Dois investigados na operação Capésius tiveram suas prisões temporárias convertidas em preventivas e a Justiça determinou ainda o bloqueio de quase R$ 2 milhões dos dois com o objetivo de ressarcimento dos danos ao patrimônio público. A ação realizada na última segunda-feira (13) pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) em conjunto com a Polícia Civil (PC) apura <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/opera%C3%A7%C3%A3o-do-mp-apura-fraudes-em-licita%C3%A7%C3%B5es-para-compra-de-medicamentos-judicializados-em-formosa-1.2318736" target="_blank">fraudes na aquisição de medicamentos judicializados</a>, com dispensa de licitações, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal (DF).O promotor de Justiça Douglas Chegury, da 1ª Promotoria de Justiça de Formosa, explica que as investigações começaram há seis meses e estima-se que o esquema desviou R$ 2 milhões dos cofres públicos do município em 2020 e 2021. No dia da operação, as ordens judiciais foram cumpridas contra empresários e empresas distribuidoras de medicamentos. A investigação mostrou que o esquema utilizava empresa em nomes de “laranjas” e fraudava licitações para o fornecimento de medicamentos a preços superfaturados. De acordo com o MP, foram identificados que determinados produtos foram adquiridos pelo Fundo Municipal de Saúde com mais de 200% de superfaturamento.Os investigados apresentavam ao Fundo Municipal orçamentos falsificados de empresas que, de fato, desconheciam o uso da documentação, com preços acima dos praticados no mercado, com o intuito de direcionar a licitação para a empresa que pretendiam ver vencedora, cujo orçamento era ligeiramente inferior aos demais.Ainda de acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), a compra dos medicamentos era determinada antecipadamente pelo Poder Judiciário, atendendo pedido do próprio MP, para atender pacientes de Formosa que não obtiveram os medicamentos administrativamente junto à Secretaria de Saúde municipal.A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos. O espaço segue aberto para manifestação.CapésiusA operação recebeu o nome de Capésius em alusão ao farmacêutico de Auschwitz Victor Capésius, que utilizou seus conhecimentos de forma criminosa e em favor do nazismo, causando a morte de milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, num período da história que ficou conhecido como Holocausto.

Justiça acata pedido do MP e determina bloqueio de R$ 2 milhões de investigados na operação Capésius

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Webstories - Dirigente do Goianésia denunciou manipulação de resultado

web story esquema manipulação de jogos denuncia de Goianésia

<img attr-cid="policy:1.3252294" attr-version="policy:1.3252294:1744630388" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3252294/jogadores_do_equador_alicidos_para_resultados_de_jogos.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
De acordo com investigação, time equatoriano teria que perder por 3 a 0, mas o resultou ficou em 2 a 0 (Reproduação/TV Globo)

O grupo investigado por manipulação de jogos de futebol, que tentou <a href="https://opopular.com.br/esporte/investigac-o-de-manipulac-o-de-jogos-comecou-apos-aliciador-procurar-presidente-do-goianesia-que-e-delegado-diz-pc-1.3250632">subornar o presidente do Goianésia Esporte Clube e delegado</a> Marco Antônio Maia, aliciava jogadores internacionais, revelou ao Fantástico, da TV Globo, o delegado Eduardo Gomes. Ele é&nbsp; responsável pela Operação Jogada Marcada, da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). O programa teve acessos a videochamadas por rede social que mostram os investigados discutidos em espanhol com jogadores do Equador.&nbsp;

<cite>Os outros jogadores vão estar comigo à mesa. Sem telefone, nem nada. Olho a olho. Aqui tem dois homens que perderam muito dinheiro e saúde também," alega um dos suspeitos.&nbsp;&nbsp;&nbsp;</cite>

