Procedimentos que dependem de anestesia, como partos normais, cesarianas e curetagem, estão suspensos na Maternidade Nascer Cidadão (MNC), situada no setor Jardim Curitiba 3, na região noroeste de Goiânia, desde a noite desta quarta-feira (20), após paralisação anunciada dos serviços prestados pelos profissionais da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO). A justificativa é de que não houve repasse nem acordo com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão da unidade de saúde, e há uma dívida acumulada em R$ 1,35 milhões desde novembro passado.

A interrupção dos atendimentos foi anunciada pela Coopanest na manhã desta quinta-feira (21), em comunicado à imprensa que alega que “a Fundahc foi formalmente e antecipadamente notificada da interrupção do atendimento que deveria acontecer no dia 15 de agosto”. “Porém, diante da expectativa de regularização, a cooperativa adiou essa data. Mas agora, com a inexistência de qualquer proposta para negociação da dívida pendente, os atendimentos serão interrompidos”, complementa a nota.

O POPULAR esteve no local na tarde desta quinta-feira (21) e observou um comunicado colocado na porta da unidade que dizia que a partir das 19 horas de quarta-feira “todas as internações que possam necessitar de serviço de anestesiologista, tais como assistência ao parto normal, cesáreas e curetagens, estão suspensos temporariamente”. A orientação dada aos pacientes foi para procurar atendimento em outra unidade “até a regularização da escala médica”. Contudo, depois, um novo aviso foi fixado informando que “devido à indisponibilidade de anestesistas, os atendimentos estão suspensos temporariamente” a partir das 18 horas desta quinta-feira. Naquele horário, em ponto, as <a href="https://opopular.com.br/cidades/332-gestantes-a-espera-de-vaga-de-alto-risco-em-goiania-1.3282571" target="_self">portas da maternidade foram fechadas ao público</a>.

<ul>
	<li>Confira mais detalhes sobre a paralisação na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/nova-paralisacao-na-maternidade-nascer-cidadao-em-goiania-13862354.ghtml" target="_self">Nova paralisação na Maternidade Nascer Cidadão em Goiânia</a></li>
</ul>

Profissionais da unidade ouvidos pelo POPULAR mencionaram que todos os atendimentos estariam suspensos a partir daquele horário, com exceção de pacientes já admitidos. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por outro lado, garante que atendimentos de urgência e emergência de ficha vermelha e amarela, além de consultas e exames, seguem sendo realizados, demonstrando dados de atendimentos ambulatoriais e procedimentos. Entre os realizados nesta quinta estão consultas de mastologia, consultas de emergência, de patologia cervical, sobre aleitamento materno e planejamento familiar. Além disso, foram feitas ultrassonografias obstétrica e de mamas, além de colposcopia.&nbsp;

O técnico de som Marcos Alves Pereira, de 26 anos, chegou ao local junto com a esposa, Alessandra Alves Carneiro, de 25, já em trabalho de parto. Depois de passar pela consulta, saíram em busca de atendimento em outra unidade de saúde. “Falaram que poderia ter o parto normal ali, mas como pode ter alguma intercorrência e precisar de anestesia, acharam melhor não interna-la. Se ela tivesse em emergência teria de ficar aqui, mas está com dois (centímetros de dilatação) ainda”, explica. Para ele, o sentimento é de indignação. “Ela fez todo o acompanhamento aqui. Agora, na hora que mais precisa, não tem”, reclama.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/partos-est-o-suspensos-na-maternidade-celia-camara-1.3284897" style="font-size: 12px;" target="_self">Partos estão suspensos na Maternidade Célia Câmara</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/332-gestantes-a-espera-de-vaga-de-alto-risco-em-goiania-1.3282571" style="font-size: 12px;" target="_self">332 gestantes a espera de vaga de alto risco em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-estuda-reduzir-total-de-maternidades-publicas-1.3229301" style="font-size: 12px;" target="_self">Goiânia estuda reduzir total de maternidades públicas</a></div>

A Coopanest diz que na Maternidade Nascer Cidadão trabalhavam dois médicos anestesiologistas, em escala de 12 horas e com atendimento 24 horas. Os profissionais atuavam em pacientes que demandavam anestesia e sedação para exames, curetagem, cirurgias, atendimento neonatal e cesarianas. Dessa forma, aponta a cooperativa, todos os procedimentos ficariam impedidos de serem realizados com a ausência dos especialistas na maternidade.

