POP_Morte_Anaps_1901

Um jovem, de 20 anos, foi encontrado morto na manhã deste sábado (18) em frente a uma fazenda às margens da GO-222, na zona rural de Anápolis. Segundo a Polícia Militar (PM), o rapaz teria sido morto a pedradas pelo padrasto que foi preso.&nbsp;

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Por não ter tido o nome divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

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De acordo com a PM, ao tomar conhecimento do crime foi montada uma força-tarefa para localizar o autor do crime. Após diligências, os militares conseguiram a imagem de um veículo Volkswagen Golf preto que abordou o jovem na rua e ele embarcou com o condutor.&nbsp;

Inclusive, em um dos vídeos obtidos pela polícia é possível ver o Golf preto estacionado, o suspeito chamando a vítima que passa pela rua, posteriormente segui-la até ela entrar em seu carro (assista abaixo).&nbsp;

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O motorista do veículo, que se revelou padrasto da vítima, foi abordado pela polícia. Durante o interrogatório, apresentou versões conflitantes sobre a própria localização na noite do assassinato. Ao ser confrontado com imagens que mostravam o jovem entrando no carro, optou por permanecer em silêncio.&nbsp;

Diante dos fatos e imagens, o suspeito foi preso em flagrante e conduzido à Central de Flagrantes de Anápolis, onde foi autuado pelo crime de homicídio qualificado. Além disso, dois aparelhos celulares e uma quantia em dinheiro foram apreendidos.&nbsp;&nbsp;

Jovem é encontrado morto em frente a fazenda de Anápolis

Cidades

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Matéria - Cidades

VIOLÊNCIA

O padrasto do <a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-e-encontrado-morto-em-frente-a-fazenda-de-anapolis-1.3221583" target="_blank">jovem de 20 anos encontrado morto</a> em frente a uma fazenda às margens da GO-222, na zona rural de Anápolis, foi preso suspeito do crime, segundo as polícias Civil e Militar. As investigações apontam que a vítima foi morta a pedradas. A polícia não divulgou qual seria a suposta motivação do crime.

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A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito, porém o sistema online do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) aponta que ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado, horas após o crime, no último sábado (18). No entanto, teve a liberdade concedida na noite deste domingo (19), após passar por uma audiência de custódia. De acordo com o documento, a defesa alegou que não há indícios claros que indiquem o padrasto como o autor do crime.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-e-encontrado-morto-em-frente-a-fazenda-de-anapolis-1.3221583" target="_blank">Jovem é encontrado morto em frente a fazenda de Anápolis</a> 
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Ainda conforme a audiência, a Polícia Militar (PM) tomou conhecimento do crime por volta das 8h de sábado, em seguida foi montada uma força-tarefa para localizar possíveis suspeitos. Após a apuração preliminar, os militares conseguiram a imagem de um carro modelo Volkswagen Golf preto que abordou a vítima na rua e ele embarcou. O motorista do veículo seria o padrasto do jovem.&nbsp;

Inclusive, em um dos vídeos divulgados pela polícia é possível ver o carro estacionado, o suspeito chamando a vítima que passa pela rua, posteriormente segui-la até ela entrar em seu carro (assista abaixo).

<div attr-cid="policy:1.3221586" attr-version="policy:1.3221586:1737299414" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3221586" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3221586', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3221586">POP_Morte_Anaps_1901 (1.3221586)</a></div>

O suspeito foi localizado e preso por volta das 11h40. Com ele foram apreendidos dois celulares e uma quantia em dinheiro.&nbsp;

Em depoimento, conforme o termo de audiência, o homem alegou ter dado carona à vítima que estava a caminho de um encontro com amigos. Porém o mesmo documento aponta que, durante o interrogatório, ele apresentou versões conflitantes sobre a própria localização na noite do assassinato, o que teria levantado a suspeito dos agentes. O caso é apurado pela Delegacia de Investigação de Homicídios de Anápolis.&nbsp;

Padrasto é preso suspeito de matar a pedradas jovem de 20 anos encontrado morto em fazenda de Anápolis

HOMICÍDIO 

Webstories

Na noite de sábado (18), a técnica de enfermagem Cinthia da Silva Nascimento, que estava de plantão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Morrinhos, foi surpreendida por um dos pacientes internados na ala. Em surto psicótico, Luiz Claudio Dias, 59 anos, de posse de um caco de vidro arrancado de uma janela quebrada, a fez refém com o objeto cortante em seu pescoço diante dos demais pacientes e colegas que ficaram atônitos diante da situação. A medida urgente foi chamar a Polícia Militar que tentou negociar com Luiz Cláudio. Sem sucesso, um dos policiais atirou nos membros inferiores do paciente, mas o projétil atingiu a lateral do abdome. Atendido de imediato, ele não resistiu.