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De acordo com o delegado, as imagens e os áudios são do empresário Fábio Franscisco de Oliveira e de Leonardo Lobo Araújo. Eles e mais cinco <a href="https://opopular.com.br/esporte/jogadores-tecnicos-e-dirigentes-s-o-alvos-de-operac-o-contra-manipulac-o-no-futebol-que-movimentou-r-11-milh-es-1.3250458">pessoas foram presas no último dia 9</a>. Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o advogado, de Fábio Francisco, Caio Freitas, enviou uma nota, nela informa que ainda não teve acesso ao processo (veja íntegra da nota ao final desta reportagem). Segundo ele, Fábio foi solto no domingo (13). A defesa de Leonardo Lobo não respondeu a reportagem até a última atualização deste texto.&nbsp;&nbsp; 
 
<cite>No vídeo já são os articuladores, que são brasileiros e alvos de investigação, cobrando resultados diretamente dos jogadores. Então, provalmente, os representantes do time tinham feito as articulações e o contato já era direto agora com os investigados brasileiros com os jogadores equatorianos", esclareceu Gomes, em entrevista ao G1.&nbsp;</cite>

Conforme a polícia, os brasileiros queriam de volta o dinheiro pago em uma negociação para um resultado fraudulento, que foi frustrado. Gomes cita que o time dos jogadores, o Vargas Torres, em uma partida de 2 de agosto de 2023, teria que perder por 3 a 0 para o Club Deportivo. No entanto, a derrota foi de 2 a 0.&nbsp;

<cite>Fala para ele que eu quero esse dinheiro, que dá cento e poucos mil. Explica para ele aí, vai", cobra um dos investigados.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/investigac-o-de-manipulac-o-de-jogos-comecou-apos-aliciador-procurar-presidente-do-goianesia-que-e-delegado-diz-pc-1.3250632">Investigação de manipulação de jogos começou após aliciador procurar presidente do Goianésia, que é delegado, diz PC</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/presidente-do-goianesia-chegou-a-receber-proposta-de-ate-r-500-mil-de-comiss-o-para-interferir-em-resultados-do-time-1.3250863">Presidente do Goianésia chegou a receber proposta de até R$ 500 mil de comissão para interferir em resultados do time</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/dirigente-do-goianesia-que-denunciou-manipulac-o-de-resultado-diz-que-operac-o-e-so-ponta-do-iceberg-1.3250740">Dirigente do Goianésia que denunciou manipulação de resultado diz que operação é só "ponta do iceberg"</a></div>

Conforme o investigador, os pagamentos realizados pelo esquema a jogadores era no intuito de manipular resultados. Nesse caso, as fraudes estavam relacionadas a apostas online feitas por brasileiros em partidas da segunda divisão do campeonato equatoriano de futebol."

A PC aponta Fábio Francisco e Leonardo Lobo como articuladores de uma suposta organização criminosa especializada em subornar dirigentes esportivos e jogadores para manipular resultados e faturar milhões em apostas online. O delegado salienta que o alvo deles eram times pequenos, como o que ocorreu com o Goianésia Esporte Clube.&nbsp;

<cite>Um time que já está em uma situação ruim, talvez mal gerido, com pouco recurso, e do nada aparece uma oferta dessas, que paga o time inteiro, pensando em prol do clube, se o cara [dirigente] não pensar no benefício próprio", disse&nbsp; Eduardo Gomes, ao Fantástico.</cite>

<div attr-cid="policy:1.3250864" attr-version="policy:1.3250864:1744285525" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3250864" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3250864', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3250864">Webstories - Dirigente do Goianésia denunciou manipulação de resultado (1.3250864)</a></div>

<h2>Entenda a investigação&nbsp;</h2>

A investigação do esquema começou em 2023, quando o presidente do Goianésia Esporte Clube, o delegado Marco Antônio Maia, denunciou uma abordagem feita por uma dos suspeitos. Para ele foram oferecidas <a href="https://opopular.com.br/esporte/presidente-do-goianesia-chegou-a-receber-proposta-de-ate-r-500-mil-de-comiss-o-para-interferir-em-resultados-do-time-1.3250863">"comissões" que chegaria aos R$ 500 mil.&nbsp;</a>

<cite>Inicialmente, eu achei que se tratava de um patrocínio e comecei a conversar com ele. E, durante essa conversa, a gente viu que realmente não era nada legalizado", relatou Maia, ao Fantástico.&nbsp;&nbsp;</cite>

