Idosos resgatados

alagamento

<div attr-cid="policy:1.3107393" attr-version="policy:1.3107393:1707307776" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3107393" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3107393', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3107393">Idosos resgatados (1.3107393)</a></div>

Uma forte chuva causou estragos na noite desta terça-feira (6), em Goiânia. Na avenida T-9, dois idosos tiveram que ser resgatados após o carro em que eles estavam ficar preso na enxurrada. Um vídeo mostra populares tirando mãe e filho de dentro do veículo e levando até a calçada de um comércio. À TV Anhanguera, testemunhas informaram que um motorista de caminhão parou o veículo no meio da avenida para tentar segurar um pouco a força da água.&nbsp;

Já no Setor Maria Rosa, as casas ficaram alagadas depois que <a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-fotos-e-videos-do-alagamento-que-tomou-conta-de-casas-proximas-ao-ribeir-o-jo-o-leite-1.3107272" target="_blank">o Ribeirão João Leite transbordou</a>. Segundo a Defesa Civil, o local é catalogado como área de risco e está sendo monitoramento. Não há registro de feridos, de acordo com o Corpo de Bombeiros.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-fotos-e-videos-do-alagamento-que-tomou-conta-de-casas-proximas-ao-ribeir-o-jo-o-leite-1.3107272" target="_blank">Veja fotos e vídeos do alagamento que tomou conta de casas próximas ao Ribeirão João Leite</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/entenda-por-que-estiagem-levou-goias-a-decretar-situac-o-de-emergencia-em-25-cidades-1.3107215" target="_blank">Entenda por que estiagem levou Goiás a decretar situação de emergência em 25 cidades</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/alerta-para-chuvas-intensas-e-rajadas-de-vento-confira-a-previs-o-1.3106679#state=58b7c011-8dde-471e-858a-8bf2a7b388e4&amp;session_state=5f237f07-46ba-4e62-aba6-e0bdca3eb159&amp;code=5c3f07b7-6f4d-42fa-9fd0-b4085e136adc.5f237f07-46ba-4e62-aba6-e0bdca3eb159.b9b3328a-640e-4deb-9f63-4c9096be6cf7" target="_blank">Alerta para chuvas intensas e rajadas de vento; confira a previsão</a></div>

Além das enxurradas nas ruas e casas alagadas, as quedas de árvores também causaram estragos após uma chuva que durou quase duas horas. Uma árvore caiu no Setor Jardim Ana Lúcia e arrebentou alguns fios de telefonia de um poste. No mesmo setor, a fachada de uma loja foi destruída com a força do vento.&nbsp;

<h2>Ribeirão João Leite</h2>

<div attr-cid="policy:1.3107285" attr-version="policy:1.3107285:1707312520" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3107285" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3107285', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3107285">alagamento (1.3107285)</a></div>

Em nota, a Saneago disse que o alagamento das casas do Setor Maria Rosa não tem relação com o funcionamento da Barragem do Ribeirão João Leite, e que informações sobre escoamento da água de chuva devem ser buscadas com a prefeitura, responsável pelo sistema de drenagem de águas pluviais.&nbsp;

Já a assessoria da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) disse ao POPULAR que uma equipe foi até o local para realizar uma vistoria. “Se o caso for de boca de lobo entupida, será realizada a limpeza da rede de drenagem”, informou.

<h2>Chuva para quase uma semana</h2>

De acordo com André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), na região noroeste de Goiânia choveu mais de 60 milímetros, um volume que era esperado para quase uma semana.&nbsp;

<cite>Nós tivemos chuvas ali no Marista, Bueno e T-9 que chegaram a cerca de 45 milímetros em duas horas. Então, são chuvas típicas de verão que vem de maneira muito rápida e causam esses transtornos todos que nós estamos vendo", explica André.</cite>

No início da semana, o Cimehgo já havia emitido um alerta para o&nbsp;volume de chuvas entre 20 e 50 milímetros por dia, acompanhadas de rajadas de vento (acima de 60 km/h) e raios.

