A Justiça mandou para júri popular por homicídio doloso dois motoristas que em momentos distintos neste ano causaram acidentes que levaram duas pessoas à morte. Ambos os réus estavam embriagados no momento das colisões. Eles vão responder pelo artigo 121 do Código Penal, cuja pena é mais rigorosa do que a prevista no parágrafo terceiro do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A primeira vai de 6 a 20 anos de prisão. A outra, considerada homicídio culposo (sem intenção), de 5 a 8.

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O operador de máquina Weber Jeferson Barbosa Xavier, de 34 anos, saiu embriagado de uma festa em família, em 11 de maio, e ao fazer uma curva no Setor Chácaras Retiro, em Goiânia <a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-que-atropelou-idosa-dirigia-com-imprudencia-1.3263112" target="_self">atropelou e matou a aposentada Benedita Lopes de Souza</a>, de 73 anos.

Uma semana depois, o mestre de obras Deivid Kenedy Rodrigues Agrimar, de 35 anos, não respeitou a sinalização em um cruzamento no Residencial Parque das Flores, em Senador Canedo, e também atropelou e matou o influenciador Gabriel Ricardo Araújo de Souza, de 24.

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Gabriel Ricardo Araújo de Souza era entregador e influenciador (Reprodução / Redes Sociais)

Nos dois casos, os juízes que decidiram encaminhar os réus ao júri, entendendo que ambos se enquadram na responsabilização por dolo eventual, quando o acusado assume o risco de matar alguém durante a direção do veículo, mesmo que não tenha a intenção de cometer o crime. Os testes de bafômetro feito nos dois deram positivo: Weber com 0,76 miligrama por litro (mg/L) e Deivid com 0,66 mg/L. A situação desse último é mais crítica porque, além da embriaguez, ele não possuía a carteira nacional de habilitação (CNH).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-que-atropelou-idosa-dirigia-com-imprudencia-1.3263112" target="_self">Homem que atropelou idosa dirigia com imprudência</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/idosa-morre-apos-ser-atropelada-enquanto-varria-a-calcada-de-casa-em-goiania-diz-policia-1.3262773" target="_self">Idosa morre após ser atropelada enquanto varria a calçada de casa em Goiânia, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-e-denunciado-pelo-mp-por-dirigir-bebado-e-fugir-a-mais-de-100-km-h-da-policia-na-contram-o-1.3170257" target="_self">Jovem é denunciado pelo MP por dirigir bêbado e fugir a mais de 100 km/h da polícia na contramão</a></div>

“Foi imputada ao acusado a conduta na modalidade de dolo eventual. Nos termos do tipo legal, caracteriza-se pela previsão do resultado danoso, de modo que, apesar de prever a possibilidade de sua ocorrência, o agente assentiu o risco de produzi-lo. Assim, pode ser que o acusado tenha agido com previsibilidade do resultado morte e, hipoteticamente, assumindo o risco de sua ocorrência”, explicou em sua decisão o juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 2ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida de Goiânia, referindo-se ao processo de Weber.

“Nesta fase processual, não há elementos para afastar os indícios suficientes de autoria a ensejar o julgamento pelo plenário do Tribunal Popular, já que esses indícios apontam que o acusado, em tese, assumiu o risco de matar a vítima, nos termos da denúncia, pois não teria habilitação para conduzir veículos automotores e o estaria fazendo em velocidade superior ao permitido para a via e sob efeito de bebida alcoólica”, comentou o juiz Marcos Boechat Lopes Filho, da 2ª Vara Criminal de Senador Canedo, sobre Deivid.

<h2>Versões</h2>

Benedita foi atropelada e morta no Dia das Mães. Weber fez ingestão de bebida alcoólica durante uma festa em família e deixou o local embriagado em um Volkswagen Gol. Minutos antes do acidente, ele foi visto por testemunhas em alta velocidade e dirigindo em ziguezague pela Avenida Perimetral Norte. Em seguida, ele entrou em uma curva “assimétrica e superelevada” fazendo com que o carro derivasse à direita, atingindo a vítima, que varria a calçada e o meio-fio em frente à sua residência. A aposentada morreu no local.

Em seu interrogatório, Weber afirmou que estava na casa da sogra comemorando o Dia das Mães e o aniversário de uma filha, e que o acidente se deu porque ele perdeu o controle do carro ao passar por um buraco na via. Ele admitiu ter ingerido “duas ou três latinhas” de cerveja, negou o uso de drogas e garantiu que estava em uma velocidade normal para a via, no máximo a 50 km/h. Ainda segundo ele, não foram feitas manobras perigosas no trajeto e a sinalização de trânsito foi respeitada. O operador de máquina disse que parou de beber após o acidente.

A defesa de Weber pediu ou que a denúncia fosse considerada improcedente ou que fosse reconhecida a ausência de dolo eventual, e que, com isso, o crime fosse desclassificado para homicídio culposo na direção de veículo automotor com o agravante da embriaguez. Também requereu que fossem consideradas as “circunstâncias pessoais favoráveis do acusado” para a dosimetria da pena e a aplicação da atenuante da confissão espontânea. A primeira parte o juiz negou. No restante, sobre a dosimetria, cabe definição só após a decisão do júri.