A cooperativa aponta que, mesmo com a falta de repasse, os profissionais permaneceram atendendo por quase um ano por “respeito à população”. Somente a dívida com a Nascer Cidadão chegaria a R$ 1,35 milhões, contabilizados de novembro passado a julho deste ano. Contudo, a cooperativa alega que há ainda um montante previsto para o Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), situado no Conjunto Vera Cruz, de R$ 840 mil, relativos a julho a outubro de 2024 e maio deste ano, totalizando aproximadamente R$ 2,2 milhões. A Coopanest cita ainda que, no caso dessa outra unidade, não havia contrato vigente desde o fim de 2024.&nbsp;

Conforme a cooperativa, os pagamentos feitos pela Fundahc foram “pontuais”, a exemplo de um realizado na última semana, referente a abril deste ano. “Mas sem apresentar acordo ou cronograma de pagamento para o restante das dívidas com a cooperativa”, alega. Dessa maneira, em 2 de julho os médicos anestesiologistas também paralisaram a prestação de serviços na Maternidade Célia Câmara. No local, o atendimento ficou restrito apenas a casos de urgência e emergência, mediante triagem e classificação de risco. Procedimentos que demandam anestesia também não estão sendo feitos na unidade.

A SMS diz, em nota, que “encaminhou equipe à Maternidade Nascer Cidadão para acompanhamento in loco da situação e reorganização dos fluxos de atendimento aos pacientes”. Garante ainda que seguem sendo feitos atendimentos de urgências e emergências, consultas ambulatoriais e assistência a pacientes internados. A pasta alega que as gestantes que buscam o local com quadros não urgentes são redirecionadas ao Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) e ao Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu).&nbsp;

<h2>Argumento</h2>

A paralisação dos atendimentos dos médicos anestesiologistas é vista pela SMS como mais um motivo para a troca da gestão das três maternidades municipais — Nascer Cidadão, Célia Câmara e Dona Iris. A substituição da Fundahc por organizações sociais da saúde (OSSs) é defendida pelo prefeito Sandro Mabel (UB), que, em julho, criou uma comissão de transição para a nova gestão. No fim daquele mês, a entidade foi notificada sobre o fim do contrato, tendo a Prefeitura alegado erros como descumprimento de metas pactuadas, falhas de gestão e utilização indevida do fundo rescisório entre 2020 e 2024.&nbsp;

O POPULAR mostrou no início de agosto que a Fundahc contestou a rescisão unilateral dos convênios, apontando arbitrariedade da administração municipal e alegando que as falhas imputadas à entidade eram consequências da inadimplência nos pagamentos por parte da Prefeitura, além de cobrar uma dissolução consensual do contrato. A reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG) – instituição à qual a fundação é ligada –, Angelita Pereira de Lima, defendeu em entrevista ao jornal neste mês uma solução para garantir o pagamento da dívida do Paço junto à Fundahc, calculada em R$ 158,5 milhões.

Na nota encaminhada pela pasta, a mesma reforça que “a nova paralisação e a falta de regularidade na assistência oferecida aos usuários evidenciam ainda mais a necessidade de troca do atual modelo de gestão das unidades de saúde”. O POPULAR já mostrou que a Fundahc deixa a gestão das maternidades no dia 29 de agosto. O Instituto Patris vai receber R$ 5,5 milhões mensais para administrar o HMDI; a Sociedade Beneficente São José, R$ 5,1 milhões para o HMMCC; e a Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB) terá R$ 1,9 milhão para cuidar da MNC.&nbsp;

<h3>Fundahc</h3>

Em nota, a Fundahc diz que “a restrição de serviços na Maternidade Nascer Cidadão (MNC) decorrente da suspensão do serviço de anestesiologia está sendo controlada e os atendimentos deverão ser retomados em sua totalidade ainda nesta sexta-feira”. “Mesmo diante da urgência, as tratativas apresentadas pela Fundahc e pela UFG acerca da dívida existente por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) junto à fundação ainda não foram respondidas pelo Executivo”, reforça o texto, completando que “tampouco há um planejamento claro para a implementação de um novo modelo de gestão, especialmente em um cenário de atrasos financeiros e condições de trabalho comprometidas, o que gera insegurança entre os profissionais e impacta diretamente a estabilidade dos serviços de saúde”.