<img attr-cid="policy:1.3107406" attr-version="policy:1.3107406:1707308861" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3107406/WhatsApp Image 2024-02-07 at 09.28.20.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Uma árvore caiu no Setor Jardim Ana Lúcia, em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

<h2>Leia as notas na íntegra:</h2>

Defesa Civil de Goiânia

A Defesa Civil informa que o local é catalogado como área de risco e segue realizando o monitoramento.Em caso de agravamento da situação, ações emergenciais são realizadas pela Defesa Civil, como por exemplo, a evacuação da área.

Saneago

A Saneago é uma das usuárias da bacia do João Leite, responsável pelo abastecimento público, que está operando dentro da normalidade. Informações sobre escoamento da água de chuva (alagamento) devem ser buscadas com a Prefeitura, responsável pelo sistema de drenagem de águas pluviais. É falsa qualquer notícia que relacione o alagamento com o funcionamento da Barragem do Ribeirão João Leite. A unidade não conta com comportas que abrem ou fecham, portanto não altera a vazão do Ribeirão a jusante (abaixo da barragem).

Idosos resgatados, casas alagadas e quedas de árvores; veja os estragos causados pela chuva em Goiânia

Cidades

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Matéria - Cidades

TEMPORAL

As cenas assustadoras que puderam ser vistas na tarde de sexta-feira (29), em Goiânia, são mais um alerta dramático de que é preciso agir com rapidez. A chuva intensa, concentrada em algumas regiões da capital, produziu fortes enxurradas que invadiram casas, arrastaram carros e quase provocaram um afogamento.

Um empresário foi levado pelas águas para baixo de seu próprio veículo, ficou submerso e chegou a perder os sentidos. Por pouco ele deixou de integrar a lista de vítimas das chuvas em Goiás. A combinação de eventos extremos, que serão cada vez mais frequentes, com as falhas históricas da drenagem urbana produz situações desesperadoras, que culminam em perda de vidas e prejuízos materiais.

O Plano de Drenagem Urbana de Goiânia está prestes a ser apresentado, com previsão de conclusão ainda neste mês de dezembro. Cabe agora ao novo prefeito, que assume em janeiro, colocar em prática as medidas apontadas, com rigor técnico e planejamento responsável, para que a capital não tenha de assistir à repetição de tragédias. Incluem-se nessas providências desde ações simples, como a construção de jardins de chuva, à continuidade de obras de drenagem paralisadas.

Drenagem urgente!

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

CHUVA DE QUARTA

<div attr-cid="policy:1.3193791" attr-version="policy:1.3193791:1730370327" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3193791" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3193791', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3193791">CHUVA DE QUARTA (1.3193791)</a></div>

Uma chuva forte que caiu em Goiânia na tarde desta quarta-feira (30) deixou pessoas ilhadas, derrubou árvores e alagou ruas (assista acima). Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), os ventos passaram de 40km/h e na região central da capital choveu mais de 38 milímetros, um volume considerado alto para um período de até uma hora. Além disso, foi registrado granizo no Jardim Cerrado 4 e em regiões próximas.&nbsp;

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Em outubro, já choveu em Goiânia&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/chuva-forte-e-ventos-de-mais-de-40-km-h-deixam-pessoas-ilhadas-derrubam-arvores-e-alagam-ruas-em-goiania-video-1.3193785" style="font-size: 12px;" target="_blank">o dobro esperado para o mês inteiro</a>. Nas imagens acima, é possível ver que um&nbsp;casal que estava em um carro teve que descer para tirar o veículo do alagamento, no Setor Aeroporto.&nbsp;Em outros pontos da cidade, as ruas e calçadas desapareceram debaixo d'água, como na BR-153,&nbsp;República do Líbano, Avenida D, Bosque dos Buritis e na Rua 87, no Setor Sul.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/secretaria-de-mobilidade-orienta-motoristas-a-evitarem-a-marginal-botafogo-durante-temporal-1.3193592" target="_blank">Secretaria de Mobilidade orienta motoristas a evitarem a Marginal Botafogo durante temporal</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/chove-em-goiania-o-dobro-do-esperado-para-o-mes-de-outubro-1.3192984" target="_blank">Chove em Goiânia o dobro do esperado para o mês de outubro</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/chuva-causa-bloqueio-de-trecho-da-marginal-botafogo-derruba-arvores-e-deixa-br-153-alagada-video-1.3192917" target="_blank">Chuva causa bloqueio de trecho da Marginal Botafogo, derruba árvores e deixa BR-153 alagada; vídeo</a></div>

