Mais da metade dos estudantes diz se sentir acolhida pela escola, mas menos de 40% dizem respeitar e valorizar o professor, mostra pesquisa lançada nesta terça-feira (9), que ouviu mais de 2,3 milhões de estudantes em 21 mil escolas do País nos chamados anos finais do ensino fundamental – que compreendem o 6º, 7º, 8º e 9 º anos. O objetivo do levantamento é subsidiar a criação da primeira política nacional voltada para esta etapa.

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As percepções dos alunos, colhidas em questionários e dinâmicas coletivas, foram dividas em dois grupos: os alunos mais novos, do 6º e 7º anos, e os mais velhos, do 8º e 9º anos. Apesar da pouca distância de idade, é possível encontrar importantes contrastes entre as respostas. O estudo alerta para os desafios na relação aluno-professor: apenas 39% dos mais novos e 26% dos mais velhos afirmam respeitar e valorizar os professores.&nbsp;

A pesquisa buscou identificar a opinião dos alunos sobre a escola, conteúdos para desenvolvimento pessoal, atividades essenciais para o futuro, formas de aprendizagem, convivência, entre outros. Estudantes dos 8º e 9º anos têm uma visão menos positiva sobre a escola do que aqueles de 6º e 7º anos.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-e-2-em-ranking-nacional-de-criancas-alfabetizadas-1.3287370" target="_blank">Goiás é 2º em ranking nacional de crianças alfabetizadas</a> 
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No quesito “acolhimento e pertencimento”, 66% dos mais jovens disseram que se sentem acolhidos pela escola - 27% veem a experiência como parcial e 7% discordam. Já entre os mais velhos, apenas 54% sentem-se amparados, 33% se consideram “mais ou menos” acolhidos e 13% discordam.&nbsp;

Na mesma temática, 75% dos estudantes dos 6º e 7º anos afirmaram que confiam em pelo menos um adulto na escola, mas apenas 58% sentem-se verdadeiramente acolhidos por esses adultos. Entre os do 8º e 9º anos, o porcentual de acolhimento cai para 45%.&nbsp;

A pesquisa destaca que, em escolas com maior proporção de estudantes em situação de vulnerabilidade social, 69% percebem a escola como espaço de acolhimento, contra 56% em contextos de menor vulnerabilidade.&nbsp;

Ao investigar como os alunos se sentem em relação aos relacionamentos e à socialização na escola, 65% dos estudantes dos 6º e 7º anos concordam que a escola favorece amizades e interações sociais, com 29% considerando “mais ou menos” e 6% discordando. Para os do 8º e 9º anos, 55% concordam, 35% avaliam como “mais ou menos” e 10% discordam. O relatório destaca ainda que oito em cada dez estudantes (84% nos 6º e 7º anos e 83% nos 8º e 9º anos) têm amigos com quem gostam de estar na escola.

O estudo é fruto de uma parceria do Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Itaú Social. A pesquisa foi realizada durante a Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas, mobilização que engajou o equivalente a 46% das instituições de ensino que oferecem os anos finais nas redes municipais, estaduais e distrital em todo o Brasil.

Menos de 40% dos alunos do 6º ao 9º ano valorizam professor, revela pesquisa

Cidades

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Matéria - Cidades

Educação

Estão abertas as inscrições para seleção de bolsas de estudo integrais para estudantes da rede pública que desejam ingressar em escolas particulares, em Goiânia. Os interessados devem acessar o <a href="https://institutosertaogrande.org/" target="_blank">site do instituto</a> Ser Tão Grande até do dia 14 de setembro e se inscreverem. O resultado será divulgado de 1 a 12 de dezembro. 
 
A oportunidade é oferecida para alunos da rede pública que estejam cursando o 9° ano do ensino fundamental. Os alunos selecionados poderão&nbsp;estudar em escolas particulares em Goiânia, além de receberem curso de idioma (inglês ou espanhol) e mentoria personalizada na área de interesse do estudante, durante os três anos. 
 
