Maria Carmelita&nbsp;Fleury, viúva do escritor Bernardo Élis, morreu nessa quinta-feira (4) aos 92 anos. Ela estava internada no&nbsp;Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara, em Goiânia. A causa da morte foi uma pneumonia. As informações foram confirmadas ao&nbsp;POPULAR&nbsp;pelo sobrinho de Maria Carmelita,&nbsp;Bento Fleury Curado.

Em um comunicado em uma rede social, Bento revelou que, por vontade da tia, não haverá velório e nem enterro. O corpo de Maria Carmelita será cremado nesta sexta-feira (5) e as cinzas levadas ao&nbsp;Mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro (RJ), onde&nbsp;Bernardo Élis foi sepultado.

Até hoje, Bernardo Élis é o <a href="https://opopular.com.br/cidades/viuva-registra-a-intimidade-do-unico-imortal-goiano-1.2509403" target="_self">único goiano que&nbsp;fez parte da Academia Brasileira de Letras</a>. O escritor recebeu várias honrarias e prêmios literários, incluindo o Prêmio Afonso Arinos, da própria instituição.

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Trajetória de vida

Maria Carmelita Fleury Curado dedicou a vida à educação, à literatura e às artes plásticas. Prima em primeiro grau de Bernardo Élis, ela estudou no Brasil e no exterior, passando por Paris e Nova York, onde aprofundou conhecimentos em línguas, artes e humanidades. Foi religiosa dominicana, professora em diversos estados do país e pioneira em Goiânia ao fundar a Amai, empresa voltada para hospedagem infantil.

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O reencontro com Bernardo Élis ocorreu já na vida adulta, quando ele, aos 66 anos, a pediu em casamento. O casal viveu junto até a morte do escritor, em 1997, e Maria Carmelita se tornou presença constante nas atividades culturais ao lado do marido. Após a viuvez, passou cerca de 20 anos em Pirenópolis, onde conciliou a vida simples com a escrita de romances e livros infantis, além da pintura.

A partir de 2020, Carmelita também acompanhou de perto a atuação do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado (Icebe), responsável por preservar parte do legado do escritor e fomentar a cultura e a sustentabilidade.

Legado de&nbsp;Bernardo Élis&nbsp;

Bernardo Élis foi advogado, professor, poeta, contista e romancista, sendo reconhecido como um dos grandes nomes da literatura brasileira. Em 1975, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, conquistando a cadeira 1 após disputar com o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Na ocasião de sua posse, recebeu de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira a definição de “goiano de velha cepa”, em referência ao apego às raízes e tradições de sua terra natal, presentes em toda sua obra.

Sua produção literária abrange diferentes gêneros, com títulos como Ermos e Gerais (1944), O Tronco (1956) e Veranico de Janeiro (1966). Ao longo da carreira, escreveu contos, romances, poesia, crônicas e novelas, sendo constantemente estudado por críticos e acadêmicos. Suas histórias, fortemente ligadas ao Cerrado e à cultura goiana, ainda inspiraram adaptações para o cinema e a televisão.

Comunicado da morte

Comunicamos, com profundo pesar, o falecimento de nossa querida Maria Carmelita Fleury Curado (1932-2025), acontecido ontem. Por sua expressa vontade, em testamento, não haverá velório, nem sepultamento. A cremação será feita no dia de hoje, sem cerimônia, conforme seu desejo e determinação. 

Suas cinzas serão levadas para o Rio de janeiro, ao Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, onde descansará ao lado de seu esposo Bernardo Elis Fleury de Campos Curado. Pedimos orações e pensamentos de paz e luz.

