O presidente interino do Jóquei Clube de Goiás, o médico Fausto Gomes, confessa que não imagina mais um clube social no Centro de Goiânia com movimento e pujança como ocorreu até a década de 1980. Há consenso entre os joqueanos – como são chamados os sócios remidos do clube – de que é preciso pensar alternativas para os imóveis pertencentes ao clube, sem o saudosismo de imaginar um tempo que não volta. A decisão da juíza Raquel Rocha Lemos, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal, que autorizou ao município de Goiânia assumir a posse da sede social, entre a Avenida Anhanguera e a Rua 3, no Setor Central, após pedido do Paço e o decreto de desapropriação assinado pelo prefeito Sandro Mabel (UB), fez com que os associados entendessem que o imóvel histórico terá um novo dono. A tentativa agora, diante de uma negociação com a Prefeitura em razão da indenização calculada na decisão de R$ 55,4 milhões que devem ser depositados em juízo em até 30 dias, é de que seja possível, ao menos, “manter a dignidade e a história do Jóquei”, conforme Gomes. Segundo explica o presidente, seria um ato de reverência da Prefeitura para com a história do Clube manter um espaço, semelhante a um memorial, por exemplo, sobre o Jóquei na atual sede. “Eu, pessoalmente, imagino que não vai ser mais o clube das marchinhas, da alta sociedade. Hoje todo mundo tem piscina em seu condomínio, em casa, tem área social. Mesmo que o Jóquei voltasse, não seria mais o mesmo. Não dá renda e é muita despesa”, diz.