O Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Estadual da Mulher (Hemu) tem apresentado uma queda no estoque e atualmente, conta com apenas 100 litros. Como a demanda de leite humano na unidade é muito alta, essa quantidade é preocupante. A necessidade é de cerca de 300 a 400 litros, para trabalhar com segurança. As mães interessadas em doar leite materno podem ligar ou enviar mensagem no WhatsApp para o número (62) 3956-2921 e solicitar a coleta em domicílio.Para realizar as doações, as mães precisam seguir algumas exigências como apresentar exame de pré-natal que comprove ausência de doenças infecto-contagiosas, não podem ser fumantes, usuárias de drogas ou de bebidas alcoólicas. Além disso, a doadora não pode ter recebido sangue nos últimos seis meses, e não pode fazer uso de medicamentos que contenham restrições à amamentação, e consequentemente, à doação.&nbsp;A Organização Mundial da Saúde (OMS) concorda que o leite materno é o alimento mais completo para o bebê, rico em água, proteínas, lipídios, glicídios, vitaminas e minerais. A amamentação é de extrema importância para obter a nutrição correta durante esse estágio. Diversas pesquisas apontam que bebês prematuros que se alimentam de leite humano, em um período de privação da amamentação em suas mães, possuem mais chances de recuperação e de terem uma vida mais saudável.&nbsp;&nbsp;A coordenadora do BLH, Renata Leles, faz uma solicitação a todas as mães que estejam amamentando que se tornem doadoras e contribuam para aumentar os estoques do Banco de Leite da unidade. “Houve uma queda acentuada em nossos estoques e precisamos da doação de leite materno para salvar os recém-nascidos que estão internados nas UTIs neonatais. Quem puder doar nos procure. Não precisa nem sair de casa, nós buscamos esse leite”, explica.SolidariedadeO BLH destaca que um litro de leite doado pode alimentar até dez recém-nascidos por dia. A depender do peso do prematuro, um mililitro já é o suficiente para nutri-lo cada vez que for alimentado.Os bancos de leite seguem rigorosos métodos de controle de qualidade e segurança, que garantem a eliminação de microorganismos patogênicos do leite humano. São adotados critérios que consideram o bom estado de saúde da doadora e medidas de higiene, permanentemente reforçadas.&nbsp;Victoria Lacerda é estagiária de jornalismo do convênio GJC/PUC-GO.Leia também:&nbsp;- <a href="https://opopular.com.br/noticias/magazine/produtor-cultural-victor-hugo-de-castro-%C3%A9-o-representante-de-goi%C3%A1s-no-programa-no-limite-1.2445276" target="_blank">Produtor Cultural Victor Hugo de Castro é o representante de Goiás no programa "No Limite"</a>- <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/guardas-civis-s%C3%A3o-presos-suspeitos-de-assassinatos-ocorridos-na-serra-das-areias-em-aparecida-1.2445568" target="_blank">Guardas civis são presos suspeitos de assassinatos ocorridos na Serra das Areias, em Aparecida</a>

Leite Materno: com baixo estoque, hospital de Goiânia busca doadoras

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Atingida por um mega incêndio que começou na última semana, a cidade de Los Angeles está devastada em diversos pontos consumidos pelo fogo.

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Duas das regiões mais atingidas são Altadena e Pasadena, bairros das celebridades de Hollywood. Uma organização fundada por Beyoncé anunciou a doação de mais de R$ 15 milhões de reais de um fundo para ajudar àqueles prejudicados nessas áreas.

"O fundo é destinado a ajudar as famílias que perderam suas casas, e igrejas e centros comunitários para atender às necessidades imediatas das pessoas afetadas pelos incêndios florestais", diz o comunicado.

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Muitos anônimos e nomes conhecidos, como Paris Hilton, Adam Brody e Leighton Meester perderam suas casas. O número de mortes já atinge 24.

Gisele Bündchen também prestou solidariedade e pediu doações aos afetados.

"Meu coração está partido por toda essa devastação que está acontecendo na Califórnia. Vamos ajudar esses heróis da vida real a parar com essa catástrofe. Por favor, ajude da forma que você puder."