O programa propõe duas possibilidades para os alunos: financiamento integral do ensino médio em escolas particulares ou, para jovens que escolherem por continuar na rede pública, o custeio de cursos de reforço no contraturno.&nbsp;​&nbsp; 
 
Ao POPULAR, o instituto destacou que estudantes de todo país podem se inscrever, mas precisam residir em Goiânia (GO) e região metropolitana ou Uberlândia (MG), durante o ensino médio.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-de-goias-e-aceita-em-tres-universidades-portuguesas-1.3275991" target="_self">Estudante de Goiás é aceita em três universidades portuguesas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-de-comunidade-quilombola-de-goias-consegue-bolsa-de-mais-de-r-2-milh-es-em-universidade-dos-eua-1.3221403" target="_self">Jovem de comunidade quilombola de Goiás consegue bolsa de mais de R$ 2 milhões em universidade dos EUA</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-da-rede-publica-e-selecionada-para-universidade-na-georgia-com-bolsa-integral-1.3308246" target="_self">Estudante da rede pública é selecionada para universidade na Geórgia com bolsa integral​</a></div>

<h2>Requisitos</h2>

Para concorrer à bolsa, o aluno deve:

<ul>
	<li>Possuir renda bruta familiar por pessoa de no máximo um e meio salário mínimo (R$ 2.277);</li>
	<li>Deve residir ou ter disponibilidade para se mudar para Goiânia (GO) e região metropolitana ou Uberlândia (MG);&nbsp;</li>
	<li>Devem ter entre 12 e 15 anos de idade;</li>
	<li>Não possuir reprovação em seu histórico escolar do 8° e 9° ano.</li>
</ul>

<h2>Etapas</h2>

O processo de seleção é composto por cinco etapas consecutivas e eliminatórias: inscrição e questionário socioeconômico; teste online com 30 questões de português e matemática; reunião online com voluntários; prova presencial final (com redação) e entrevista presencial final com a família. 
 
Segundo o instituto, os resultados de cada etapa serão divulgados no site e nas redes sociais. Além disso, um email será enviado ao endereço informado na inscrição.&nbsp; 
 
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De acordo com a instituição, o objetivo do projeto é&nbsp;&nbsp;não apenas oferecer ensino de excelência, mas também estimular o potencial de cada estudante e gerar impacto social duradouro.

Instituto abre inscrições para bolsas integrais de ensino médio para jovens de baixa renda; veja como se inscrever

EDUCAÇÃO

<img attr-cid="policy:1.3308258" attr-version="policy:1.3308258:1756989942" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3308258/aluna_de_goiás_vai_estudar_na_europa_com_bolsa.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Aluna participou de processo seletivo para bolsa disponibilizada para Goiás pela instituição de ensino europeia (Arquivo pessoal/Jhennyfer Ramos)

A estudante da rede pública, Jhennyfer Ramos, de 18 anos, foi selecionada para uma universidade na Geórgia com bolsa integral. Aluna de um colégio estadual em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, ela conversou com O POPULAR enquanto seguia em viagem para o país da Europa Oriental.&nbsp;

<cite>Ser selecionada foi um misto de emoções muito grande, mesmo chegando até a fase final eu não acreditava que poderia realmente ganhar algo dessa dimensão", contou Jhennyfer.&nbsp;</cite>

O diferencial dela na seleção, segundo o&nbsp;chefe do Gabinete de Assuntos Internacionais, Giordano de Souza, foi a boa comunicação em língua estrangeira. À reportagem, Jhennyfer disse que começou no inglês como audidata, durante um ano, e depois se aprimorou em uma escola particular por cinco anos.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

<ul>
	<li>Assista vídeo da TV Anhanguera da despedida da estudante:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/video/aluna-da-rede-publica-de-goias-ganha-bolsa-para-universidade-na-europa-oriental-13898022.ghtml" target="_blank">Aluna da rede pública de Goiás ganha bolsa para universidade na Europa Oriental</a></li>
</ul>

Na Geórgia, a goiana irá cursar Ciências da Computação na International Black Sea University, com duração de quatro anos. Por ter sido aprovada no programa, ela terá uma bolsa integral da instituição, que, segundo o governo, foi disponibilizada pelo próprio país.&nbsp;

