WEBSTORIES: Mais de 500 motociclistas são multados em R$ 1 milhão pela PRF por passeio sem autorizaç

Mais de 500 motociclistas que participavam de um passeio em comemoração ao aniversário de um moto clube foram multados e parte deles tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa após uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-060, próximo de Abadiânia, no último domingo (19). Segundo a corporação, o grupo não possuía a autorização obrigatória para realizar deslocamento coletivo em rodovia federal. As penalidades já ultrapassam R$ 1 milhão.&nbsp;

O passeio organizado pelo moto clube “Os Brabos Tem Nome” teria reunido cerca de 500 motocicletas em um trajeto entre Goiânia e Abadiânia. De acordo com o grupo, a atividade tinha caráter beneficente, com arrecadação de alimentos para famílias vulneráveis, e ocorreu sem incidentes ou bloqueios de pista.

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&nbsp;</div>

Em nota enviada à imprensa, a PRF informou que a atuação foi baseada no Artigo 174 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece a necessidade de autorização prévia para eventos, passeios ou demonstrações em vias públicas. A corporação afirma que a medida tem objetivo de “preservar a vida, a segurança viária e a fluidez do trânsito”.&nbsp;

Ainda segundo a PRF, a participação em comboios sem autorização caracteriza infração gravíssima, com multa no valor de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir.&nbsp;&nbsp;

Os participantes contestam a atuação e afirmam que o comboio trafegava de forma ordeira, na pista da direita, permitindo a passagem de veículos. Alegam ainda que não houve autuação no momento da abordagem e que as multas começaram a chegar apenas no dia seguinte.&nbsp;

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Em nota publicada nas redes sociais, o motoclube declarou que a medida foi “desproporcional e injusta”, argumentando que muitos dos multados não faziam parte da organização do evento. “Um passeio completamente controlado, sem atrapalhar o trânsito [...] Não houve exibição, não houve manobra, não houve barulho, não houve corrida [...] Foi um simples passeio”, afirmou um dos integrantes do grupo em vídeo divulgado no Instagram.&nbsp;

Os motociclistas também destacam que a ação afetará trabalhadores que dependem da CNH para exercer suas funções, como entregadores e motoristas profissionais.&nbsp;&nbsp;

O caso gerou mobilização nas redes sociais e os participantes afirmam que pretendem recorrer das penalidades. Advogados já foram acionados pelo grupo, que busca reverter os autos de infração.&nbsp;

Os motociclistas anunciaram que irão ingressar com recursos administrativos e possíveis ações judiciais.

A PRF reforçou que continuará fiscalizando eventos do tipo e orientou que qualquer deslocamento em grupo deve ser previamente autorizado.&nbsp;

<h2>Nota da Polícia Rodoviária Federal&nbsp;</h2>

Motociclistas Sem Autorização na BR-060: PRF Toma Medidas&nbsp;

A Polícia Rodoviária Federal, priorizando a segurança e a fluidez do trânsito nas rodovias federais, informa que foram tomadas as medidas administrativas cabíveis em relação aos condutores que participaram de um grande deslocamento de motocicletas sem a devida autorização na BR-060, no trecho de Anápolis (GO), no último domingo (19/10).&nbsp;

A ação ocorreu após um grupo de aproximadamente 500 motociclistas formar um comboio na rodovia sem a permissão exigida pela autoridade de trânsito competente.&nbsp;

Os procedimentos da PRF se baseiam no Artigo 174 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que exige a autorização prévia para a realização de eventos organizados, demonstrações ou competições em vias públicas. A legislação visa garantir a segurança de todos os usuários da rodovia.&nbsp;

A participação em eventos dessa natureza sem a permissão formal caracteriza uma infração de natureza gravíssima, sujeitando os envolvidos às penalidades previstas no CTB.&nbsp;