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Beyoncé doa R$ 15 milhões para ajudar vítimas de incêndios em Los Angeles: 'Estamos com vocês'

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estimam que anualmente em torno de 6 milhões de crianças são salvas pela amamentação materna até o sexto mês de vida. No primeiro dia deste mês, abrindo o Agosto Dourado, o Ministério da Saúde lançou a campanha Amamentação, Apoie em Todas as Situações, com a meta de alcançar 70% do aleitamento com leite materno no Brasil. Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), Goiás é referência nesse esforço. Por outro lado, muitas mães desistem dessa jornada por desconhecerem a melhor prática, como o posicionamento correto do bebê junto ao corpo.

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A campanha Agosto Dourado, de incentivo à amamentação, foi criada em 2017 no Brasil por lei federal e a cor simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano. Quanto mais cedo o bebê mamar no seio da mãe, mais ele ficará protegido de doenças e criará laços com a genitora. O leite materno é considerado a primeira vacina do recém-nascido e sua composição nutricional balanceada dispensa qualquer outro tipo de alimento ou líquido até os seis meses, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento adequado da criança.

Especialista em Neurodesenvolvimento, a fonoaudióloga Lourena Costa tem a amamentação materna como foco de atuação. Ela lembra que a maioria das mães passa por dificuldades nesse processo e muitas desistem. “Tudo é um aprendizado, tanto para a mãe quanto para o bebê, que não nasce preparado para sugar. Ele precisa ter força, sequência e ritmo adequado para tirar o leite e se nutrir. Quando há dificuldades, é possível corrigir o posicionamento da criança, a pega (se o movimento da boca está correto, se a criança tem força) – enfim, se as estruturas estão adequadas.” Ela explica que o frênulo lingual alterado (língua presa) pode impedir o bebê de sugar de maneira correta.

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Lourena Costa reforça que não existe “leite fraco”, como algumas mães preconizam. “Elas chegam à consulta do pediatra e o bebê perdeu peso, embora elas estejam amamentando, mas é preciso avaliar a musculatura fonoarticulatória da criança para promover um aleitamento seguro e uma posição confortável. A mãe precisa entender que o leite que ela produz é o que o bebê precisa e impacta muito na saúde da criança e na recuperação do pós-parto.” Outro aspecto mencionado pela fonoaudióloga é que os tipos de bico do seio – plano ou invertido – não influenciam na amamentação. “Há várias técnicas que podem ser usadas. O bebê não pega apenas o bico, mas também a maior parte da auréola.”

Um bebê mal posicionado no colo da mãe influencia na sucção e deglutição, tornando a amamentação difícil e cansativa, como explica Lourena Costa. A cabeça da criança deve estar sempre mais elevada que o restante do corpo para evitar engasgos e outras intercorrências. E pouca gente sabe, mas ao sugar o seio materno, o bebê contribui para um bom desenvolvimento de sua fala e de sua linguagem no futuro. “Quando há essa estimulação, os músculos e as estruturas da cavidade oral e da face estarão preparadas para as novas funções, como mastigação e a fala.”

Bebês prematuros ou que tenham algum tipo de intercorrência no parto, podem apresentar uma dificuldade maior na organização muscular no momento da amamentação, ressalta Lourena Costa. Não por acaso, é destinado preferencialmente a eles, o estoque dos bancos de leite humano, uma iniciativa que, com a solidariedade de mães que produzem leite excedente, salva vidas.

<img attr-cid="policy:1.3166129" attr-version="policy:1.3166129:1724199843" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3166129/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Agosto Dourado conscientiza mães sobre a importância de doar leite humano para os bebês que mais precisam. Na foto, a Dra. Renata Machado Leles, coordenadora do banco de leite humano do Hospital Estadual da Mulher. (Wildes Barbosa / O Popular)

<h2>Hospital de Goiás alimentou mais de 1,5 mil recém-nascidos só em 2023</h2>

Em Goiânia, há mais de 25 anos o Banco de Leite Humano (BLH), instalado no Hospital Estadual da Mulher (Hemu), não somente estimula a amamentação como garante leite materno para recém-nascidos prematuros e de baixo peso, internados na unidade. Em 2023, os 1.423 litros coletados beneficiaram 1.529 bebês. Coordenadora da unidade, a bioquímica Renata Machado Leles explica que o BLH atende dois públicos: a mãe internada que recebe orientações sobre a amamentação e a paciente externa. Em média, são atendidas 600 mães por mês.&nbsp;

