A Justiça acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público de Goiás (MP-GO) para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) apresentar e executar plano emergencial de contingência sobre os riscos ambientais no Aterro Ouro Verde, em Padre Bernardo, palco de três deslizamentos em pilha de resíduos. O prazo é de três dias, tanto para apresentação do plano como para execução de reforço estrutural nas lagoas de chorume. A pasta diz que recorrerá da decisão. Também aponta que as medidas são de responsabilidade da empresa Ouro Verde, que já estaria cumprindo as determinações. O empreendimento privado, no Entorno do Distrito Federal, teve o primeiro desastre ambiental registrado em 18 de junho, com o desabamento de ao menos 42 mil toneladas de resíduos que atingiu o Córrego Santa Bárbara. Um termo de ajuste de conduta (TAC) foi firmado entre a empresa e a Semad em julho com prazos e ações emergenciais a serem feitas. Contudo, em novembro, dois novos deslizamentos foram registrados. O segundo, no dia 12, abrangeu ao menos 3 mil toneladas, mas sem atingir o curso hídrico. O terceiro, no dia 25, não teve o montante estimado, mas também chegou ao córrego que já estava com o uso de água proibido desde junho.