Por fim, a fundação diz reafirmar “seu empenho em adotar as medidas cabíveis para garantir respeito aos colaboradores e minimizar os prejuízos à população”.&nbsp;

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Maternidade Nascer Cidadão suspende atendimentos

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Matéria - Cidades

Crise na Saúde

No Brasil, 87,7% dos hospitais públicos e privados brasileiros administram antibióticos de forma indiscriminada. É o que mostra um estudo divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG). Na mesma data, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) lançou a campanha “Será que precisa? Evitando a resistência antimicrobiana por antibióticos e antifúngicos”. Segundo o levantamento, 94,7% das instituições participantes possuem um programa de controle de infecção hospitalar, mas não há adesão aos protocolos e diretrizes do uso racional de antimicrobianos. O trabalho também revelou que 20% dos hospitais do País não ajustam de forma correta a dosagem de antibióticos.

“O paciente não nasce sabendo usar antibiótico. Ele aprendeu isso em algum lugar e toma de qualquer maneira. Se hoje queremos uma discussão para mudar esse cenário, precisamos fazer um exercício dentro do próprio sistema de saúde”, afirma Mara Machado, CEO do IQG.

“O que nós queríamos, na verdade, era fazer uma pesquisa para entender por que, em 30 anos, não conseguimos mudar o comportamento dos profissionais de saúde quando se fala sobre o uso de antimicrobianos, quanto os profissionais e os gestores da saúde conhecem sobre o assunto e, mais do que isso, levar à discussão do quanto impacta no meio ambiente”, completa Mara, ao destacar que desde 1997 o Brasil tem uma legislação sobre a obrigatoriedade do programa de controle de infecção.

Para a pesquisa Uso Racional de Antimicrobianos no Brasil: Diagnóstico Atual e Riscos Ambientais Emergentes, realizada de 10 de fevereiro a 9 de março deste ano, o IQG enviou questionários online a farmacêuticos, infectologistas e diretores de 300 hospitais públicos e privados de todas as regiões do Brasil; 104 responderam - a maioria do Sul e do Sudeste. Segundo a Confederação Nacional de Saúde, o Brasil possui 7.309 hospitais (último dado, de 2024). Os 104 hospitais não possuem um comitê stewardship (prática de gestão responsável e cuidadosa), ou seja, que controle o uso de antibióticos. Todos descartam a medicação sem protocolo específico.

87% dos hospitais do País abusam de antibióticos, revela pesquisa

Saúde

Justiça suspende contrato da Prefeitura com Sesi para perícias médicas

A Justiça suspendeu liminarmente o contrato da Prefeitura de Goiânia com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para realização de perícias médicas de servidores públicos municipais. A decisão assinada na noite desta quarta-feira (20) atende a recurso interposto pelo deputado estadual Mauro Rubem (PT) em meio a uma ação popular que cobra a suspensão do acordo firmado em abril no valor de R$ 9 milhões por dispensa de licitação, e leva em consideração pareceres do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) também contrários ao contrato.

Assinada pelo desembargador Itamar de Lima, a decisão derruba outra proferida pelo magistrado de primeiro grau e suspende o contrato até uma definição definitiva sobre a ação. Ao acatar o recurso do deputado, o desembargador argumentou que a contratação direta não se enquadra no fundamento legal utilizado para sua justificativa, com base na Lei de Licitações. Além disso, diz que o serviço de perícia médica “trata-se de atividade típica de Estado, com evidente impacto sobre a esfera jurídica dos servidores públicos, razão pela qual sua delegação a entidade privada sem respaldo normativo expresso configura possível violação aos princípios da legalidade e da supremacia do interesse público”.

