mulher esfaqueada

<div attr-cid="policy:1.3181688" attr-version="policy:1.3181688:1727793007" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3181688" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3181688', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3181688">mulher esfaqueada (1.3181688)</a></div>

O homem que foi preso suspeito de <a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-e-esfaqueada-por-companheiro-e-sai-correndo-por-corredor-diz-policia-video-e-forte-1.3181671" target="_blank">esfaquear a companheira no pescoço</a>, em Goiânia, usou uma faca da cozinha para praticar o crime, segundo a Polícia Militar (PM). O crime aconteceu na segunda-feira (30) e imagens de câmera de segurança registraram a mulher correndo ensanguentada e pedindo socorro pelo corredor do prédio em que mora, no centro da cidade (imagens fortes; assista acima).&nbsp;

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Em nota, a defesa de Juverci Miquelante, por meio do advogado Paulo Henrique do Prado Pimenta, afirmou que em nenhum momento ele resistiu à ação das autoridades, “colaborando com toda a investigação desde o início”. A defesa disse ainda que Juverci acredita que, “ao término das investigações, poderá demonstrar sua inocência” (leia íntegra ao final da reportagem).

No vídeo, é possível ver o momento em que a mulher, ferida, sai andando pelo o corredor e o suspeito tenta segurá-la. Na sequência, ela vai para as escadas, desce, e volta a subir dois degraus quando vê o suspeito, fugindo logo após.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/cabeleireira-foi-esfaqueada-cerca-de-30-vezes-pelo-ex-em-aparecida-de-goiania-diz-policia-1.3181207" target="_blank">Cabeleireira foi esfaqueada cerca de 30 vezes pelo ex em Aparecida de Goiânia, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goiana-foi-esfaqueada-em-londres-por-amigo-apos-ela-n-o-querer-namorar-com-ele-diz-familia-1.3171136" target="_blank">Goiana foi esfaqueada em Londres por amigo após ela não querer namorar com ele, diz família</a></div>

A mulher foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, que a encontrou deitada na calçada em frente ao prédio, e levada para o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo). Em nota, o Hugo afirmou que fornece informações sobre o estado de saúde de pacientes apenas para familiares ou responsáveis legais. Segundo apurado pela TV Anhanguera, na manhã desta quarta-feira (2), a mulher segue internada em estado grave.&nbsp;

<h2>Tentativa de Feminicídio&nbsp;</h2>

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Mulher corre após ser esfaqueada por companheiro, em Goiânia (Reprodução/Polícia Militar)

De acordo com o tenente-coronel Paulo Henrique Ribeiro, comandante do 38º Batalhão da Polícia Militar, o casal estava morando junto há cerca de dois meses, mesmo tempo que teriam de relacionamento, e não havia histórico de violência registrado entre eles. A vítima não tinha medida protetiva.&nbsp;

Segundo o militar, após ser preso, em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia, o homem ficou em silêncio. Ele foi encaminhado para a Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem). O suspeito passará por audiência de custódia nesta quarta-feira.&nbsp;

A PM informou ainda que a perícia não foi acionada no local, porque o apartamento da vítima estava aberto e contaminado, uma vez que funcionários do prédio já haviam entrado no local e estavam lavando o interior do edifício. A faca usada no crime foi encontrada e recolhida pelos militares.&nbsp;

A Polícia Civil informou que está investigando o caso e que apura a motivação do crime.&nbsp;

<h2>Nota de defesa de Juverci Miquelante&nbsp;</h2>

"A defesa do Sr. Juverci Miquelante vem, por meio desta, esclarecer alguns pontos relevantes acerca dos acontecimentos recentes que levaram à sua prisão. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o Sr. Juverci Miquelante é uma pessoa de bons antecedentes, com emprego fixo e reconhecido por seu comportamento pacífico. Sempre foi dedicado à sua fé religiosa e nunca apresentou qualquer histórico de violência, seja dentro do ambiente familiar ou em qualquer outro contexto.&nbsp;

Ainda que tenha sido preso em flagrante, o Sr. Juverci Miquelante em nenhum momento resistiu à ação das autoridades, colaborando com toda a investigação desde o início. Ele tem plena confiança na Justiça e, mesmo exercendo momentaneamente seu direito constitucional ao silêncio, acredita que, ao término das investigações, poderá demonstrar sua inocência de forma cabal.&nbsp;

Por fim, a defesa reafirma o compromisso de que todos os fatos serão devidamente esclarecidos no curso do processo, confiando que o julgamento justo prevalecerá."

