Depois de permanecer foragido por dois anos, Wuandemberg Álvares Farias Silva, indiciado por encomendar a morte do advogado Hans Brasiel, foi detido na tarde desta terça-feira (14), em Pontalinda (SP). Wuandemberg, que é conhecido como “Vandin”, estava Rodovia SP 463. Após a prisão, foi encaminhado para a Cadeia Pública de Santa Fé do Sul. Hans foi morto a tiros no próprio escritório em fevereiro de 2020. Outros dois participantes do crime permenecem detidos.Hans foi assassinado com quatro disparos de revólver calibre 38 no dia 6 de fevereiro de 2020. No dia seguinte, um homem foi preso e um adolescente apreendido suspeitos de serem os executores. Ambos confessaram a autoria do crime e informaram, na época, que receberiam R$ 7 mil pelo crime. O advogado Adelúcio Lima Melo foi preso no dia 26 de fevereiro, suspeito de ser o mandante do crime, junto com Wuandemberg, que a partir desta data começou a ser considerado foragido.Inquérito finalizadoO inquérito do crime foi finalizado pela Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) em março de 2020. As investigações apontaram que o “Vandin” abrigou os executores na véspera do crime, forneceu a arma de fogo usada e auxiliou a fuga dos suspeitos. As buscas começaram em vários estados e segundo a Polícia Civil, o fato de ele ser piloto de helicóptero dificultou ainda mais encontrar sua localização. Informações poderiam ser passadas pelo 197.Rixa antigaNa época da morte, o delegado Rilmo Braga, que esteve à frente do caso, disse que a rixa entre os advogados era antiga, sendo que em 2018, Hans foi vítima de uma tentativa de homicídio. As desavenças também aconteciam na esfera pessoal, diz a polícia.Em junho 2018, detentos denunciaram sofrer tortura em presídio de Aruanã. Uma denúncia feita na Delegacia da Polícia Civil de Aruanã, apontava que três agentes prisionais da Unidade Prisional agrediram quatro detentos. O caso foi publicado no O Popular e o advogado de um dos detentos era Adelúcio Lima Melo.Em março de 2019, os detentos foram indiciados por falsa denúncia, após as investigações revelarem que eles teriam forjado hematomas para atribuir ferimentos aos agentes. Na época, o advogado do diretor da unidade prisional era Hans Brasiel.Audiência por videoconferênciaIrmã de Hans, Haillanny Brasiel, que é assistente de acusação no processo, explica que mesmo foragido, Wuandemberg participou de uma audiência pública virtual.Leia também: Disputa por clientes motivou morte de advogado em Aruanã, diz Polícia CivilAdvogado é preso suspeito de mandar matar colega em AruanãFamiliares negam que advogado estava envolvido com executoresJustiça nega pedido de prisão domiciliar para acusado de mandar matar advogado em Aruanã -Imagem (1.2474544)