“Conseguimos captar 100 litros por mês e atualmente, nosso estoque, com 150 litros, está baixo. Estamos precisando de doação. Queremos dobrar esse volume. Mães que queiram doar seu leite excedente devem entrar em contato conosco”, avisa Renata Leles. Ela lembra que em Goiás existe uma rede de bancos de leite e um ajuda o outro quando há necessidade. O leite materno disponibilizado pelo BLH atende bebês internados em unidades de risco (UTIs) que por um motivo ou outro não podem receber o leite da mãe.&nbsp;

Para que uma mulher seja doadora do BLH, o primeiro critério é que ela esteja saudável e amamentando. Não fumar, não usar drogas, não ingerir bebidas alcoólicas, não usar medicamentos incompatíveis com a amamentação e não ter recebido sangue nos últimos 12 meses são requisitos obrigatórios. “Se estiver sobrando leite, nós orientamos como ela fará a retirada em casa. Ela nos avisa, envia exames do pré-natal e fazemos um cadastro. Se o bebê estiver maior, ela repete os exames no Hemu. Se estiver tudo bem, ela entra na rota de busca”, detalha Renata Leles. Uma vez por semana, uma viatura do Corpo de Bombeiros percorre os endereços das mães doadoras, recolhe o leite congelado e deixa um frasco vazio, esterilizado.

Renata Machado Leles coordena o BLH do Hemu, mas também atua como uma espécie de orientadora dos demais bancos de leite e postos de coleta espalhados por Goiás. Em Goiânia eles estão instalados nas maternidades Nascer Cidadão (banco), Dona Iris (posto de coleta) e Célia Câmara (posto de coleta); em Anápolis, na Santa Casa (banco) e no Hospital Municipal (banco); e em Planaltina de Goiás, onde antes havia um banco, hoje apenas posto de coleta. “Outros serão implantados brevemente”, avisa a bioquímica.

<h3>Novo programa nacional&nbsp;para fortalecer aleitamento&nbsp;</h3>

O Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é o país que mais coleta e distribui leite materno no mundo e a tecnologia utilizada nos processos de qualidade é modelo para a cooperação internacional em mais de 20 países.

Nos anos de 1970, segundo a pasta, as crianças brasileiras eram amamentadas, em média, por dois meses e meio. Agora, a duração média é de 16 meses, o equivalente a 1 ano e quatro meses de vida. A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de seis meses é de 45,8%, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), por isso o MS estipulou uma meta de 70% a ser alcançada até 2030.&nbsp;

A pasta vai lançar em breve o Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação. Em fase final de pactuação com os conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), seu objetivo é fortalecer e integrar ações voltadas à temática em todo o país.

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Campanha quer nutrir 70% de bebês com leite materno

Saúde

Ainda que o aleitamento materno seja a forma ideal de nutrir um bebê, a tarefa pode não ser simples para todas as mães. A arquiteta Mayra Camelo, de 38 anos, acreditava já estar preparada após os desafios na amamentação da primeira filha, quando ainda era mãe de primeira viagem. “Minha segunda filha estava com 20 dias e minha vontade era de desistir em função da dor”, conta ela sobre os primeiros dias de vida da pequena Júlia Moreira, hoje com 2 meses. Felizmente, Mayra teve orientação de profissionais que a ajudaram a superar as dificuldades e insistir no aleitamento exclusivo de ambas, prática reforçada pelas campanhas Agosto Dourado e Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM), que segue até o dia 7 de agosto.

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Ela descobriu ainda na gestação da filha mais velha, Marina Moreira, 6 anos, que ela nasceria com fissura labial. “Minha primeira preocupação foi saber se eu conseguiria amamentá-la. Procurei ajuda de uma especialista para que ela pudesse auxiliar desde a primeira mamada, ainda na maternidade”, conta ela, que seguiu a amamentação exclusiva até os seis meses, com um desmame que aconteceu de forma gradativa natural aos nove meses.

Com a segunda gestação, Mayra pensou que seria tudo mais fácil. “Eu já conhecia o caminho, teoricamente já sabia amamentar e não tinha o desafio da fissura dessa vez”, lembra. Mesmo assim, procurou uma profissional para auxiliar ainda na primeira mamada. “Relembramos as técnicas e posturas para fazer a pega correta e seguimos com amamentação exclusiva. Mas com o passar dos dias estava sentindo dores no seio, que estava machucando, mesmo estando aparentemente tudo certo com a pega”, conta.

