Os médicos credenciados que atuam na rede municipal de Saúde de Goiânia decidiram manter a paralisação programada para a próxima segunda-feira (9). A interrupção dos atendimentos eletivos por 72 horas foi deflagrada na terça-feira (3), após assembleia geral extraordinária do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego). Em uma nova reunião, realizada nesta quarta-feira (4), eles decidiram manter o movimento, apesar da sinalização de pagamentos da Prefeitura. As assembleias deliberaram sobre atrasos no pagamento das remunerações mensais devidas aos médicos, falta de insumos e medicamentos e condições de trabalho precárias. No final da tarde desta quarta, a Prefeitura de Goiânia informou que realizou o pagamento dos honorários devidos aos médicos credenciados e “mantém a normalidade dos plantões”. Mesmo assim, após assembleia realizada na noite do mesmo dia, os médicos decidiram pela manutenção da paralisação. A categoria entende que as outras demandas ainda não foram atendidas. No início do mês passado, o Simego também deflagrou uma paralisação, que foi suspensa após a Prefeitura atender a algumas reivindicações. Há pelo menos um ano, os médicos que atuam na rede municipal reclamam das condições de trabalho e dos atrasos remuneratórios por parte da administração municipal.Reportagem do POPULAR publicada nesta segunda-feira (2) mostrou que um dos fatores que atravancam as atividades dos profissionais de saúde da rede municipal e o bom funcionamento das unidades é a falta de insumos e medicamentos. Nesta quarta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, em conformidade com o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) e a Procuradoria-Geral do Município (PGM), realizou compra com entrega imediata de medicamentos injetáveis para abastecer as 13 unidades de urgência e emergência da rede municipal. A pasta comunicou que também conseguiu a antecipação da entrega dos medicamentos homologados no pregão eletrônico Nº 90029/24 pelo sistema de registro de preços. Foram adquiridos benzodiazepínicos, analgésico opioide, antibióticos, antialérgicos, antihistamínicos e corticoides. A compra ocorreu no último domingo (1º). Segundo a SMS, um dia depois alguns medicamentos já começaram a ser distribuídos. No início da noite desta terça, uma nova remessa chegou ao almoxarifado e a promessa era de que até o final desta quarta todos já estariam nas unidades de saúde.