Liz Vitória Caldeira Martins já está com 3 anos de idade e, desde que nasceu, passou por várias cirurgias. Nesta sexta-feira (15), ela finalmente conseguiu ser operada para corrigir uma disfagia, que a impede de ingerir alimentos, no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).“Graças a deus conseguimos, foram três anos de espera na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora que saiu, é uma vitória”, afirmou Roney Martins da Silva, pai da menina.Ela nasceu prematura, aos seis meses de gestação, depois que sua mãe passou por uma eclampsia e perdeu líquido amniótico. Liz sofre de hidrocefalia, epilepsia e tem paralisia cerebral. Recentemente, a família descobriu que ela também é tetraplégica.Fim da esperaA cirurgia estava agendada para o dia 31 de maio, mas não aconteceu. “Ela teve Covid-19 e passaram para frente. Depois, ficou marcada para a semana que vem e acabaram fazendo hoje”, conta o pai.Liz deve ficar pela próxima semana na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e, assim que possível, será transferida para uma enfermaria, antes de voltar para casa.Antes da cirurgia, ela se alimentava por sonda, que levava o alimento direto para o estômago. Agora, ela irá receber acompanhamento médico para treinar a deglutição.Liz também já passou por cirurgias em uma válvula que redireciona o excesso de líquido para o cérebro.Após se recuperar da operação para deglutição, a criança ainda deverá fazer tratamento com fonoaudiólogo e fisioterapeuta.Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/menina-com-hidrocefalia-que-espera-cirurgia-h%C3%A1-dois-anos-tem-consulta-agendada-para-dia-31-de-maio-1.2458946" target="_blank">-&nbsp;Menina com hidrocefalia que espera cirurgia há dois anos tem consulta agendada para dia 31 de maio</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/m%C3%A3e-de-trig%C3%AAmeos-com-les%C3%B5es-cerebrais-pede-ajuda-1.2488692" target="_blank">-&nbsp;Mãe de trigêmeos com lesões cerebrais pede ajuda</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/homem-%C3%A9-suspeito-de-se-passar-por-m%C3%A9dico-e-pedir-dinheiro-para-fam%C3%ADlia-de-beb%C3%AA-internado-em-uti-1.2466562" target="_blank">-&nbsp;Homem é suspeito de se passar por médico e pedir dinheiro para família de bebê internado em UTI</a>

Menina com hidrocefalia passa por cirurgia após 3 anos de espera

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Enquanto a administração municipal promete a abertura de 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no prazo de 10 dias, pacientes enfrentam uma longa fila de espera e a incerteza de uma resposta, em meio a notícias de mortes. É essa a realidade Maria Querubina dos Santos, de 88 anos, internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Novo Mundo há mais de 15 dias. A idosa espera por uma vaga para realizar um procedimento cirúrgico e dar fim à saga pelo tratamento de uma lesão, que acabou infeccionada nos últimos meses.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

“Ela é uma senhora acamada há dois anos por conta de um acidente vascular cerebral (AVC). Por conta disso, arrumou uma escara (lesão) nas costas que cada dia piorava mais. Levava no médico, passava medicamento, e voltava para casa. Em uma consulta de rotina, o médico falou que tinha que internar porque o ferimento já estava infeccionado”, conta a filha da paciente Maria Gorete, de 57 anos.

A busca pelo tratamento dos problemas de saúde atuais da idosa começou há mais de um mês. Na ocasião, conta ela, a mãe chegou a ficar cerca de um mês internada após ser regulada para um hospital de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. A estadia de Maria Querubina foi prolongada diante do diagnóstico de uma infecção generalizada.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/tecnico-de-informatica-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3203084" target="_blank">Técnico de informática morre à espera de UTI, em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-um-paciente-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202700" target="_blank">Mais um paciente morre à espera de UTI em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/em-3-dias-duas-mulheres-morrem-a-espera-de-uti-em-goiania-1.3202609" target="_blank">Em 3 dias, duas mulheres morrem à espera de UTI em Goiânia</a></div>

“Teve alta, mas sem melhorar tudo. Voltou para casa, ficou uma semana entre ruim e boa. Depois, começou a urinar sangue. Foi de novo (para a unidade de saúde da rede municipal), tomou remédio e foi liberada, mas piorou depois que voltou para casa. Trouxe e internou novamente e agora estamos aqui (na UPA) há 15 dias já”, complementa Maria Gorete.