As passagens aéreas e um valor destinado à ajuda de custo dela no país, de US$ 600 (equivalente a cerca de R$ 3,2 mil), foram patrocinados por uma empresa de Senador Canedo.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/aluno-de-goias-e-autorizado-pela-justica-a-iniciar-curso-de-medicina-antes-de-terminar-ensino-medio-1.3297830" target="_self">Aluno de Goiás é autorizado pela Justiça a iniciar curso de medicina antes de terminar ensino médio</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-que-conseguiu-vaga-na-ufg-na-justica-apos-ser-barrado-por-n-o-ser-considerado-pardo-diz-que-pensou-em-desistir-1.3298280" target="_self">Estudante que conseguiu vaga na UFG na Justiça após ser barrado por não ser considerado pardo diz que pensou em desistir</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/criac-o-de-carteira-estudantil-digital-em-goias-e-aprovada-na-assembleia-1.3303022" target="_self">Criação de carteira estudantil digital em Goiás é aprovada na Assembleia</a></div>

Antes de embarcar, Jhennyfer esteve no Palácio das Esmeraldas, na segunda-feira (1º), e foi recebida pelo governador Ronaldo Caiado (UB), a primeira-dama Gracinha Caiado e representantes da Secretaria-Geral de Governo (SGG) e da Secretaria da Educação (Seduc).&nbsp;

<h2>Parceria entre governos&nbsp;</h2>

Conforme o governo, essa iniciativa é resultado da parceria entre o Estado, por meio do programa Goiás Social, da SGG e da Seduc. De acordo com a assessoria da SGG, a vaga, única no país, foi disponibilizada pela Embaixada da Geórgia no Brasil e coube ao governo estadual conduzir o processo seletivo de alunos da rede pública.&nbsp;

<cite>A Embaixada da Geórgia escolheu Goiás para oferecer a bolsa. Poderiam ter escolhido qualquer estado ou até mesmo o governo federal, mas, devido às nossas boas relações, escolheram Goiás", informou a SGG.&nbsp;</cite>

Entre os critérios, de acordo com a secretaria, foram analisados o desempenho dos alunos da rede estadual na disciplina de inglês e na plataforma de aprendizagem GO English.&nbsp;

<cite>Como o inglês era pré-requisito, foi feito um levantamento dos estudantes que possuem nível intermediário ou avançado. A partir disso, foi feita uma prova de inglês para comprovar o conhecimento do idioma e, depois, entrevista com perguntas gerais", emendou a secretaria.&nbsp;</cite>

A Seduc esclareceu o que é e como funciona a plantaforma GO English (veja ao final desta reportagem mais sobre a ferramenta).&nbsp;&nbsp;

<cite>Os estudantes além de aprenderem com os conteúdos da Matriz de Habilidades de Língua Inglesa, aqueles com melhor desempenho na plataforma GO English podem participar de processos seletivos para programas de intercâmbio e bolsas internacionais, ampliando horizontes acadêmicos e culturais", cita a secretaria.</cite>

<img attr-cid="policy:1.3308259" attr-version="policy:1.3308259:1756990158" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3308259/aluna_vai_estadar_fora_e_recebida_por_caiado.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Jhennyfer esteve no Palácio das Esmeraldas e foi recebida pelo governador Ronaldo Caiado (UB) e pela primeira-dama Gracinha Caiado (Divulgação/Governo de Goiás/Romullo Carvalho)

<h2>Quem é a estudante</h2>

Jhennyfer Ramos é natural do Pará e vive em Goiás desde 2013. Ela mora com a mãe e reside em Senador Canedo, onde cursava o ensino médio no Colégio Estadual João Carneiro dos Santos.