Maia, que presidiu o Goianésia entre 2018 e 2024, afirmou que não participou diretamente das investigações, mas acompanhou de perto o caso em razão de sua gestão à frente do clube.&nbsp;

<cite>Eu tenho capacidade técnica e jurídica para fazer a investigação, mas sempre pautando pela transparência... eu nunca fiz uma investigação contra esse pessoal", explicou o delegado sobre ser testemunha no caso.</cite>

<img attr-cid="policy:1.3250636" attr-version="policy:1.3250636:1744229175" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3250636/Proporção para foto do site - 2025-04-09T154405.933.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Print com o nome de um dos grupos usados pelos investigados suspeitos de manipulação de jogos. Mandados foram cumpridos em seis estados (Divulgação/Polícia Civil)

A situação do dirigente se assemelha à do presidente do Vila Nova e major da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), Hugo Jorge Bravo, cujas denúncias deram origem à Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023.

<cite>Por coincidência, tem vários dirigentes esportivos brasileiros que são policiais, mas aqui em Goiás eles deram azar que era logo eu no Goianésia e o Hugo no Vila, o que repercutiu. O Hugo é meu amigo pessoal. Ele já sabia dessa operação, eu contei para ele, trocamos informações", revelou Marco Antônio.</cite>

Entre 2023 e 2024, a Operação Penalidade Máxima investigou fraudes em partidas de diversos campeonatos estaduais, além das séries A e B do Campeonato Brasileiro. De acordo com a polícia, o esquema, investigado pela Operação Penalidade Máxima, envolvia o aliciamento de jogadores para cometer pênaltis, forçar cartões ou manipular resultados, com o objetivo de favorecer apostadores.

<cite>São esses dois pontos. Primeiro, o Vila Nova e o Goianésia são dois times sérios, e a segurança jurídica que temos de poder fazer uma denúncia dessa, pois estamos acostumados a mexer com crime organizado. Isso é um crime organizado, com ramificações não só no Brasil, mas no mundo inteiro. É uma máfia", declarou o delegado.</cite>

Para Maia, muitos dirigentes de outros times deixam de formalizar denúncias por receio de represálias ou por não saberem como lidar com a complexidade do problema. Segundo ele, esses dois casos são apenas "<a href="https://opopular.com.br/esporte/dirigente-do-goianesia-que-denunciou-manipulac-o-de-resultado-diz-que-operac-o-e-so-ponta-do-iceberg-1.3250740">a pontinha do iceberg</a>".&nbsp;

<cite>Uma das formas de coibir é pelo menos botar medo, que as pessoas não podem fazer qualquer coisa senão vão presas. Essa ação (investigação) é a pontinha do iceberg, vai pegar mais gente. Não é um país sem lei. Pode demorar um pouco, mas vão responder por isso. Tenho certeza que vai ter fase 1, 2, 3, e vamos conseguir, tentar pelo menos, moralizar um pouco o futebol brasileiro", salientou Maia.</cite>

Íntegra da nota da defesa de Fábio Francisco de Oliveira&nbsp; 
&nbsp;

O advogado Caio Freitas, responsável pela defesa do senhor Fábio Francisco de Oliveira, informa que está acompanhando de forma diligente o andamento das investigações, adotando desde já todas as medidas jurídicas cabíveis para o pleno esclarecimento dos fatos.&nbsp;

Esclarece-se que a defesa ainda não teve acesso integral a todos os elementos de prova constantes nos autos, o que inviabiliza, por ora, qualquer manifestação mais aprofundada sobre o mérito. Ressaltamos que todas as manifestações serão realizadas exclusivamente perante o Poder Judiciário, no momento oportuno, em estrita observância ao devido processo legal e à garantia constitucional da ampla defesa.&nbsp;

Cumpre pontuar que o senhor Fábio foi preso temporariamente no dia 09 de abril de 2025, imediatamente após receber alta hospitalar decorrente de uma cirurgia delicada de gastroplastia. Destaca-se, contudo, que ele não foi apresentado à audiência de custódia, em razão da ausência de comunicação por parte da autoridade policial responsável pela prisão, o que, nos termos da legislação vigente e da jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, torna a prisão ilegal.&nbsp;