Segundo a filha, durante a internação, a mãe tem sofrido com dificuldade respiratória, o que motivou o uso de cateter nasal para administração de oxigênio, e apresentado inchaço nos membros superiores e inferiores. Enquanto a espera pelo leito de UTI para que seja feito o procedimento cirúrgico de “raspagem” da escara, a lesão localizada nas costas só piora.

Ao mesmo tempo em que vê o quadro da mãe sem resolução há mais de duas semanas, a informação que Maria Gorete recebe é de que teria que “aguardar alguém entrar em contato”. “A gente fala com eles e falam isso. Então eu estou aguardando, né”, acrescenta a filha da idosa.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diz que “a Central de Vagas de Goiânia trabalha em conjunto com o Complexo Regulador Estadual na busca de uma vaga para a paciente, uma vez que o leito do qual ela necessita, só tem em hospitais administrados pelo Estado.” A reportagem buscou a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), mas não foi possível obter a posição da paciente na fila.

<h2>Quatro pacientes morrem durante espera</h2>

A espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o técnico de informática Luiz Felipe Figueredo da Silva, de 30 anos, terminou de forma trágica. O paciente estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Novo Mundo e faleceu três dias após a vaga ser solicitada no sistema de regulação. Ele é um dos dois homens que morreram no último sábado (23) enquanto aguardava encaminhamento.&nbsp;

Conforme a esposa dele, Lavínia da Silva, de 27, o homem foi levado à UPA no último dia 18 após ter uma série de crises convulsivas. Após ser medicado e com um quadro que não apresentava melhora, foi levado ao Hospital de Urgência de Goiás (Hugo) para atendimento com a equipe de neurologia. No entanto, foi levado novamente à unidade da rede municipal.

Lavínia relata que, enquanto estava na UPA, o marido voltou a ter uma série de convulsões. Por isso, conta, ele teve que ser entubado. “Ele acabou pegando uma infecção e estavam tratando com antibiótico. Já na quinta-feira (21), ele acordou da sedação e estava chorando. Na sexta-feira (22), de manhã, falaram que a infecção estava diminuindo e que iriam continuar com o antibiótico”, explica.

Ainda na sexta-feira, Lavínia recebeu a informação de que “a função renal e hepática estavam comprometidas”. Naquele mesmo dia, após ter ingressado com pedido no Ministério Público de Goiás (MP-GO) e na Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO), a mulher conta que recebeu a informação de que o juiz plantonista não teria considerado o caso com urgência para ser julgado em regime de plantão. Por isso, encaminhou o processo a outro magistrado. “Como assim não estava grave? Estava só piorando.”

No sábado (23) pela manhã, a esposa de Luiz Felipe conta que arrumou uma outra acompanhante para ficar com ele por algumas horas. Foi ela que contou a Lavínia que uma equipe da unidade estava fazendo o trabalho de reanimação. “Um pouco depois, a médica perguntou se poderia ir para lá. Peguei minhas coisas e sai correndo”, relata.

"Cheguei correndo e na hora de abrir a porta uma porta me reconheceu. Até então, eu achava que ele estava apenas fraco, mas com vida”, diz. Entretanto, em uma sala da unidade, por volta de 12h, a médica a informou que Luiz Felipe havia falecido. “Mesmo eu fazendo de tudo não saiu (o leito). É um sentimento de impotência”, lamenta. O quadro informado de Luiz Felipe era de meningite.

Ambos naturais de Petrolândia, em Pernambuco, Lavínia e Luiz Felipe estavam juntos há mais de três anos e planejavam ter um filho ainda neste ano. Entretanto, conta ela, os planos foram adiados para cuidar do quadro de epilepsia do marido. O corpo do marido ainda não foi enterrado, já que os familiares que residem no estado nordestino estavam em trânsito para a capital goiana ainda nesta segunda-feira (25).&nbsp;

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diz que Luiz Felipe aguardava vaga no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), “que é um hospital estadual.” O POPULAR buscou a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) para falar sobre o caso. A pasta diz que “realizou a busca nas unidades com perfil para atendimento do caso na rede estadual, mas, infelizmente, não localizou vaga antes que o paciente fosse a óbito.”

