O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, <a href="https://opopular.com.br/politica/apos-reuni-o-sobre-utis-mabel-afirma-nosso-governo-na-saude-comeca-30-dias-antes-1.3203089" target="_blank">anunciou a liberação de mais 20 leitos de Terapia Intensiva (UTIs) nos próximos 10 dias</a>. As novas vagas serão disponibilizas no Hospital Ruy Azeredo. O anúncio ocorreu ao final da reunião de emergência na tarde desta segunda-feira (25), com o secretário de Estado de Saúde, Rasível Santos, o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara e equipe de transição para discutir a crise da falta de vagas.

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Em uma semana, quatro pessoas morreram na capital enquanto aguardavam a liberação de leito para a terapia intensiva.&nbsp;Até o fim desta manhã, 11 pacientes aguardavam na fila da regulação municipal, responsável por encaminhar os pedidos de vagas em UTIs. No domingo, essa dado era de 16 pessoas.

Pela manhã, Mabel chegou a aunciar que trabalhava pela abertura de mais 40 leitos. "Vamos garantir para esses hospitais que eles podem abrir as UTIs deles que Goiânia vai pagar, mês de janeiro a gente começa a pagar. Não podemos deixar gente morrer assim não”, disse o prefeito eleito.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/apos-reuni-o-sobre-utis-mabel-afirma-nosso-governo-na-saude-comeca-30-dias-antes-1.3203089" target="_blank">Após reunião sobre UTIs, Mabel afirma: 'Nosso governo, na saúde, começa 30 dias antes'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-convoca-reuni-o-de-emergencia-sobre-falta-de-utis-em-goiania-n-o-podemos-deixar-gente-morrer-assim-1.3202862" target="_blank">Mabel convoca reunião de emergência sobre falta de UTIs em Goiânia: 'Não podemos deixar gente morrer assim'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-um-paciente-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202700" target="_blank">Mais um paciente morre à espera de UTI em Goiânia</a></div>

No entanto, após reunião desta tarde,&nbsp;na dede da Secretaria de Estado da Saúde, ele anunciou que, além das 20 unidades já garantidas no Ruy Azeredo, está tentando mais 10 com a Santa Casa de Goiânia. Disse ainda que "se precisar" irá atrás de mais unidades.&nbsp;

As 20 vagas do Ruy Azeredo chegaram a ser contratadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em setembro, mas como a Prefeitura não pagou pelo serviço, o hospital suspendeu o serviço. 
 
De acordo com o titular da SMS,&nbsp;Wilson Pollara, os retornam para o atendimento de pacientes do SUS após pagamento realizado nesta segunda-feira pela Prefeitura.

Mabel anuncia 20 leitos de UTI nos próximos 10 dias em Goiânia

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Matéria - Cidades

Saúde

Pacientes morrem à espera de UTI em Goiânia

O número de pedidos na Justiça por internação em leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) na rede pública em Goiânia já é, neste ano até o dia 31 de outubro, <a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-convoca-reuni-o-de-emergencia-sobre-falta-de-utis-em-goiania-n-o-podemos-deixar-gente-morrer-assim-1.3202862" target="_blank">quase 10 vezes maior do que em 2020 inteiro</a>, o último ano antes de Rogério Cruz (SD) assumir a Prefeitura da capital. Já no Estado, entretanto, o aumento foi de pouco mais de cinco vezes considerando o mesmo período. O levantamento feito pelo POPULAR levou em conta as informações na Base Nacional de Dados do Poder Judiciário relativas a processos que tramitam em varas de primeira instância.

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Nos 10 primeiros meses deste ano, foram protocoladas 547 petições no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) de pacientes em busca de leitos de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2020, foram apenas 50 pedidos. Mesmo em 2021 e em 2022, anos considerados críticos na Saúde Pública por causa da pandemia da Covid-19, o número de pedidos ficou, respectivamente, em 167 e 358. Em maio de 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o fim da situação emergencial por conta do coronavírus, mas a demanda por leitos de UTI não teve uma redução na capital.