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Homem usou faca de cozinha para esfaquear mulher filmada ao fugir para pedir ajuda, diz polícia

Cidades

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Matéria - Cidades

Violência contra a mulher 

Em Goiás, o mês de novembro – que tem no seu transcorrer o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25), ficou manchado de sangue feminino. Menos de 30 dias após a sanção da Lei 14.994, que endureceu as penas para quem pratica o feminicídio, teve início no Estado uma nova escalada dessa modalidade de crime, reforçando que as mulheres continuam sendo vítimas em uma sociedade marcada pela desigualdade entre gêneros. Goiânia não fugiu dessa realidade.

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Essa violência, na visão da tenente-coronel PM Cláudia da Silva Lira (Avante), vice-prefeita eleita de Goiânia, é o ápice de uma situação que precisa ser trabalhada de forma preventiva, em políticas públicas primárias, para que os frutos sejam colhidos no futuro. A oficial é uma das precursoras da Patrulha Maria da Penha, hoje organizada em Batalhão, que nasceu em Goiânia no ano de 2015. A ideia surgiu para levar segurança às mulheres da região noroeste da capital, então com alto índice de violência doméstica.

Desde a eleição de Sandro Mabel (UB) para prefeito de Goiânia, sua vice tem se dedicado a estruturar a Rede de Proteção à Mulher, prevista no programa de governo, atribuição que ela recebeu do futuro prefeito. “Nosso foco é priorizar as mulheres vítimas de violência, mas também a mulher como um todo. Sem trabalhar vários eixos, como saúde, educação, capacitação e empreendedorismo, ela não tem como sair desse ciclo.” Nos últimos dias, a agenda da futura vice-prefeita está cheia, com várias reuniões. “Estamos fazendo o diagnóstico para definir como implementar as ações nos primeiros cem dias da administração e estabelecer um cronograma.”

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Durante a campanha eleitoral, Cláudia Lira recebeu de grupos organizados uma carta de intenção com 49 sugestões de ações. “Muitas estão contempladas na Rede de Proteção à Mulher, mas ela será construída por várias mãos”, enfatiza. Ela explica que a experiência adquirida na polícia comunitária mostra que “quanto mais pessoas participam, tudo melhora”. E, em razão das muitas vozes que tem ouvido, aumenta a convicção de que a tecnologia pode ser uma importante aliada na proteção das mulheres em risco de violência doméstica.

Coronel Cláudia lembra que o aplicativo Mulher Mais Segura, criado em maio de 2023 pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás, se mostrou eficiente. Entretanto, ela quer ir além. “Vamos buscar estratégias para melhorar a prevenção, como o uso de inteligência artificial e videomonitoramento.” Ex-bolsista da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), ela recebeu no ano passado a oferta, pela embaixada japonesa, de um aplicativo para a área de prevenção. Nesta sexta-feira (29), ela se reuniu com representantes da embaixada do Japão para tratar do assunto.

Outro “grande desafio”, como afirma a coronel Cláudia Lira, é a entrega da Casa da Mulher Brasileira, um espaço criado pelo Ministério das Mulheres, com dez unidades funcionando no País. A da capital, localizada no bairro Goiânia 2, deveria ter sido entregue em novembro de 2023, mas até o momento apenas 7% da obra avançou. “Já fizemos uma série de reuniões para alinhar o andamento do projeto e esperamos entregar este equipamento, que é muito importante, em outubro ou novembro de 2025.”

Um dos eixos do programa Mulher Viver sem Violência, do Ministério das Mulheres, a Casa da Mulher Brasileira foca no atendimento multidisciplinar e humanizado às mulheres. Num mesmo espaço há acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público; Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças; alojamento de passagem; e central de transportes.

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<h2>Plano de prefeito eleito prevê ações de proteção primária</h2>

A Rede de Proteção à Mulher, conforme prevê o plano de governo de Sandro Mabel, conta com 19 propostas. A vice-prefeita eleita, coronel Cláudia Lira, será a coordenadora das ações que, em sua opinião, não podem ser desenvolvidas de forma isolada. E outras ideias podem ser agregadas às propostas. “Mais da metade da população de Goiânia (52,8%) é composta por mulheres e grande parte delas são chefes dos lares. É preciso vê-las no todo e implantar ações de proteção primária, como a garantia de vagas em Cmeis para que possam buscar o sustento familiar. Elas suportam a condição de violência porque não têm como se manter.”