<h3>Outras mortes</h3>

Na manhã do último sábado (23), o aposentado Severino Ramos Vasconcelos Santos, de 63 anos, morreu enquanto estava internado na UPA do Jardim Itaipu. Familiares relataram à TV Anhanguera que ele foi levado à unidade após fratura no fêmur. Entretanto, durante a internação de seis dias, o quadro de saúde se agravou e evoluiu para problemas respiratórios.&nbsp;

Por conta do quadro de saúde, a família buscou o MP-GO e a Justiça acatou o pedido, um dia antes da morte, determinando que o paciente fosse transferido para um leito de UTI da rede municipal ou estadual em até quatro horas. Ou, ainda, fosse transferido a um hospital privado, com custos cobertos pela Poder Público. A decisão, entretanto, não foi cumprida.

Ainda na última semana, outras duas mulheres morreram na mesma situação que Luiz Felipe e Severino: aguardavam leito de UTI. A vendedora autônoma Katiane de Araújo Silva, de 36 anos, estava internada no Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Cândida de Morais desde o último dia 19. Ela faleceu na quinta-feira (21).

No mesmo dia em que Katiane foi internada, o óbito registrado foi da auxiliar de padaria Janaína de Jesus, de 29 anos. Ela foi à unidade no último dia 17, com sintomas de falta de ar, dor no peito, cefaleia e vômito. Com o quadro agravado, familiares foram informados de que ela precisaria de um leito de UTI. Entretanto, o encaminhamento não foi feito a tempo.

Idosa aguarda leito há 15 dias em Goiânia

Crise na saúde

indiciado

<div attr-cid="policy:1.3062579" attr-version="policy:1.3062579:1693684835" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3062579" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3062579', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3062579">indiciado (1.3062579)</a></div>

A Polícia Civil (PC) <a href="https://opopular.com.br/cidades/dez-pessoas-s-o-indiciadas-por-furar-fila-do-sus-para-pacientes-de-cirurgias-esteticas-1.3062055" target="_blank">indiciou 10 pessoas por envolvimento em crimes</a> como fraude e corrupção na fila de cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde (SUS). Em um dos áudios obtidos com exclusividade pela TV Anhanguera, um dos indiciados comemora que o esquema deu certo.

“Você tem que falar pro pessoal que é 4 mil. É 2 mil e 2 mil quando sair a consulta. Entendeu? Aí tem que aproveitar.. que os esquema abre, depois fecha tudo de novo. Agora tá tendo rim, tá tendo tudo, cirurgia de joelho. Cirurgia de joelho vem, consulta e pega a AIH, ela dá entrada, cê entendeu? O esquema agora abriu tudo de novo”, afirma o indiciado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/dez-pessoas-s-o-indiciadas-por-furar-fila-do-sus-para-pacientes-de-cirurgias-esteticas-1.3062055#state=2e9d4ca5-0ea1-4101-820c-a8507422b7ca&amp;session_state=58b24f25-20b0-4499-8640-842f903d454e&amp;code=3cbb133d-6c00-4961-bf4c-f698eb6a912e.58b24f25-20b0-4499-8640-842f903d454e.b9b3328a-640e-4deb-9f63-4c9096be6cf7" target="_blank">Dez pessoas são indiciadas por furar fila do SUS para pacientes de cirurgias estéticas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/picadas-de-abelhas-saiba-o-que-fazer-e-entenda-por-que-elas-podem-matar-1.3061970" target="_blank">Picadas de abelhas: saiba o que fazer e entenda por que elas podem matar</a></div>

Em outro trecho, outro indiciado diz que pode passar para ele, pacientes sem “medo de errar”.&nbsp;

“Eu arranjei uma.. uma mulher aí que tá saindo cirurgia assim.. claro que tem que pagar um pouco, né, pra ela. Mas vesícula, hérnia, Araújo Jorge, ortopedia, tudo. Se ocê tiver algum aí, nós.. passa pra mim que nós ganhamos um trocado. Pode passar sem medo de errar. É 5, 6 dias, tá operando”, diz, outro indiciado.

De acordo com a Polícia Civil, entre os casos estão os de pessoas beneficiadas na fila de cirurgias eletivas, principalmente procedimentos estéticos que ocasionaram ocupação indevida na fila e sobrecarga no serviço.