A PRF reitera a importância do planejamento e da segurança. Qualquer concentração, evento ou comboio que envolva veículos e possa afetar o fluxo normal das rodovias federais deve, obrigatoriamente, possuir a autorização prévia que cumpra as determinações do CTB.&nbsp;

O objetivo da fiscalização é preservar a vida e a ordem no trânsito, evitando riscos desnecessários a todos que utilizam a via.&nbsp;

Polícia Rodoviária Federal Núcleo de Comunicação Social/GO&nbsp;

<h2>Nota divulgada pelo Moto Clube&nbsp;</h2>

NOTA DE ESCLARECIMENTO&nbsp;

No último domingo, realizamos um passeio em comemoração ao 5º aniversário do nosso grupo, com destino ao Route 60, em Abadiânia. Durante o evento, reunimos e arrecadamos alimentos para montagem de cestas básicas, que serão destinados a famílias em situação de vulnerabilidade.&nbsp;

Nosso grupo sempre teve como princípios fundamentais a organização, o respeito e a responsabilidade no trânsito.&nbsp;

Não aceitamos qualquer tipo de manobra perigosa ou violação das normas de trânsito. Por isso, reunimos famílias, pais, esposas, filhos e pessoas de bem, que compartilham do mesmo propósito: o amor pelo motociclismo com consciência e respeito.

Durante todo o trajeto, mantivemos uma conduta ordeira, trafegando na pista da direita, sem obstruir o trânsito, e permitindo a passagem livre de veículos pela esquerda. Há diversos vídeos que comprovam essa postura.&nbsp;

Os batedores que estavam na pista da esquerda atuavam apenas para auxiliar na organização e segurança, garantindo o fluxo e a disciplina do comboio.&nbsp;

Ao chegarmos em Abadiânia, fomos abordados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que informou se tratar de uma fiscalização de rotina, verificando documentos e condições das motos, como pneus e equipamentos de segurança.&nbsp;

Durante a abordagem, não houve qualquer notificação ou autuação imediata. Os agentes apenas solicitaram informações e tiraram fotos das placas, liberando os participantes logo em seguida.&nbsp;

Porém, no dia seguinte, diversos motociclistas receberam multas no valor de R$ 2.934,70, com suspensão da CNH, baseadas em suposta participação em evento não autorizado.&nbsp;

Essa situação gerou enorme preocupação e indignação, pois muitos dos autuados apenas acompanhavam o trajeto, sem qualquer envolvimento em organização, bloqueio de via ou manobra irregular.&nbsp;

Houve casos de pessoas multadas duas vezes, e entre os atingidos há trabalhadores que dependem da CNH, como motoristas e entregadores.&nbsp;

Estamos em contato com advogados e buscando apoio de autoridades para entender e reverter essa situação, uma vez que:&nbsp;

<ul>
	<li>A autuação em massa, sem individualização da conduta, fere o devido processo legal e o direito à ampla defesa;&nbsp;</li>
	<li>Não houve obstrução de via, manobras perigosas ou qualquer ato que configurasse infração grave;&nbsp;</li>
	<li>O grupo estava apenas transitando pacificamente, com total respeito às normas de trânsito.&nbsp;</li>
</ul>

Ressaltamos que reconhecemos e respeitamos as leis, mas a forma como foram aplicadas neste caso é injusta e desproporcional.&nbsp;

Seguiremos firmes na busca de uma solução justa, mantendo sempre nosso compromisso com a organização, solidariedade e o motociclismo responsável.&nbsp;

Mais de 500 motociclistas são multados em R$ 1 milhão pela PRF por passeio sem autorização em Goiás

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BR-060

O fim da emissão da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFSe) pela Prefeitura de Goiânia para <a href="https://opopular.com.br/economia/adaptac-o-a-reforma-tributaria-exige-planejamento-estrategico-1.3325564" target="_self">implantação de um modelo nacional</a>, prevista para dezembro, deve ter efeito na arrecadação municipal com o Imposto Sobre Serviços (ISS) em 2026, aponta o secretário municipal da Fazenda, Valdivino Oliveira. “Não temos estimativa (de quanto haverá de arrecadação) com a nova nota fiscal. O sistema anterior ficava muito fora do ar e as empresas não tinham como emitir nota regularmente”, prevê o secretário, em meio à melhoria do cenário fiscal da capital.