Bento Alves Araújo Jayme Fleury Curado

Morre aos 92 anos Maria Carmelita Fleury, viúva do escritor Bernardo Élis

Cidades

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Matéria - Cidades

LEGADO

Os vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn marcaram para esta sexta-feira (5), às 10h, a primeira reunião do colegiado, destinado a investigar o contrato e os serviços do Consórcio Limpa Gyn na capital. Seguindo determinação do regimento interno, o encontro inicial deve ser destinado à eleição dos cargos de presidente, vice-presidente e relator, que terão papel estratégico na condução das apurações. Welton Lemos (SD) é apontado como favorito à presidência, Willian Veloso (PL) deve assumir a relatoria, e Aava Santiago (PSDB) é cotada para a vice-presidência. A portaria de instalação, publicada no Diário Oficial do Município (DOM) na quarta-feira (3), foi lida em plenário durante a sessão ordinária da Câmara de Goiânia nesta quinta (4). A CEI terá prazo de 120 dias, prorrogável por igual período, para investigar eventuais irregularidades no contrato e nos serviços de limpeza urbana.Os próximos passos da CEI agora giram em torno, além da definição dos cargos de liderança, dos nomes que serão convocados para as oitivas. A sessão ordinária desta quinta foi novamente marcada pelo clima morno em plenário e durou pouco mais de uma hora.A composição da comissão é prevista com 7 titulares e 3 suplentes, e reúne as indicações feitas esta semana pelos blocos partidários: são três vereadores da oposição - Aava, Pedro Azulão Jr. (MDB) e Welton -, três da base aliada do prefeito Sandro Mabel (UB) -Ronilson Reis (SD), Thialu Guiotti (Avante) e Juarez Lopes (PDT) - e um representante do PL, Willian Veloso, que não aderiu a nenhum dos blocos criados. Os suplentes definidos foram Sanches da Federal (PP), Fabrício Rosa (PT) e Cabo Senna (PRD).JUSTIÇANesta quinta, a juíza Raquel Rocha Lemos, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Goiânia, rejeitou pedido de reconsideração apresentado pelo vereador Sargento Novandir (MDB) em mandado de segurança que questionava a legalidade da abertura da CEI do Limpa Gyn.O parlamentar alegava que o requerimento que deu origem à CEI não delimitava fato determinado, requisito legal para abertura do colegiado, e pedia a anulação do processo legislativo. Na terça (2), o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), defendeu, em manifestação encaminhada ao juiz André Reis Lacerda, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal, que o requerimento que criou a CEI cumpre todos os requisitos legais para sua instalação.A defesa citava inclusive a indicação de fatos determinados a serem apurados, como denúncias de falhas na coleta de lixo, uso irregular de maquinário, ausência de transparência financeira no contrato, e irregularidades no segundo aditivo, firmado na gestão de Mabel.A magistrada, no entanto, entendeu que o pedido de abertura da CEI indicou de forma clara o objeto da investigação, também citando como fundamentos as denúncias, manifestações de cooperativas e até os questionamentos sobre a transparência financeira.A juíza também ressaltou que não cabe ao Judiciário intervir em atos internos da Câmara salvo em caso de ilegalidade evidente, o que não se configurou. Com isso, fica mantida a decisão anterior que havia negado liminar para suspender a tramitação do requerimento legislativo. Agora, o processo segue para julgamento do mérito do mandado de segurança.Partido LiberalO deputado federal Gustavo Gayer, presidente do diretório municipal de Goiânia do PL, anunciou na noite desta quinta-feira, em publicação nas redes sociais, o vereador Vitor Hugo como novo líder da bancada do partido no Legislativo municipal. Ele substitui o vereador Willian Veloso, que ocupava a função até então. “Quero agradecer os meus pares que me escolheram como líder, e em especial o meu presidente Gustavo Gayer que também está avalizando. Tenho certeza que vai ser um trabalho muito profícuo na defesa dos valores da família, patriotismo, conservadores, da direita”, afirmou Vitor Hugo na gravação, ao lado dos também vereadores Oséias Varão e Coronel Urzêda.