Da mesma forma, a vice-prefeita eleita acredita que a proteção primária, uma atribuição do município, segundo ela, também passa pela questão da saúde e da capacitação para empregabilidade. “Temas transversais que começam na educação, como o respeito às diferenças e a cultura da paz, precisam ser levados em conta na Rede de Proteção à Mulher.”

<h3>Questões estruturais</h3>

Membro da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), o juiz de Direito Vitor Umbelino lamenta a repetição dos feminicídios não apenas em Goiás, mas em todo o mundo. Ele lembra que o machismo, o sexismo e o racismo são questões estruturais na sociedade que devem ser combatidas e desconstruídas. “Isso não acontece da noite para o dia, por isso estamos fazendo a nossa parte. Para uma sociedade ser democrática, precisamos ter igualdade plena entre homens e mulheres. Isso está no Artigo 5º da Constituição Brasileira.”

O magistrado reforça que os crimes contra mulheres são resultado de uma sociedade patriarcal, construída há cinco séculos. “Muitos ainda acreditam que o homem tem de ser reverenciado pela mulher, que ela é subordinada hierarquicamente a ele e que ele tem de ocupar o papel central na família, na sociedade, na política e no direito. Mas não é assim.” Vitor Umbelino lembra que é política obrigatória do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para todos os tribunais do País, a realização de ações, programas e projetos para prevenir e enfrentar a violência doméstica.

Em Goiás, o TJGO atua em duas frentes. No enfrentamento dos feminicídios, os processos têm tramitação célere em todas as comarcas, uma prioridade definida pela Corregedoria Geral de Justiça. “Não tem processo relacionado a feminicídio parado. A determinação é que o julgamento seja agilizado. Nas Semanas da Justiça pela Paz em Casa, como a que estamos realizando esta semana, damos suporte para os mutirões que agilizam esses processos para que os agressores sejam punidos.”

Na parte de prevenção, a Coordenadoria da Mulher leva para instituições de ensino o Projeto Educação e Justiça: Lei Maria da Penha na Escola, que trabalha com professores e estudantes a temática da igualdade de gênero e do combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres. “Desde a publicação da Lei Maria da Penha, em agosto de 2006, houve muitos avanços, há uma maior conscientização. Naquela época não se falava no tema e, quando o homem batia na mulher, pagava uma cesta básica”, lembra.

Os quase 50 grupos reflexivos para autores de violência doméstica, implantados em várias comarcas goianas são, na opinião de Vitor Umbelino, uma ferramenta importante. “Os agressores são obrigados a frequentar o grupo para refletir sobre a violência, a cultura de paz e a igualdade de gêneros.” Em média, o índice de reincidência após o autor passar por esses grupos é de 4,18%, o que comprova sua eficiência. O magistrado destaca a sanção em outubro da Lei 14.994, pela qual agressores de mulheres, principalmente autores de feminicídios, podem pegar de 20 a 40 anos de reclusão, ao contrário da pena anterior, que era de 12 a 30 anos. “É a pena mais grave do Código Penal.” 
 
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Vice-prefeita eleita, Cláudia Lira aposta na Rede de Proteção à Mulher (Diomício Gomes / O Popular)

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<h3>Maioria foi assassinada por pessoa próxima</h3>

Na segunda-feira (25), Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, a ONU Mulheres e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) divulgaram o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas globais de feminicídios por parceiro íntimo ou membro da família. O documento revela que o feminicídio continua sendo um problema generalizado em todo o mundo. No ano passado, segundo o relatório, globalmente 85 mil mulheres e meninas foram mortas de maneira intencional e, desses crimes, 60% (51 mil) foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família.

No mesmo dia, no Brasil, o Instituto Patrícia Galvão e a empresa Consulting do Brasil divulgaram a pesquisa “Medo, ameaça e risco: percepções e vivências das mulheres sobre violência doméstica e feminicídio”. O levantamento mostra que duas em cada dez mulheres brasileiras (21%) já foram ameaçadas de morte por parceiros atuais ou ex-parceiros românticos e seis em cada dez conhecem alguma que vivenciou essa situação. Para 60% das entrevistadas, a sensação de que os agressores não pagam pelo mal que fazem tem relação com o aumento dos casos de feminicídio.