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O caso repercutiu muito neste domingo (19). Logo após o fato, o prefeito de Morrinhos, Maycllyn Max Carreiro Ribeiro esteve na unidade de saúde com membros de sua equipe para se inteirar das circunstâncias da ocorrência. Ele lamentou a morte do paciente que estava em tratamento na UTI há três dias. “Foi uma fatalidade. Um fato atípico”. A UTI da unidade de saúde é terceirizada, um contrato gerido pela gestão municipal. O paciente Luiz Claudio Dias, que vivia em Professor Jamil, a 63 km da cidade, tinha sido levado pela família para Piracanjuba em razão de problemas crônicos de saúde e de lá regulado ao hospital de Morrinhos.

A família de Luiz Claudio Dias soube de sua morte ainda na noite de sábado. Em vídeos divulgados em sua rede social, o filho do paciente, o cirurgião dentista Luiz Henrique Dias, demonstrou indignação com o desfecho do caso. Na madrugada, enquanto o corpo do pai estava no IML de Morrinhos, ele disse que o pai tinha levado um tiro dentro do hospital como paciente e a prefeitura não ofereceu nenhum acolhimento. “Mataram meu pai. Ele teve uma crise de hipoglicemia.” Um vídeo feito por um servidor do hospital mostrando todo o episódio viralizou nas redes sociais. “Eu soube da morte do meu pai antes da equipe médica me avisar. Que despreparo desse povo”, disse o filho da vítima chorando.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-atira-contra-a-ex-e-atual-namorado-dela-e-faz-vereador-refem-durante-fuga-diz-policia-1.3196959" target="_blank">Homem atira contra a ex e atual namorado dela e faz vereador refém durante fuga, diz polícia</a> 
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O prefeito Maycllyn Carreiro informou ao POPULAR que não sabe quem fez e como o vídeo viralizou. “É uma situação muito difícil”. Ele garantiu, entretanto, que pessoalmente ofereceu apoio a Luiz Henrique, repassou a ele o número de seu telefone e uma assistente social da prefeitura o acompanhou enquanto ele achou necessário. “Eu compreendo que o momento dele é complicado. O que aconteceu foi uma tragédia e com muitos atores: o próprio paciente em surto, a equipe médica e de enfermeiros tentando fazer o necessário, a PM foi acionada porque havia uma refém e tentou uma negociação. Quando a enfermeira num instinto de sobrevivência se desvencilhou, o paciente foi atrás e voltou a segurá-la, foi nesse momento que houve o disparo”, comentou o prefeito.

O POPULAR tentou ouvir Luiz Henrique neste domingo (19), mas não teve sucesso. Após o sepultamento do pai, em Professor Jamil, ele divulgou outro vídeo expondo sua revolta. Ele contou que o pai era um homem muito doente, paciente renal crônico dependente de hemodiálise há 24 anos, diabético tipo 1, deficiente visual em ambos os olhos e vinha tendo picos de hipoglicemia que ocasionalmente o deixava sem consciência dos atos. “Estive no hospital sábado e perguntei ao médico plantonista porque ele ainda estava na UTI. Ele respondeu que era protocolo para o uso de insulina em bomba para regular a diabete e antibióticos, o que não era feito na enfermaria. Meu pai estava bem.”

Pelas redes sociais, a família divulgou uma nota pedindo que a cobertura sobre o assunto “seja feita com ética e comprometimento, sem sensacionalismo e que a memória de Luiz Cláudio não seja reduzida a um estigma ou a uma narrativa incompleta.” No comunicado, a família lamenta o medo vivido pela técnica de enfermagem. A nota diz ainda que Luiz Cláudio estava fisicamente enfraquecido. “Mesmo nessas condições, foi pisoteado e executado à queima-roupa por dois policiais de forma desproporcional, cruel e absolutamente inadmissível.” Para a família, a conduta da equipe de saúde e da força policial “deveria ter sido técnica, responsável, humana, proporcional à situação”.

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<h2>Nove na UTI </h2>

No momento da tragédia, estavam sob cuidados na UTI do Hospital Municipal de Morrinhos nove pacientes, parte deles inconscientes que não perceberam nada do que ocorreu. Foi o que informou o prefeito Maycllyn Carreiro que neste domingo esteve na unidade de saúde para visitá-los. “Eles estão bem. Alguns não tiveram conhecimento do incidente.” O prefeito falou também com a técnica de enfermagem, Cinthia Nascimento que, segundo ele, vem recebendo amparo psicológico da equipe municipal. “Ela ainda está muito abalada”, contou.