Este aumento é visto por autoridades e especialistas da área como a consequência de uma série de problemas envolvendo a forma como a administração pública faz a gestão dos leitos, seja administrativa ou financeiramente. Nos últimos dias, o problema ganhou atenção da imprensa devido a uma série de mortes de pacientes internados na rede municipal de Goiânia que aguardavam por uma vaga em UTI. Foram pelo menos cinco desde a da vendedora autônoma Katiane de Araújo Silva, de 36 anos, na sexta-feira (22), no Cais Cândida de Morais.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-aguardar-por-quatro-dias-paciente-morre-um-dia-apos-transferencia-para-uti-1.3203639" target="_blank">Após aguardar por quatro dias, paciente morre um dia após transferência para UTI</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/idosa-aguarda-leito-ha-15-dias-em-goiania-1.3203380" target="_blank">Idosa aguarda leito há 15 dias em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-anuncia-20-leitos-de-uti-nos-proximos-10-dias-em-goiania-1.3203220" target="_blank">Mabel anuncia 20 leitos de UTI nos próximos 10 dias em Goiânia</a></div>

A procura cada vez maior pela Justiça para conseguir um leito de UTI não é um problema apenas na capital, porém é menor no resto do Estado. No interior, o crescimento ao comparar 2024 com 2020 foi de 239,7%. Quando se compara 2022 com o ano anterior, por exemplo, houve uma queda de 61% no total de requerimentos em Goiás excluindo a capital. Em 2024, a demanda em Goiânia na Justiça de pacientes em estado considerado mais grave é 106% maior do que a dos outros 245 municípios goianos.

A maior procura por internações via judicial chegou ao Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário de Goiás (Natjus-GO), órgão criado em abril de 2012 para auxiliar, com pareceres técnicos, o magistrado na avaliação de pedidos para procedimentos médicos, fornecimento de medicamentos, internações entre outros na área da saúde. Ou seja, quando um juiz sozinho não consegue tomar uma decisão, recorre ao Natjus-GO. Se no ano passado, foram 183 pedidos de leitos de UTI em Goiás, agora, até novembro, já são 376, um aumento de 105,5%.

No banco de dados do CNJ não é possível separar demanda por leitos na rede municipal ou estadual. Também não é possível separar os pedidos de UTI adulto, neonatal ou pediátrica. No Natjus Goiás, por exemplo, 92,5% dos requerimentos em 2024 são de avaliações de pedidos para UTI adulto.

<div attr-cid="policy:1.3202867" attr-version="policy:1.3202867:1732464499" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3202867" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3202867', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3202867">Pacientes morrem à espera de UTI em Goiânia (1.3202867)</a></div>

<h2>Sintoma</h2>

A judicialização dos pedidos de internação, algo que é visto como um sintoma de uma crise e não como uma solução, poderia ser pior. A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) é responsável por representar boa parte dos pacientes que pedem na Justiça um leito de UTI. E, segundo a defensora pública Lucianna Barbosa, coordenadora do Núcleo de Defensorias Especializadas em Saúde da Capital, alguns dos requerimentos são resolvidos sem judicialização, por meio de diálogo junto ás pastas públicas de saúde.

Lucianna ressalta que não se deve responsabilizar o paciente que procura a Justiça pelas consequências da maior judicialização dos processos de internação, pois a crise é causada por uma falta de gestão na saúde pública. “Se solicita é porque precisa de UTI e não encontra e o poder público tem a obrigação de dar. Quem precisa não pode esperar. Judicializar nunca é bom, mas se ocorre o responsável por isso é o poder público.”

O juiz Eduardo Perez Oliveira, coordenador do Natjus Goiás, diz que o aumento registrado nos pedidos de consultas ao núcleo aponta um problema no sistema de saúde pública que precisa ser analisado com urgência e que a situação está sendo levada para discussão dentro do Judiciário, não apenas para dar maior celeridade e precisão às novas demandas que estão surgindo como também auxiliar o poder público a evitar que o trâmite de internação chegue à Justiça. Ele destaca que a judicialização afeta também quem está na busca por uma vaga e não recorre ao Judiciário.

