A maior e mais brilhante superlua de 2024 poderá ser vista em Goiás nesta quinta-feira (17). Essa será a penúltima superlua do ano, segundo o astrônomo Ary Martins. O especialista explica que a superlua é o fenômeno que se dá com a coincidência da lua em sua fase cheia com o momento em que ela se encontra mais próxima da Terra.&nbsp;

<cite>Essa maior proximidade com a Terra é chamada de perigeu, que ocorrerá nesta quarta-feira (16), por volta das 21h50 e amanhã, às 18h, ela nasce cheia”, afirmou Ary Martins.</cite> 
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O astrônomo detalha que essa coincidência que origina o fenômeno não precisa ser exata.&nbsp; “A lua não precisa ser cheia exatamente no ponto orbital em que ela se encontra mais próxima, pode ser cheia quando ela está próxima desse ponto do perigeu pelo menos 24 horas antes ou depois”, destacou.

Segundo o especialista, o horário ideal para observar a superlua nesta quinta-feira, será às 18h. Ele recomenda que para contemplar a superlua nascendo é importante buscar um lugar que tenha um horizonte leste adequado, geralmente um local mais aberto.

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Ary Martins ressalta ainda que, durante a superlua, a lua fica aproximadamente 15% maior e 30% mais brilhante.&nbsp;

“Essa diferença você observa melhor quando você compara fotos da lua durante a superlua com fotos da lua cheia fora da superlua. Aí você percebe melhor essa diferença de tamanho e brilho”, completou.

Maior e mais brilhante superlua do ano poderá ser vista em Goiás

Cidades

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Matéria - Cidades

Nesta quinta-feira (17)

POP_Superlua_EclipseGYN_180924

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O fenômeno da Superlua encantou goianos na noite de terça-feira (17). Fotos e vídeos mostram o tamanho do satélite. Além disso, o eclipse lunar parcial chamou a atenção dos amantes da astronomia (assista ao vídeo acima).&nbsp;

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O eclipse parcial lunar pôde ser&nbsp;observado a olho nu, porque, ao contrário do eclipse solar, não causa risco para a visão. Mas, há quem preferiu ver de “pertinho” com a ajuda de telescópios e equipamentos especiais.&nbsp;

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Fenômenos puderam ser vistos a olho nu em Goiânia (Wildes Barbosa/O Popular)

Um astrônomo amador, o estudante Pedro Augusto de Jesus Castro, de 16 anos, contou à reportagem que se reuniu com colegas de um clube de astronomia no Paço Municipal para observar o evento.&nbsp;

“Estive no Paço Municipal, em Goiânia, em um evento com o pessoal do Clube de Astronomia Plêiades do Sul. Inicialmente, não tínhamos muitas expectativas com o eclipse, que teria ocultação de apenas 5%, porém ele superou as minhas expectativas e de todos que estavam lá. Foi possível ver claramente a olho nu a borda da lua escurecida”, relata.&nbsp;

De acordo com o estudante, a duração total do eclipse parcial lunar foi de aproximadamente 3 horas. Ou seja, desde a fase inicial, a penumbral, até o final da parcialidade, na qual se nota um escurecimento máximo do satélite.&nbsp;

Ao POPULAR, o professor Thiago Signorini, astrônomo e diretor do Observatório do Valongo da UFRJ, disse&nbsp;que além do eclipse, quem&nbsp;tirou uns minutinhos para contemplar o céu, pôde ver a olho nu a Lua e o planeta Saturno se encontrando na constelação de Aquário.

<h2>E como funcionam esses fenômenos?&nbsp;</h2>

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O Eclipse Lunar desta terça-feira (17) foi o oitavo dessa década e o segundo deste ano (Pedro Augusto)

Durante o eclipse lunar, é a sombra da Terra que obscurece a Lua. Essa sombra tem dois tipos: a umbra e a penumbra.&nbsp;

A umbra é a sombra interna, uma região onde a Terra bloqueia&nbsp;toda&nbsp;a luz solar, e a Lua não recebe nenhuma luminosidade do Sol. Já a penumbra é a sombra externa, uma zona onde a Terra bloqueia parte da luz solar,&nbsp;e a Lua ainda recebe luminosidade do Sol.&nbsp;

Quando a Lua entra na penumbra, temos o eclipse lunar penumbral e quando entra na umbra temos o parcial. Já o total acontece quando ela está totalmente “mergulhada” na umbra. Na terça, o satélite natural escureceu por um tempo, mas não desapareceu completamente.&nbsp;

Com relação ao fenômeno da Superlua, ela ocorre quando o satélite está na fase Cheia e no ponto de sua órbita mais próximo da Terra&nbsp;–&nbsp;também chamado de perigeu – aparentando ser maior e mais brilhante. Em 2024, esse momento vai acontecer por mais uma vez no dia 17 de outubro.&nbsp;

Superlua, eclipse lunar e aproximação com Saturno: veja como o fenômeno triplo foi visto de Goiânia

🌕EMBELEZANDO O CÉU!