Na prática, o reflexo na arrecadação do ISS deve ocorrer também porque a nova forma de emissão das notas amplia as possibilidades de cruzamento de dados e auditoria fiscal.

Com o novo sistema e a previsão de integração com as prefeituras de Aparecida de Goiânia e Anápolis, anunciada pelo prefeito Sandro Mabel (UB) em coletiva na sexta-feira (24), o Paço poderá ter mais recursos para cruzar informações e identificar casos de sonegação de impostos.

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Saiba quando começa e o que muda na CBN Goiânia:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/cbn-goiania/empresarios-goianos-se-preparam-para-o-inicio-do-periodo-de-transic-o-da-reforma-tributaria-1.3324296" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">Empresários goianos se preparam para o início do período de transição da reforma tributária</a></li>
</ul>

A expectativa é de que o maior controle reduza a subdeclaração de serviços e, consequentemente, aumente a arrecadação do imposto, sem que haja aumento de alíquotas. Em transição para o novo modelo desde o início de outubro, a Prefeitura de Goiânia já vem recomendando que os contribuintes busquem sistemas alternativos para emitir notas.

A partir de 1º de dezembro será encerrado o prazo para o uso gratuito do atual emissor oficial. A principal justificativa para a mudança é a adequação ao padrão nacional de NFSe previsto na reforma tributária.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/adaptac-o-a-reforma-tributaria-exige-planejamento-estrategico-1.3325564" style="font-size: 12px;" target="_self">Adaptação à reforma tributária exige planejamento estratégico</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/setor-produtivo-preve-aumento-de-precos-com-custo-maior-para-empresas-1.3325570" style="font-size: 12px;" target="_self">Setor produtivo prevê aumento de preços com custo maior para empresas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/empresas-ja-podem-antecipar-impactos-da-reforma-tributaria-1.3298952" style="font-size: 12px;" target="_self">Empresas já podem antecipar impactos da reforma tributária</a></div>

Segundo a Secretaria da Fazenda de Goiânia (Sefaz), a mudança não afetará os Microempreendedores Individuais (MEIs), que já emitem notas fiscais por uma plataforma nacional própria. Como nunca estiveram vinculados ao sistema municipal, eles continuarão utilizando o mesmo procedimento.

A mudança, no entanto, já suscita preocupação no meio empresarial da capital. Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi diz que houve pouco debate entre o setor e a Prefeitura.

“O que vemos de negativo é que haverá um custo a mais para os empresários para poder ter acesso ao sistema. Mas o que a Fecomércio e sindicatos irão atuar é na busca de empresas que possam prestar esse serviço e a gente fazer uma negociação produtiva. Agora é aguardar após 30 de novembro para ver como irá proceder as empresas que não têm o sistema para emissão das notas fiscais”, afirma Baiocchi.

Em coletiva na sexta, o prefeito enfatizou que o Paço está fazendo apenas o que outras prefeituras já fazem por conta das mudanças na legislação tributária. “Essa condição tem no Brasil inteiro. Anápolis é assim, Aparecida é assim. Nós vamos também colocar - vamos fazer a integração para que quem quiser usar o sistema nacional de nota gratuita possa usar também”, afirmou Mabel.

A assessoria da Prefeitura de Anápolis informou ao POPULAR que no município não existe um sistema gratuito de emissão da nota fiscal. Já a Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que o emissor na cidade também é utilizado sem custo para os contribuintes.

