O homem suspeito de espancar uma pastora de 79 anos até a morte em Goiânia ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Civil de Goiás (PC-GO) nesta sexta-feira (21). O crime aconteceu na manhã do dia 14, quando Matheus Macaubas Lima Santos, de 22 anos, teria desenvolvido um surto e invadido a igreja, no Residencial Kátia, sem roupas, e desferido pelo menos dois golpes com uma barra de ferro contra a idosa dete Rosalina Machado da Costa.A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso, que deve ser concluído na próxima semana. O vendedor Matheus Macaubas já havia se negado a dar qualquer declaração aos policiais no momento da prisão ou quando foi chamado para depor na delegacia.No Instituto Médico Legal (IML), ao ser levado para exames periciais, se recusou a vestir uma roupa oferecida pelos servidores e precisou ficar detido para a avaliação, devido a sua agressividade. Segundo a médica que assinou o laudo, ele apresentava falas desconexas.A PC-GO o vendedor a um teste psiquiátrico e deve anexar o laudo ao inquérito. O objetivo é descobrir se Matheus estava sob efeito de drogas, tendo um surto psicótico ou ambos.TestemunhaUm borracheiro de 44 anos que acompanhava a pastora na igreja, ambos em oração, no momento do crime, disse na delegacia que Matheus chegou ao local transtornado, sem roupa, e gritando por uma pessoa chamada José. Após ouvir que não havia ninguém com esse nome, o rapaz deu um murro no portão, pulou o muro, quebrou a grade e ameaçou matar os dois.O borracheiro e a pastora começaram então a orar com o intuito de afastar Matheus da igreja. Foi quando ouviram o jovem dizer: “sai pra lá, crente de satanás”. Com uma barra de ferro, Matheus começou a tentar agredir as duas vítimas, que por um momento conseguiram sair da igreja.O borracheiro correu até a casa de familiares da pastora, a duas quadras dali, mas quando voltou acompanhado de ajuda, encontrou a pastora caída no chão, com ferimento na cabeça e muito sangue no chão.Matheus foi encontrado a cerca de um quilômetro da igreja, ainda sem roupa e, segundo um policial militar, começou a cuspir nos policiais, gritando que os contaminaria com Covid-19. Após ser detido, ele passou por audiência na Justiça e teve a prisão preventiva decretada.-Imagem (Image_1.2387780)