Na Avenida Paranaíba, a força da água derrubou motos que estavam estacionadas e a rua precisou ser interditada, mas foi liberada no início da noite. Em vários pontos de Goiânia, árvores caíram, mas no Setor Oeste um carro que estava estacionado foi atingido. Não havia ninguém dentro do veículo.&nbsp;

Para esta quinta-feira (31), o&nbsp;Cimehgo emitiu um alerta para tempestades com chuvas de 30 milímetros por hora ou 60 milímetros por dia, como também ventos acima de 60km/h. Para se ter uma ideia, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) definiu que a cada um milímetro corresponde a 1 litro de água em um espaço de 1 metro quadrado.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3193792" attr-version="policy:1.3193792:1730371055" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3193792/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-10-31T072159.563.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Casal retirando carro de alagamento no Setor Aeroporto e motos caídas na Avenida Paranaíba (Reprodução/TV Anhanguera)

<h2>Chuva em outubro</h2>

Já choveu em Goiânia o dobro esperado para o mês de outubro, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). De acordo com o órgão, em algumas regiões da capital, já foram registrados 315 milímetros de chuva, quando a estimativa esperada para o mês era de 154 mm. O índice é mais que o triplo do registrado em outubro de 2023, quando choveu 97 mm na capital.

<cite>A situação [das chuvas] vai demorar a normalizar porque ainda temos o ar quente circulando. Esse ar quente, quando encontra a umidade, gera as áreas de instabilidade, que resultam em chuvas", afirmou Amorim.&nbsp;</cite>

Segundo Amorim, as tempestades vão continuar ocorrendo pelos próximos dias na capital. "Em um dia a chuva será de uma maneira, em outro dia, de outra, mas seguirá sendo intensa e irregular. A chuva permanece até o final da semana", completou.

Chuva forte e ventos de mais de 40 km/h deixam pessoas ilhadas, derrubam árvores e alagam ruas em Goiânia; vídeo

TEMPORAL ⛈️

Ao menos seis bairros de Goiânia sofreram com alagamentos e inundações na noite de segunda-feira (21) para terça-feira em decorrência das chuvas. Na região oeste, os problemas ocorreram no Residencial Serra Azul, Jardim Mirabel, Conjunto Vera Cruz, Parque Industrial João Braz e Bairro Goiá, enquanto que na região norte houve transtornos na Vila Roriz. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a região oeste foi a que registrou o maior volume de chuvas, com o aparelho medidor localizado na Maternidade Célia Câmara, no Conjunto Vera Cruz, indicando que o índice pluviométrico havia chegado a 107,4 milímetros (mm).

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Os bairros também foram os que sofreram as consequências mais fortes, especialmente no Residencial Serra Azul, em que o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) teve de ser chamado para resgatar oito pessoas que estavam ilhadas em suas residências por volta das 20 horas de segunda-feira. A água chegou a subir 1,5 metro nas casas da Rua Antônio Conselheiro, que fica em área de inundação do Ribeirão Anicuns, já na confluência com o Córrego Taquaral. De acordo com a Defesa Civil Municipal, uma parte do Residencial Serra Azul “é uma região catalogada como área de risco, implantado dentro da área inundável do Córrego Anicuns”.

