Webstories - Namorada viveu horas de terror até acidente no Jardim América

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Uma garota de programa de 19 anos contou detalhes sobre o que viveu de 24 a 26 de outubro, momentos em que foi ameaçada, <a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-que-causou-morte-em-colis-o-multipla-respondera-por-7-crimes-1.3329239" target="_self">ofendida e agredida pelo empresário Lucas San Thiago Batista</a>, de 24 anos, desde quando os dois estiveram em um hotel em Rio Quente como no retorno para Goiânia até o momento do acidente de trânsito envolvendo outros sete veículos e que deixou uma pessoa morta e duas gravemente feridas. Lucas está detido na central de triagem do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e foi indiciado nesta quarta-feira (5) por sete crimes.

O depoimento da mulher foi corroborado por uma amiga dela, que mostrou mensagens enviadas pela vítima nos três dias em que esteve em Rio Quente, narrando estar com medo pela forma agressiva de Lucas após o mesmo fazer uso de drogas e que ele estava bastante alterado. A amiga também disse ter recebido um áudio com Lucas ofendendo a mulher e depois feito uma chamada na qual deu para ouvir a vítima pedindo aflita para o empresário parar o carro. Todo o material que estava no celular dessa amiga foi incluído no processo.

A acompanhante estava na camionete Chevrolet S-10 dirigida por Lucas quando no dia 26, um domingo, às 15 horas, ele tocou em uma moto, acelerou e, em alta velocidade, <a href="https://opopular.com.br/cidades/video-mostra-momento-do-engavetamento-com-seis-veiculos-no-jardim-america-1.3329130" target="_self">colidiu com sete veículos parados no sinal vermelho</a> em um cruzamento da Avenida C-104, no Jardim América. O auditor fiscal Alexandre Oliveira e Macedo, de 56 anos, que estava em um Kia Picanto, morreu em decorrência do acidente. Sua namorada, Lilian Maria Piqui Pacheco, de 51, ficou gravemente ferida. Também se feriram Daianny Cristina Alves Faria, de 24, e Murillo Machado de Sousa, de 25.

<ul>
	<li>Veja mais detalhes sobre o acidente no g1 Goiás:&nbsp;<a href="http://g1.globo.com/go/goias/video/seis-pessoas-ficam-feridas-em-engavetamento-no-jardim-america-em-goiania-14045118.ghtml" target="_blank">Seis pessoas ficam feridas em engavetamento no Jardim América, em Goiânia</a></li>
</ul>

Em depoimento na delegacia, a mulher conta que a viagem para Rio Quente foi o segundo encontro que teve com Lucas em dois meses e que, de Goiânia até a chegada no hotel, na tarde de sexta-feira (24), ele foi bastante educado e atencioso, mudando o perfil depois que tirou algumas drogas da bagagem e passou a usá-las. Primeiro, controlando o celular dela, demonstrando ciúmes e possessividade; depois, passando a ofendê-la. Durante toda a noite, ela contou que ele a segurava com força, puxava o cabelo e dava chutes.

No sábado, a situação saiu ainda mais do controle, com ele não a deixando sair do quarto e demonstrando um estado de alucinação. Durante o dia, ele não teria usado drogas, mas à noite voltou a cheirar um pó, que a mulher não soube identificar, e então a agressividade foi retomada. Ao vê-la trocando mensagem com a amiga, pegou o aparelho e o quebrou, jogando com força no chão. Preocupado com a possibilidade de ela ter chamado a polícia, Lucas a levou para o carro e ficou por horas dirigindo, ameaçando-a deixar em uma estrada vicinal a caminho de Caldas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-que-causou-morte-em-colis-o-multipla-respondera-por-7-crimes-1.3329239" style="font-size: 12px;" target="_self">Motorista que causou morte em colisão múltipla responderá por 7 crimes</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/video-mostra-momento-do-engavetamento-com-seis-veiculos-no-jardim-america-1.3329130" style="font-size: 12px;" target="_self">Vídeo mostra momento do engavetamento com seis veículos no Jardim América</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/morto-em-engavetamento-causado-por-caminhonete-era-auditor-da-prefeitura-de-goiania-1.3329012" style="font-size: 12px;" target="_self">Morto em engavetamento causado por caminhonete era auditor da Prefeitura de Goiânia</a></div>

