Aos 6 anos de idade David Gabriel Barros Souza morreu domingo (14) nas dependências do Clube Jaó, em Goiânia. Ele foi encontrado submerso na piscina semiolímpica do clube que possui aproximadamente 3 metros de profundidade. O garoto foi ao clube com a mãe e um tio, ambos jovens, além de uma irmã caçula. A mãe contou à Polícia Civil que tinha ido preparar uma mamadeira quando o menino desapareceu.Este foi o primeiro acidente do gênero no Clube Jaó, instituição de lazer na capital com 56 anos de história. À frente do estabelecimento, o empresário Ubirajara Berocan Leite Filho não se manifestou, mas uma nota de pesar foi publicada no site do clube. O Jaó decretou luto oficial de cinco dias e informou que os primeiros socorros foram prestados ao menino, além de ter acionado uma ambulância particular, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Na nota o clube explica que se colocou à disposição dos órgãos públicos para os devidos esclarecimentos e que está prestando assistência aos familiares de David Gabriel.A família, conforme O POPULAR apurou, não é sócia do clube. Eles estavam usando um passaporte para passar o dia no local, uma nova modalidade oferecida pela instituição de lazer. Uma bombeiro militar que estava de folga no clube tentou reanimar o menino por 15 minutos, mas ele já estava sem vida. “Um dia terrivelmente triste para todos que contemplavam o belo final de tarde por lá”, disse ela. A integrante do Corpo de Bombeiros contou que quando frequentadores gritaram que o menino estava no fundo da piscina, ela entregou a filha que estava no seu colo para alguém e correu para ajudar.“Iniciamos a ressuscitação cardiopulmonar, várias pessoas auxiliaram e continuamos até a chegada dos bombeiros. As viaturas chegaram muito rápido. O Samu e a UTI particular do clube também foram acionados. Mais de uma hora de tentativa de reanimação. O garoto chegou a ser entubado e fizeram o acesso venoso, mas infelizmente ele veio a óbito”, contou a bombeiro. O corpo do garoto foi levado para o Instituto Médico Legal de Goiânia e liberado para a família no meio da manhã desta segunda-feira.O delegado Marco Aurélio Euzébio Ferreira, que estava de plantão na Delegacia de Investigação de Homicídios no final de semana, esteve no Clube Jaó para coletar as informações preliminares do ocorrido. Segundo ele, havia um salva-vidas na área das piscinas e ele foi qualificado para prestar depoimento à Polícia Civil. O caso deve ser investigado pelo 10º Distrito Policial, localizado no Jardim Guanabara, que responde pelas ocorrências da região.Assessor de Comunicação do Corpo de Bombeiros de Goiás, o tenente-coronel Fernando Augusto Caramaschi de Melo disse ao POPULAR que a responsabilidade da criança é sempre de alguém que esteja a acompanhando. “Uma fração de segundo pode ocorrer uma tragédia desse porte”. Ele ressalta que a presença de um guarda-vidas no local, como ocorreu no Clube Jaó, não implica em segurança absoluta já que o profissional está ali olhando por todos os presentes."É importante que as crianças estejam o tempo todo sob o visual dos pais ou responsáveis. A vigilância de um adulto precisa ser constante", insiste o militar CB. Ele ressalta que é importante que a responsabilidade não seja dividida "porque um adulto fica confiando no outro e a criança pode perder a supervisão". Além da atenção redobrada, Fernando Augusto Caramaschi explica que em ambientes com água é fundamental que a criança utilize um dispositivo de segurança, como colete salva-vidas, de acordo com o seu peso e tamanho. O tenente-coronel CB alerta para a necessidade da agilidade em situações semelhantes. "O tempo em casos assim é muito importante. O ideal é ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros iniciar os procedimentos. Testemunhas disseram que David Gabriel ficou cerca de 6 minutos submerso quando foi avistado no fundo da piscina por frequentadores do clube. "Não tem jeito. Quando a combinação é água e criança o cuidado deve ser muito rigoroso por parte dos pais ou responsável. Foi muito amargo ver o pequeno de apenas 6 anos nos deixar", lamentou a bombeira que ajudou nos procedimentos iniciais.