Assim como Lucianna, o magistrado diz que a discussão envolvendo a judicialização não deve ser em cima do paciente que entra com a ação, pois este necessita da internação, e, sim, focar em aspectos de gestão, como se o número de vagas é suficiente para atender a população e se é possível proporcionar o acesso a outros serviços de saúde que o agravamento do quadro clínico do paciente a ponto de recorrer a uma UTI. “Precisamos saber qual o motivo destas internações, se é algo sazonal ou não, se houve aumento de vagas, uma série de fatores. Está havendo um tratamento preventivo adequado? A UTI é a ponta o iceberg.”

A defensora pública sugere que dois fatores seriam os principais para a situação ter se agravado neste ano na procura por UTIs em Goiânia, sendo uma delas falhas na gestão da rede. A outra é uma consequência da pandemia da Covid-19, quando muitas pessoas deixaram de procurar atendimentos médicos que não fossem urgentes. De fato, os dados mostram que houve uma queda na realização de exames e consultas eletivos e preventivos nos últimos anos. “O que antes era eletivo agora se tornou urgente.”

Membro da Comissão de Direito da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB Goiás), o advogado e professor Jordão Horácio da Silva Lima, diz que a falta de leitos é a ponta mais crítica de um problema que está generalizado em vários setores da saúde pública.

O advogado destaca o trabalho que está sendo feito no Judiciário para dar agilidade na resposta aos pedidos de internação, porém o avanço da judicialização é um caminho que, visto coletivamente, acaba prejudicando a população que depende da rede pública de saúde.

“A solução do problema passa pelo financiamento sustentável, pelo refinamento da regulação, pelo aprimoramento da pactuação (entre município, estado e união). Pouco se fala, mas é fundamental a participação do conselho municipal para fiscalizar o uso do fundo municipal de saúde”, comenta Jordão.

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Demanda na Justiça por UTI na rede pública em Goiânia cresce 10 vezes em 4 anos

Crise na saúde

Mabel sobre UTIs

<img attr-cid="policy:1.3178822" attr-version="policy:1.3178822:1729086440" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3178822/mabel.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Sandro Mabel (UB) (Diomício Gomes/O POPULAR)

&nbsp;

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), afirmou nesta segunda-feira (25) que seu governo, na saúde, começa imediatamente, 30 dias antes de ele assumir o mandato. A declaração ocorre após uma reunião de emergência sobre a falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na capital. Nos últimos dias,&nbsp;O POPULAR noticiou <a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-um-paciente-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202700" target="_blank">quatro casos de&nbsp;pessoas que morreram esperando os leitos.</a>&nbsp;

<cite>Eu estou a pouco mais de 30 dias para assumir o mandato e nós temos entrado em vários assuntos juntos para que a gente possa minimizar esses problemas que estão acontecendo. Esse dá saúde é um caso. Estamos contando agora, como se fosse administração nova, os serviços que vão ser prestados em dezembro [...] Estamos entrando firma para já começar na área da saúde a colocar para funcionar [...] Quem precisar de uma UTI, dentro de poucos dias termos mais UTIs disponíveis para isso”, disse Mabel em entrevista à TV Anhanguera.&nbsp;</cite>

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Em nota enviada ao POPULAR, a&nbsp;Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que a falta de leitos de UTIs "é um problema enfrentado em muitos municípios brasileiros" e que "Goiânia tem quase 200 leitos e, recentemente, repassou R$1,7 milhão à Santa Casa de Misericórdia para abertura de mais 20 leitos". Também disse que&nbsp;o assunto foi discutido entre o secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, o secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Reis, e o prefeito eleito, Sandro Mabel no domingo e um "novo encontro entre representantes do município e do Estado, visando adoção de medidas em conjunto, será realizado nesta segunda às 14h, na Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO)".&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-convoca-reuni-o-de-emergencia-sobre-falta-de-utis-em-goiania-n-o-podemos-deixar-gente-morrer-assim-1.3202862" target="_blank">Mabel convoca reunião de emergência sobre falta de UTIs em Goiânia: 'Não podemos deixar gente morrer assim'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-um-paciente-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202700" target="_blank">Mais um paciente morre à espera de UTI em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/em-3-dias-duas-mulheres-morrem-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202609" target="_blank">Em 3 dias, duas mulheres morrem à espera de UTI em Goiânia</a></div>