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Ela estava com vontade de desistir. “Foi quando minha obstetra indicou uma consultora em aleitamento materno. Ela constatou que minha filha tinha a ‘língua presa’, uma condição onde o frênulo lingual é mais curto e isso dificulta a amamentação e o ganho de peso do bebê”, explica. A pequena Júlia precisou passar por uma frenectomia, cirurgia para cortar o frênulo, além de sessões de exercício para soltar a musculatura da face da bebê para que a amamentação pudesse seguir sem dor e sem machucados.

<h2>Ajuda</h2>

Pode ser frustrante, principalmente para as mães de primeira viagem, que a amamentação não flua tranquilamente de imediato. “Várias questões podem levar as mães ao consultório quando enfrentam dificuldades com a amamentação. Os principais incluem dor ou desconforto no processo devido a uma pega inadequada ou a outros problemas relacionados à amamentação, como fissuras mamilares ou mastite”, aponta Giovanna Miranda de Souza, médica pediatra do Einstein Goiânia e do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia Iris Rezende Machado (HMAP).

Preocupações com a quantidade de leite produzido e se o bebê está sendo adequadamente alimentado também permeiam essa fase. “Escuto com frequência no consultório a mãe que julga o seu leite fraco ou insuficiente para sustentar o bebê. Essas frases são mitos da pediatria, visto que o leite materno isoladamente é capaz de nutrir o bebê até os seis meses de vida sem a necessidade de qualquer outro alimento ou líquido”, diz.

Sinais como fissuras e dor no momento da amamentação indicam que é a hora de procurar orientação profissional. “O ideal é que se receba orientação adequada antes mesmo que aconteça a fissura. É importante a avaliação durante o pré-natal da mama para a orientação específica, ensinar sobre as possíveis dificuldades que possam acontecer”, aponta Loretta Campos, pediatra especialista em aleitamento materno e puericultura. A necessidade de auxílio durante a amamentação é mais comum do que se imagina, destaca a fonoaudióloga e consultora em aleitamento materno Jackeline Alcântara. “O que acontece é que nós, mulheres, nascemos com glândulas mamárias capazes de produzir leite e os bebês nascem com o reflexo de sucção que vai ajudar na alimentação. Mas cada bebê é diferente, assim como cada mama é diferente. Ou seja, a dupla, o binômio mãe-bebê, precisa aprender um com o outro, e isso faz parte da adaptação inicial do puerpério”, diz.

<h3>Há solução</h3>

“Um dos grandes mitos da amamentação é de que ela é instintiva. Insistimos em explicar que a amamentação tem de ter técnica ensinada e essa mãe supervisionada”, aponta a pediatra Giselle Pulice. “Uma mãe sozinha, que não recebeu orientações sobre pega, posição de mamada e não foi supervisionada provavelmente vai acabar desistindo”, diz.

Pode ser que o bebê não se adapte à posição tradicional de amamentar (de frente, barriga com barriga, com o bebê). É possível tentar outras, como a posição tradicional com a mão invertida, posição invertida e a “cavalinho”. “Nenhuma é melhor que a outra. A melhor posição é a que seja mais confortável para a mãe e para o bebê”, diz Jackeline Alcântara.

“Para ajustar melhor a mamada, especialmente para as mães de primeira viagem, a posição tradicional com a mão invertida facilita muito”, explica. A posição invertida ajuda mulheres com mama mais volumosa e pesada, enquanto a cavalinho auxilia quando a dificuldade maior está no bebê, como aqueles com língua presa, fissura labiopalatal, prematuros ou com síndrome de Down, segundo a especialista.

Quando há dificuldade para sugar, é importante se atentar a alguns detalhes. “Um bebê mais sonolento, especialmente nas primeiras 48 horas de vida, pode deixar os pais mais ansiosos e tentados a oferecer uma mamadeira. Pode ser também que a mama esteja muito cheia, o que dificulta o próprio manejo da amamentação. E pode ser, ainda, uma dificuldade do próprio bebê, que tenha alguma disfunção oral, disfagia, cansaço excessivo, dor por algum problema no parto, ou seja, problemas que exigem a atenção de um profissional mais especializado, como um fonoaudiólogo ou um pediatra”, ressalta.

