A Mineração Serra Grande (MSG), localizada em Crixás, a 322 quilômetros de Goiânia, firmou acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) para a continuidade de suas operações. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) prevê a compensação ambiental de R$ 39,5 milhões e ainda ações de reparos ambientais e melhorias na operação da empresa. A homologação ocorre quatro meses após condenação judicial por danos ambientais e para realizar a recomposição in natura da área degradada em razão do lançamento de 344 mil metros cúbicos (m³) de rejeitos diretamente no leito do Rio Vermelho. O TAC estabelece condições e prazos para a adequação ou melhoria das atividades da MSG, conforme a legislação ambiental vigente, e libera o funcionamento da mineradora, que estava com a licença suspensa desde julho deste ano. Na ocasião, pareceres técnicos da Semad identificaram 160 inconsistências e lacunas nos estudos e na vistoria, impedindo um diagnóstico preciso dos impactos e passivos ambientais do empreendimento no Rio Vermelho. No mês seguinte, o poder judiciário condenou a MSG em uma ação feita em 1994, ou seja, 31 anos após o ocorrido, tendo como ré a controladora da mineradora, a multinacional AngloGold Ashanti.