<h2>Integração</h2>

Acerca da integração citada por Mabel na sexta, a Prefeitura de Anápolis confirmou que há uma discussão “sobre a possibilidade de convênio para o compartilhamento de informações tributárias entre as administrações municipais, medida semelhante às que já ocorrem com outros órgãos públicos, como Receita Estadual e Federal”.

“A iniciativa visa aprimorar a cooperação técnica e o intercâmbio de dados de interesse fiscal, sem envolver unificação ou a troca de sistemas de notas fiscais”, informou a Prefeitura de Anápolis, em nota.

Já o secretário da Fazenda de Aparecida, Carlos Eduardo de Paula, afirmou ao POPULAR que a integração só ocorrerá “quando todos estiverem no mesmo time”, mas disse que um único sistema rodando nas três cidades - como quer Mabel - “traz sinergia para o processo, ainda que cada qual com o seu data center separado”. “Assim, contadores, empresários, fisco, e mesmo as informações, ficam mais acessíveis”, disse.

O novo modelo nacional trata-se do sistema Abrasf 2.04 desenvolvido pela Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf), padrão que define a estrutura técnica e campos obrigatórios para integração entre os sistemas de emissão e os fiscos municipais. Norma regulamentadora da reforma tributária, a lei complementar nº 214 de 2025 prevê a padronização do sistema de emissão de notas fiscais em todo o País.

De acordo com a Secretaria da Fazenda de Goiânia, a mudança segue o que a lei prevê em seu artigo 62, ao apontar que todos os municípios brasileiros devem adotar o padrão nacional da NFS-e como condição para manter o acesso a transferências voluntárias da União, recursos repassados por meio de convênios, acordos ou parcerias, essenciais para projetos e investimentos nas cidades.

<h3>Obrigação</h3>

A presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO), Sucena Hummel, reforça que a mudança para o sistema nacional está prevista na lei complementar 214, da reforma tributária, que unifica todos os municípios brasileiros ao padrão nacional de nota fiscal, e ação ocorreu com o intuito de trazer melhorias à fiscalização e controle.

“As prefeituras que não se adaptarem ao novo padrão nacional de NF do IBS/CBS perdem autonomia, podem perder arrecadação e ainda podem ser ‘atropeladas’ pelo sistema nacional, que funcionará com ou sem a adesão delas”, diz.

Ao contrário de Baiocchi, ao ser questionada sobre a possibilidade de prejuízos ao empresariado, Sucena diz que, na prática, haverá apenas “um custo a mais”. “O Estado de Goiás não tem emissor de notas, então as empresas de comércio para emitir nota dentro do Estado também precisam adquirir um sistema de emissão - o que leva a um custo a mais”, afirma, exemplificando que há sistemas que variam valores para emitir nota entre R$ 0,50 até R$ 100. “O empresário vai ter que procurar de acordo com sua demanda.”

Paço prevê arrecadação maior do ISS com novo sistema de notas fiscais

Economia

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Tributos

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) decidiu contratar a Fundação Dom Cabral, por inexigibilidade de licitação, para implementar <a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-determina-alterac-o-de-acordo-sobre-a-comurg-1.3329266" target="_self">programa de melhoria de eficiência operacional</a>, “com foco em redimensionamento organizacional, sustentabilidade econômico-financeira e fortalecimento da governança corporativa”. O custo será de R$ 1,2 milhão.

A contratação foi autorizada em portaria publicada no Diário Oficial do Município de 17 de outubro. Em nota, a Comurg informou que a inexigibilidade de licitação foi definida devido à “notória especialização e inviabilidade de competição para serviço técnico especializado”.

