A última liberação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para continuidade das obras do Bus Rapid Transit (BRT) foi dada nesta quarta-feira (8). Depois de análise minuciosa, o instituto autorizou a execução das estações de embarque e desembarque na Avenida Goiás. O documento que permite as plataformas aponta que elas estarão, uma entre a Avenida Anhanguera e Rua 4; a segunda entre a Avenida Paranaíba e a Rua 55; e a terceira entre a Rua 61 e Avenida Independência. A reportagem não conseguiu retorno da Secretaria de Infraestrutura sobre o andamento das construções.O Iphan confirmou a aprovação e informou que a superintendência do instituto em Goiás já encaminhou para a Prefeitura de Goiânia o parecer que autoriza a implantação do BRT na Avenida Goiás. O instituto ainda informa que, assim como na Praça Cívica, a Avenida Goiás, “umas das primeiras construídas na capital, concentra monumentos e edifícios tombados pelo Iphan que integram o Conjunto Arquitetônico Art Déco e Urbanístico de Goiânia, a exemplo dos prédios da Antiga Delegacia Fiscal (sede do Iphan-GO), Tribunal Regional Eleitoral, Torre do Relógio, Grande Hotel e Estação Ferroviária.”Superintendente do Iphan-GO, Allyson Cabral afirma que a necessidade de avaliação do órgão se dá pelo cuidado com os bens tombados, além de garantir que as plataformas não obstruam a visão dos edifícios. Ele ainda informou que o projeto aprovado não prevê alteração no desenho dos canteiros da Avenida Goiás, preservando também o traçado tombado de uma das principais vias públicas da cidade.O instituto ainda informou que para a instalação das estações de embarque de desembarque, algumas espécies de árvores serão retiradas. A fim de manter a característica da avenida, o Iphan solicitou a recomposição da massa vegetativa no local, garantindo a sua arborização. Cabral ressalta que, com este parecer, não há mais nada pendente que dependa da autorização do Iphan. “Cabe ao Instituto agora monitorar os bens tombados no trecho para que sua integridade física e sua história sejam resguardadas”, enfatizou. Para as obras na Praça Cívica, o parecer foi emitido em 10 de novembro, depois que a Prefeitura acatou as mudanças sugeridas pelo instituto. Na data, Cabral informou que a Prefeitura acatou as sugestões de alteração de material que será usado na construção, além dos locais onde serão instaladas as plataformas. Em novembro, o titular da Seinfra havia informado que para a conclusão do trecho 2 do BRT, só restava a definição sobre a Avenida Goiás e que, caso isso se desse rapidamente, em seis meses seria possível concluir o trecho, que compreende desde o Terminal Recanto do Bosque, na Região Noroeste, até o Terminal Isidória. As estações de embarque e desembarque da Praça Cívica estão definidas. Duas serão instaladas ao norte da Praça, em frente ao Museu Zoroastro Artiaga e o edifício dos Correios e outras duas na porção sul, em frente ao Centro Administrativo - Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Além disso, foram aprovadas as readequações e nova disposição dos canteiros centrais, entre os anéis da Praça, em função da reordenação do fluxo de tráfego de veículos e pedestres.O superintendente do Iphan-GO, Allyson Cabral ainda faz questão de ressaltar que desde o início das obras do BRT nos trechos onde se localizam grande parte dos edifícios tombados em âmbito federal, o Iphan demonstrou preocupação quanto à preservação e integridades dos prédios históricos. Entre as solicitações encaminhadas para a Prefeitura, estava o uso de maquinários de compactação das vias com menor vibração, para que tivessem menor impacto nos bens no entorno da Avenida Goiás e Praça Cívica. O rolo ‘pé-de-carneiro’ foi substituído pelo rolo liso, para evitar vibrações excessivas aos bens tombados. Ele destaca a preocupação da Prefeitura em atender às solicitações. Enquanto isso, os seis primeiros veículos que farão a linha do BRT em Goiânia aguardam para início da operação. Cada ônibus tem valor de R$ 750 mil e eles foram adquiridos pelas duas empresas que exploram as linhas da região norte, Rápido Araguaia e Viação Reunidas. Os veículos estão prontos para rodar, mas ainda sem previsão de início. Estes ônibus têm modelo diferente dos que já rodam na capital. São maiores do que os tradicionais, que fazem linhas como bairro-centro e menores do que os veículos que rodam no Eixo Anhanguera, mas não são articulados.