Após jogar alguns pertences dela em uma estrada e voltar para o hotel com a mulher, Lucas teria continuado a usar drogas no quarto, mantendo as ameaças e agressões. Ela disse que, quando ele ficou mais tranquilo, conseguiu dormir por cerca de duas horas, mas foi acordada com o empresário nervoso, dizendo que ela fingia dormir, e o viu usando mais drogas de madrugada. De manhã, com ele de novo mais calmo, a mulher diz ter novamente pedido para que retornassem para Goiânia, algo que ela pedia desde sexta-feira, e que desta vez ele concordou.

O trajeto para a capital não teria sido tranquilo, com Lucas apresentando um “comportamento estranho”, segundo a mulher. Ele teria chorado ao volante, sem motivo aparente. Em Goiânia, mesmo com ela pedindo para deixá-la sair da camionete, o empresário ficou circulando pelas ruas de forma aleatória. Lucas teria parado em uma dis

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ribuidora de bebidas no Setor Sudoeste e descido, mas retornou ao ver a acompanhante tentando escapar. Ela ainda tentou sinalizar para pessoas nesse estabelecimento.

A partir de então, o empresário voltou a circular pela cidade e ao chegar à Avenida C-104 houve as colisões, primeiro com a moto e depois com os outros veículos. Ela disse que chegou a gritar para alertá-lo sobre o sinal estar vermelho, mas ele não lhe deu ouvidos. Para a delegada Caroline Matos Barreto, da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), que conduziu as investigações, a vítima prestou um depoimento “pormenorizado”. Caroline juntou em um mesmo inquérito a situação contra a garota de programa e o acidente com vítima fatal.

Ao concluir o inquérito na quarta (5), a delegada indiciou Lucas por homicídio doloso, quatro vezes por lesão corporal, incluindo contra a acompanhante, cujo laudo médico apontou ferimentos no nariz e no cotovelo, por injúria e ameaça contra ela, por danos aos veículos e por dirigir embriagado. Apesar de inicialmente a Polícia Civil ter citado a possibilidade de o caso envolver sequestro e cárcere privado, o empresário não foi indiciado por isso. Paralelo a isso, a outro processo tramitando na Justiça a respeito de medida protetivas concedidas para a mulher.

Em seu interrogatório na Deaem, Lucas disse que era a primeira vez que tinha um encontro com a acompanhante e que tudo estava bem até a tarde de sábado (25), quando tiveram uma “leve discussão verbal, sem motivo algum”. Ele disse que chegou a deixar a mulher sozinha no quarto com a chave na porta e que a versão sobre o cárcere privado seria porque ela queria ir embora e ele não, mas em nenhum momento a trancou. Afirmou também que atendeu ao pedido da vítima e os dois voltaram mais cedo do que o combinado para Goiânia.

O empresário nega as acusações feitas pela mulher que o acompanhou em Rio Quente e sobre o acidente disse que uma moto o fechou na avenida, fazendo com que ele jogasse o veículo para o lado e acelerasse, levando-o a perder o controle da camionete. Após a colisão, sentou-se na calçada esperando a chegada da polícia e do socorro especializado às vítimas. Ele admite que usou maconha no dia. A embriaguez etílica ou por outras drogas foi constatada por meio de um laudo feito no Instituto Médico Legal (IML).

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<h2>Outro indiciamento</h2>

Em outro inquérito que tramita desde junho, Lucas foi indiciado pela delegada Renata Vieira da Silva Freitas, da 15ª Delegacia de Polícia de Goiânia, por tráfico de drogas, posse irregular de arma de fogo e por disparo de arma de fogo. Segundo a delegada, as acusações foram confirmadas por meio de depoimentos convergentes de testemunhas, pelo material apreendido e por laudos. Todos os documentos da investigação foram encaminhados à Justiça na última terça-feira (4). O empresário respondia em liberdade.