De acordo com a companhia, o objeto da contratação abrange “diagnóstico organizacional, mapeamento de macroprocessos, dimensionamento da força de trabalho, estudo de precificação e relatório com recomendações de reestruturação, sustentabilidade econômico-financeira e governança”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/paco-amplia-contrato-com-a-comurg-a-r-595-milh-es-ao-ano-1.3326839" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Paço amplia contrato com a Comurg a R$ 595 milhões ao ano</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/comurg-e-paco-cogitam-aditivo-ate-sair-novo-contrato-1.3320597" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Comurg e Paço cogitam aditivo até sair novo contrato</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/comurg-paga-mais-r-3-6-milh-es-fora-da-ordem-cronologica-1.3314724" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Comurg paga mais R$ 3,6 milhões fora da ordem cronológica</a></div>

Ainda segundo a Comurg, o prazo técnico de execução é de três meses, com vigência contratual de 12 meses para abarcar execução, pagamentos e fiscalização. A empresa pública afirmou que os pagamentos serão realizados em até dez parcelas mensais condicionadas às entregas validadas. A companhia disse que o contrato “está em finalização administrativa” e será disponibilizado em seu Portal da Transparência.

A contratação ocorreu cerca de oito meses após a divulgação de informações do plano de reestruturação e recuperação financeira da Comurg e cerca de dez meses após o início da gestão do prefeito Sandro Mabel (UB), que tem a renovação da companhia entre suas promessas de campanha.

Entre as medidas adotadas desde o início do ano estão a redução de comissionados - de 532 para 104 -, a diminuição de cargos de chefia, a extinção de gratificações e a retomada do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de outras obrigações trabalhistas, após 27 meses de atraso. A Comurg também demitiu mais de 660 servidores aposentados que ainda ocupavam seus cargos na companhia.

Dentro do plano também existe a previsão de aporte de R$ 190 milhões da Prefeitura para a Comurg, sendo que R$ 158 milhões já foram pagos. O último repasse, de R$ 1,9 milhão, foi realizado em 20 de outubro. A companhia também recebe da Prefeitura recursos referentes a serviços prestados, em contrato que foi renovado recentemente, com custo que pode chegar a R$ 49 milhões por mês.

Comurg contrata fundação por R$ 1,2 milhão para "eficiência operacional"

Política

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Prefeitura de Goiânia

Goiânia, sendo a primeira cidade planejada no século XX no país, ostenta um legado ímpar que remonta à visão modernista de Attilio Corrêa Lima e a influência do conceito de cidade-jardim, priorizando as áreas verdes e uma estrutura organizada. Este rico histórico a posiciona como um modelo potencial, mas também impõe a responsabilidade de honrar esse planejamento.

Goiânia tem tudo para ser referência para as cidades do Brasil inteiro, especialmente por sua notável concentração de áreas verdes que lhe rendeu o título de “Capital Verde” e por seu valioso patrimônio arquitetônico Art Déco. No entanto, para que esse potencial se concretize plenamente, é crucial resgatar e atualizar os princípios que guiaram sua fundação, adaptando-os aos complexos desafios da metrópole contemporânea.

Pensar, planejar e gerir uma cidade exige conhecimento técnico e respeito à experiência do servidor público. A gestão urbana moderna não pode prescindir da ciência e da expertise acumulada, transcendendo a mera burocracia para se tornar um processo contínuo de inovação e adaptação.

A cidade precisa ser cuidada, a partir das necessidades reais da população, na perspectiva da sua melhor qualidade de vida, da saúde à mobilidade, da educação à segurança. Não pode ser cuidada a partir de convicções pessoais, improvisos e de angústias momentâneas, mas sim através de Planos Diretores eficazes e continuamente revisados, baseados em dados concretos e na participação social, garantindo a transparência e a legitimidade das ações.

O projeto de cidade sustentável exige conhecimento técnico e foco no seu zoneamento econômico, social e ambiental. Isso implica um planejamento integrado que reconheça as interconexões entre os sistemas urbanos e o meio ambiente circundante, nomeadamente o Cerrado, bioma fundamental para o equilíbrio hídrico e climático da região.