A temida demora da descida do leite também assombra as mães. “Muita calma nessa hora, porque sei que todo mundo se desespera achando que o bebê vai ficar com fome. Mas ele tem uma reserva calórica de 24 horas após o parto”, diz. A produção de leite é multifatorial e é preciso que a mãe tenha uma ingestão adequada de água, se alimente bem e descanse tempo suficiente para não apenas se recuperar do parto, como também para ter energia para a produção de leite. “Se ainda assim essa mãe não estiver produzindo leite, o melhor é procurar a ajuda de profissionais de saúde que possam avaliar tanto a mãe quanto a eficiência dessa mamada”, indica.

Oferecer bicos e chupetas, de certa forma, pode fazer com que bebês rejeitem o peito da mãe, aponta a pediatra Giovanna Miranda de Souza. “Em alguns casos, influencia a aceitação do peito pelo bebê, porque a sucção necessária para um bico ou chupeta é diferente da sucção no peito, podendo desenvolver o que chamamos de ‘confusão de bicos’, o que dificulta a técnica de amamentação e a pega correta”, diz. “Além disso, o fluxo constante de leite de uma mamadeira, por exemplo, pode ser preferido, especialmente se o fluxo de leite materno não estiver bem estabelecido.”

<h4>Vale ouro</h4>

A campanha Agosto Dourado destaca a importância da amamentação e tem como símbolo a cor dourada por representar a qualidade do leite materno, considerado um alimento de ouro. “O leite materno é o alimento mais completo que um bebê pode receber. Até os &nbsp;seis meses de vida eles não precisam nem de água, pois no leite materno já tem a quantidade certa de água, vitaminas, nutrientes e minerais de uma maneira que ele fica nutrido e saudável”, explica a pediatra Giselle Pulice.&nbsp;

“Os benefícios do leite materno são inúmeros, tanto nessa fase de amamentação quanto benefícios futuros, como menor risco de diabetes no futuro, de níveis de colesterol alterados e outras doenças”, aponta, destacando os benefícios neuronais, para o sistema imunológico e a diminuição da mortalidade infantil.

Saiba as principais dificuldades enfrentadas durante a amamentação

Para mãe e bebê

Faltando apenas 10 dias para o fim do prazo final de entrega da Imposto de Renda Pessoa Física 2024, 33% dos goianos que estão obrigados a declarar (956,2 mil pessoas) ainda não tinham enviado as informações à Receita Federal até a tarde desta segunda-feira (20). A expectativa é que 1,417 milhão de contribuintes no estado acertem as contas com o leão do Imposto de Renda (IR) neste ano, 5% mais que no ano passado, mesmo com o reajuste da tabela.&nbsp;

Neste ano, Vianópolis está se destacando como o município goiano com mais doações de parte do imposto devido aos fundos municipais de amparo à criança, adolescente e idoso, e um dos maiores do País.&nbsp; 
A Receita Federal reforça a possibilidade de utilizar até 6% do imposto devido para doação estes fundos de assistência social.

Mas o supervisor do Imposto de Renda da Receita em Goiânia, Jorge Francisco Martins, lembra que, em Goiás, apenas 3% do potencial de doação foram destinados a este fim. Ao terminar de preencher a declaração, o contribuinte pode indicar o fundo que será beneficiado, de qualquer cidade do País.&nbsp;

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<a href="https://opopular.com.br/economia/saiba-como-declarar-atrasados-do-inss-no-imposto-de-renda-2024-1.3137276">Saiba como declarar atrasados do INSS no Imposto de Renda 2024</a></div>

Ele explica que o contribuinte que utilizar o formulário completo e tem imposto a pagar, tem o direito de destinar até 6% do valor devido para os fundos de direito da criança e adolescente e para o fundo de direito da pessoa idosa (3% para cada). “Mesmo tenho direito à restituição, ele ainda pode recolher o valor destinado até 31 de maio. Este valor será acrescido à sua restituição, com juros da taxa Selic”, informa.&nbsp;