Também por meio de nota, a Secretária de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) disse que a reunião marcada para a tarde desta segunda&nbsp;com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), com o secretário Municipal de Saúde e com membros da Comissão de Transição do prefeito eleito visa "definir medidas para mitigar o impacto da crise da falta de leitos de UTI Adulto na rede municipal de saúde.&nbsp;

A SES-GO também informou que a rede estadual de saúde disponibilizava, em 2018, 212 leitos de UTI Adulto e, em 2024, são 575, com a ampliação de 171% por parte do Estado e que&nbsp;Goiânia "possui regulação própria e é responsável pela gestão dos leitos municipais e conveniados. No entanto, a falta de leitos em Goiânia resulta na sobrecarga da regulação estadual, quando as solicitações extrapolam a capacidade municipal". Por fim, disse que na última semana, o MP-GO acionou a prefeitura de Goiânia 'devido à estagnação da ampliação de leitos municipais".

<div attr-cid="policy:1.3202867" attr-version="policy:1.3202867:1732464499" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3202867" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3202867', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3202867">Pacientes morrem à espera de UTI em Goiânia (1.3202867)</a></div>

<h2>Falta de pagamentos</h2>

De acordo com a coordenadora da área de saúde do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Marlene Nunes, a dificuldade de acesso às UTIs pela rede municipal de Saúde de Goiânia acontece há pelo menos sete meses.Em maio deste ano, promotores de Justiça visitaram as unidades de urgência e emergência pré-hospitalar da capital e constataram vários problemas, dentre eles, pacientes que enfrentavam um longo período à espera de leitos.

Os dados apontaram que, em 76% dos casos, o prazo de espera era superior a 24 horas. Em outros 53%, as pessoas permaneceram dois dias no local, elevando o risco de morte. A explicação desse cenário, segundo a promotora, parte da falta de regularidade da Prefeitura nos pagamentos para os hospitais onde possui leitos contratados, o que ocasiona a redução do acesso aos leitos de internação.&nbsp;

Atualmente, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a dívida com prestadores, incluindo as maternidades, é de R$ 139 milhões. Porém, o MP-GO estima que esse valor ultrapasse os R$ 250 milhões.

Sobre a falta de pagamento, Mabel disse que foi feito um acordo entre o Estado e município para garantir aos fornecedores que eles receberão em dia. "Porque o problema dos fornecedores é que eles não têm como manter funcionando com os atrasos de pagamento que estão existindo. Nós não queremos que nenhum doente durma em um posto em estado grave, então estamos exatamente colocando essas UTIs, acertamos ontem com alguns hospitais e vamos colocar para funcionar. Nessa semana começam e nosso objetivo é atingir 40 UTIs, que possam ficar disponíveis exatamente para esses casos", afirmou o prefeito eleito.

<img attr-cid="policy:1.3203115" attr-version="policy:1.3203115:1732546826" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3203115/Proporção para foto do site (44).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Severino Ramos Vasconcelos Santos, Katiane Araújo Silva, Janaina de Jesus e Luiz Felipe Figueiredo da Silva morreram esperando leitos de UTI (Reprodução/TV Anhanguera/Redes Sociais/Arquivo pessoal)

Confira abaixo quem são as quatro pessoas que morreram aguardando um leito de UTI:

