antes de enterrar a vítima. Ele ainda contou que utilizou parte de um freezer e de um guarda-roupa para queimar o corpo da menina.O homem ainda jogou cimento por cima da cova, o que dificultou a descoberta. Ele teria convencido a menina a entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro aos pais dela e iria fazer o pagamento. Ao ser preso em sua residência, ele também confessou ter tentado estuprar a menina antes de matá-la e disse não haver motivação para o crime.Confirmação O exame de DNA feito pela Polícia-Técnico Científica confirmou nesta quinta-feira (1º) que o corpo enterrado no quintal da casa do suspeito Reidimar Silva é da menina Luana Marcelo Alves, de 12 anos. Ela desapareceu ao ir numa padaria perto de casa, em Goiânia. Depois que a Polícia Civil começou a investigar, Reidimar confessou que matou a menina enforcada e mostrou onde ela estava enterrada.Os pais de Luana, o comerciante Robson Marcelo Santos e a diarista Jheiny Hellen, foram ao Instituto Médico Legal (IML) no último dia 30 de novembro coletar o material genético para ser comparado com o do corpo. Quem era LuanaA menina Luana Marcelo Alves era dedicada aos estudos para realizar o sonho de ser médica, conforme revelou a avó Fátima Coelho. Luana era tão dedicada aos estudos que até brincou com o pai, na semana antes de ser assassinada, que neste ano não precisava mais ir à escola, porque já tinha sido aprovada em todas as disciplinas.O pai da menina contou que a filha era um exemplo de responsabilidade. Entre atividades da escola, vídeos de “dancinha” e brincadeiras, ela ajudava a cuidar da casa como gente grande.