Primeira reunião de CEI definirá comando nesta sexta-feira (5)

Política

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Câmara de Goiânia

WEBSTORIES MABEL MAMATA

Depois de o ex-líder de Governo, Igor Franco (MDB), usar a tribuna da Câmara Municipal de Goiânia, na manhã desta quinta-feira (4), para dizer que tem sofrido supostas “retaliações” do Paço após ter sido destituído do cargo, o prefeito Sandro Mabel (UB) rebateu as declarações do emedebista e afirmou que “tem muita gente que vai colher o que planta”. Negando represálias, Mabel declarou, no entanto, que por outro lado “não vai atender uma pessoa que está afrontando o município, não está ajudando num momento difícil” e disparou que os parlamentares se queixam de sua gestão pelo fato de ele ter “acabado com a mamata”.

“O cara é líder do governo. Quem é líder tem que ser fiel ao governo. Quem é infiel, você não é obrigado. Vai ter o quê? Os mesmos privilégios? Não. Ele vai ser como todos os vereadores que nós tratamos muito bem, todos eles vamos tratar igual. Agora, ele (Franco) tinha 200 mil reais de cargo, eu fui descobrir isso agora também. Vai perder essas regalias. Aí, reclama. Todo mundo que perde alguma coisa, reclama. É por isso que as pessoas reclamam de mim. É que eu acabei com a mamata. Tinha umas tetas gordas que o pessoal estava mamando. Eu enxuguei elas”, disse Mabel.

O prefeito ainda atacou o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos) ao afirmar que por estar realizando diversos cortes na máquina pública, deputados como ele o “xingam” diariamente na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “Por que ele xinga todo dia? Ele tem razão de me xingar. Porque eu cortei um dinheiro grande que ele tirava lá da Comurg, de outros lugares. Eu sou inimigo dele, mas sou amigo da cidade. Eu sou advogado da cidade. Enquanto eu estiver aqui, eu estou protegendo o dinheiro público, fazendo render”, disse.

Mabel, então, prosseguiu: “Eu tenho que cortar tudo. Eu tenho que fechar tudo. E o tesourão está lá firme cortando. Então, as pessoas não gostam de mim. Esse tipo de pessoa que tinha alguma coisa… Não estou falando do Igor, não. O Igor, já é outra questão, mas esses outros que reclamam. Reclamam porque vai cortando as mamatas, entende?”, enfatizou.

O prefeito afirmou ainda que sua intenção é fazer um bom mandato da cidade e que isso inclui desagradar com os cortes. “Como minha pretensão é ficar quatro anos e arrumar a cidade, eu não tenho medo de fazer as coisas”, disse Mabel.

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As declarações do prefeito foram feitas em entrevista durante a abertura da Feira Internacional do Comércio Exterior no Brasil Central (Ficomex), promovida pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), na tarde desta quinta, no Centro de Convenções de Goiânia, um dia antes do início dos trabalhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn. O evento, que vai até sábado (6), tem por objetivo fomentar a participação de empresas nos negócios internacionais e impulsionar investimentos na região por meio de palestras, painéis, exposições, rodadas de negócios e outras atividades para revelar oportunidades de mercado e unir compradores e vendedores de várias partes do mundo.

Além de Mabel, a abertura contou com a presença do presidente da Acieg, Rubens Fileti, do governador Ronaldo Caiado (UB), do vice-governador Daniel Vilela (MDB), do presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), e dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Rondônia, Marcos Rocha (UB).

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Sessão na Câmara

Pela manhã, durante a sessão ordinária, Franco fez espécie de desabafo e usou de tom brando para falar pela primeira vez na tribuna da Câmara de Goiânia sobre sua destituição da liderança de Governo, seis dias depois de o prefeito retirá-lo oficialmente após sequências de derrota no Legislativo que contaram com a anuência do ex-aliado, a exemplo da criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e a aprovação, em primeiro turno, da revogação da Taxa de LImpeza Pública (TLP), a taxa do lixo. 
 
