As instituições federais de ensino de Goiás tiveram um corte total, até então, de R$ 17 milhões dos orçamentos das universidades e institutos federais em Goiás. A redução dos recursos voltados ao custeio variou entre 5,8% e 7,2% e tem prejudicado a manutenção, limpeza, pesquisa, extensão e reforma dos prédios públicos.Os reitores das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) no Estado realizaram entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (18) na qual reforçaram a necessidade de recomposição orçamentária para a manutenção das atividades e comprometimento de pagamento dos contratos atuais. A reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima, ressalta que dá entidade foram retirados R$ 7,8 milhões, sendo que o custo básico para manter a universidade atualmente é de R$ 5,2 milhões mensais.Angelita afirmou que a falta de dinheiro já compromete a estrutura física das faculdades, que estão com auditórios interditados pela falta de reforma para as adaptações necessárias de segurança e acessibilidade. Nas universidades de Jataí e Catalão, que foram formadas entre 2018 e 2019, a situação é problemática porque seus orçamentos são os recursos apartados da UFG sem qualquer recomposição, mesmo tendo assumido o custeio de administração das instituições.Os institutos federais somam cerca de R$ 8 milhões de cortes neste ano e os impactos geram obras paralisadas e falta de investimentos. Os reitores confirmaram ainda que, apesar do agravamento da situação em 2022, desde 2016 as instituições de educação da rede federal sofrem reduções sucessivas de recursos destinados ao custeio.Leia também:- PF prende suspeitos de corrupção com emendas do orçamento secreto- Previsão de corte de R$ 407 milhões gera temor de falta de remédio para HIV- Governo esconde bloqueio de R$ 3,5 bi em emendas para evitar desgaste às vésperas da eleição