Na lista da Defesa Civil Municipal divulgada neste ano e publicada pelo POPULAR no início do mês, o Residencial Serra Azul é descrito como de risco médio a alto de inundação. Em janeiro de 2023, o setor, também na Rua Antônio Conselheiro, sofreu com a inundação do Ribeirão Anicuns, em que a água chegou aos joelhos dos moradores e uma casa chegou a ficar alagada. Segundo a Defesa Civil, “são realizados monitoramentos constantes e emitidos relatórios detalhados para os grupos de ações emergenciais, a fim de que possam realizar obras preventivas visando minimizar os impactos das chuvas”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/galho-cai-sobre-telhado-e-casa-e-interditada-por-risco-de-queda-de-arvore-em-aparecida-de-goiania-1.3189995" target="_blank">Galho cai sobre telhado, e casa é interditada por risco de queda de árvore em Aparecida de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-de-20-bairros-de-goiania-e-aparecida-podem-ficar-sem-agua-nesta-quarta-feira-veja-lista-1.3189751" target="_blank">Mais de 20 bairros de Goiânia e Aparecida podem ficar sem água nesta quarta-feira; veja lista</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/semana-tera-pancadas-de-chuva-nebulosidade-e-aumento-da-temperatura-em-goias-preve-meteorologia-1.3189563" target="_blank">Semana terá pancadas de chuva, nebulosidade e aumento da temperatura em Goiás, prevê meteorologia</a></div>

No caso desta segunda-feira, o CBMGO informou que foi acionado por volta das 20 horas em razão do alagamento no Residencial Serra Azul. “Entre as vítimas estava uma idosa que não conseguia sair de casa. As equipes do CBMGO resgataram cerca de oito pessoas, cujas residências foram invadidas por até 1,5 metro de água. Cinco pessoas de uma mesma família foram levadas para um local seguro, enquanto outras vítimas, como um casal de idosos, também foram resgatadas”, relatou a corporação. Ainda segundo os bombeiros, alguns moradores optaram por não deixar suas casas, mas permitiram o resgate de uma criança de 8 anos, que foi entregue em segurança à mãe. “As vítimas resgatadas se abrigaram em casas de vizinhos e parentes que não foram afetados pela cheia. As buscas foram encerradas sem a identificação de mais vítimas.”

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), parte do Residencial Serra Azul foi implantado dentro da área inundável do Córrego Anicuns, o que torna a solução do problema “um pouco mais complexa”. “Cabe ressaltar que não se trata de um loteamento regular e parte da área, além de ser inundável, é área brejosa na qual foram necessários diversos drenos para estabilização do terreno. Com a conclusão do Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU), até o final do ano, serão iniciados os trabalhos que visam reduzir os transbordamentos dos córregos, bem como problemas como esse”, informa.

<h2>Moto na enxurrada</h2>

Também foi registrado um problema no Conjunto Vera Cruz, em que um motociclista teve seu veículo levado pela enxurrada. A moto foi encontrada na manhã desta terça-feira (22) pelo Corpo de Bombeiros, a apenas dez metros do local da ocorrência – o condutor saltou quando sentiu a força da enxurrada e nada sofreu. O bairro não consta na lista da Defesa Civil Municipal como uma das 32 áreas de risco da cidade. Entretanto, dos seis bairros em que a instituição informou ter tido alagamento na chuva de segunda para terça, além do Serra Azul, há também o Jardim Mirabel, que é apontado como de alto risco de alagamento.

Além deles, também está na lista a Vila Roriz, na região norte, que já possui longo histórico de alagamentos e inundações em razão da proximidades com o Córrego Botafogo, o Ribeirão Anicuns e o Rio Meia Ponte. Nesse caso, a Defesa Civil Municipal aponta o setor como de risco muito alto de inundação. O estudo “Inundações e Alagamentos na Vila Roriz, Goiânia-GO: um estudo histórico e espacial”, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Instituto Federal de Goiás (IFG) que atuam na realização do PDDU da capital analisa os motivos do problema nesse bairro em específico.