Meteoro - Pedro

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Um meteoro foi avistado por um adolescente de 16 anos, em Goiânia, na terça-feira (10). Pedro Augusto de Jesus Castro é estudante e membro da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), e se considera astrônomo amador. Ele registrou o meteoro da estação de observação que montou no telhado da própria casa, no bairro Vila União.&nbsp;

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Segundo Pedro, o registro de meteoros é comum, mas este teve brilho médio e uma duração maior (que costuma ser de 2 a 6 segundos), o que o tornou raro. O diretor da Plêiades do Sul Clube de Astronomia, Ary Martins, confirmou as informações e disse que o trajeto visível deste meteoro durou 12 segundos. Ele ainda explicou que o meteoro não foi tão brilhante a ponto de se deduzir que deixou fragmentos na Terra.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/eclipse-parcial-da-lua-e-cometa-do-seculo-veja-calendario-de-proximos-fenomenos-astronomicos-1.3170324">Eclipse parcial da Lua e 'cometa do século': veja calendário de próximos fenômenos astronômicos</a> 
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“Foi um objeto bem bonito, sobretudo o registro do Pedro foi muito bonito, e quem viu teve um grande espetáculo porque ele durou um tempinho aí, então ele não foi um meteoro muito rápido, o que fez dele um meteoro interessante”, disse Ary.

Pedro afirma que este foi um meteoro pequeno, e que deve ter tido uma trajetória visível tão longa porque “entrou na nossa atmosfera com um ângulo de entrada pequeno”. Segundo ele, seria possível estimar o tamanho da rocha, mas seriam necessários outros registros de outros lugares. “Até o momento temos registros de apenas duas câmeras, o que é insuficiente para fazer uma triangulação”, disse.

O adolescente ainda disse que a rede nacional de observação é “como se fosse uma grande rede dessas câmeras, as imagens são compartilhadas em um site, no qual todos os membros podem averiguar os registros das câmeras espalhadas pelo Brasil todos os dias”. Os registros dele estão disponíveis nesta rede e também nas redes sociais. “Quando registro esses fenômenos, tornamos eles públicos nas redes sociais. Acho interessante divulgar esse tipo de prática”, explicou.

“Desde 2020 me interesso pelo universo (astronomia), e depois de algum tempo fui me interessando pela astrofotografia (área que trabalha no registro fotográfico do céu). Assim, fui montando equipamentos que me permitissem registrar diversos fenômenos do universo. Minha estação está instalada no telhado da minha casa. Ela consiste em uma câmera com sensibilidade aprimorada para observação de meteoros”, explicou Pedro.

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Outros registros feitos por Pedro, de 16 anos (Pedro Augusto de Jesus Castro)

Meteoro é visto no céu de Goiânia; vídeo

Visível por 12 segundos

Faltam 119 dias para o fim de 2024 e se você tirar um tempinho, principalmente à noite, para contemplar o céu vai poder se maravilhar com alguns fenômenos astronômicos. O mês de setembro, por exemplo, nos reserva três eventos: uma superlua, um eclipse lunar parcial e o ‘cometa do século’.&nbsp;

Diante disso, o POPULAR organizou um calendário de eventos astronômicos, se baseando nas informações do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Confira abaixo!&nbsp; &nbsp;

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<h2>Eclipse Lunar Parcial&nbsp;</h2>

Em setembro, na transição da noite do dia 17 para o dia 18, teremos um eclipse lunar parcial, que poderá ser visto em todo o continente Americano (América do Norte, América Central e América do Sul).&nbsp;O eclipse será, entretanto muito tênue, com a Lua sendo encoberta em apenas 0.08%.

<h2>Eclipse Solar Anular&nbsp;</h2>

No dia&nbsp;2 de outubro de 2024, a Lua passará entre a Terra e o Sol, formando um eclipse solar anular. O fenômeno será visível em sua totalidade apenas da Argentina e do Chile.

No Brasil, o eclipse será visto como parcial, abrangendo integralmente os estados da Região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e parcialmente os estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/saiba-qual-e-a-segunda-estrela-mais-brilhante-do-ceu-e-que-representa-goias-na-bandeira-do-brasil-1.3147543" target="_blank">Saiba qual é a segunda estrela mais brilhante do céu e que representa Goiás na bandeira do Brasil</a> 
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<h2>'Cometa do século'</h2>

O cometa C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS) é carinhosamente apelidado de 'cometa do século'&nbsp;por causa do seu potencial de brilhar nos céus do nosso planeta. Ao&nbsp;POPULAR, o professor&nbsp;Thiago Signorini,&nbsp;astrônomo e diretor do Observatório do Valongo da UFRJ, disse que o astro foi descoberto em janeiro do ano passado na China.

"A questão em aberto é quão brilhante o cometa será exatamente. O astro está sendo batizado em algumas notícias de 'o cometa do século', justamente por conta do seu potencial de luminosidade. Eu tenho medo desses nomes, porque se não der certo as pessoas podem ficar decepcionadas e achar que a culpa é dos astronômos. De um jeito ou de outro, vale a pena ficar de olho e tentar acompanhar esse fenômeno", declarou o astrônomo.