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Em seu discurso, Franco reclamou de ações da gestão, como a instituição do tributo, defendeu os trabalhos da CEI e mencionou que “tem observado a insatisfação nas ruas com a administração de Mabel”. “O que está acontecendo com a limpeza de Goiânia? A nossa criação da taxa (do lixo) está sendo bem empregada? Qualquer rua de Goiânia que você passa você vê ali sacos de lixo, passa por todas as ruas e vê que a limpeza está uma merda”, disse.

“Ai eu volto a questionar o Paço Municipal, qual o custo da instalação dessa CEI que foi publicada ontem? Retaliações? Perseguições? Destituições? A cidade precisa ser cuidada. Eu demorei 20 anos da minha vida para pegar um mandato de vereador por Goiânia. Já falei e repito: sempre que conflitar, sempre que divergir interesses obscuros com os meus princípios, crenças, eu vou ficar com os meus princípios”, afirmou o ex-líder do governo.

Franco alegou ter tomado conhecimento de “ordens” dadas pela Secretaria Municipal de Governo (Segov) para que as demais pastas da Prefeitura não atendam os seus pedidos. “Eu tive informações de alguns secretários nesse sentido. E falo com muita tranquilidade que uma coisa que sei com conhecimento legal é usar minhas prerrogativas de vereador.” Por outro lado, ao defender a CEI, parabenizou os vereadores que “não cederam” a pressões para desmobilizar a comissão.

“Tenho andado pelas ruas de Goiânia e tenho visto a insatisfação com a atual gestão e a gente tenta, desde o princípio, fazer a gestão dar certo. Mas deixou de me ouvir, começou a tomar algumas medidas. A gente sabe que para se entender um bom líder você vê ao seu lado os seus guerreiros. E eu pergunto: como está a composição dos guerreiros ao lado do prefeito Sandro Mabel? Está bem? Quem ali está ouvindo? Está dando conselhos com sabedoria para ele?”, prosseguiu Franco.

Além de retirar Franco da liderança na Casa, Mabel também exonerou na semana passada o irmão do vereador, Diogo Franco, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços. O Giro mostrou que Diogo vai para a Diretoria de Recursos Humanos da Câmara de Goiânia, por indicação de Luan Alves (MDB), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Por outro lado, na edição de quarta-feira (3) do Diário Oficial do Município (DOM), Mabel tornou sem efeito os decretos que haviam exonerado comissionados ligados a vereadores da base que se posicionaram a favor da CEI da revogação da taxa do lixo.

Questionado pelos jornalistas nesta quinta sobre quem será o novo líder de Governo na Câmara, Mabel limitou-se a responder que ele “será nomeado”, mas não detalhou prazos nem citou nomes considerados para o cargo.

Mabel rebate ex-líder e aponta fim de "mamata"

Prefeitura de Goiânia

Um dia antes do prazo dado pelo Consórcio Anhanguera Segurança para desligamento dos serviços de fiscalização eletrônica em Goiânia, a Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) diz que emitiu a ordem de pagamento e estima que os equipamentos não devem ser desativados. A emissão do valor devido foi feita após uma força-tarefa realizada nesta semana pela pasta para conclusão das medições dos lotes contratados. 
 
O POPULAR&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/consorcio-ameaca-desligar-radares-de-fiscalizac-o-do-transito-de-goiania-por-falta-de-pagamentos-1.3307380" style="font-size: 12px;" target="_self">mostrou na terça-feira (2) que o consórcio responsável por parte dos radares de fiscalização de trânsito e do Centro de Controle Operacional (CCO) havia encaminhado notificação extrajudicial à SET</a>&nbsp;&nbsp;alertando sobre possível suspensão total os serviços a partir da noite de sexta-feira (5). No documento, obtido pela coluna Giro, a empresa cita que a medida é resposta à inadimplência da pasta, de mais de 130 dias.