De acordo com a publicação, divulgada no mês passado, “a análise dos eventos de inundação e alagamentos ocorridos entre 2014 e 2024 indica uma tendência de ocorrência praticamente anual desses fenômenos”. Os pesquisadores identificaram um “considerável aumento da expansão urbana na Vila Roriz”. Seria necessária a implementação “urgente de medidas de gestão de recursos hídricos, com a participação ativa da comunidade, priorizando ações preventivas e eficazes, além de um planejamento urbano que contemple as necessidades da população e os riscos associados aos eventos extremos”.

Sobre os alagamentos registrados no Jardim Mirabel, na Vila Roriz, no Vera Cruz, no João Braz e no Bairro Goiá, a Defesa Civil Municipal informou que “assim que tomaram conhecimento, a Seinfra despachou equipes técnicas ao local a fim de avaliar a situação e tomar as medidas necessárias”. Complementou ainda que é importante destacar “a importância da atuação da Defesa Civil na coordenação de um sistema que envolve diversas secretarias municipais, fundamental para a rápida mitigação de problemas em situações de emergência”. “Além disso, o acionamento do Corpo de Bombeiros para operações de resgate e socorro é essencial, uma vez que também integra o grupo de ações emergenciais”, informa a Defesa Civil. Sobre as chuvas nesta semana, o gerente do Cimehgo, André Amorim, aponta que os eventos ainda estão irregulares na capital, com tempestades em várias regiões.

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Chuvas inundam seis bairros de Goiânia

Meio ambiente

Um ano e oito meses após o motociclista Warley Melo Adorno, de 22 anos, ter morrido ao ser levado com sua moto por uma enxurrada em Goiânia, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) pediu à Justiça mais 180 dias para concluir o inquérito do caso. A principal justificativa para o pedido é o volume elevado de demandas na Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict), que está com cerca de 200 inquéritos em andamento. Caso a Justiça seja favorável ao pedido, o tempo disponível para a investigação ultrapassará a marca de dois anos da morte de Warley.

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O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) se manifestou favorável à dilação do prazo do inquérito. Pelo Código Penal, se o indiciado não estiver preso, o prazo para a conclusão de um inquérito é de 30 dias. Entretanto, caso necessário, o delegado responsável pode pedir à Justiça mais tempo para trabalhar. A delegada responsável pelo caso, Caroline Paim, acredita que o novo prazo será suficiente para a conclusão do inquérito da morte de Warley.&nbsp;

O jovem morreu <a href="https://opopular.com.br/cidades/corpo-de-motociclista-levado-pela-enxurrada-e-encontrado-em-goiania-1.2605375" target="_blank">após ser arrastado pela enxurrada </a>no dia 30 de janeiro de 2023, na Avenida C-107, esquina com a Rua C-190, no Setor Jardim América. <a href="https://opopular.com.br/cidades/warley-e-o-decimo-que-morre-em-enxurradas-nos-ultimos-12-anos-1.2605961" target="_blank">O corpo dele foi encontrado</a> por familiares e pelas forças de resgate no dia seguinte preso a uma torre a cerca de seis metros de altura do nível do Córrego Cascavel. O local fica a quatro quilômetros de onde Warley foi arrastado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/capivaras-podem-ter-morrido-ao-sairem-em-busca-de-alimento-1.3182929" target="_blank">Capivaras podem ter morrido ao saírem em busca de alimento</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/incendios-florestais-ja-s-o-75-a-mais-que-todo-2023-1.3182935" target="_blank">Incêndios florestais já são 75% a mais que todo 2023</a></div>

No despacho enviado à Justiça, a delegada do caso argumentou que se encontram em andamento, atualmente, cerca de 200 inquéritos policiais na Dict, sendo que no cartório da delegacia estão lotados apenas ela, uma escrivã e dois agentes de polícia. Ela ainda pontuou que, além da alta demanda de inquéritos, estão em andamento na Dict os demais procedimentos policiais, como termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e verificações de procedência de informações (VPIs).