Maycllyn explicou que não esteve no funeral de Luiz Claudio Dias, em Professor Jamil, respeitando o momento da família, mas que tentou contato com seu filho, neste domingo, e não teve retorno. Na nota divulgada pelas redes sociais, a família diz que irá buscar justiça, “para que os responsáveis por essa violência brutal sejam responsabilizados e para que o caso se torne um marco na reflexão sobre as falhas do poder público em lidar com situações de crise envolvendo pessoas vulneráveis”.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás explicou que executou protocolos de gerenciamento de crise para liberar a refém. “Apesar das tentativas de verbalização para que o autor liberasse a vítima, ele permaneceu em atitude agressiva e reiterou as ameaças”, afirma o comunicado, por isso de “um disparo de arma de fogo para neutralizar a agressão e resguardar a integridade física da refém”. Segundo a PM, mesmo alvejado, o paciente continuou resistindo, por isso a contenção pelos demais policiais. O comando da corporação determinou a instauração de procedimento administrativo para apurar os fatos. A Polícia Civil também irá investigar a ocorrência.

Homem em surto faz refém em hospital e é morto por policial

Tragédia

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Motorista morre após carro capotar e pegar fogo na BR-060 (Divulgação/Triunfo Concebra)

Um homem morreu após capotar o carro, na madrugada deste sábado (18), na BR-060, na altura do quilômetro 89, em Anápolis, no sentido Abadiânia. Segundo a Triunfo Concebra, concessionária responsável pela rodovia, o acidente aconteceu próximo ao Serviço de Atendimento ao Usuário 03 (SAU) da empresa.

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Ao POPULAR, a concessionária informou que o motorista foi ejetado do veículo, antes do incêndio. A equipe médica da Triunfo Concebra chegou a prestar atendimento ao motorista, mas ele não resistiu e morreu no local do acidente.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/corpo-de-motorista-que-morreu-em-acidente-e-encontrado-cinco-dias-depois-em-penhasco-na-go-446-1.3221343" target="_blank">Corpo de motorista que morreu em acidente é encontrado cinco dias depois em penhasco na GO-446</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pane-mecanica-em-caminh-o-causou-acidente-que-matou-tres-pessoas-na-br-158-diz-policia-1.3220959" target="_blank">Pane mecânica em caminhão causou acidente que matou três pessoas na BR-158, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/acidente-entre-dois-onibus-deixa-homem-morto-na-br-153-1.3220556" target="_blank">Acidente entre dois ônibus deixa homem morto na BR-153</a></div>

De acordo com o Corpo de Bombeiros, após sofrer o capotamento o carro pegou fogo. Os bombeiros foram acionados pela equipe médica da Triunfo Concebra por conta das chamas no veículo, que se alastraram rapidamente.&nbsp;

O carro foi destruído completamente pelas chamas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para atender a ocorrência e controlar o trânsito no local. As circunstâncias e causas do acidente serão investigadas pelas autoridades.

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Carro capota, pega fogo e fica completamente destruído na BR-060 (Divulgação/Triunfo Concebra)

Homem morre após carro capotar e pegar fogo na BR-060, em Goiás

ACIDENTE

O maqueiro Valteir Vieira dos Santos Júnior, de 47 anos, foi inocentado nesta quinta-feira (16) da acusação de resistência à prisão com lesão durante uma <a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">confusão na recepção</a> do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) ocorrida na noite de 6 de dezembro, uma sexta-feira, com <a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-video-mostra-quando-policial-da-mata-le-o-em-maqueiro-preso-durante-confus-o-em-maternidade-1.3207969" target="_blank">intervenção da Polícia Militar</a>. Para a delegada Érica Botrel Teixeira, da Central de Inquérito da Polícia Civil, foram os policiais militares que agiram de forma truculenta e desnecessária e Valteir apenas agiu para proteger uma colega de trabalho, não esboçando nenhuma reação à abordagem policial. O maqueiro foi preso na época e saiu com o pagamento de fiança de R$ 1,4 mil.

