A Justiça de Goiás arquivou o inquérito policial que investigava Larissa Darck Cavalcante pela morte de Elias de Andrade Silva, no dia 10 de janeiro deste ano, em Aparecida de Goiânia. O juiz Leonardo Fleury Curado Dias determinou o arquivamento ao concordar com a manifestação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que apontou legítima defesa.Na manifestação, o promotor de Justiça, Milton Marcolino dos Santos Júnior, considerou o histórico de agressões contra a mulher, os pedidos de medida protetiva obtidos por ela, o acionamento do botão de pânico no dia do fato, além dos sinais de lesão do corpo de Larissa.Ainda de acordo com o promotor, Larissa e Elias tiveram um relacionamento conturbado, marcado por agressões. A mulher contava com um botão de pânico, um dispositivo que, quando acionado, envia uma mensagem de pedido de socorro para forças da Segurança Pública. Entenda o casoDe acordo com o MP-GO, as filhas pré-adolescentes de Larissa chegaram em casa, na manhã do dia 10 de janeiro, quando Elias entrou no lote de moto, ameaçando-as. Ao ver a situação, a Larissa Darck colocou o botão do pânico para carregar e mandou o homem embora.Conforme o relato, quando o ex-companheiro foi agredi-la, uma das crianças interferiu, dando tempo de Larissa acionar o equipamento de socorro e pegar uma faca. Diante das ameaças do homem, segundo o promotor, nesse momento a mulher esfaqueou Elias.Uma das filhas de Larissa acionou a Polícia Militar. Com o acionamento do botão de pânico, servidores da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) também foram ao local. A mulher foi presa em flagrante. Entre os argumentos do MP-GO para sustentar a legítima defesa está o fato de Larissa tentar acionar o botão do pânico a tempo de impedir que o homem a agredisse.Leia também:- Inquérito aponta divergências em versão de coronel que matou engenheiro em Aparecida- Goiano extraditado de Portugal é condenado a 6 anos em regime semiaberto após tentar matar amigo