No dia 26, a Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado Federal aprovou o projeto de 5.881/2023 que prevê a publicação, a cada dois anos, de relatório com informações e análises de dados sobre violência contra as mulheres. O relatório deve ser produzido a partir do Registro Unificado de Dados e Informações sobre Violência contra as Mulheres, que está previsto na Lei 14.232, de 2021. Agora a proposta segue para a Comissão de Direitos Humanos (CDH).

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Violência letal contra as mulheres está em alta em Goiás

Feminicídios

<img attr-cid="policy:1.3200060" attr-version="policy:1.3200060:1731755978" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3200060/Proporção para foto do site (1).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Homem foi preso em flagrante e levado para o sistema prisional, em Minaçu (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem&nbsp;invadiu uma casa, abusou sexualmente da moradora, ainda obrigou a vítima a cozinhar para ele. Segundo a Polícia Civil, o caso aconteceu&nbsp;em&nbsp;Minaçu, município no norte de Goiás. O suspeito acabou preso horas depois.&nbsp;

O nome do suspeito não foi divulgado, por isso, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa dele para que se posicione até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

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<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/colega-que-confessou-ter-matado-cuidadora-de-idosos-agiu-de-forma-fria-e-n-o-demonstra-arrependimento-diz-policia-1.3199469" target="_blank">Colega que confessou ter matado cuidadora de idosos agiu de forma fria e não demonstra arrependimento, diz polícia</a> 
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<a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeiro-e-denunciado-pelo-mp-por-dopar-paciente-para-cometer-abuso-sexual-1.3198959" target="_blank">Enfermeiro é denunciado pelo MP por dopar paciente para cometer abuso sexual</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-condenado-por-estupro-virtual-1.3198683" target="_blank">Homem é condenado por estupro virtual</a></div>

O crime aconteceu na manhã de quinta-feira (14). De acordo com a vítima, que acionou a polícia, o homem invadiu a casa por volta das 8h, teria se escondido no quintal e aguardado ela abrir a porta da frente da casa. Após cometer os crimes de estupro, cárcere privado e obrigar a mulher a cozinhar, ele deixou o local levando alguns pertences e uma motocicleta.&nbsp;

Após tomar conhecimento dos fatos, a Polícia Civil, juntamente, com a Polícia Militar de Minaçu e o Comando de Policiamento Especializado (CPE) de Porangatu localizaram, por volta das 16h, a motocicleta que havia sido roubada e o suspeito escondidos em uma mata.&nbsp;

O homem foi abordado, preso em flagrante, conduzido à Delegacia para realizar os procedimentos legais e encontra-se na Unidade Prisional de Minaçu à disposição da Justiça.&nbsp;&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3200061" attr-version="policy:1.3200061:1731756110" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3200061/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
PM recuperou a motocicleta roubada e prendeu em flagrante o suspeito de estupro (Divulgação/Polícia Militar)

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Homem é preso suspeito de invadir casa, estuprar mulher e obrigá-la a cozinhar para ele

VIOLÊNCIA SEXUAL

<img attr-cid="policy:1.3198269" attr-version="policy:1.3198269:1731415984" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3198269/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (27).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Wesley Ferreira Araújo (Divulgação/Polícia Civil)

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O homem suspeito de <a href="https://opopular.com.br/cidades/pai-e-suspeito-de-esfaquear-bebe-ao-tentar-matar-a-m-e-da-menina-1.3197889" target="_blank">esfaquear a filha bebê de 9 meses</a> ao tentar atingir a mãe da menina, em Flores de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, foi preso pela Polícia Civil (PC). A prisão aconteceu na segunda-feira (11), em um uma região de assentamento do município.&nbsp;

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O POPULAR entrou em contato com a defesa de Wesley Ferreira Araújo mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.&nbsp;A divulgação da imagem de Wesley foi autorizada pela PC, para ajudar na identificação do suspeito.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/pai-e-suspeito-de-esfaquear-bebe-ao-tentar-matar-a-m-e-da-menina-1.3197889" target="_blank">Pai é suspeito de esfaquear bebê ao tentar matar a mãe da menina</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/acougueiro-esfaqueou-cliente-apos-reclamac-o-sobre-qualidade-da-carne-diz-delegado-1.3193428" target="_blank">Açougueiro esfaqueou cliente após reclamação sobre qualidade da carne, diz delegado</a></div>