A estudante contou que desde os 12 anos falava para a mãe que um dia sairia do país para estudar. Para marcar esse sonho, a estudante tatuou uma frase e gravou um vídeo com os familiares para se despedir.&nbsp; 
 
<cite>Pedi para cada um deles desenhar uma estrela a seu modo e tatuei elas da forma que eles desenharam, exatamente igual, com a frase “Lights will guide you home” [As luzes te guiarão para casa]", compartilhou&nbsp;Jhennyfer.&nbsp;</cite>

 
Plataforma GO&nbsp;English

O GO English é um projeto inovador do Governo de Goiás, desenvolvido pela Secretaria de Educação, que leva o ensino de língua inglesa de forma moderna, dinâmica e acessível para estudantes da rede pública estadual.

Por meio de uma plataforma digital interativa, os professores de Língua Inglesa têm acesso a ferramentas de ensino aprendizagem que proporcionam na sala de aula uma aprendizagem significativa aos nossos estudantes com didática envolvendo:&nbsp; &nbsp;

<ul>
	<li>Aulas interativas</li>
	<li>Atividades gamificadas, que trabalham as 4 habilidades da Língua Inglesa:&nbsp; Listening (Compreensão auditiva),&nbsp;Speaking (Fala),&nbsp;Reading (Leitura) e&nbsp;Writing (Escrita)</li>
	<li>Simulados e preparação para exames internacionais.</li>
</ul>

Um dos diferenciais do Projeto é que os estudantes da rede tem acesso à Plataforma 24h por dia e 7 dias por semana, ampliando as suas habilidades linguísticas também fora do contexto escolar.

Nesse sentido, o GO English abre oportunidades reais de futuro. Os estudantes além de aprenderem com os conteúdos da Matriz de Habilidades de Língua Inglesa, aqueles com melhor desempenho na plataforma GO English podem participar de processos seletivos para programas de intercâmbio e bolsas internacionais, ampliando horizontes acadêmicos e culturais.

Estudante da rede pública é selecionada para universidade na Geórgia com bolsa integral

Graduação 

A coleção de livros didáticos pela qual a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME) <a href="https://opopular.com.br/cidades/escolas-de-goiania-tem-menos-de-2-meses-para-usar-livros-que-custaram-r-6-mi-1.3305755" target="_self">pagou R$ 5,98 milhões como reforço para estudantes de escolas públicas</a> que vão participar das avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – previstas para ocorrer entre 20 e 31 de outubro – foi incluída apenas no planejamento escolar do mês de setembro das escolas municipais. O documento mostra que os 24,8 mil alunos que receberão o material – do 2º, 5º e 9º ano – não vão conseguir nem concluir a metade do material até a aplicação das provas.

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Ao apresentar a coleção Sabe Brasil, da Editora LT, para os professores no documento chamado “Orientação Pedagógica nº 9”, a SME afirma que o objetivo do material pedagógico é “retomar as aprendizagens essenciais previstas nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental”, “elevar o nível de aprendizado, contribuindo para o desenvolvimento dos estudantes” e “contribuir para a elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”. Um dos componentes do Ideb é justamente o resultado das provas aplicadas no Saeb.

O POPULAR revelou em julho que a SME adquiriu os livros por meio de adesão a uma ata de registro de preços, modalidade conhecida como <a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-libera-compra-de-livros-sem-licitac-o-por-r-6-milh-es-1.3293964" target="_self">“carona” em licitação</a>, e contratou a Top Work Ltda, de Niterói (RJ), que venceu um pregão eletrônico em agosto de 2024 realizado pelo Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado de São Paulo (Cindesp). Nesta sexta-feira (28), o jornal mostrou que o material seria entregue apenas a partir de 1º de setembro, apesar de a pasta ter informado que seria no começo das aulas no semestre, que foi em 4 de agosto.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/escolas-de-goiania-tem-menos-de-2-meses-para-usar-livros-que-custaram-r-6-mi-1.3305755" target="_self">Escolas de Goiânia têm menos de 2 meses para usar livros que custaram R$ 6 mi</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-libera-compra-de-livros-sem-licitac-o-por-r-6-milh-es-1.3293964" target="_self">Mabel libera compra de livros sem licitação por R$ 6 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/inspec-o-encontra-milhares-de-livros-uniformes-e-moveis-sem-uso-em-galp-o-da-prefeitura-de-goiania-1.3225402" target="_self">Inspeção encontra milhares de livros, uniformes e móveis sem uso em galpão da Prefeitura de Goiânia</a></div>

