O mecânico Davi Pereira da Silva, de 44 anos, afirmou em interrogatório na Justiça que estava em surto por causa de uma crise de abstinência por uso de drogas quando matou a empresária Maria da Conceição dos Santos Mendonça, de 74, para quem prestava serviços esporádicos. Ele negou que a tivesse matado para roubá-la, tese defendida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) com penas mais graves. Maria da Conceição foi morta em 6 de janeiro, em uma oficina mecânica de sua propriedade, no Jardim Imperial, em Aparecida de Goiânia, e o interrogatório de Davi aconteceu no dia 18 de março. Davi não detalhou o que aconteceu dentro da oficina mecânica nem como foi antes do alegado surto. Para a juíza substituta Patrícia Miyuki Hayakawa de Carvalho, da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, ele disse apenas que teve um “apagão na mente” e que desde que passou a reduzir o consumo de drogas e álcool há cerca de três anos tem estes surtos e age de forma que não consegue controlar nem explicar. Ele não deu nenhum exemplo do que já fez no passado assim. “Apenas aconteceu comigo, não sei explicar o que aconteceu, mas quando vi já tinha feito a burrada”, afirmou.