Enquanto a administração municipal promete a abertura de 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no prazo de 10 dias, pacientes enfrentam uma longa fila de espera e a incerteza de uma resposta, em meio a notícias de mortes. É essa a realidade Maria Querubina dos Santos, de 88 anos, internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Novo Mundo há mais de 15 dias. A idosa espera por uma vaga para realizar um procedimento cirúrgico e dar fim à saga pelo tratamento de uma lesão, que acabou infeccionada nos últimos meses. “Ela é uma senhora acamada há dois anos por conta de um acidente vascular cerebral (AVC). Por conta disso, arrumou uma escara (lesão) nas costas que cada dia piorava mais. Levava no médico, passava medicamento, e voltava para casa. Em uma consulta de rotina, o médico falou que tinha que internar porque o ferimento já estava infeccionado”, conta a filha da paciente Maria Gorete, de 57 anos.