O planejamento pedagógico da SME mostra que os alunos do 2º terão até o dia 8 de outubro para desenvolverem o material previsto na primeira metade dos livros da coleção e a conclusão desta etapa será em 23 de outubro, com o resultado do segundo dos quatro simulados previstos a partir da coleção. Consta que a segunda metade terá início apenas em 20 de outubro, mas a primeira avaliação desta etapa será em 10 e 11 de novembro, já depois das provas do Saeb. A conclusão do processo de ensino com base na coleção está prevista para o dia 5 de dezembro.

No documento, a SME destaca que o material do Sabe Brasil deve ser trabalhado integralmente até dezembro, pois o conteúdo pode “apoiar o trabalho pedagógico” para realização da avaliação do Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego), bem como a conclusão do ciclo de alfabetização, no caso do 2º ano. O Saego é uma versão regional do Saeb desenvolvida pelo governo estadual e as provas geralmente ocorrem no final do ano. A avaliação é aplicada tanto nas escolas públicas estaduais como municipais.

Já no caso dos alunos de 5º e 9º ano, a orientação da Saeb é priorizar as lições que contemplem o conteúdo que há maior carência de aprendizagem, com base no percentual de acertos nas avaliações feitas em sala de aula. A pasta diz aos professores como eles devem priorizar o conteúdo considerando o nível de conhecimento de cada turma. Mesmo assim, os simulados com base nesse conteúdo seriam aplicados só em novembro, entre os dias 5 e 11. Já as demais lições seriam dadas apenas após as provas do Saeb.

Nesta quinta-feira, a SME afirmou ao POPULAR que os livros seriam entregues aos alunos no início da próxima semana. No documento com o planejamento, é dito que as aulas com a coleção começam no dia 8.

Conteúdo de livros que custaram R$ 5,98 milhões à Prefeitura de Goiânia não será concluído antes de provas

Adquirida por R$ 5,98 milhões e sem licitação pela Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME), a <a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-libera-compra-de-livros-sem-licitac-o-por-r-6-milh-es-1.3293964" target="_self">coleção de livros didáticos</a> com lições e simulados para preparação de alunos do Ensino Fundamental às avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego), cujas provas estão previstas para o final de outubro, ainda não chegou aos alunos de ensino fundamental da rede municipal. O processo de aquisição teve início em 1º de abril e o contrato foi assinado apenas em 14 de agosto.

No final de julho, O POPULAR revelou sobre a <a href="https://opopular.com.br/cidades/sem-licitac-o-procon-goiania-gasta-r-3-8-milh-es-em-livros-1.3197312" target="_self">aquisição dos livros por meio de adesão a uma ata de registro de preço</a>, modalidade também conhecida como “carona” em licitação feita por outro órgão público. No caso, trata-se de um pregão eletrônico feito em agosto de 2024 pelo Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado de São Paulo (Cindesp) e vencido pela Top Work Ltda, de Niterói (RJ). A coleção de livros é a “Sabe Brasil”, da Editora LT, de Curitiba, a mesma adquirida para o ano letivo de 2024.

Na época, a SME informou que os livros seriam distribuídos a partir do início das aulas do segundo semestre, mas sem dar uma data específica. Os alunos voltaram para as escolas em 4 de agosto. Ao contrário do ano passado, quando todas as turmas receberam a coleção, desta vez seriam atendidos cerca de 24,8 mil, só os do 2º, 5º e 9º ano, justamente os que farão as provas do Saeb e do Saego. Ao justificar a falta de uma licitação própria, a secretaria respondeu que os prazos legais e administrativos inviabilizariam a entrega e o uso dos materiais a tempo das avaliações.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-libera-compra-de-livros-sem-licitac-o-por-r-6-milh-es-1.3293964" target="_self">Mabel libera compra de livros sem licitação por R$ 6 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sem-licitac-o-procon-goiania-gasta-r-3-8-milh-es-em-livros-1.3197312" target="_self">Sem licitação, Procon Goiânia gasta R$ 3,8 milhões em livros</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/seduc-afirma-que-escolas-tem-autonomia-para-escolher-livros-1.3116441" target="_self">Seduc afirma que escolas têm autonomia para escolher livros</a></div>