<ul>
	<li>Severino Ramos Vasconcelos Santos, de 63 anos - Ele estava com uma fratura no fêmur e <a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-um-paciente-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202700" target="_blank">aguardava há seis dias por uma vaga </a>em um hospital com leitos destinados a pacientes ortopédicos.</li>
	<li>Katiane Araújo Silva, de 36 anos - Ela havia <a href="https://opopular.com.br/cidades/em-3-dias-duas-mulheres-morrem-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202609" target="_blank">procurado atendimento há seis dias </a>em dois Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) com suspeita de dengue hemorrágica.</li>
	<li>Janaina de Jesus, de 29 anos - Ela foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, após sentir falta de ar, dor no peito, dores de cabeça e vômitos. Quando o quadro agravou, foi <a href="https://opopular.com.br/cidades/em-3-dias-duas-mulheres-morrem-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202609" target="_blank">internada e aguardava por uma UTI</a>, mas morreu dois dias depois.</li>
	<li>Luiz Felipe Figueiredo da Silva, de 30 anos -&nbsp; Ele apresentava quadro de meningite e<a href="https://opopular.com.br/cidades/tecnico-de-informatica-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3203084" target="_blank"> morreu à espera de uma vaga de UTI</a> na UPA do Jardim Novo Mundo.</li>
</ul>

<h2>Reunião de&nbsp;emergência&nbsp;</h2>

Como mostrou O POPULAR, Mabel usou as redes sociais para dizer que convocou a&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-convoca-reuni-o-de-emergencia-sobre-falta-de-utis-em-goiania-n-o-podemos-deixar-gente-morrer-assim-1.3202862" target="_blank">reunião de emergência </a>com o secretário de Estado de Saúde, Rasível Santos, e com a equipe de transição, no domingo. "Vamos garantir para esses hospitais que eles podem abrir as UTIs deles que Goiânia vai pagar, mês de janeiro a gente começa a pagar. Não podemos deixar gente morrer assim não", disse Mabel.

<div attr-cid="policy:1.3202866" attr-version="policy:1.3202866:1732464228" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3202866" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3202866', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3202866">Mabel sobre UTIs (1.3202866)</a></div>

Após reunião sobre UTIs, Mabel afirma: 'Nosso governo, na saúde, começa 30 dias antes'

Política

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<div attr-cid="policy:1.3202866" attr-version="policy:1.3202866:1732464228" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3202866" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3202866', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3202866">Mabel sobre UTIs (1.3202866)</a></div>

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), usou as redes sociais para dizer que convocou reunião de emergência com o secretário de Estado de Saúde, Rasível Santos, e com a equipe de transição, neste domingo (24). A conversa é sobre a falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na capital. Na última semana, pelo menos três pessoas morreram esperando leitos.

<cite>Vamos garantir para esses hospitais que eles podem abrir as UTIs deles que Goiânia vai pagar, mês de janeiro a gente começa a pagar. Não podemos deixar gente morrer assim não”, disse Mabel.</cite>

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

O POPULAR solicitou posicionamento à Secretaria Municipal de Saúde, por e-mail enviado às 12h33. Também solicitamos nota à Secretaria de Estado de Saúde, em e-mail enviado às 13h23, sobre a situação dos leitos e sobre a reunião anunciada por Mabel. Não tivemos resposta até a última atualização desta matéria.&nbsp;

O POPULAR noticiou três casos na última semana. Todos estes morreram aguardando um leito de UTI:

<ul>
	<li>Severino Ramos Vasconcelos Santos, de 63 anos. Ele estava com uma fratura no fêmur e aguardava há seis dias por uma vaga em um hospital com leitos destinados a pacientes ortopédicos.&nbsp;</li>
	<li>Katiane Araújo Silva, de 36 anos. Ela havia procurado atendimento há seis dias em dois Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) com suspeita de dengue hemorrágica. Ela morreu dia 22 de novembro.</li>
	<li>Janaina de Jesus, de 29 anos. Ela foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, após sentir falta de ar, dor no peito, dores de cabeça e vômitos. Quando o quadro agravou, foi internada e aguardava por uma UTI, mas morreu dois dias depois.</li>
</ul>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/em-3-dias-duas-mulheres-morrem-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202609">Em 3 dias, duas mulheres morrem à espera de UTI em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-um-paciente-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202700">Mais um paciente morre à espera de UTI em Goiânia</a></div>

<img attr-cid="policy:1.3202864" attr-version="policy:1.3202864:1732464135" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3202864/Proporção para foto do site - 2024-11-24T130207.985.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Severino Ramos Vasconcelos Santos, Katiane Araújo Silva e Janaina de Jesus morreram esperando leitos de UTI (Reprodução / TV Anhanguera / Redes Sociais)

<h2>Dívidas</h2>

A dificuldade de acesso às UTIs pela rede municipal de Saúde de Goiânia acontece há pelo menos sete meses, aponta a coordenadora da área de saúde do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Marlene Nunes.