Ao POPULAR, o delegado José Antônio Machado afirmou que, em depoimento, o suspeito confessou o crime e alegou que estava se defendendo das agressões da mãe da criança.&nbsp;

“Ele não mostra arrependimento e relatou que quando viu que tinha atingido a criança, se desesperou e fugiu”, ressaltou o delegado.&nbsp;

De acordo com as investigações, o crime aconteceu no domingo (10), quando o suspeito entrou em luta corporal com sua companheira, desferindo-lhe diversos golpes de faca, o que acarretou a quebra do nariz dela e diversos hematomas pelo corpo. Ao tentar efetuar mais um golpe de faca, o homem acabou atingindo a filha do casal, que teve suas vísceras expostas com o golpe. Na sequência, Wesley fugiu do local.&nbsp;

O delegado Antônio José afirmou que a mãe da criança relatou já ter sido agredida pelo suspeito por pelo menos quatro vezes. Ela chegou a conseguir uma medida protetiva, mas por medo, acabou retirando-a.&nbsp;

O investigador informou que Wesley Ferreira Araújo deve responder pelo crime de feminicídio tentado contra a filha e contra a mãe da menina.&nbsp;

Segundo a Polícia Militar (PM), a criança foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), levada ao Hospital de Formosa e transferida em estado grave para o Hospital de Base de Brasília.

Em nota enviada ao POPULAR na tarde de segunda-feira (11), o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) informou que a paciente encontra-se na UTI pediátrica do Hospital de Base de Brasília sob os cuidados de uma equipe multi.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3198272" attr-version="policy:1.3198272:1731416426" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3198272/WhatsApp Image 2024-11-12 at 10.00.14.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Wesley Ferreira Araújo (Divulgação/Polícia Civil)

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Suspeito de esfaquear filha bebê ao tentar matar a mãe da menina é preso

Flores de Goiás

Este ano em Goiás, como apontam dados do Observatório de Segurança Pública referentes ao período de janeiro a setembro, 38 mulheres foram mortas por atuais ou ex-companheiros. Alguns desses feminicídios se seguiram de suicídios do agressor, um fenômeno que, embora pouco estudado, vem chamando a atenção das autoridades de segurança pública no País. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) não aponta números sobre esses casos, mas eles não são nada incomuns.

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Algumas dessas tragédias tornam-se rumorosas na mídia convencional e redes sociais. Foi o que aconteceu em janeiro quando um empresário matou a ex-mulher em Rio Verde enquanto ela dormia e, em seguida, tirou a própria vida. Em março, outro caso chocante aconteceu a partir de Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia. Um casal, com histórico de relacionamento conturbado, deixou a cidade para ir ao velório do pai dela em Quirinópolis. Nunca mais foram vistos vivos. O corpo dela foi encontrado em abril, com sinais de assassinato, e o dele em maio, com evidências de suicídio.

No Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o fenômeno é comentado pela pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Isabella Matosinhos, mestre em sociologia. “Uma lente para enxergar esse fenômeno duplo é pensar que essas mortes seriam uma forma do agressor de exercer o controle final sobre a vítima e sobre si, escapando de eventuais consequências legais de seu ato. Contudo, para além da busca pela motivação e explicação do crime, o olhar para o feminicídio-suicídio mostra a urgência de intervenções eficazes e políticas de prevenção que abordem tanto a proteção das mulheres quanto o tratamento dos homens em risco de cometer esses atos extremos”, afirma.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-cobra-autonomia-ao-criticar-pec-da-seguranca-1.3194158" target="_blank">Caiado cobra autonomia ao criticar PEC da segurança</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-o-que-abre-e-o-que-fecha-no-feriado-de-finados-em-goias-1.3193584" target="_blank">Veja o que abre e o que fecha no feriado de Finados em Goiás</a></div>

A psicóloga Márcia Boaventura concorda. “Quando o agressor comete o suicídio, a família fica revoltada porque dá a impressão de impunidade, de uma justiça que não foi feita. Mas sem reduzir a culpa dele, a análise que fazemos é a mesma em casos normais de suicídio. Esses homens não querem matar, mas não sabem lidar com a dor, com o abandono ou com a ideia de traição. Eles tentam destruir aquilo que os ameaçam e por medo das consequências se matam para se eximir da culpa. Ambos são vítimas.”