Diante disso, esta defesa impetrou dois Habeas Corpus em favor do paciente: um por razões humanitárias, e outro em razão da mencionada ilegalidade, especificamente pela ausência da audiência de custódia, que deve ser realizada no prazo de 24 horas após qualquer modalidade de prisão.&nbsp;

Informamos que, na data de ontem, tal ilegalidade foi sanada, tendo em vista que o senhor Fábio foi colocado em liberdade por volta de 00h17, ato este acompanhado de perto por esta defesa, que diligenciou o regular cumprimento da ordem de soltura.&nbsp;

Reiteramos que o procedimento ainda se encontra na fase de inquérito policial, não havendo, até o momento, qualquer denúncia formalizada pelo Ministério Público do Estado de Goiás.

Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais, sempre com o compromisso com a legalidade, a justiça e o respeito às garantias fundamentais do cidadão.&nbsp;

&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3250733" attr-version="policy:1.3250733:1744237130" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3250733" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3250733', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3250733">web story esquema manipulação de jogos denuncia de Goianésia (1.3250733)</a></div>

Grupo investigado por manipulação de jogos aliciava jogadores internacionais, diz delegado

Esporte

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Matéria - Esporte

JOGADA MARCADA 

O ex-prefeito de Formosa, Gustavo Marques de Oliveira, que foi gestor entre os anos de 2021 e 2024, é&nbsp; investigado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) suspeito de praticar desvio de dinheiro da prefeitura para pagar dívidas pessoais. A operação foi realizada na última quinta-feira (27) e, de acordo com o MP, o objetivo era investigar delitos contra a administração pública, uso de documento falso, corrupção e lavagem de dinheiro.

Correção: O Popular errou ao informar que mandados de prisão foram cumpridos. A informação correta é de que mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O texto foi atualizado às 18h50. &nbsp;

A reportagem não conseguiu localizar a defesa até a última atualização desta reportagem e não teve retorno do ex-prefeito de Formosa, Gustavo Marques.&nbsp;

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De acordo com o Ministério Público, as provas reunidas contra o suspeito apontam que ele devia aproximadamente R$ 1,5 milhão para o agiota Luiz Carlos de Lima, conhecido como Peixe, que foi assassinado em 2024 por terceiros.

<div class="p-readmore-box"> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/servidora-publica-e-condenada-a-perder-o-cargo-e-pagar-mais-de-r-100-mil-apos-desviar-recurso-da-prefeitura-de-goiatuba-1.3245078" target="_blank">Servidora pública é condenada a perder o cargo e pagar mais de R$ 100 mil após desviar recurso da Prefeitura de Goiatuba</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-funcionario-e-preso-suspeito-de-desviar-mais-de-r-1-2-milh-o-de-granja-em-goias-1.3241584" target="_blank">Ex-funcionário é preso suspeito de desviar mais de R$ 1,2 milhão de granja em Goiás</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vereador-e-afastado-da-camara-municipal-de-aragarcas-apos-denuncia-da-populac-o-sobre-obra-durante-periodo-eleitoral-1.3232722" target="_blank">Vereador é afastado da Câmara Municipal de Aragarças após denúncia da população sobre obra durante período eleitoral</a></div>

Segundo o MP, para pagamento de parte da dívida, o ex-gestor supostamente utilizou dinheiro público do município para doar imóveis para familiares do agiota. Conforme o órgão, o ex-prefeito contou com o apoio de servidor municipal na ação. 
 