Os recursos públicos precisam priorizar investimentos em políticas públicas e no desenvolvimento dos seus eixos estruturais que definem, não apenas, os direcionamentos do crescimento da cidade, mas a sua ocupação organizada e gradativa, acompanhada do efetivo adensamento, eliminando os vazios urbanos, o que contribui para a eficiência dos serviços e a redução do consumo de recursos naturais.

Promover o adequado adensamento e a requalificação urbana nos eixos estruturais promove a adequada estruturação dos serviços públicos de saneamento básico e transporte coletivo, a disponibilização de serviços de saúde, educação, segurança, esporte e lazer, entre outros, de forma equitativa e acessível a todos os cidadãos. A mobilidade urbana em Goiânia, em especial, clama por soluções que priorizem o transporte coletivo de alta capacidade e a infraestrutura para modais ativos (bicicletas e pedestres), em detrimento da dependência do transporte individual.

É plenamente possível que a cidade seja um espaço de vida digna e prazerosa. Basta que seja pensada, planejada e cuidada com olhar para a vida e não para as coisas, os negócios e especulações, que historicamente moldaram o crescimento da capital goiana de forma excludente e desigual, como evidenciado pela alta concentração de renda. O direito à cidade, conceito fundamental do urbanismo contemporâneo, deve ser o princípio norteador de toda e qualquer política pública municipal.

Paulo César Pereira, engenheiro Civil e professor. Ex-reitor do Instituto Federal de Goiás (IFG). Ex-secretário de Planejamento e Habitação de Goiânia e ex-presidente da Agência de Regulação de Goiânia (ARG)

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

Art Déco vivo no meio do Cerrado

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Paulo César Pereira

Morre um dos feridos em engavetamento com seis carros no Jardim América

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O motorista Lucas San Thiago Batista Moreira, de 24 anos, investigado como o <a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-que-causou-acidente-com-morte-e-feridos-tem-historico-de-crime-de-transito-diz-policia-1.3328966" target="_self">responsável pelo engavetamento que envolveu sete veículos</a> — cinco carros e duas motos — neste domingo (26), no Jardim América, em Goiânia, deve responder pelos crimes de sequestro e cárcere privado, injúria, agressão física, ameaça, condução de veículo sob efeito de álcool, lesão corporal e homicídio simples. Ele foi preso em flagrante no dia do ocorrido e segue detido. A audiência de custódia deve ser realizada nesta terça-feira (28). Um auditor fiscal da Prefeitura de Goiânia morreu no acidente.

Durante a tarde de domingo, Lucas dirigia uma caminhonete S10 branca pela Avenida C-104 em alta velocidade quando, na altura da praça C-170, bateu contra <a href="https://opopular.com.br/cidades/video-mostra-momento-do-engavetamento-com-seis-veiculos-no-jardim-america-1.3329130" target="_self">veículos que estavam parados no semáforo vermelho</a>. Entre os sete veículos envolvidos, dois Hyundai HB20, um Renault Logan, um Kia Picanto, um VW Gol, e duas motocicletas, além daquele dirigido pelo investigado. Dentre os feridos, um morreu: o auditor fiscal Prefeitura de Goiânia, Alexandre Oliveira e Macedo, de 56 anos, que ocupava o Kia Picanto e chegou a ser socorrido e levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu.

A ocorrência que parecia ser apenas um acidente de trânsito se transformou em inquérito na Delegacia Estadual de Combate à Violência Contra a Mulher (Deaem). O caso foi levado à especializada diante de relatos da mulher de 19 anos, que ocupava o banco do passageiro no veículo conduzido por Lucas, de que durante uma viagem a Rio Quente no fim de semana, para aproveitar o feriado prolongado do aniversário de Goiânia, foi vítima de violência física, ameaça, além de ter sido mantida em cárcere privado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/video-mostra-momento-do-engavetamento-com-seis-veiculos-no-jardim-america-1.3329130" target="_self">Vídeo mostra momento do engavetamento com seis veículos no Jardim América</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/morto-em-engavetamento-causado-por-caminhonete-era-auditor-da-prefeitura-de-goiania-1.3329012" target="_self">Morto em engavetamento causado por caminhonete era auditor da Prefeitura de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-que-causou-acidente-com-morte-e-feridos-tem-historico-de-crime-de-transito-diz-policia-1.3328966" target="_self">Motorista que causou acidente com morte e feridos tem histórico de crime de trânsito, diz polícia</a></div>