Em 2023, foram registrados 40 feminicídios-suicídios no Brasil, de acordo com os registros inscritos no Anuário de Segurança Pública. É um número subdimensionado porque corresponde apenas a 18 Estados. Os demais, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, não enviaram informações. Em Goiás ocorreram cinco casos no ano passado, de acordo com a publicação. O POPULAR não conseguiu os dados de 2024. O Observatório de Segurança Pública informou que “não há tipificação penal compatível para busca nos sistemas” sobre feminicídio-suicidio.

“Como formular uma política pública se não existem dados estatísticos?”, questiona a psicóloga Márcia Boaventura. Ela lembra que as mulheres são atacadas porque não se comportam como propriedade, algo muito enraizado na cultura patriarcal. “Esses homens têm transtorno de conduta, agem dentro daquela velha máxima: ‘se não for minha, não será de mais ninguém’. A agressividade e a violência exacerbada revelam problemas que não foram tratados no âmbito mental. Lamentavelmente é um fenômeno pouco estudado e muitos casos são silenciados.”

<h2>Ápice da masculinidade</h2>

Pesquisadora de Violência e Gênero, a mestre em Sociologia, Jully Anne Ribeiro da Cruz, integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Criminalidade e Violência (Necrivi) da UFG, destaca que o feminicídio-suicídio é uma das faces do sistema opressivo constituído pelas tecnologias de gênero, mais especificamente da masculinidade que se supõe hegemônica. E nos relacionamentos que culminam nessa ação extrema, a possessão e o constrangimento são ultrapassados. “A decisão de morte é tomada como ápice da masculinidade, o sujeito que tem o direito sobre o corpo da mulher não pode permitir que o Estado retire dele tal direito ou tenha a chance de puni-lo por tomar a decisão de proteger a sua masculinidade.”

A socióloga Isabella Matosinhos lembra no Anuário de Segurança Pública 2024, que pesquisas com base em estudos de caso têm mostrado que não são raros os casos em que o agressor nos eventos de feminicídios-suicídios seja um agente de segurança, com fácil acesso a armas de fogo. “Isso nos dá uma pista sobre a necessidade de a temática ser pautada de forma mais estratégica e rigorosa, dentro e fora das corporações, bem como de pensar políticas que busquem enfrentar as consequências violentas e sexistas da cultura institucional e das pressões inerentes à profissão de policial.”

<h2>Análises de casos precisam ser aprofundadas&nbsp;</h2>

Outra vertente do cenário de violência doméstica, têm se tornado frequentes os casos de parceiros que matam os próprios filhos do casal para se vingar do outro. Esses episódios ocorrem, normalmente, quando há iminência de separação ou de traição. No dia 27 de outubro, Goiânia voltou a ser palco de uma dessas situações, quando os corpos do empreendedor Arão Ferreira Lima Júnior, 48, e da filha Júlia, 13, foram encontrados na residência da família, no Setor Jaó. O caso ainda está sob investigação, mas informações preliminares indicam que ele não aceitava a separação da ex-mulher, uma agente da Polícia Federal.

Em 2012, numa fazenda no município de Diorama, o lavrador Wanderley Rodrigues da Silva, 34, matou os três filhos de 9, 10 e 11 anos e, usando o mesmo revólver calibre 38, se matou em seguida. Todos os corpos estavam no carro da família. A polícia apurou que a mãe das crianças tinha se separado do marido 40 dias antes. Wanderley, segundo seus familiares, fazia uso de bebida alcoólica e de remédios controlados. A mistura pode ter impulsionado o ato extremo.

Tanto em casos de feminicídios quanto de filicídios, seguidos de suicídios, há questões mais profundas a serem analisadas. “No senso comum a tendência é de que as pessoas vejam esse tipo de indivíduo como um monstro, numa análise rasa. A gente precisa ter muito cuidado com as informações trazidas pela mídia. Não conhecemos o indivíduo, sua história pregressa. É preciso entender porque ele sai do controle a ponto de não pensar no sentimento dos filhos”, disse ao POPULAR no ano passado a psicóloga forense paulista, Tamara Arianne.&nbsp;

Para a comunicadora Eduarda Endler Lopes, que em 2023 defendeu na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul a dissertação de mestrado Feminicídio seguido de suicídio: a organização da mídia na prestação de serviço para evitar casos das violências correlacionadas, o papel da imprensa é fundamental. “Os jornalistas precisam olhar para a comunicação de casos assim de forma não automatizada, cobrindo não apenas o fato como um acidente isolado, mas um contexto que deixa perdas e desamparo para quem fica.”