<div attr-cid="policy:1.3302716" attr-version="policy:1.3302716:1755791446" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3302716" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3302716', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3302716">Justiça suspende contrato da Prefeitura com Sesi para perícias médicas (1.3302716)</a></div>

Conforme a ação popular movida pelo parlamentar, a contratação feita sem processo licitatório fere “os princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade” por ter sido feita por dispensa de licitação. Além disso, aponta que a Prefeitura tem criado um cenário de colapso da Junta Médica de Goiânia, negando a recomposição do quadro de servidores e retendo demandas para justificar a terceirização. A ação também alega que há substituição indevida da Junta Médica por um ente privado, haja vista que o contrato prevê a realização de 24 mil perícias ao ano.&nbsp;

Outro ponto levantado é que há risco à saúde dos servidores por emissão de laudos padronizados. O POPULAR mostrou no fim de junho que entidades sindicais perceberam uma redução na duração dos atestados . À época, as representações sindicais acionaram o MP-GO, que entrou com ação pedindo a anulação do contrato e que a administração municipal não realize novos contratos com entidades terceirizadas para realização de perícias médicas. Também cobrou a nomeação dos aprovados em concurso público de 2020 para recomposição do quadro de profissionais da Junta Médica.

A ação protocolada pelo MP-GO foi reiterada pelo desembargador ao decidir pela suspensão do contrato. O magistrado também cita manifestação do TCM-GO pela nulidade do contrato, de que seria “prudente e proporcional a suspensão dos efeitos do contrato até o exame colegiado mais aprofundado”. “A eventual consolidação do modelo terceirizado, sem o devido concurso público, representa risco institucional relevante, tanto pela perpetuação de modelo irregular quanto pelos potenciais efeitos financeiros decorrentes da execução do contrato”, destaca.

Com a decisão, os efeitos do contrato ficam suspensos até o julgamento definitivo do processo pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). A Prefeitura, o prefeito Sandro Mabel (UB) e o Sesi foram intimados a apresentar contrarrazões no prazo legal.&nbsp;

Em nota, a Prefeitura diz que a decisão “foi baseada em informações equivocadas e documentação inadequada”, ao citar a manifestação do TCM-GO pela nulidade do contrato. “Os autores juntaram um acórdão relativo ao município de Trindade sobre credenciamento de médico auditor, matéria completamente diversa e sem qualquer relação com o contrato de terceirização dos serviços de perícia médica funcional celebrado entre Goiânia e o Sesi. Jamais houve manifestação do TCM-GO contrária ao contrato firmado”, defende.

Decisão

A ex-presidente do Brasil&nbsp;Dilma Rousseff (PT) não sofreu sanção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diferentemente do que afirmam&nbsp;publicações&nbsp;nas redes sociais.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

As postagens trazem um vídeo que mostra um homem em um carro, com a legenda “Trump Sanciona Dilma Rousseff” e alegam que Dilma estaria entre as autoridades sancionadas por ter participação no programa Mais Médicos.

O programa foi, de fato, instituído no governo Dilma, em 2013, mas a ex-presidente não foi sancionada. No último 13 de agosto, o governo Trump, por meio do secretário de Estado, Marco Rubio, revogou os vistos de outras autoridades ligadas ao programa Mais Médicos: Mozart Júlio Tabosa Sales, hoje secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais e que hoje atua como coordenador-geral para a COP 30.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/comprova/deepfakes-no-tiktok-usam-celebridades-para-simular-apoio-a-lula-nas-eleic-es-de-2026-1.3299757" target="_self">Deepfakes no TikTok usam celebridades para simular apoio a Lula nas eleições de 2026</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/trump-n-o-ameacou-enviar-tropas-contra-alexandre-de-moraes-1.3299281" target="_self">Trump não ameaçou enviar tropas contra Alexandre de Moraes</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/tarifas-de-trump-seguem-em-vigor-video-no-x-espalha-informac-o-desatualizada-1.3298213" target="_self">Tarifas de Trump seguem em vigor; vídeo no X espalha informação desatualizada</a></div>

Rubio também cancelou os vistos da esposa e da filha de 10 anos de Alexandre Padilha, hoje ministro da Saúde, e que ocupava o mesmo cargo quando o Mais Médicos foi criado.