Mandados de busca e apreensão foram realizados pelo MP e pela Polícia Civil (PC) nas casas e no local de trabalho dos investigados. De acordo com o MP, em caso de condenação, os suspeitos terão penas que podem chegar a 20 anos de prisão.&nbsp;

Ex-prefeito de Formosa é suspeito de doar lotes da prefeitura para pagar dívida com agiota

Desvio de dinheiro 

Imóveis de luxo

<img attr-cid="policy:1.3201133" attr-version="policy:1.3201133:1732036616" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3201133/WhatsApp Image 2024-11-19 at 14.13.34.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Operação da Polícia Civil prende oito suspeitos de realizar fraudes imobiliárias (Divulgação/Polícia Civil)

Oito pessoas foram presas suspeitas de integrar uma associação criminosa especializada em estelionatos e fraudes em financiamentos imobiliários. A Polícia Civil (PC) informou que, além das prisões, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Goiânia, na segunda-feira (18). As investigações identificaram a existência de oito financiamentos fraudulentos, que causaram um prejuízo estimado aos bancos de R$ 6 milhões.

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Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, o POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

O delegado Paulo Ribeiro afirmou que a denúncia sobre o caso chegou à polícia há um ano, dando conta de que integrantes estavam falsificando documentos para a viabilizar financiamentos imobiliários.&nbsp;

Segundo a PC, os bancos eram induzidos ao erro, por meio de documentos inidôneos que inflavam artificialmente o patrimônio de laranjas, com a finalidade de aprovar as operações bancárias. Os golpes consistiam em baixar o gravame - registro de que o financiamento foi quitado - da hipoteca dos imóveis, que eram de alto padrão em condomínios de luxo, no cartório e deixar o bem disponível para venda.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/golpe-das-miss-es-vitima-perdeu-r-200-mil-ao-achar-que-ganharia-dinheiro-curtindo-fotos-em-redes-sociais-diz-policia-1.3200062" target="_blank">Golpe das missões: Vítima perdeu R$ 200 mil ao achar que ganharia dinheiro curtindo fotos em redes sociais, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-servidor-do-detran-e-despachantes-s-o-presos-suspeitos-de-fraude-na-transferencia-de-veiculos-1.3199242" target="_blank">Ex-servidor do Detran e despachantes são presos suspeitos de fraude na transferência de veículos</a></div>

A polícia apurou que a prática realizada pelos suspeitos era de superestimar a avaliação que puxava o valor do financiamento para cima. Com isso, o proprietário do imóvel estornava a quantia excedente para os suspeitos, que conseguiam vantagem indevida.&nbsp;

“Outro golpe que a investigação conseguiu detectar foi a utilização dos limites do cartão de crédito em lojas de confecção de roupas vinculadas ao grupo criminoso. Eles já tinham a intenção de não pagar aquela fatura, o que gerava também prejuízo aos bancos”, afirmou o delegado.&nbsp;

Paulo Ribeiro ressaltou ainda que os suspeitos, que deverão responder pelos crimes de&nbsp;falsidade ideológica, estelionato, furto mediante fraude e lavagem de dinheiro, vão ficar presos até a conclusão do inquérito e que as investigações continuam.&nbsp;

“A investigação prossegue no sentido de delimitar outras participações, tendo em vista que há um indício de facilitação na abertura dessas contas por alguns colaboradores do banco, bem como a conveniência de alguns vendedores no estorno desses valores”, completou.

<div attr-cid="policy:1.3201129" attr-version="policy:1.3201129:1732036655" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3201129" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3201129', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3201129">Imóveis de luxo (1.3201129)</a></div>

&nbsp;

Operação prende oito suspeitos de fraudes em financiamentos imobiliários em Goiânia

Fraude

A Polícia Civil indiciou os empresários José Renato Chaves, de 70 anos, e Fernando Teixeira Chaves, de 32, pai e filho, por crimes contra a ordem tributária ao criarem um esquema envolvendo empresas de materiais elétricos em nome de laranjas para poderem firmar contratos com o poder público, desviar recursos para contas particulares e evitar o pagamento de impostos. No relatório final apresentado à Justiça, é informado que as empresas do grupo somam dívidas em tributos que ultrapassam R$ 101 milhões. <a href="https://opopular.com.br/politica/prefeitura-de-goiania-aderiu-a-atas-de-registro-de-preco-com-irregularidades-diz-delegado-1.3143467" target="_blank">A investigação teve início após publicação de reportagem pelo</a> POPULAR em julho de 2023.