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<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/consorcio-ameaca-desligar-radares-de-fiscalizac-o-do-transito-de-goiania-por-falta-de-pagamentos-1.3307380" target="_self">Consórcio ameaça desligar radares de fiscalização do trânsito de Goiânia por falta de pagamentos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/medicos-credenciados-ao-detran-anunciam-nova-paralisac-o-nos-atendimentos-1.3294320" target="_self">Médicos credenciados ao Detran anunciam nova paralisação nos atendimentos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/instalac-o-de-radares-em-goiania-esta-aquem-do-previsto-1.3283934" target="_self">Instalação de radares em Goiânia está aquém do previsto</a></div>

Em nota nesta quinta-feira (4), a secretaria diz que “as medições em aberto já foram atestadas e seguem em andamento para pagamento, assegurando a continuidade dos serviços e a operação regular dos radares na capital”. Logo depois, a pasta disse que a ordem de pagamento havia sido emitida. “A fase inicial do contrato de fiscalização eletrônica demanda um pouco mais de tempo, já que envolve a implantação dos equipamentos e a conferência detalhada das primeiras medições pelos fiscais responsáveis.” O POPULAR não conseguiu contato com o Consórcio Anhanguera até o fechamento da edição. 
 
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Prefeitura sinaliza pagamento e radares não devem parar em Goiânia

Fiscalização eletrônica

A lagoa do Parque da Lagoa, no Parque Industrial João Braz, deve receber uma nova fonte luminosa, mas ainda não há uma data definida. A afirmação é da presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Zilma Peixoto, após polêmica envolvendo a retirada de parte do equipamento da área, situada na região sudoeste de Goiânia, para instalação no Parque Vaca Brava. A ação da Prefeitura foi noticiada com exclusividade pelo POPULAR.

Atualmente, a plataforma da fonte luminosa passa por reparos. Zilma assegura apenas que a instalação do equipamento se dará “nos próximos dias”. Ainda será preciso fazer a compra da parte chamada de “bico” da fonte, que contém o motor responsável por lançar a água a metros de altura. Em entrevista ao POPULAR, Zilma Peixoto assegurou, sem uma data específica, que em breve a fonte do Parque da Lagoa será reinstalada. “O equipamento já se encontra todo organizado, todo arrumado, o motor já no ponto de ser anexado, então eu acredito que, em mais alguns dias, teremos condições de voltar o equipamento para a lagoa”, cita a presidente.

Zilma explicou que, durante visita técnica realizada pela Amma em 1º de abril ao Parque da Lagoa, a equipe constatou que parte do equipamento da fonte estava submersa e precisava ser retirada com urgência para manutenção, pois, caso afundasse completamente, a recuperação seria mais difícil. Segundo ela, o plano era retirar o bico, restaurá-lo e devolvê-lo a seu local de origem, no Parque Vaca Brava, enquanto a plataforma seria recuperada e, junto à aquisição de novo bico, instalada outra vez no lago do Parque da Lagoa.

Conforme apresentado pelo POPULAR em sua edição de 26 de agosto, havia sido informado pela Amma que não havia previsão para instalação de uma nova fonte no Parque da Lagoa. Importante ressaltar que não existe comprovação documental de que o equipamento seja originário do Parque Vaca Brava e tenha havido instalação indevida dele no Parque da Lagoa, como chegou a ser citado pela agência. A presidente Zilma teria chegado a essa conclusão baseando-se em imagens e informações fornecidas pela equipe operacional da Amma.

Servidores operacionais da Amma teriam afirmado que o bico que se encontrava no equipamento do Parque da Lagoa seria compatível ao restante do equipamento encontrado no Vaca Brava. Técnicos teriam acompanhado o momento da retirada. Zilma diz que não cabe citar nomes, mas alguém teria dito a ela que o equipamento “é o que foi trazido de lá para cá”.

