Os bens em dinheiro, móveis e imóveis sequestrados judicialmente do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) em dezembro de 2019 foram liberados após decisão no final de janeiro. Ao todo, os recursos somavam mais de R$ 50 milhões e estavam bloqueados por ser este o valor desviado estimado pela Polícia Civil (PC) na Operação Metástase.A operação investigou o contrato de prestação de serviço do Ingoh com o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo). Na época, foram apreendidos carros de luxo, uma aeronave e obras de arte, além de recursos financeiros. A PC apurava fraudes nas auditorias médicas nos atendimentos feitos pelo Ingoh aos usuários do Ipasgo.O advogado do Ingoh, Leandro Silva, afirma que em 2021 fez uma petição ao poder judiciário de que as imputações alegadas no inquérito policial não tinham elementos que caracterizavam uma denúncia. "Até então o Ministério Público não se pronunciou sobre o caso, não ofereceu a denúncia", diz. Foi feito então o pedido de liberação dos bens e o mesmo foi deferido judicialmente.O inquérito ainda está em aberto a espera do Ministério Público (MP), mas Silva conta que já há pedido de trancamento a ser analisado pela Justiça. "O MP afirmou que houve erro na digitalização do processo e por isso ainda não houve a análise. Isso deve ser resolvido e então a Justiça vai analisar nosso pedido." Ele afirma que, até então, nenhuma imputação feita na Operação Metástase tem relevância penal e as informações não se comprovaram.