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Pai e filho também vão responder, junto com mais cinco pessoas apontadas como laranjas da dupla, por falsidade ideológica e uso de documento falso e por formação de quadrilha. No inquérito, é dito que o esquema é similar a outro, também chefiado por José Renato, e que foi descoberto pela Polícia Civil durante uma operação em 2013. As investigações apontam relação entre as empresas criadas naquela época e as atuais. Um dos supostos laranjas, inclusive, é citado nos dois casos.

José Renato e Fernando são apontados como os verdadeiros donos das empresas Goiás Led, Elétrica Luz, Elétrica Radiante, Solar Led e Delvalle Materiais Elétricos. O indiciamento por crimes tributários foi feito pelo delegado Alexandre Alvim Lima, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT) e se tornou possível após a deflagração de uma operação em fevereiro deste ano, com a apreensão de diversos materiais nas sedes das empresas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/comissionado-foi-elo-de-empresas-com-secretario-de-infraestrutura-diz-policia-civil-1.3143647" target="_blank">Comissionado foi elo de empresas com secretário de Infraestrutura, diz Polícia Civil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/prefeitura-de-goiania-aderiu-a-atas-de-registro-de-preco-com-irregularidades-diz-delegado-1.3143467" target="_blank">Prefeitura de Goiânia aderiu a atas de registro de preço com irregularidades, diz delegado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/seinfra-aguarda-licitac-o-para-seguir-com-troca-de-lampadas-em-goiania-1.3143337" target="_blank">Seinfra aguarda licitação para seguir com troca de lâmpadas em Goiânia</a></div>

Em junho, a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) realizou uma outra operação contra os dois envolvendo as mesmas empresas por suspeitas de fraudes em contratos com a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) de Goiânia. A ação policial levou, na época, à exoneração do titular da Seinfra, Denes Pereira (SD), até então um dos principais auxiliares do prefeito Rogério Cruz (SD). A investigação teve como base a mesma reportagem do POPULAR. Três das empresas firmaram contrato em 2023 com a Seinfra, sem licitação, de mais de R$ 22,5 milhões.

Entre os laranjas citados pela DOT, aparece Alessandro Martins Miguel, de 51 anos, citado na reportagem do POPULAR por aparecer como dono da Goiás Led, tendo assinado dois contratos de R$ 12,5 milhões apesar de morar em uma casa humilde na periferia de Trindade. Para a Polícia Civil, ele confirmou que na verdade era apenas encarregado pelo setor de transporte das empresas do grupo e que emprestou seu nome, sem participar das decisões e contratos firmados pela empresa.

Os outros indiciados deram versões parecidas com a de Alessandro. Como o caso de Sérgio Augusto Vital Ferreira Beltrão, de 48 anos, suposto testa-de-ferro de José Renato. Sérgio “assumiu” a Goiás Led após a publicação da reportagem de julho de 2023. Na DOT, ele afirmou ser o responsável pela participação das empresas do grupo em processos licitatórios públicos e que sempre tomou cuidado para que apenas uma participasse de cada licitação.

Em depoimento na DOT, Fernando disse que possui apenas três empresas em seu nome e que os repasses financeiros verificados pela Polícia Civil são referentes a serviços que prestou junto ao outro grupo e que foram feitos pelo seu pai. Já José Renato admitiu ser o dono das empresas de materiais elétricos e que havia colocado outras pessoas como sócias porque estava impedido de contratar com o poder público. Eles negam quaisquer crimes tributários.

O delegado aponta em seu relatório final haver provas de que as empresas atuais do grupo estavam negligenciando o pagamento de tributos e acumulando dívidas para posteriormente serem fechadas e criadas outras em nome também de laranjas. Segundo o responsável pela investigação, foi o que aconteceu com algumas empresas de José Renato durante operação chefiada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) há mais de 10 anos.

“As empresas anteriores estão desabilitadas por motivo de suspensão e/ou baixa de suas atividades, entretanto deixaram um elevado passivo tributário, sem lastros para quitação. As atuais empresas estão trilhando o mesmo caminho”, afirmou.

Polícia indicia pai e filho por empresas em nome de laranjas

Fraudes

O Popular