No dia 12 deste mês, em Goiânia, a empresária Fernanda Gomes da Silva Frugoni, 37 anos, recebeu uma notícia que a deixou sem chão. O filho Jhonatan, 18, tinha sido esfaqueado 12 vezes pelo próprio pai que tentava obrigá-lo a contar o paradeiro da mãe, com quem foi casado por 20 anos. Dominado pelo ciúme, Paulo Frugoni Júnior passou a perseguir a ex-mulher que estava escondida depois de fugir de sucessivos espancamentos. O caso chamou a atenção no Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher e quando a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) completou 18 anos. O desfecho dramático da família seguiu um roteiro comum a muitos outros casos. “Fomos casados durante 20 anos e nesse período houve agressões esporádicas que não me deixavam em estado grave, mas de um ano para cá ele piorou muito, tinha crises de ciúme e eu quase não saia de casa. Nosso filho foi morar com a avó por não suportar mais o pai violento”, conta Fernanda. Foi em maio, no aniversário de Paulo, que a empresária foi violentamente espancada. “Eu fiquei com o rosto deformado e passei uma semana acamada. Eu não o denunciei por medo. Foram dias de terror!”.