Após atender a uma denúncia de disparo de arma de fogo no Setor Moinho dos Ventos, policiais militares encontraram duas pessoas que os levaram até a casa de Lucas. No local encontraram uma pistola Taurus calibre .380 com quatro munições, cerca de 140 gramas de maconha e R$ 20,8 mil em espécie. Ao ser ouvido pela delegada, o empresário confirmou ser o dono da arma e da droga, mas disse que o dinheiro é relativo a pagamentos de sua empresa de dedetização. Na casa foram encontrados documentos da empresa.

Jovem narra ameaças de homem que matou em colisão

Cidades

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Matéria - Cidades

Crime no trânsito

Pelo mundo

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) já pagou, em 2025, R$ 4,1 milhões aos deputados estaduais em <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/deputados-recebem-r-2-5-milh-es-de-diarias-para-viagens-internacionais-1.3121600" target="_self">ajuda de custo por viagens internacionais</a>. O valor é referente a 42 deslocamentos realizados por 25 dos 41 parlamentares. Países da Europa e da Ásia estão entre os principais destinos. No período analisado, a Alego pagou 419 diárias.

O levantamento foi feito pelo POPULAR com base em informações divulgadas no Portal da Transparência da Casa até outubro. O montante de 2025 deve crescer até o fim do ano, pois há casos de parlamentares que fizeram viagens recentes.

O deputado estadual que registrou a maior despesa até o momento foi Paulo Cézar Martins (PL), com R$ 356 mil no total. A verba cobre viagens para Itália e Portugal, entre 26 de abril e 7 de maio (R$ 126,3 mil); Suíça, entre 18 e 23 de maio (R$ 95,7 mil); e Japão, entre 8 e 19 de outubro (R$ 134 mil).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/alego-quer-mudar-regra-para-restringir-viagens-de-deputados-ao-exterior-1.3333164" target="_self">Alego quer mudar regra para restringir viagens de deputados ao exterior</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/deputados-recebem-r-2-5-milh-es-de-diarias-para-viagens-internacionais-1.3121600" target="_self">Deputados recebem R$ 2,5 milhões de diárias para viagens internacionais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/bruno-pede-atenc-o-da-alego-a-emendas-e-viagens-1.3329723" target="_self">Bruno pede atenção da Alego a emendas e viagens</a></div>

A assessoria de Martins enviou à reportagem relatório de 28 páginas sobre a visita ao Japão, quando o parlamentar participou da Missão Internacional de Benchmarking (estratégia de comparação para identificar as melhores práticas sobre um tema) como membro da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Entre os temas debatidos no encontro estão drenagem urbana, prevenção de desastres e educação ambiental.

Martins participou de outros três eventos com o mesmo tema, nas viagens que fez à Suíça, Portugal e Espanha, e em recente visita à Áustria. A última foi realizada entre 29 de outubro e esta quarta-feira (5), e, com isso, ainda não tem registro de pagamento de ajuda de custo. Em nota, a assessoria de Martins afirmou que o evento incluiu visitas a instituições que são referências globais em inovação e sustentabilidade.

O texto informa que a nova missão complementa o trabalho iniciado na viagem ao Japão e destacou que a meta da experiência é “consolidar novas parcerias e projetos inovadores para o saneamento e a gestão hídrica em municípios goianos”.

A segunda maior despesa até o momento é de Karlos Cabral (PSB), de R$ 339 mil. Entre os deputados estaduais que fizeram viagens internacionais, Cabral registra a maior quantidade de diárias, com 34. O parlamentar fez três viagens: Itália, em janeiro (8 diárias); Portugal e Itália, entre o fim de abril e início de maio (10); e Portugal e Japão, em julho (16).

Cabral afirmou que a “representação faz parte das minhas atribuições como parlamentar, especialmente por eu presidir a Comissão de Relações Internacionais”. Na viagem ao Japão, o pessebista integrou uma missão liderada pelo governador Ronaldo Caiado (UB).

Outros oito deputados estaduais receberam ajuda de custo por viagem ao Japão na mesma época e informaram participação da comitiva. Na visita à Itália e Portugal, Cabral informou participação no Benchmarking Internacional Saneamento &amp; Resíduos.