Ainda segundo a SME em julho, os estudantes “teriam tempo suficiente para utilizar o material como apoio ao desenvolvimento das competências exigidas nas avaliações externas” e como os professores já possuem familiaridade com a coleção, isso facilitaria o trabalho em sala. Agora, após questionamento sobre os prazos, a pasta comentou que a proposta pedagógica da coleção vai além da preparação para provas, sendo um recurso complementar que apoia o desenvolvimento das competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no currículo local.

Em nova nota, a SME informou que a coleção começará a ser distribuída às coordenadorias regionais de educação (CREs) e às unidades escolares ainda nesta semana. A entrega aos estudantes terá início na próxima semana, e o tempo será hábil para o uso em sala de aula. Entretanto, o proprietário da Top Work, o empresário Pedro Henrique Campos Novaes, disse à reportagem que a logística prevê a chegada dos livros a Goiânia na próxima segunda-feira (1º) e que a entrega está dentro do prazo contratual.

“O material será utilizado com foco no fortalecimento das aprendizagens em sala de aula. A proposta inclui um cronograma estruturado que acompanha o calendário pedagógico até o período das avaliações externas — como o Saeb e Saego, previstas para outubro — garantindo tempo adequado para o trabalho dos professores”, informou a secretaria, porém sem repassar este cronograma. “Mais do que preparar para provas, a coleção é um recurso complementar que apoia o desenvolvimento das competências previstas na BNCC e no currículo local.

Não é a primeira vez que a SME recorre a uma “carona” em licitação para comprar livros da mesma coleção. Em janeiro de 2024, na gestão do prefeito Rogério Cruz, a pasta fez um contrato de R$ 22,9 milhões diretamente com a empresa curitibana, por meio de uma adesão vencida pela editora na Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco (Ammesf). A justificativa foi a mesma de agora, de que o material é um importante suporte para o processo de aprendizagem dos alunos da rede municipal, mas sem o foco no Saeb e Saego.

A aquisição junto à Top Work precisou de uma autorização especial do prefeito Sandro Mabel (UB). Isso porque no começo do ano ele publicou um decreto suspendendo todas as adesões a atas de registro de preços. Na ocasião, ele frisou que foi uma medida “excepcional e de relevante interesse público”, pois terá “impacto direto na qualidade do ensino e no acesso ao conhecimento por parte de estudantes e profissionais da rede municipal”. Para ele, o decreto do começo do ano proibindo as adesões a atas, nesse caso, é “apenas um óbice de natureza regulamentar”.

<h2>Provas</h2>

A secretaria também ressaltou que o cronograma de <a href="https://opopular.com.br/cidades/seduc-afirma-que-escolas-tem-autonomia-para-escolher-livros-1.3116441" target="_self">utilização dos livros</a> está estruturado para acompanhar o calendário pedagógico até o período das avaliações externas. As provas do Saeb e do Saego possuem o objetivo de medir a qualidade da educação básica. O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), publicou a portaria 435, de 3 de julho de 2025, que estabelece as regras do Saeb para este ano. As provas do Saeb estão previstas para acontecer entre 20 e 31 de outubro.

Os testes vão avaliar o conhecimento dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática, de forma censitária nas escolas públicas e amostral nas privadas, além de Ciências da Natureza e Ciências Humanas em caráter amostral. De acordo com a portaria do Inep, participarão escolas públicas e privadas com estudantes do 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª e 4ª séries do Ensino Médio, além de instituições de Educação Infantil em caráter amostral, citando que algumas escolas indígenas poderão ficar de fora, conforme projetos pedagógicos específicos.

(Laysa Milograma é estagiária do GJC em convênio com a UniAlfa)