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Valteir foi preso junto com a enfermeira Fabiana Ribeiro de Sousa, de 25 anos, por policiais militares que foram acionados naquela noite por um homem que reclamava da demora no atendimento da esposa grávida. A mulher chegou durante a troca de plantão, gerando um atraso. Na abordagem aos funcionários, teve início uma discussão que culminou com Fabiana sendo puxada por um policial, o maqueiro tentando defendê-la e os dois colocados no chão para serem algemados. Na delegacia, a enfermeira assinou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi liberada. Já o colega foi autuado por resistência com lesão corporal e <a href="https://opopular.com.br/cidades/inconformado-maqueiro-diz-que-foi-tratado-como-bandido-pela-pm-e-pede-justica-1.3208075" target="_blank">preso em flagrante</a>.

A delegada afirma no inquérito remetido à Justiça que a apuração foi clara em apontar que o maqueiro em nenhum momento reagiu à abordagem policial e que sua atitude foi apenas de se dirigir para, em um ato impulsivo, abraçar a enfermeira no momento em que ela foi puxada violentamente por um dos policiais. Pelos depoimentos e imagens colhidos, Érica diz que não houve intenção de Valteir em agredir ou tentar agredir o cabo Ronivaldo Aires Delfino Junior, que alegou ter sido empurrado contra a parede e se machucado no braço. “A referida lesão corporal não pode ser atribuída a ato doloso de Valteir”, afirmou a responsável pela investigação em seu relatório.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/inconformado-maqueiro-diz-que-foi-tratado-como-bandido-pela-pm-e-pede-justica-1.3208075" target="_blank">Inconformado, maqueiro diz que foi tratado como bandido pela PM e pede Justiça</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeira-diz-que-confus-o-poderia-ter-sido-evitada-e-afirma-estamos-sendo-injusticados-1.3208236" target="_blank">Enfermeira diz que confusão poderia ter sido evitada e afirma: 'Estamos sendo injustiçados'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/casal-pivo-da-confus-o-na-maternidade-celia-camara-denuncia-mensagens-agressivas-de-medica-1.3208285" target="_blank">Casal, pivô da confusão na Maternidade Célia Câmara, denuncia mensagens agressivas de médica</a></div>

Em seu depoimento, Valteir afirmou que tentou proteger a colega ao vê-la <a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-video-mostra-quando-policial-da-mata-le-o-em-maqueiro-preso-durante-confus-o-em-maternidade-1.3207969" target="_blank">sofrendo um mata-leão</a> de Ronivaldo. O outro policial estava mais tranquilo, segundo testemunhas. O maqueiro ficou entre Fabiana e o cabo e acabou recebendo do policial outro mata-leão, conforme mostram imagens de câmera de segurança. Em seguida, os dois funcionários da maternidade foram empurrados e caíram no chão, sendo que Fabiana conseguiu sentar enquanto os policiais continuaram em cima de Valteir, tentando algemá-la. Na delegacia, o maqueiro conta que o cabo colocou o joelho em cima deles e que a colega chegou a desmaiar.

Uma testemunha ouvida na delegacia confirmou a versão de Valteir, dizendo que o Ronivaldo deu um mata-leão na enfermeira e, depois, com o maqueiro caído, ficou pisando no peito do maqueiro, quase deixando ele sem ar. Afirmou também que o servidor em nenhum momento agrediu o policial, nem verbalmente, que não se debateu ao ser preso, e que ele agiu ao se assustar com a atitude do cabo contra Fabiana. Depois, com os funcionários rendidos, outros colegas teriam pedido para não haver prisão, porém o cabo dizia apenas que estava armado e colocava a mão na arma. Em nenhum momento, o outro policial tentou intervir na conduta do colega.

Ronivaldo afirmou em depoimento que foi com o colega atender a uma denúncia de omissão de atendimento a uma gestante de 39 semanas e que Fabiana se recusou a passar informações importantes para a resolução do caso, o que ocasionou na ordem de prisão primeiro contra ela e, posteriormente, contra Valteir. Ainda segundo o policial, o maqueiro atrapalhou a abordagem, agrediu-o verbalmente, em seguida machucou seu braço e, por fim, ao ser colocado no chão para contenção puxou a enfermeira junto. O cabo garante que em todo momento Valteir ficou nervoso, se debatendo, o que motivou as algemas e a condução à delegacia.

Em seu relatório, a delegada afirma que Fabiana estava no fim do plantão e se preparava para ir a outro serviço, deixando para outra enfermeira a tarefa de chamar um responsável para atender os policiais. Informou ainda que a servidora foi rendida pelo policial no momento em que se virou de costas para o cabo, avisando que chamaria a outra profissional que estava assumindo sua função. “A ação truculenta não era necessária, pois a enfermeira que assumia o plantão já tinha acionado a supervisão e a médica plantonista para a continuidade do atendimento e diálogo para solução do impasse envolvendo o atendimento questionado da gestante”, escreveu Érica.