<div attr-cid="policy:1.3334246" attr-version="policy:1.3334246:1762565681" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3334246" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3334246', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3334246">Pelo mundo (1.3334246)</a></div>

Presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB) afirmou que a legislação relacionada à <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/bruno-pede-atenc-o-da-alego-a-emendas-e-viagens-1.3329723" target="_self">liberação de viagens de aperfeiçoamento e capacitação</a> está publicada no Portal da Transparência, assim como informações das viagens e detalhes das diárias. O presidente disse que pretende incluir no site os relatórios de viagens apresentados pelos deputados.

O Giro mostrou que a mesa diretora da Alego tem intenção de propor um projeto de resolução para restringir as viagens internacionais dos deputados que são pagas pela Alego. A coluna também já havia mostrado que Peixoto se reuniu com os demais deputados na semana passada quando pediu atenção a atos individuais que podem gerar repercussão negativa em ano pré-eleitoral para a Casa. As viagens foram mencionadas.

<h2>Regras</h2>

Na ajuda de custo, os deputados recebem verba para diária e locomoção (há casos de pagamentos por inscrições, seguros e afins). Em viagens a países da América do Sul, os deputados recebem diária de US$ 640. Nos deslocamentos pela América do Norte, o valor é de US$ 810. Nos casos de outros continentes e países em que a moeda é o euro, a diária é de € 1.050.

Para locomoção em viagens internacionais, os deputados recebem US$ 160 por dia na América do Sul, US$ 240 na América do Norte e € 280 em outros continentes e países que usam a moeda. Os números constam em documento publicado no site da Alego, e fazem parte dos decretos 3.017 e 3.018, ambos de 2019, com valores atualizados em 2022.

Deputados gastaram R$ 4 milhões em idas ao exterior em 2025

Política

Política - título

Matéria - Política

Assembleia Legislativa

Em sessão realizada na quinta-feira (6), a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) deu um fôlego à Prefeitura para ajustar a operação do aterro sanitário de Goiânia. O colegiado não apenas manteve a suspensão da liminar que interditava o local, como confirmou a competência da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) para licenciar seu funcionamento. Relator do caso, o desembargador Maurício Porfírio Rosa foi cauteloso e deixou claro que não estava em julgamento a operação adequada do aterro. Contudo, argumentou que a interdição não resolve os eventuais problemas e poderia gerar outros. Foi acompanhado por unanimidade. A decisão desata entraves pontuais — como a falta de licença ambiental e o descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público —, mas não soluciona questões graves, como a contaminação do solo, a capacidade próxima do limite e a falta de condições ideais de trabalho. Portando, a Prefeitura não pode se acomodar e deve adotar — com as adaptações necessárias — as melhores práticas sobre gestão do lixo existentes, garantindo sustentabilidade, segurança ambiental e condições dignas de trabalho no aterro sanitário.

Fôlego para o aterro

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

A Universidade Federal de Goiás (UFG) sedia, neste sábado (8), na Faculdade de Direito, Praça Universitária (Setor Leste Universitário), a mesa-redonda “Justiça climática à luz da COP30”, a partir das 9h30. O evento se insere no <a href="https://opopular.com.br/cidades/forum-para-discutir-mudancas-climaticas-em-goiania-sera-instalado-nesta-4-1.3304840" target="_self">quadro preparatório para a COP30</a> e é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Direito e Políticas Públicas (PPGDP) e também apoiado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), que se envolve por meio dos programas de pós-graduação em Direito Agrário e em Direitos Humanos.

Como foco da conferência estão temas como redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias de energia renovável e as soluções de baixo carbono; preservação de florestas e da biodiversidade; justiça climática; e os impactos sociais das mudanças climáticas.