<h2>Agressões</h2>

A vítima relatou em depoimento que os dois tinham um relacionamento amoroso há cerca de um mês e, durante a viagem no feriado, a situação de violência teria começado. De acordo com o relato, na sexta-feira (24), ao chegarem ao hotel onde ficariam hospedados no município, ela flagrou o companheiro fazendo uso de uma substância entorpecente, posteriormente apreendida pela polícia e identificada como MDMA. Ao demonstrar o desejo de ir embora, a jovem foi impedida de sair do quarto.

Diante disso, a jovem contou que foi empurrada, enforcada, chutada, puxada pelos cabelos e agredida com tapas no rosto, além de ser xingada e ameaçada. Durante as agressões, o autor teria dito frases como: “você não vai sair da minha vida”, “você já é minha” e “você vai pagar”. Em determinado momento, a vítima conseguiu ligar escondida para uma amiga, pedindo socorro. Na ligação, afirmou estar sendo agredida e trancada, dizendo temer que o agressor “fizesse algo pior”. A amiga acionou a Polícia Militar, mas, como repassou as características erradas do veículo, a vítima não foi localizada no município.

Ao perceber que ela teria acionado a corporação, Lucas quebrou o celular da jovem, impedindo-a de qualquer contato. Já na manhã de domingo (26), após ingerir bebidas alcoólicas e “grande quantidade de substâncias entorpecentes” ele decidiu retornar com a vítima para Goiânia. Durante o trajeto, a jovem permaneceu em silêncio por medo, enquanto o autor dirigia calmamente. Ao se aproximarem da capital, ele começou a acelerar o veículo, dizendo: “Você não queria ir embora? Agora você vai.” Mesmo com os pedidos para que parasse, o suspeito ignorou e seguiu em alta velocidade.

<div attr-cid="policy:1.3328939" attr-version="policy:1.3328939:1761574413" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3328939" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3328939', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3328939">Morre um dos feridos em engavetamento com seis carros no Jardim América (1.3328939)</a></div>

Ainda conforme o relato, ao chegar na capital, ele teria ficado mais agressivo e começado a dirigir em alta velocidade, tendo em determinado momento parado em uma distribuidora no Setor Sudoeste, onde a mulher tentou fugir. Mas ao perceber a situação, ele a empurrou para dentro do veículo e voltou a conduzir em alta velocidade, em direção ao Jardim América. Após ter atingido um motoqueiro, que quase caiu no chão, Lucas teria novamente acelerado o carro, momento em que colidiu com os veículos que aguardavam pela abertura do semáforo. A vítima disse ainda que Lucas riu quando desceu do veículo e viu o engavetamento que causou.

A ocorrência envolveu diversas equipes do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Militar, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O condutor da caminhonete foi preso em flagrante e segue detido. Segundo a delegada titular da Deaem, Ana Elisa Gomes, o jovem se manteve em silêncio durante o depoimento. Já a vítima de violência doméstica solicitou medida protetiva contra o agressor.

Trabalhando em uma farmácia em frente ao local onde ocorreu o acidente, Natália Torres Santos, de 24 anos, presenciou todo o ocorrido e conta que o condutor estava em alta velocidade no momento da batida, que classificou como feia e desesperadora. “O que eu vi foi o pessoal tentando segurar ele, porque o homem tentava fugir do local. Ele estava sem camisa e muito alterado”, relata.

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(Laysa Milograma é estagiária do GJC em convênio com a UniAlfa)

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