Dilma não foi citada no caso e não há qualquer registro oficial ou comunicado do governo dos Estados Unidos, seja na gestão de Trump ou em qualquer outra, sobre sanções aplicadas a ela. Uma busca nos comunicados oficiais do&nbsp;Departamento de Estado&nbsp;dos EUA, órgão responsável por emitir tais sanções, reforça essa informação, já que o nome de Dilma Rousseff não aparece em nenhuma das notas relacionadas ao caso. Em contraste, os nomes de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman são explicitamente citados em comunicado.

<h2>Quem criou o conteúdo investigado pelo Comprova</h2>

O autor do post investigado não respondeu ao contato da reportagem. No X, ele se apresenta como Eduardo Matos e diz que é ator, empreendedor, multiplicador e desenvolvedor. O Instagram o categoriza como criador de conteúdo digital. O perfil já teve&nbsp;outra publicação verificada pelo Comprova&nbsp;e recentemente postou, sem apresentar qualquer evidência, que Gleisi Hoffmann teria participado dos atos de vandalismo em 8 de janeiro de 2023.

O vídeo investigado chegou a mais de um milhão de visualizações nos perfis do criador do conteúdo no Instagram e no Facebook.

<h3>Por que as pessoas podem ter acreditado</h3>

O post associa Dilma a uma notícia real, mas que não tem relação com ela. Ao misturar um nome conhecido com um evento real (sanções dos Estados Unidos a figuras políticas), a publicação cria uma conexão falsa que confunde o leitor. As pessoas podem acreditar na notícia porque ela parece ter verdade e está inserida em um contexto político familiar.

A publicação se dirige a um público que já tem uma visão crítica em relação à Dilma Rousseff e ao programa Mais Médicos. O conteúdo reforça o viés de confirmação, ou seja, a tendência das pessoas de buscar e acreditar em informações que confirmem suas crenças pré-existentes. A legenda “Trump Sanciona Dilma Rousseff” é chocante e chamativa, fazendo com que as pessoas parem para ler, mesmo que o conteúdo não seja verdadeiro.

Fontes que consultamos: Consultamos reportagens de veículos jornalísticos a respeito das medidas do governo dos Estados Unidos envolvendo o Mais Médicos e comunicados oficiais do Departamento de Estado dos EUA. O Comprova pediu esclarecimentos à embaixada americana no Brasil e ao Departamento de Estado, mas não obteve respostas. Foi feita também uma consulta à&nbsp;lista de estrangeiros que foram alvo de sanções&nbsp;pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas, eleições e golpes virtuais e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova já realizou checagens envolvendo esse perfil anteriormente e mostrou que&nbsp;Janja não foi sozinha à Rússia e não há provas de que ela seja vigiada por autoridades norte-americanas. Também publicou ser&nbsp;falsa a alegação de que o governo federal planeja cobrar taxa de donos de animais domésticos.

Notas da comunidade: A postagem no X não recebeu notas da comunidade até o momento da publicação desta checagem.

Dilma não está entre alvos de sanções dos EUA por causa de Mais Médicos

Matéria - genérica

Comprova 

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A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) entregará a gestão das três maternidades municipais de Goiânia em 29 de agosto. De acordo com nota assinada em conjunto pela fundação e pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), serão realizadas agendas de alinhamento para a transição até 28 de agosto. Edição do POPULAR desta terça-feira (19) mostrou, em primeira mão, que a <a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-assina-contratos-de-oss-para-gest-o-de-maternidades-1.3301568" target="_self">Prefeitura assinou</a>, nesta segunda-feira (18), os termos de colaboração emergencial com as organizações sociais (OSs) que administrarão as maternidades municipais da capital.

No fim de julho, a gestão notificou a Fundahc sobre o fim dos contratos, após meses de desgaste com a Prefeitura. No dia 31, O POPULAR revelou quais OSs gerirão as maternidades da capital. O Instituto Patris receberá R$ 5,5 milhões mensais para administrar o HMDI; a Sociedade Beneficente São José (SBSJ) terá R$ 5,1 milhões para gerir o Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC); já a Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB), R$1,9 milhão mensal para cuidar da Maternidade Nascer Cidadão (MNC).