Participarão do evento pesquisadores franceses, vinculados ao Centro Internacional de Direito Ambiental Comparado (CIDCE) e à Universidade de Limoges, na França, que debaterão os temas propostos com docentes da Faculdade de Direito e dos programas de pós-graduação da UFG e da PUC Goiás. Entre os estudiosos franceses que participarão do evento estão Michel Prieur, Julien Prieur e Laurent Vassalo. A Faculdade de Direito e Ciências Econômicas (FDSE) e o Centro de Pesquisas Interdisciplinares em Direito Ambiental, de Ordenamento Territorial e Urbanístico (Crideau) de Limoges destacam-se pelo engajamento em pesquisas sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável, sendo reconhecidos como centros de referência nesses assuntos, na França e em todo o mundo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/forum-para-discutir-mudancas-climaticas-em-goiania-sera-instalado-nesta-4-1.3304840" target="_self">Fórum para discutir mudanças climáticas em Goiânia será instalado nesta 4ª</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/que-a-gente-possa-discutir-mais-desenvolvimento-e-menos-imposic-es-diz-daniel-vilela-sobre-cop30-1.3300273" target="_self">"Que a gente possa discutir mais desenvolvimento e menos imposições", diz Daniel Vilela sobre COP30</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/cop30-e-alvo-de-articulac-o-de-governadores-do-sul-e-sudeste-1.3301969" target="_self">COP30 é alvo de articulação de governadores do Sul e Sudeste</a></div>

Entre os docentes anfitriões que animarão o debate estão José Antônio Tietzmann e Silva e Luciane Martins de Araújo, pesquisadores na área do Direito Ambiental, e que já participaram de várias conferências climáticas da ONU, em nome do CIDCE, o qual integram já há vários anos.

O CIDCE é uma organização internacional não governamental (Oing), criada em Limoges, na França, em 1982, como uma associação científica regida por lei francesa. É composto por juristas ambientais de renome internacional e tem como principal missão reunir esses profissionais do mundo inteiro para contribuir com o avanço do direito ambiental, especialmente em reuniões e conferências internacionais e regionais.

Justiça climática em discussão na UFG com docentes franceses neste sábado (8)

Meio ambiente

No universo da corrida, uma das modalidades é a “trail run” ou corrida de trilha, que se diferencia de outras mais convencionais por causa de sua aura aventureira. Na série especial Corre que Dá, o POPULAR mergulhou no universo da modalidade para conhecer a prática e os cuidados e locais para correr com segurança e diversão.

O profissional de Educação Física Lucas Matheus, de 37 anos, natural de Goiânia, trabalha na Assessoria Esportiva Ventureli e teve a sua primeira experiência no trail run em outubro de 2019, na Chapada dos Guimarães (Mato Grosso). Segundo ele, trata-se de uma prática esportiva que tem como características principais os terrenos naturais e grandes altimetrias em uma modalidade mais técnica com um senso de autossuficiência e comunidade.

“O trail run é uma modalidade de corrida em terrenos naturais, em montanhas, morros, florestas e terrenos irregulares, todos com uma conexão com a natureza. Às vezes em trilhas estreitas (single track), outras vezes em locais abertos, estradão de terra, terreno com muita pedra, pequenas ou gigantes”, contou Lucas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/corre-que-da-conheca-o-corre-lento-grupo-de-corrida-que-n-o-esta-nem-ai-para-o-seu-pace-1.3328289" target="_self">Corre que dá: conheça o "Corre Lento", grupo de corrida que não está nem aí para o seu pace</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/corre-que-da-especialistas-d-o-dicas-para-corridas-no-tempo-seco-1.3311765" target="_self">Corre que dá: Especialistas dão dicas para corridas no tempo seco</a></div>

Segundo o treinador, ao contrário do que muitos pensam, o treinamento de trail run não é feito totalmente fora do asfalto, pistas e até mesmo de esteiras. Existe uma estratégia de preparação para condicionamento, preservação articular e desgaste muscular.

O educador físico Ricardo Oliveira, de 45 anos, nascido em Brasília e que mora em Goiânia há 14 anos, é atleta de trail run há quatro anos e já participou de provas de 16, 22, 35, 43, 58 e 75 km. Como treinador específico da modalidade, desempenha a função há dez meses. Ele acrescentou que normalmente as provas envolvem distâncias para iniciantes, intermediários e até as ultramaratonas com provas de 7, 15, 28, 35, 55, 75 e as famosas 100 milhas (cerca de 160km).

Ricardo explicou que, na corrida de trilha e montanha, o pace - medida de quanto tempo você leva para percorrer 1 km - não é o mais importante. Segundo o treinador, o pace até importa, principalmente para quem está competindo pelos primeiros lugares no pódio, mas, diferentemente de uma prova de corrida em asfalto, o pace no trail run é muito mais variado.