Em maio deste ano, promotores de Justiça visitaram as unidades de urgência e emergência pré-hospitalar da capital e constataram vários problemas, dentre eles, pacientes que enfrentavam um longo período à espera de leitos. Em 76% dos casos, o prazo de espera era superior a 24 horas. Em outros 53%, as pessoas permaneceram dois dias no local, elevando o risco de morte.

<div attr-cid="policy:1.3202867" attr-version="policy:1.3202867:1732464499" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3202867" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3202867', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3202867">Pacientes morrem à espera de UTI em Goiânia (1.3202867)</a></div>

No mesmo mês, por meio de autorização judicial, o MP-GO teve acesso simultâneo ao sistema de regulação municipal, às informações de oferta de leitos nos hospitais e a quantidade de pacientes em unidades pré-hospitalares aguardando atendimento. "Verificamos 650 pessoas aguardando leitos e, ao mesmo tempo, hospitais com leitos SUS desocupados", diz Marlene.

Segundo a promotora, a explicação desse cenário parte da falta de regularidade da Prefeitura nos pagamentos para os hospitais onde possui leitos contratados, o que ocasiona a redução do acesso aos leitos de internação. "De lá (maio) para cá, as dívidas ainda foram se avolumando", frisa Marlene. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atualmente, a dívida com prestadores, incluindo as maternidades, é de R$ 139 milhões. Porém, o MP-GO estima que esse valor ultrapasse os R$ 250 milhões.

Como não possui um hospital municipal, com exceção dos leitos para grávidas, puérperas e bebês, a Prefeitura depende dos leitos contratados nos hospitais privados para oferecer UTIs para os pacientes da rede que são adultos. (Colaborou Mariana Carneiro)

Mabel convoca reunião de emergência sobre falta de UTIs em Goiânia: 'Não podemos deixar gente morrer assim'

SAÚDE 

A primeira vez que a pequena Cecília, com apenas dois meses de vida, conheceu o lado de fora de uma unidade de cuidados especiais foi nesta quinta-feira (9), quando ela teve a oportunidade de fazer um ensaio fotográfico junto com a mãe. “Foi um momento incrível. O fato de eu poder ter colocado a roupinha nela. Foi a primeira que ela vestiu. A primeira vez que ela saiu da UTI e pode vir no corredor. O primeiro contato dela com gente nova, porque ela só via eu, o pai e a enfermeira. O jeito que se posicionou para as fotos me deixou apaixonada”, derrete-se Nathany de Souza, 21 anos, mãe de Cecília.

Além da atendente, a ação de humanização em prol do Dia das Mães alcançou 12 mães e bebês internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utins) e Unidades de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucins) do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMCC). Os ensaios foram doados pelas fotógrafas Iara Moura e Solange Martins e com apoio de colaboradores da unidade as mães terão esse momento com seus bebês.

Nathany, que celebra o seu primeiro Dia das Mães, descobriu que Cecília tinha má formação na região abdominal quando entrou em trabalho de parto, com 39 semanas de gestação. No dia 15 de fevereiro deste ano, ela se dirigiu até o HMCC e, no local, uma médica avaliou um ultrassom e diagnosticou a bebê com gastrosquise. “Na hora, comecei a passar mal. Tentaram me acalmar de toda forma”, lembra. A condição foi confirmada por outro exame de imagem. “Então, já me mandaram para o centro cirúrgico, para fazer uma cesárea”, detalha.

No mesmo dia, Cecília já foi submetida à primeira cirurgia reparadora. Depois, vieram mais duas. “A maternidade não é fácil. É muito bonita, mas não é fácil. Passar por situações como a minha e como a de outras mãezinhas que estão aqui é puxado. Vir para cá todos os dias cedo e ir embora deixando o bebê aqui. Mas acredito que Deus não faz nada sem um propósito”, avalia.

