Equipes da Vigilância Sanitária e da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) estão retirando, nesta terça-feira (14), cerca de 10 caminhões de lixo de uma casa na Avenida 3ª Radial, no Setor Pedro Ludovico. Na residência moram dois idosos, mãe e filho, que segundo o serviço psicossocial, são acumuladores e se recusaram a se desfazer do material amontoado no local.O coordenador de fiscalização da Diretoria de Vigilância em Zoonoses, Jadson Moreira Lima, afirma que já foi feito de tudo para eles se desapegarem do material, que será levado para o aterro sanitário. Entretanto, mesmo tendo sido autuados nove vezes pela Prefeitura de Goiânia, não aceitaram o apoio para realizar a limpeza da residência. Por isso, a gestão municipal conseguiu uma segunda vez na Justiça para realizar a retirada de forma compulsória, o que já foi feito em julho de 2020 na mesma casa. "Esses locais são considerados um problema de saúde pública. Há riscos tanto para os próprios moradores quanto para a população adjacente", diz o Secretário Municipal de Saúde, Durval Pedroso.A Vigilância Sanitária explica que essa limpeza é necessária, pois, além de favorecer proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela, a situação no local ainda é propícia ao aparecimento de ratos, baratas, escorpiões. Também afirmam que o local possui risco de incêndio por conta da grande quantidade de material inflamável.AcompanhamentoDe acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atualmente, Goiânia tem 108 acumuladores cadastrados e que todos são monitorados. Além disso, ressalta que a família do Setor Pedro Ludovico apresenta a situação mais grave e, por isso, será feita a limpeza compulsória. Como os nomes dos moradores não foram divulgados, a reportagem não conseguiu entrar em contato com eles.Síndrome de DiógenesA psicóloga, Jéssica Amorim, explica que esta situação é uma questão de saúde mental e pública. “A Síndrome de Diógenes é caracterizada pelo descuido com a higiene pessoal e negligência com o cuidado com a casa, que tem aspectos relacionados ao isolamento social. Por isso, precisa de suporte de profissionais da saúde para oferecer ajuda para essas pessoas”, afirma.Leia também:- Servidores da Comurg participam de aniversário de criança com encefalopatia, em Goiânia- Beco da Codorna está de cara nova em Goiânia; veja fotos-Imagem (1.2473195)