<h2>Relembre alguns casos rumorosos em Goiás</h2>

Março de 2019&nbsp;/ Pires do Rio –&nbsp;Kátia Alves Teixeira Tomazini, 39, foi morta pelo ex-marido Fábio Tomazini, 42, com golpes de faca de uso doméstico numa residência no centro da cidade. Em seguida ele cometeu suicídio utilizando a mesma arma. O caso foi muito comentado porque as vítimas eram pessoas conhecidas no meio empresarial e político na região, com grande poder financeiro. A Polícia Civil concluiu que a motivação do feminicídio foi de ordem passional.&nbsp; 
 
Maio de 2022&nbsp;/ Itarumã –&nbsp;Caroline Ribeiro Alves, 38, foi morta com um tiro na cabeça pelo marido, Josiel Gouveia de Paula, 41, na casa em que viviam. Horas depois ele também foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, ao lado da caminhonete do casal, no acostamento da GO-206. Josiel segurava um revólver calibre 38 que estava com três munições deflagradas e três intactas. Vizinhos disseram que ouviram discussão, seguido de um disparo de arma de fogo.&nbsp; 
 
Maio de 2022 / Itumbiara –&nbsp;O pedreiro Wesley Santos da Silva, 31, invadiu um restaurante e assassinou, com uma facada no peito, Jéssica Martins Pereira Gonçalves, 29, que trabalhava como atendente no local. Eles foram casados por 12 anos e estavam separados há pouco tempo. Antes de cometer o crime, ele disparou um vídeo dizendo que iria se matar, mas não falou em agressão contra ela. Após assassinar a ex, Wesley se matou também com uma facada no peito, no mesmo restaurante.

Janeiro de 2023 / Aporé – Numa fazenda do município, Fábio José Mafra de Oliveira, 43, matou a mulher, Pryscilla de Oliveira Franco Mafra, 37, três crianças e se matou em seguida. Os garotos, dois meninos e uma menina, com idades entre 7 e 13 anos, eram filhos somente dela. Fábio deixou duas cartas. Em uma se responsabilizou pelos atos e alegou que vinha tendo discussões com a mulher que não deixava ele exercer a autoridade de pai porque as crianças não eram seus filhos. Na outra, orientou o próprio pai o que fazer com seus bens. A polícia apurou que Fábio tinha ciúmes excessivos de Pryscilla. 
 
Janeiro de 2024 / Rio Verde – O empresário Oswaldo Fuga Filho, 55, matou com um tiro na nuca a massagista Dalvanira Alves Martins Fuga, 44, enquanto ela dormia. Logo em seguida, cometeu suicídio. Antes de executar o crime, o empresário avisou a irmã da massagista sobre sua intenção. Os corpos foram encontrados pelo cunhado de Oswaldo. O casal estava junto havia mais de 20 anos, com alguns períodos de separação. Quando a tragédia ocorreu, eles estavam separados, mas o homem ainda possuía a chave da casa onde viveu com Dalvanira. 
 
Março de 2024 / Goianira – A pedagoga Fábia Cristina dos Santos, 43, foi morta pelo companheiro Douglas José de Jesus, 47, que se matou depois. O casal saiu de Goianira no dia 9 de março para ir ao velório do pai de Fábia em Quirinópolis. No caminho, ela enviou um pedido de ajuda ao filho e ambos não foram mais vistos. O casal tinha um relacionamento conturbado. Segundo familiares, ele era ciumento, agressivo e controlador. O corpo da pedagoga foi encontrado no dia 22 de abril numa mata perto de Trindade, próximo à GO-469, em avançado estado de decomposição. Ao lado do corpo estavam celulares dele e um notebook. O corpo dele foi localizado no dia 4 de maio, perto da mesma rodovia. A polícia deduziu que Douglas se enforcou numa árvore.&nbsp; 
 
Julho de 2024 / Bom Jardim de Goiás –&nbsp;O comerciante Cícero Luiz Carvalho, 48, matou a mulher Wilma Lopes Soares, 42, com um tiro na cabeça e se matou em seguida. Tudo aconteceu na frente dos dois filhos menores do casal. Na residência, a polícia encontrou 15 armas de diversos calibres e munições. O casal tinha reatado dias antes. Sem registro policial de violência doméstica, vizinhos e familiares contaram que existia um histórico de discussões e supostas agressões&lt;/CW&gt;.