Carolina detalhou que, além das atividades de movimentação de procedimentos policiais, esses policiais ainda são responsáveis pelo atendimento ao público, registros de ocorrências, plantão de local de crime, direcionamento de vítimas e participação em reproduções simuladas, “sendo este número de servidores considerado, desta feita, insuficiente para cumprir com celeridade a todas as suas atribuições”.

Questionada sobre o assunto, Caroline disse ao POPULAR por mensagem de texto que a quantidade de servidores da Dict é satisfatória e não há necessidade de ampliação do número de servidores. “O que ocorre é que agora o sistema é automático e realiza as cobranças para que a remessa seja feita em um prazo que não conseguimos. Por isso, a dilação de prazo”, justificou.

Em nota, a PC-GO informou que recentemente houve um acréscimo de aproximadamente 850 novos policiais civis na corporação, sendo que eles foram lotados nas diversas unidades policiais do Estado, “representando um incremento importante para a instituição”. A PC-GO também comunicou que uma nova sede para a Dict está sendo planejada e deve ser concretizada em breve. “A lotação de mais policiais nas delegacias especializadas seguem critérios técnicos, visando a otimização dos trabalhos e melhor atendimento ao cidadão”, ressalta trecho de nota enviada pela corporação

<h2>Intervenção</h2>

Logo após a morte de Warley, a Prefeitura de Goiânia comunicou que o ponto de onde o motociclista foi arrastado pela enxurrada antes de cair no Córrego Cascavel não deveria passar por intervenções imediatas. O entendimento da gestão municipal era de que o local já contava com a proteção necessária, já que possuía grades de proteção contra o impacto de veículos, o chamado guard-rail.&nbsp;

No dia 1º de fevereiro de 2023, dois dias depois de Warley morrer, dezenas de motociclistas chegaram a realizar um protesto no local. No mesmo mês, o Paço Municipal anunciou a ampliação do Programa Goiânia Adiante, que havia sido lançado em outubro de 2022, com a inserção de intervenções em 11 pontos considerados prioritários. O caso foi uma resposta à tragédia ocorrida com Warley.

No final de julho de 2023, seis meses após a morte do motociclista, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) começou as obras de ampliação na rede de drenagem no local onde houve a ocorrência com o jovem. O objetivo, segundo a pasta, era evitar novos alagamentos durante o período chuvoso. A obra durou 38 dias.&nbsp;

Na Avenida C-107, foi aumentada a capacidade da tubulação da rede de drenagem e foram instaladas 22 baterias de bocas de lobo, segundo a Prefeitura, estrategicamente posicionadas, além de uma grelha com caixa de passagem na Rua C-190. Ambas receberam nova pavimentação asfáltica. Foi feita também a recuperação das encostas do Córrego Cascavel.

Mas, desde que Warley morreu, outros pontos de alagamento da capital não receberam a mesma atenção que a Avenida C-107. Reportagem do POPULAR publicada na última sexta-feira (27) mostrou que, ao mesmo tempo em que as previsões meteorológicas já indicava o retorno das chuvas em Goiânia, a Prefeitura anunciava para o sábado (28) o início de uma obra de drenagem, com intenção de prevenir alagamentos na Avenida 87, no Setor Sul, entre a Rua 132 e a Avenida Cora Coralina.&nbsp;

A obra tem a previsão de durar 45 dias e será realizada por administração direta, ou seja, os próprios servidores da Seinfra é que vão fazer o serviço, que está estimado em R$ 400 mil. A Avenida 87 sofre com alagamentos pelo menos desde 2015 e consta na lista de pontos alagáveis da capital desde 2017, mas não havia previsão de obras no local nos programas de drenagem da Prefeitura, como os publicizados no Programa Goiânia Adiante.

Na ocasião, a Prefeitura afirmou ter feito cerca de 70 intervenções em pontos alagáveis, mas não divulgou quais locais eram esses. Segundo a Seinfra, “dentro do cronograma do Programa Goiânia Adiante foram entregues obras importantes, outras estão em andamento e outras vão acontecer”.