Por mês, o repasse da Prefeitura para a gestão das três unidades será de R$ 12,6 milhões. Os termos com as OSs durarão por seis meses ou até a conclusão do chamamento regular. Atualmente, está em curso o Edital de Chamamento Público nº 001/2025, que tem como intuito qualificar OSs para a gestão na Saúde de Goiânia. Ao todo, 25 entidades se cadastraram para o certame.

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Assista entrevista com o secretário de Saúde&nbsp;na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeitura-de-goiania-afirma-que-negociacoes-para-saida-de-fundahc-esta-avancada-13772794.ghtml" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_self">Novos gestores para as maternidades</a></li>
</ul>

A SMS oficiou a Fundahc sobre o encerramento dos convênios nesta terça. De acordo com a nota da secretaria e da fundação, após pedido da direção executiva da Fundahc, as equipes de transição da SMS e da instituição se reuniram com representantes das OSs que assumirão as unidades na tarde desta terça. Até dia 28, serão realizadas outras agendas. O Patris já publicou em seu site edital para contratação de serviços para a transição de gestão no Hospital e Maternidade Dona Iris.

Também na edição desta terça, O POPULAR mostrou que <a href="https://opopular.com.br/cidades/nova-os-da-dona-iris-assina-carteiras-por-valores-menores-1.3296642" target="_self">trabalhadores das maternidades temem ficar sem seus acertos</a>. A Fundahc alega que, por conta dos repasses insuficientes, utilizou valores do fundo rescisório para cobrir despesas. Segundo informações da fundação no fim de julho, o valor para a quitação dos direitos trabalhistas dos 1,2 mil profissionais contratados via CLT nas três unidades é perto de R$ 46,5 milhões. O repasse por parte da Prefeitura, destinado à Fundahc ao pagamento do fundo rescisório, ainda está em negociação.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-assina-contratos-de-oss-para-gest-o-de-maternidades-1.3301568" target="_self">Prefeitura de Goiânia assina contratos de OSs para gestão de maternidades</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/nova-os-da-dona-iris-assina-carteiras-por-valores-menores-1.3296642" target="_self">Nova OS da Dona Iris assina carteiras por valores menores</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/fundahc-contesta-rescis-o-de-contrato-de-gest-o-das-3-maternidades-1.3296321" target="_self">Fundahc contesta rescisão de contrato de gestão das 3 maternidades</a></div>

<h2>Questões trabalhistas</h2>

Na nota assinada pela fundação e pela SMS é detalhado que “definições acerca de questões trabalhistas e financeiras serão apresentadas pelos gestores municipais à Fundahc em nova reunião, agendada para a tarde de 20 de agosto”. Ainda foi destacado que “o processo de transição está sendo acompanhado e direcionado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pelo Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO), assim como órgãos representativos das classes”.

No Diário Oficial do Município (DOM) de quinta-feira (14) foi publicada a justificativa de dispensa de chamamento público para a celebração dos termos de colaboração emergencial. A SMS argumentou que, mesmo com chamamento em andamento, não haverá tempo hábil para finalização da análise das propostas, tampouco para celebração de novos contratos de gestão, após o regular chamamento público, em tempo de assegurar a continuidade dos serviços nas maternidades.

<div attr-cid="policy:1.3294900" attr-version="policy:1.3294900:1754002766" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3294900" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3294900', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3294900">Webstories oss (1.3294900)</a></div>

O serviço prestado ocorre de forma precária há quase dois anos e a situação piorou em 2024, se agravando agora em julho, quando a realização de partos normais e cesáreas na Célia Câmara foi suspensa. A razão é a dívida milionária por parte da SMS, que afeta diretamente o oferecimento de serviços pela Fundahc.

Para a Prefeitura, o cenário justifica a ação emergencial, sendo que as propostas apresentadas pela AHBB, SBSJ e Instituto Patris foram consideradas mais vantajosas “tanto em termos de economicidade quanto de capacidade técnica-operacional, considerando sua experiência na gestão de unidades de saúde pública e a adequação aos parâmetros assistenciais exigidos”.

<h3 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;"><a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a></h3>