Para quem tem imposto a pagar, o valor será abatido dele. Por isso, um dos principais alvos da campanha são os produtores rurais, que não têm imposto retido. “Se ele tem imposto de R$ 100 mil e quer doar R$ 6 mil, deverá emitir um Darf de R$ 94 mil do imposto outros dois de R$ 3 mil com as doações. A única diferença pra ele será o fato de emitir dois Darfs a mais. O valor a recolher não muda”, explica Jorge Martins.&nbsp;

O município de Vianópolis está se destacando como o que mais conseguiu doações do Imposto de Renda para os fundos de assistência a crianças, adolescentes e idosos. Isso graças ao trabalho de um contador que, sozinho, já conseguiu R$ 1,250 milhão em doações através do esclarecimento aos produtores rurais que atende.

Luiz Mário Sanches d’Abadia conta que faz trabalho de convencimento há alguns anos, que inclui até a realização de palestras. “Já convenci 49 clientes até agora. Sempre tivemos atuação muito boa das instituições locais na área social voltada para crianças, adolescente e idosos”, destaca.&nbsp;

Segundo ele os recursos ajudaram a melhorar muito a estrutura das instituições da região. Vianópolis, tem o maior valor arrecadado do estado, equiparado a São Paulo, com 20% da arrecadação do estado e 2% do País. O valor aumenta a cada ano, devido à conscientização.

“Já foram construídas creches, parques de diversão nas escolas, piscina para hidroginástica no lar dos idosos e centros de lazer para eles, além de auxílio ao trabalho da Apae em Vianópolis e outros municípios onde estão nossos clientes”, conta.

Prazo

As declarações devem ser enviadas até 31 de maio. No Brasil, 27,7 milhões já haviam entregue até esta segunda-feira. O reajuste na tabela do IR foi absorvido pelo aumento da renda nominal e acabou não reduzindo o número de clientes obrigados a declarar em Goiás. Mas o supervisor do IR alerta que os contribuintes devem evitar os últimos dias, principalmente quem utiliza os serviços de contadores, que devem ficar sobrecarregados.

Neste ano, estão obrigados a declarar os contribuintes que receberam mais de R$ 30.639,90 em rendimentos tributários no ano passado. Até 2023, era obrigado a declarar quem recebia rendimentos isentos superiores a R$ 40 mil. Agora, este limite de isenção passou para R$ 200 mil. Neste ano, também é obrigado a declarar quem tem mais de R$ 800 mil em bens.

Jorge Martins informa que houve um aumento do número de pessoas aptas a usar a declaração pré-preenchida, que já chegou a mais de 70% dos contribuintes. Até 2023, eram cerca de 41% com, pelo menos, o nível prata da conta Gov.br. Até o momento, 43,3% dos contribuintes utilizaram a declaração pré-preenchida, que vem com cerca de 80% das informações prontas. “Mas é importante lembrar que o contribuinte tem obrigação de checar estas informações, que são fornecidas por terceiros, sem a responsabilidade da Receita Federal”, alerta o supervisor do IR.

Ele adverte que a Receita também aumentou o cerco em relação ao cruzamento de informações médicas apresentadas nas declarações. Se o prestador do serviço não confirmar estes dados para a Receita em suas informações, ela vai direto para a malha. Segundo Martins, muita gente que já entregou está numa malha provisória esperando o cruzando das informações. Lembrando que é melhor não deixar para última hora. Quem não cumprir o prazo, estará sujeito a multa de 1% ao mês sobre o imposto devido, que pode chegar a 20%, com valor mínimo de R$ 165,74.

Vale lembrar que a internet também pode ficar sobrecarregada nos últimos dias. A presidente do Conselho de Contabilidade de Goiás, Sucena Hummel, alerta que deixar para a última hora pode gerar um acúmulo que traz complicações para o contador e o sistema da Receita.

“Temos dois feriados e pode haver instabilidade na transmissão. Os contadores têm outras obrigações a cumprir, como fechamento de mês e folhas de pagamento. Nesta época, aumenta o trabalho”, observa ela.

Sucena aconselha que, mesmo quem não esteja obrigado a declarar, entregue sua declaração, pois ela é um documento fiscal importante para comprovação de renda. “Principalmente os MEIs e autônomos devem fazer a declaração formalizando sua renda para obterem um financiamento ou crédito quando precisarem”, explica.