A dedução teria sido feita também por meio de imagens tiradas e postadas por frequentadores do parque. Zilma utilizou, para anexar à sua dedução, imagens do Google Earth e Google Maps. Em uma das fotos, de fevereiro de 2024, com a localidade do Parque Vaca Brava, é possível ver a fonte ao fundo funcionando; já na segunda foto, do mês de junho, a fonte aparece sem funcionar. Ainda foi utilizado como comparativo que a inauguração da fonte do Parque da Lagoa ocorreu em abril de 2024.

Peixes morrendo

Segundo o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos), que tem base eleitoral na região, diversas espécies de peixes no Parque da Lagoa, devido à retirada da fonte, estariam morrendo. Questionada, Zilma Peixoto rebateu: “Esta fala não é da Zilma, não é da presidente da agência, mas, sim, dos técnicos da Amma. Eles dizem que no local não existe fauna aquática. Lá está há tanto tempo sem nada, o equipamento afundando, que não há sinal de movimento de peixes. Os operacionais que lidam com a lagoa, afirmam que lá não existe (fauna aquática).”

Ainda segundo a presidente, por meio de foto recebida pela rede social da Amma, notou-se que os peixes do Vaca Brava estavam morrendo, já que no local a queda de folhas das árvores da área diminui a oxigenação da água. Assim, se justificaria a priorização da instalação da fonte naquele parque. “Era necessário a gente salvar a fauna”, cita Zilma.

A presidente cita que, ainda na segunda passagem de Iris Rezende (MDB) pela Prefeitura de Goiânia, o lago do Parque da Lagoa foi aberto e construído, em 2008. Quando ele se elegeu novamente prefeito em 2016, a informação era de que outra gestão havia aterrado o reservatório. “O prefeito Iris autorizou que se refizesse a lagoa. Se está tendo todo esse manejo, não é possível tem fauna. Não tem animal lá”, explica Zilma.

A presidente da Amma conta ainda que, de volta ao cargo, Iris mandou limpar toda a área e encher novamente o lago de água. “Quando essa lagoa foi construída, existia lá uma vereda. A água vinha dela e caía dentro dessa lagoa. Houve uma ocupação e as casas foram erguidas em cima da vereda do Parque da Lagoa. Então, essa água deixou de existir, não tem mais um ciclo de água ali”, justifica a presidente.

A retirada da fonte luminosa de uma área considerada periférica para ser colocada em uma região central, tida como zona nobre da capital, rodeada de prédios altos e perto de um shopping center, acabou por gerar polêmica. Zilma questiona o conceito de periferia: “O que é hoje periferia numa cidade como Goiânia? Não existe isso mais, não. Hoje o desejo das pessoas vem ao encontro de seu modo de querer viver.” A presidente da Amma prosseguiu, dizendo: “Numa cidade espraiada, conturbada, como Goiânia, como é que se vai dizer se é periferia, se é centro?” Ela acrescenta que a gestão de Sandro Mabel (UB) não trata os bairros por terminologia, mas, sim, por regiões – noroeste, leste, oeste, sul, norte, sudeste e centro.

Outra característica da atual administração seria o remanejamento. Na última fase do período do programa especial dos primeiros cem dias de governo de Mabel. a equipe operacional da Amma, com cerca de 500 colaboradores, foi orientada por Zilma, após a limpeza de 70 parques de Goiânia, a se informar sobre o estado dos equipamentos que os parques possuem, encaminhando-os assim para manutenção ou substituição. Foi o que teria ocorrido no caso dos lagos em questão, envolvendo os parques da Lagoa e Vaca Brava.

O programa dos cem dias de governo de Sandro Mabel consistiu em uma série de ações estratégicas voltadas para acelerar resultados nas áreas prioritárias da cidade, buscando reorganizar e fortalecer serviços públicos, implantar medidas emergenciais, otimizar a gestão urbana, promover políticas sociais e culturais, e estabelecer uma base de melhorias estruturais e administrativas que pudessem gerar impacto imediato para a população.

(Laysa Milograma é estagiária do GJC em convênio com a UniAlfa)