Mais um capítulo da polêmica sobre o uso da Avenida Ricardo Paranhos, no Setor Marista, em Goiânia, como pista de corrida, foi escrito na manhã de ontem. A Prefeitura iniciou ontem as obras de urbanização e construção da pista, que deve ficar pronta em aproximadamente um mês.O projeto será tocado com a participação de duas construtoras. Além de uma pista de 1,9 quilômetro para os atletas corredores, haverá pontos de apoio, como vestiários, bebedouros, academia a céu aberto e banheiros públicos. A obra será executada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).Há pelo menos oito anos várias pessoas começaram a utilizar a Avenida Ricardo Paranhos para a prática de corrida alegando que a pista do Parque Areião, nas imediações, era imprópria por não ser plana. A prática, sempre com o auxílio de profissionais de Educação Física, acabou se transformando numa queda de braço entre os corredores e motoristas.AcidentesComo a própria pista de rolamento era utilizada, ao invés do canteiro central, condutores de veículos temiam a possibilidade de acidentes, principalmente atropelamentos. O tema ganhou a atenção do Ministério Público que pressionou a Agência Municipal de Trânsito e Mobilidade (AMT) a tomar uma providência definitiva.O projeto anunciado ontem pelo prefeito Paulo Garcia é uma extensão de outros que, segundo ele, vêm sendo realizados pela Prefeitura visando a humanização dos espaços públicos. Já foram beneficiadas a Avenida Goiás, no Centro; a Avenida Circular, no Setor Pedro Ludovico; e as Alamedas Eugênio Jardim e Coronel Joaquim Bastos, no Setor Marista. Projeto similar também está sendo executado na Avenida do Povo, na Vila Mutirão, na Região Noroeste de Goiânia.O projeto da Ricardo Paranhos, entretanto, é muito superior não apenas do ponto de vista arquitetônico e urbanístico e é tocado no sistema de parceria público-privada. O projeto foi elaborado pela Opus, os recursos são oriundos das duas construtoras e a execução será feita por operários da Comurg. As empresas não informaram o valor da obra.A polêmica em torno da utilização da Ricardo Paranhos vem se arrastando desde 2003, quando o local tornou-se ponto de prática de exercícios físicos. Em 2006, diante das constantes reclamações dos motoristas, a AMT anunciou a construção de uma pista de corrida com 1,5 metro de largura e 2 mil metros de extensão. O projeto nunca foi executado. Foram tomadas medidas paliativas, como definição de horário para os atletas e instalação de cones para separá-los dos carros.Três novos viadutos na capitalA Prefeitura de Goiânia e a superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) assinaram ontem convênios para viabilizar a construção de três novos viadutos na capital. Participaram da solenidade o prefeito Paulo Garcia e o superintendente do órgão federal, Alfredo Soubihe Neto.O primeiro viaduto, na BR-153, ligando Jardim Goiás ao Jardim Novo Mundo, vai custar quase R$ 7 milhões e será construído pela administração municipal. Os outros dois serão erguidos na Perimetral Norte pelo DNIT, com projetos pagos pela Prefeitura de Goiânia.Para desafogar a Avenida Anhanguera, principal via de ligação com a Região Leste, o prefeito Paulo Garcia decidiu utilizar recursos do tesouro municipal para construir o viaduto sobre a BR-153, na altura da subestação da Celg. Ontem, o DNIT, que detém o domínio sob a rodovia federal, autorizou a Prefeitura de Goiânia a executar a obra. Serão gastos aproximadamente R$ 7 milhões, R$ 4 milhões no viaduto e o restante nas vias de acesso. O projeto, elaborado pela Eletra, foi aprovado pelo DNIT.Pelo acordo, caberá ao DNIT a construção de dois viadutos na Perimetral Norte, nas confluências com a Avenida Goiás Norte e com a GO-080, mas a Prefeitura de Goiânia irá licitar os projetos ao preço de R$ 150 mil cada. A estimativa é que os viadutos da Perimetral tenham início no fim deste ano ou no início de 2012, após o processo de licitação.O DNIT informou que o órgão está aguardando o final do período chuvoso para retomar as obras do viaduto da BR-153, na altura do Bairro Caiçara.