Neste sábado (7), no feriado da Independência do Brasil, estudantes e apoiadores se reúnem para o 4° Tsunami da Educação e Grito dos Excluídos. A concentração começou as 8h30 e tem previsão de saída dentro de poucos minutos, na Catedral Metropolitana de Goiânia, localizada na Rua 10, no setor Central.Desta vez, os manifestantes saem às ruas não somente pela educação, mas também levantando a bandeira em defesa da Amazônia, moradia, serviços públicos, aposentadoria, ciência e tecnologia, empregabilidade e pela saúde pública.O estudante Mateus Ferreira da Silva, de 35 anos, que foi agredido por um policial militar durante uma manifestação em abril de 2017, relata que mais uma vez está presente lutando pela educação. “Temos que buscar melhorias e ressaltamos também a questão da igualdade, do olhar para o próximo, que também é uma questão extremamente importante”, diz. “Com a Amazônia sendo devastada pelo governo também não podemos nos calar”, acrescenta.Entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) confirmaram participação. Além de Goiânia, outras 161 cidades do país também devem se mobilizar.ConvocaçãoNa última quinta-feira (5), em ato de ocupação na Universidade Federal de Goiás (UFG) O Diretório Central dos Estudantes da UFG (DCE-UFG) convocou os estudantes a participar também do ato. Um grupo de cerca de 100 estudantes reivindicaram pedindo por uma assembleia universitária, recontratação dos funcionários terceirizados e a normalização no pagamento de bolsas de extensão, monitoria e pesquisa.Em nota, a UFG confirmou que atendeu os pedidos e será realizada uma Assembleia Universitária no próximo dia 23. O encontro está previsto para começar às 14h, no Centro de Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia. Participaram da reunião o reitor e a vice-reitora da UFG, Edward Madureira Brasil e Sandramara Matias Chaves, assessores da Reitoria e representantes dos estudantes, dos docentes, dos técnico-administrativos e dos diretores de órgãos e unidades acadêmicas.A UFG reitera no texto, que tem se esforçado para reverter o bloqueio de recursos financeiros “que prejudica as atividades de ensino, pesquisa e extensão”. Como vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o reitor Edward Madureira disse que busca uma solução para a situação orçamentária junto ao Ministério da Educação (MEC) e ao Congresso Nacional.De forma paralela, a instituição garante no documento que são diversas as atividades e iniciativas que vem sendo realizadas, tanto da administração superior quanto das unidades acadêmicas. “O objetivo é mostrar à sociedade a importância e a relevância da UFG”. Pedem ainda o envolvimento e a união da comunidade universitária. “Para tanto, o diálogo e a participação democrática continuam sendo, como sempre, pilares essenciais para a construção de uma Universidade cada vez melhor e mais participativa, inclusiva e diversa”, conclui em nota.