Um projeto de lei com a remodelação do plano de carreira dos professores efetivos do Estado de Goiás deve ser encaminhado nesta terça-feira (15), Dia do Professor, à Assembleia Legislativa. A proposta aumenta a progressão horizontal para 15 categorias (A até O) ao invés das atuais 7 (A até G), sendo que ela será automática a cada dois anos tanto para a categoria PIII (graduados) e PIV (especialistas e pós-graduados). A cada mudança, haverá um reajuste de 2% além do que ocorre anualmente pelo piso nacional da categoria. Além disso, para 2025, o governo propõe um reajuste de 5% a mais que o piso para PIII e PIV. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) informa que não participou da discussão e que a proposta não repõe as perdas da categoria dos últimos seis anos. Presidente do Sintego e deputada estadual, Bia de Lima (PT) afirma que desde o início da gestão de Ronaldo Caiado, os professores perderam 68% de reajustes e que, por isso, o aumento prometido desta vez não recompõe esse déficit anterior. Ela explica que essa perda ocorre porque o Estado só concedia o reajuste do piso nacional para os profissionais em começo de carreira, enquanto que os profissionais PIII e PIV tinham aumentos em porcentuais menores. “Quando o reajuste do piso foi em 14%, ele concedeu, se não me engano, 4% ou 5% para os PIII e PIV. Na época do Marconi (Perillo, ex-governador), o mesmo reajuste do piso era dado para todo mundo. Então temos essa perda histórica que não é reparada por este projeto”, diz.