<h2>Entenda o caso</h2>

Ao todo, a PC indiciou 10 pessoas pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência, inserção de dados falsos em sistema de informação e posse de apetrechos para falsificação. A maioria das fraudes descobertas é voltada para cirurgias de caráter estético, e algumas das pessoas que fizeram os procedimentos pagaram propina para intermediários e operadores do sistema de regulação médica.&nbsp;

O delegado que está no caso, Danilo Victor Nunes de Souza, informou que o grupo era composto por agentes públicos e particulares que atuavam em Goiânia e outros municípios do estado. Eles faziam a captação de pacientes e falsificavam os dados no sistema para beneficiar pessoas que estão fora dos critérios que são exigidos pelo SUS.

O delegado afirmou que somente um desses envolvidos teria feito quase 2 mil inserções no sistema do SUS no último semestre de 2022.&nbsp;

O inquérito, que tem mais de 15 mil páginas, seguirá para o Poder Judiciário.Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que no inquérito policial remetido à justiça, não há envolvimento de servidor da pasta.

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Polícia Civil indiciou 10 pessoas por envolvimento em crimes como fraude e corrupção na fila de cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde (Marcello Casal/Agência Brasil)

&nbsp;

Em áudio, indiciado por furar fila do SUS para cirurgias plásticas comemora que esquema deu certo; ouça

Esquema

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve em Goiânia, nesta segunda-feira (17), para a abertura do Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e anunciou investimentos da sua pasta para Goiás e também outros 16 estados - como aumento dos recursos de custeio e também na habilitação de novos serviços de atenção especializada. Pela manhã, a ministra visitou unidades de atendimento do Hospital das Clínicas (HC) e participou da inauguração do Instituto da Mulher do HC.

Em reforço de uma boa relação administrativa, a ministra e o governador Ronaldo Caiado (UB) trocaram elogios durante os eventos. “Temos excelente parceria com o estado de Goiás, não só na Saúde, mas no governo federal como um todo. Por isso, agradecemos o governador Ronaldo Caiado por seu papel importante na construção do diálogo e de uma agenda propositiva”, disse Nísia.

Em retribuição, o governador fez a defesa da titular do ministério, que vem sendo alvo de pressão de partidos do chamado Centrão para que o presidente Lula a substitua. “Dentro da minha condição, e junto aos meus deputados estaduais, federais e lideranças, pode saber que aqui em Goiás tem um aliado e eu sei a seriedade e determinação que a senhora tem levado ao nosso país”, disse Caiado.

Os anúncios foram feitos durante a abertura do Conasems e incluem a formação de 200 mil agentes comunitários de saúde e de agentes de combate a endemias, além de um curso amplo de capacitação para toda categoria, com previsão de atingir mais de 180 mil profissionais. O trabalho será feito em parceria entre o Ministério da Saúde e a entidade que representa as secretarias estaduais.

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Também foi anunciado o investimento de R$ 109,6 milhões na ampliação de novos serviços de atenção especializadas como o aumento dos Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e Centros Especializados em Reabilitação (CER), dos serviços de equipes multiprofissionais de atenção domiciliar, das equipes multiprofissionais de apoio e a criação de novos leitos de unidade coronariana e leitos de unidades de terapia intensiva em todo o País.

As verbas de custeio dos hospitais filantrópicos também terão aumento. De acordo com o Ministério da Saúde o valor vai aumentar R$ 82,6 milhões por ano, totalizando R$ 256,7 milhões. Ainda segundo a ministra serão atendidas novas adesões de hospitais filantrópicos, com a expectativa de que sejam incluídas 120 novas unidades de Saúde que, juntas, vão ofertar ao Sistema Único de Saúde (SUS) 700 novos leitos.

O custeio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também teve reajuste de 30%. Serão R$ 1,7 bilhão repassados anualmente para cobrir o custo do serviço e também serão investidos R$ 842 milhões na aquisição de 1.886 novos veículos para renovação e ampliação da frota.

Outra prioridade do Ministério da Saúde, de acordo com a titular da pasta, é a recuperação das altas coberturas vacinais. As campanhas de vacinação em Goiás ficaram longe de atingir as metas especificadas pelo Ministério. A cobertura contra a influenza, de acordo com dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde, são de 46,89%.