“Para uma corrida de trail, você precisa estudar o percurso, saber quantos metros terá de subida, se terá areia, rochas, córregos para atravessar e tudo isso vai interferir no seu pace. Se pegarmos o mesmo corredor que cravou um pace de 5min/km nos 10km de asfalto, na trilha ele terá momentos de pace de 5, mas, se pegar uma subida muito íngreme, pode ser que seu pace vá para 8, depois em uma descida rápida, ele passe para um pace de 4”, elucidou.

Daiane Machado, de 42 anos, é de Anápolis e sempre gostou de fazer trilhas. A sua formação em Biologia a fez se apaixonar ainda mais por essa atividade. Em 2016, ela começou a praticar corrida de rua e eventualmente fazia trilhas, como na parte interna do Parque Areião. Em 2020, em meio ao isolamento social, a trilha passou a ser mais constante e ela logo se inscreveu para a primeira prova na modalidade.

“A sensação de liberdade, o desafio técnico do terreno e a imersão total no ambiente natural fizeram com que o trail run se tornasse uma paixão. Desde então, as corridas em trilha sempre estão presentes no meu planejamento anual”, destacou a funcionária pública.

De lá para cá, Daiane participou de provas em Cocalzinho, com a oportunidade de subir o Pico dos Pirineus. “Chegar no topo e ser presenteada com aquela vista é uma das sensações mais gratificantes que já vivi”, ressaltou. Recentemente, ela correu a etapa da UTMB Brasil na cidade de Paraty (RJ).

“Foi intenso, desafiador em muitos sentidos e absolutamente inspirador. Acho que, no geral, no trail, cada passo e cada subida te exigem físico e mente de uma forma mais intensa. Mas é justamente isso que torna a experiência tão única e especial. Correr em lugares de natureza intocada, longe do concreto, é um convite à conexão com a nossa ancestralidade”, descreveu Daiane.

A publicitária goianiense Lara Queiroz, de 40 anos, conheceu a trail run há cerca de dois anos. A paixão por trilhas e o contato com a natureza foram os principais atrativos. Após participar de uma prova em Cocalzinho no ano passado, amou tanto a experiência que começou a entrar mais neste mundo da trail run.

“A maior recompensa é o prazer que o contato com a natureza nos proporciona. O bem-estar, a saúde tanto física quanto mental. Também corro muito no asfalto, mas é na terra que eu de fato descanso a mente. Outra coisa muito boa que o trail me proporciona são as amizades que fui fazendo ao longo dos treinos e nas provas”, disse.

Assim como Daiane, Lara participou da UTMB Brasil em Paraty, que aconteceu em setembro deste ano. Para 2026, a publicitária já marcou em seu calendário quatro provas diferentes de trilha.

Enquanto Daiane e Lara estão imersas no universo da trail run há relativamente pouco tempo, a empreendedora goianiense Juliana Fernandes, de 44 anos, começou a praticar a modalidade entre 2011 e 2012. Ela decidiu se arriscar na corrida de aventura e passou pelo triatlo antes de chegar na trail run.

“Em certo momento, quis me desafiar e entrar no mundo da corrida de aventura. Você recebe um mapa, tem pontos determinados para passar, usando apenas o mapa e bússola. Provas em equipe, geralmente de quatro pessoas. Comecei a treinar em todas as modalidades, inclusive a corrida em trilha”, contou.

Multiatleta, com experiência no mountain bike, no remo e, principalmente, na escalada, Juliana participou de provas internacionais, como o Circuito Mundial, fez duas vezes os 80 km na corrida de trekking La Mision e correu em lugares como Pirenópolis, Brasília e países como Chile, Argentina e no arquipélago espanhol das Ilhas Canárias.

Para Juliana, a maior recompensa do trail run é o contato com a própria religiosidade e com a natureza, em um momento de reflexão e introspecção. “Atualmente, treino para me manter mentalmente sã”, declarou a proprietária de uma marca de culinária saudável.

Corre que dá: conheça a modalidade trail run, que leva aventura e conexão à corrida