No dia 27 de setembro, o astro vai estar em periélio, ou seja&nbsp;mais próximo do Sol, e com isso estará visível, por meio de binóculos e possivelmente a olho nu, em céus escuros, na última semana do mês.

No entanto, entre os dias 11 e 12 de outubro, o 'cometa do século'&nbsp;estará mais próximo da Terra,&nbsp;a uma distância de 71 milhões de quilômetros do planeta, e promete brilhar muito no céu.&nbsp;O astro estará visível no início da noite, podendo ocorrer um fenômeno óptico chamado “espalhamento frontal”, que acontece quando a luz solar é refratada pelas partículas de poeira do cometa, aumentando seu brilho em até 4 magnitudes, o que pode torná-lo 40 vezes mais brilhante.

O 'cometa do século'&nbsp;poderá ser melhor observado com binóculos e possivelmente a olho nu, em céus escuros.

<cite>Algumas previsões dizem que o cometa é mais brilhante do que algumas das estrelas que temos no céu, sendo portanto visível a olho nu. Já outras estimativas não são tão favoravéis e dão conta que para visualizá-lo seria necessário algum tipo de instrumento. A expectativa é que o cometa seja mais visível no final da madrugada do começo de outubro e mais no começo da noite no final do mesmo mês", disse Thiago Signorini.</cite>

<h2>Superluas</h2>

O fenômeno das Superluas ocorrem quando a Lua está na fase Cheia e no ponto de sua órbita mais próximo da Terra. Em 2024, esse momento vai acontecer por mais duas vezes:&nbsp;18 de setembro e 17 de outubro.&nbsp;

<h2>Chuva de meteoros</h2>

21 a 22 de outubro -&nbsp;máxima atividade da chuva de meteoros Orionidas, que poderá ser observada durante a madrugada na direção leste;

17 a 18 de novembro - máxima atividade da chuva de meteoros Leonidas, que poderá ser observada durante a madrugada na direção leste;

6 de dezembro -&nbsp;máxima atividade da chuva de meteoros Pupidas-Velidas, que poderá ser observada a partir de 21h, direção sudeste;

13 a 15 de dezembro - máxima atividade da chuva de meteoros Geminidas, que poderá ser observada durante a madrugada, na direção nordeste;

Eclipse parcial da Lua e 'cometa do século': veja calendário de próximos fenômenos astronômicos

🌌 OLHE PARA O CÉU!

A Geminídas é a última das 12 chuvas de meteoros do ano e poderá ser observada a olho nu em todo o Brasil nos próximos dias, com pico na madrugada de quinta-feira (14). O POPULAR conversou com astrônomos para entender mais sobre o fenômeno e reunir dicas para a melhor observação em Goiás.

Os meteoros começam a trajetória deles em um ponto comum, chamado de radiante. Na Geminídas, este se encontra na constelação de Gêmeos, o que explica o nome. “Esta é uma constelação que, no Brasil, passa próximo das nossas cabeças, no alto. Então, nós teremos um aproveitamento maior desses meteoros”, explica o diretor da instituição de astronomia Plêiades do Sul, Ary Martins, em entrevista ao POPULAR.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/chuva-de-meteoros-e-registrada-em-goias-1.2464932">Chuva de meteoros é registrada em Goiás</a> 
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As condições para observação estão favoráveis neste ano. Em 2023, a data de pico da chuva de meteoros coincide com a lua nova, que começa a partir de 12 de dezembro. Isso significa que o brilho da lua não criará poluição luminosa no céu.

O astrônomo explica que a partir das 22h já é possível começar a procura pelos meteoros no céu, mas que na madrugada a constelação está mais alta, o que facilita a visualização.&nbsp; “Na madrugada tem o máximo de aproveitamento, porque você pode pegar os meteoros que saem desse radiante em todas as direções”, disse. Para garantir mais possibilidades, o recomendado é procurar a partir desta terça-feira (12), na virada para o dia 13.

O astrônomo cultural, Clayton Gúbio dos Santos, explicou ao POPULAR que “o meteoro pode chegar a 260 mil quilômetros por hora. É muito, muito rápido. Geralmente essa chuva de meteoros produz em torno de 120 meteoros por hora, o que seria mais ou menos um meteoro a cada 30 segundos”.

Ary Martins ressalta que estes números ocorrem em condições ideais, em um céu absolutamente escuro, sem nenhuma poluição luminosa, sem nuvem. Na prática, “a gente vai poder observar em torno de 15 a 10 meteoros por hora, fora os esporádicos”.&nbsp;

<h2>Dicas</h2>

Os astrônomos indicam se afastar de poluição luminosa. “A dica é que as pessoas procuram lugares escuros, longe das luzes artificiais, geralmente zonas rurais, dos interiores, lugares com pouca luz”, disse Clayton Gúbio.

Segundo Ary Martins, observar em grupo potencializa a possibilidade de observação. “Às vezes um que está olhando mais para uma direção vê, então, aponta para os outros”, disse. Ele também recomenda àqueles que desejam ver, que procurem pela chuva todos os dias, em diferentes horários, para aumentar as chances de visualização.