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Atualmente, Cecília já está na fase final de recuperação e a família vive a expectativa da alta médica. “Não tenho nada a reclamar. Desde o momento que eu cheguei aqui, quando passei mal, até hoje”, comenta Nathany, que também elogia a equipe multiprofissional da unidade. “As enfermeiras, você vê no olhar delas o amor com que elas tratam as crianças. É algo que conforta e deixa a gente aliviada”, conta.

Nesta quarta, a vendedora Helioenay Ribeiro, de 27 anos, também pode fazer fotos com o pequeno Asafe, que completará dois meses neste sábado (11). Helioenay morava em Portugal, mas voltou para o Brasil em janeiro deste ano para que o filho pudesse crescer perto dos avós. Quando estava com 25 semanas de gestação, a bolsa dela estourou. Asafe nasceu de forma prematura. Por isso, ainda precisa de acompanhamento em unidade de cuidados especiais.

Ela conta que a primeira experiência como mãe tem sido desafiadora. “Fiquei com medo no começo. A gente planeja e, no final, não sai nada como esperamos. Mas me senti muito acolhida por toda a equipe, desde a recepção até os médicos. Me sinto assistida. Sinto o Asafe assistido também por todos os profissionais”, desabafa.

Ela considera que as fotos que fez junto com o filho trouxeram um pouco de alívio para a rotina exaustiva que eles têm dentro da unidade de saúde. “Temos acompanhamento psicológico para nos ajudar a passar por esse processo, mas (o ensaio) foi muito bom. Eu amei fazer as fotos. Foi um momento muito bom. Estar com ele aqui, a um passo da alta, e fazer essas fotos. Sempre sonhei em fazer umas fotos com ele depois que sairmos. Foi mágico”, emociona-se.

Uma das fotógrafas que conduziu os ensaios, Iara Moura, classifica a experiência como gratificante. “Além de fotógrafa, também sou fisioterapeuta do hospital (HMCC). Então, eu sei o quanto a UTI é um ambiente frio e pesado. Proporcionar um momento de leveza e humanização para essas mães é muito bom”, finaliza.

Ação promove humanização

Os ensaios fotográficos ocorridos no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMCC) fazem parte de uma série de ações da unidade em prol da humanização dos atendimentos ocorridos no local. “É fundamental trazermos a humanização para o cuidado dos bebês da unidade neonatal e das mães, que muitas vezes também são pacientes internadas aqui”, explica Euller Machado, responsável técnico e coordenador da fisioterapia do HMCC.

A unidade já conta, por exemplo, com o Projeto Canguru, que consiste em integrar a atenção humanizada ao recém-nascido prematuro e melhorar a assistência prestada à família. O método de manter contato direto pele a pele com a mãe já se mostrou benéfico para a recuperação dos bebês, por meio de um ambiente seguro e aconchegante, e para as mulheres, com a melhora na produção de leite.

Machado destaca que muitas vezes as internações são longas, o que exige paciência e perseverança por parte dos pais dos bebês. “É um tempo em que se precisa ter bastante fé. Querer que o bebê ganhe peso, recupere, saia do ventilador, consiga sair das drogas para poder mamar sozinho e o quanto antes receber alta”, detalha.&nbsp;

A ideia dos ensaios fotográficos surgiu da junção da atuação de uma das fotógrafas, Iara Moura, que também é fisioterapeuta na unidade, com a prestatividade de outra profissional, Solange Martins, que tem um histórico de promover ações voluntárias do tipo em instituições públicas. “Juntamos o útil ao agradável. Convidei a Solange e ela topou na hora”, esclarece Euller Machado.

Segundo ele, ações como essa dão força para que os pais dos bebês, especialmente as mães, possam enfrentar o período delicado, além de contribuir para o bom relacionamento das famílias com a equipe multiprofissional que atua na unidade. “Já foi comprovado que a mãe que participa dessas ações, o bebê ganha peso mais rápido e sai do ventilador mais rápido.”

Mães de bebês em UTIs ganham ensaio fotográfico

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