No inquérito é citado também a presença do assessor de um vereador de Goiânia, que teria sido chamado pelo marido da gestante após a alegação de demora no atendimento. O casal se irritou porque ao chegar na maternidade a mulher foi classificada como ficha verde, condição de menor gravidade). A delegada diz que os policiais chegaram no momento em que Fabiana esclarecia a situação para este assessor. Nas imagens da câmera de segurança é possível ver ele gravando com um celular a abordagem.

A gestante acabou sendo atendida depois da confusão, seguindo o protocolo anteriormente estabelecido, e deu a luz a uma menina.

O POPULAR não conseguiu localizar os policiais militares para comentar o inquérito.

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<h2>Valteir diz que trauma ainda permanece</h2>

O maqueiro Valteir Vieira dos Santos Júnior disse que ficou sabendo pelo POPULAR da decisão de não ser indiciado pela Polícia Civil e comemorou. Para ele, não havia outra forma de a investigação ser concluída. Entretanto, ele destaca que os traumas e as consequências da forma truculenta que foi feita a abordagem permanecem não apenas nele como em seus familiares. Valteir, que ficou 14 dias de licença após a ocorrência, conta que ainda acorda assustado, sonhando com situações de violência policial e que um dos filhos sofreu com bullying na escola por causa da sua prisão. “Nem cachorro de rua é tratado como nós fomos (na abordagem no HMMCC).

Valteir também afirma que seu advogado prepara o material para entrar com processo contra os policiais e contra os envolvidos que provocaram a situação. Ele diz que sofreu uma lesão no corpo pela forma como foi rendido.

Já Fabiana ainda aguarda uma audiência de conciliação marcada para fevereiro para resolver sua situação. Segundo ela, todos os colegas comemoraram a decisão da Polícia Civil em arquivar o inquérito. E que todos os servidores foram bastante solidários neste período.&nbsp;

Fabiana e Valteir cobram agora um prosseguimento nas investigações abertas pela Corregedoria da Polícia Militar. Ela diz que foram informados sobre a abertura de um inquérito interno, porém até o momento não foram convocados para depor.

<h3>Policial já respondeu por excessos</h3>

O cabo Ronivaldo Aires Delfino Junior, responsável pelo que a Polícia Civil chamou de ação truculenta em abordagem no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), respondeu a dois processos por abuso de autoridade e outro por morte de civil em acidente de trânsito. Os três processos que chegaram à Justiça seguem o caminho do arquivamento.

Em 7 de agosto de 2023, o cabo abordou, junto de outro policial, João Vitor de Souza, de 24 anos, em um Fiat/Palio no Setor Village Garavelo, em Aparecida de Goiânia. Eles estariam atendendo a uma denúncia anônima de venda de entorpecentes na região e encontraram um cigarro de maconha com João.&nbsp;

Em seguida, de acordo com os policiais, João afirmou que tinha mais droga em casa, eles foram até lá, arrombaram o portão, e encontraram uma porção de cocaína escondida em uma meia dentro de um tênis. No processo não é dito quanto de droga foi localizada. Na audiência de custódia, João contou que foi afogado, sufocado e agredido com chutes e socos e foi solto.

Um inquérito policial militar (IPM) foi aberto e se concluiu que não há provas de lesão corporal. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) concordou com o parecer. João Vitor nunca mais foi localizado. E o MP-GO pediu pelo arquivamento do caso.

Em janeiro do mesmo ano, acompanhado de outro policial, Ronivaldo abordou em uma distribuidora de bebidas Alexandre Ferreira Alves, de 42 anos, que fora denunciado por agredir a mulher e teria resistido à prisão em flagrante. Na audiência de custódia, o abordado afirmou que foi agredido pelos policiais e uma lesão foi detectada em seu corpo. Porém, ao ser ouvido na corregedoria da PM, disse que foi o advogado que orientou ele a dizer que sofrera a agressão. O MP-GO concordou que não havia provas de agressão e o caso foi arquivado.

Em agosto de 2019, ao se deslocar com um colega até uma ocorrência, no caminho Ronivaldo atropelou com a viatura Rogério Rodrigues da Silva, que estava em uma moto. Os dois policiais se machucaram. Rogério ficou 40 dias internado e morreu. A conclusão da corregedoria é que o acidente se deu porque a sinalização no cruzamento é caótica e o motociclista não a respeitou, não sendo possível evitar a colisão.