As ações estão focadas em implementar um microplanejamento da Organização Pan-Amerinaca da Saúde (OPAS), utilizado em todo o mundo e que conta com o apoio de líderes comunitários locais indo além das rotinas vacinais e levando informação e serviços vacinais para fora das unidades de saúde. O Ministério também vai fazer o repasse de R$ 150 milhões para estados e municípios promoverem a execução do microplanejamento.

Ainda sobre vacinação, o programa Saúde Digital vai ampliar a divulgação dos dados com a evolução diária da cobertura vacinal para ampliar a divulgação dos dados por território, residência e ocorrência, permitir análise qualificada e o direcionamento das ações de imunização e promover a transparência ativa de informações sobre a vacinação para todos os cidadãos. A ministra da saúde também anunciou que vai universalizar de vez as informações dos pacientes do SUS em um único sistema, através do Conectesus. A concentração dos dados já vinha sendo feita, mas agora o serviço de marcação de consultas poderá ser feito 100% online.

Mulher

O Instituto da Mulher do Hospital das Clínicas, inaugurado com a presença da ministra, será um centro de atenção à saúde da mulher e vão ser ofertadas consultas, ações educativas, atendimentos e exames, além do Day Clinical, que é a realização de procedimentos clínicos ou cirúrgicos sem a necessidade de internação, permitindo alta no mesmo dia. A regulação para estes serviços vai ser feita pela Prefeitura de Goiânia.

“Em reunião com o governador Caiado e com o secretariado dele em Brasília eu conheci as iniciativas do estado e da UFG, mas é diferente ver de perto para entender como é o funcionamento desse processo de atendimento”, afirmou a ministra que também visitou a instituição Clínica Teia Agir, entidade filantrópica que atende crianças autistas pelo Sistema Único de Saúde e Centro de Referência em Oftalmologia da UFG (Cerof).

Depois da inauguração, Nísia foi ao Palácio das Esmeraldas onde almoçou com o governador. Caiado reforçou a parceria com a União na construção do Complexo Oncológico de Referência de Goiás (Cora), em Goiânia. A unidade oncológica é um dos três projetos prioritários encaminhados pelo governo de Goiás ao governo federal para serem executados.

Ministra da Saúde anuncia investimentos para Goiás durante visita a Goiânia

Política

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Matéria - Política

Gestão na Saúde

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta segunda-feira (8), o projeto de lei que institui tratamento odontológico como uma política do Sistema Único de Saúde (SUS).

A medida, aprovada no Congresso em novembro e enviada para o Executivo no mês passado, incluiu Política Nacional de Saúde Bucal na rede pública.

A partir de agora, será determinado por lei o acesso universal a serviços de saúde bucal definitivamente, não podendo ser descontinuado ou interrompido por gestores.

"Hoje é um dia histórico pela retomada do Brasil Sorridente, mas principalmente pela sanção da lei que transforma o Brasil Sorridente numa política de estado, o que significa numa universalização de saúde da família, também teremos que unir toda a estratégia de saúde bucal", disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante cerimônia no Palácio do Planalto.

O programa Brasil Sorridente foi criado em 2004 pelo primeiro governo Lula. Mas, nos últimos anos, passou a ser chamado pelo nome da política nacional e, segundo a ministra, estava estagnado, sem credenciamento de novas equipes.

Segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, em janeiro havia 3.700 equipes represadas solicitando credenciamento. O ministério autorizou todas e, depois, mais 2.000 também solicitaram e devem ser aprovadas.

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Ampliação

O ministério deve ainda ampliar os investimentos no programa. Hoje já são 33,3 mil equipes de saúde bucal e 5.600 unidades de atendimento.

A expectativa do governo é chegar a 59,7 mil equipes até o fim de 2026, levando assistência odontológica para todo o país.

"As pessoas gostam de ser bem tratadas. Não se tratam, porque não podem. Ninguém gosta de ser banguela, ter dente sujo, aparecer feito diante dos outros. O Brasil Sorridente é bom porque recupera não o sorriso, [mas] recupera a dignidade do ser humano", disse Lula durante discurso.

Lula sanciona lei que inclui tratamento odontológico no SUS