No outro caso, Deivid estava com um amigo bebendo das 12 às 18h30 e, mesmo sem ter uma CNH, saiu com seu carro percorrendo algumas ruas de Senador Canedo. Por volta de 20h50, ao atravessar um cruzamento, não respeitou a sinalização de “pare”, avançou e atingiu a motocicleta pilotada por Gabriel, um entregador que tinha bastante seguidores nas redes sociais por se engajar em projetos sociais voltados para amantes de manobras radicais com bicicletas. Deivid chegou a fugir do local, mas foi preso em um lote baldio pela Polícia Militar.

Ao ser ouvido pela Justiça, Deivid disse que avançou “um pouco” a marcação de “pare” porque o mato estava alto no local e ele não tinha a visão de quem estava na pista perpendicular. Ainda segundo ele, Gabriel estava em alta velocidade e bateu no carro. O mestre de obras afirmou que a desorientação que foi relatada por testemunhas não se deu por causa do álcool, mas sim pelo impacto da colisão, e que ele teve um machucado no rosto. Por fim, o réu garantiu que fugiu do local só porque populares queriam agredi-lo e que esperou escondido a chegada da polícia.

A defesa de Deivid pediu para que o processo fosse encerrado sem que ele fosse para júri ou que pelo menos o crime fosse desclassificado para homicídio culposo na direção de veículo automotor, conforme consta no CTB, sem o agravante da embriaguez. E também solicitou que o réu fosse colocado em liberdade até a decisão final. O juiz de Senador Canedo negou todos os pedidos e disse que a prisão preventiva deve ser mantida pela gravidade da conduta do réu no acidente e pelo risco de novos delitos.

<h3>Vítimas</h3>

Uma filha de Benedita contou que a vítima morava há mais de 30 anos no local e, neste período, nunca houve nenhum acidente semelhante, como colisões de veículos na residência. Outra pessoa que testemunhou a colisão disse ter notado sinais fortes de embriaguez em Weber. Em relação ao atropelamento de Gabriel, testemunhas foram enfáticas ao relatar as características que os levaram a crer que Deivid estava mesmo bêbado. Uma delas chegou a dizer que ele estava cheirando álcool. Mais de uma disse que ele cambaleava.

Neste momento dos processos, a Justiça não entra no mérito das denúncias, só avalia se há elementos suficientes para que os réus sejam encaminhados ao júri. Em Senador Canedo, o magistrado afirmou que “a prova oral aponta, ao menos neste momento, para o fato de que o acusado estaria conduzindo veículo automotor sem possuir habilitação legal e em estado de embriaguez alcoólica, dirigindo ainda em velocidade superior à permitida para a via quando teria desrespeitado a sinalização”.

A manifestação do juiz foi similar à do colega de Goiânia, para quem, neste momento processual, “não se faz necessário demandar certeza de culpa do acusado, desde que existam provas suficientes que embasem os indícios de sua culpabilidade” para levá-lo ao júri. “A ocorrência de morte em acidente de trânsito envolvendo o acusado, que conduzia veículo automotor sob influência de álcool (...) e em desconformidade com as regras de trânsito, pode constituir circunstância apta a ensejar a análise da tese de dolo eventual”, escreveu Eduardo Pio.

Motoristas que atropelaram e mataram quando estavam embriagados vão a júri popular

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Matéria - Cidades

Justiça

A casa na Rua 82, na Praça Cívica, que pertence aos familiares do escritor e folclorista Bariani Ortêncio, onde ele morou de 1969 até o seu falecimento, no dia 15 de dezembro de 2023, está à venda. O anúncio, publicado em um site de imóveis, é ligado a uma imobiliária, com a pedida de R$ 5,9 milhões. Inicialmente, a informação era de que os familiares do histórico Bariani queriam vender o imóvel ao poder público, sob o argumento de que haveria a preservação do mesmo e do acervo de livros, itens fonográficos e toda a memória da cultura goiana e, especialmente, goianiense. Porém, com a demora nas negociações, já há uma abertura para uma negociação particular, o que pode significar a descaracterização da residência e uma dúvida sobre o destino de todos os elementos guardados por Bariani.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp</a>

O anúncio descreve: “Imóvel com valor histórico / cultural e arquitetônico que transcende o Estado de Goiás. Além de ter sido a residência do escritor Bariani Ortêncio e abrigar o seu Instituto, trata-se de uma obra assinada pelo arquiteto Eurico Calixto de Godoi, um ícone da arquitetura modernista do Brasil que, entre outras obras, também assinou o projeto da antiga sede da Assembleia Legislativa de Goiás. São aproximadamente 800m² de construção em um terreno de 1.137m², com uma área verde belíssima”. O anúncio foi criado em maio, atualizado no começo de setembro, quando passou a ser público. Há informação de que o imóvel possui quatro quartos, sendo três suítes e seis banheiros, além de fotos em diversos cômodos.

Já houve propostas para a aquisição do imóvel, segundo apurou a reportagem, de escritórios de advocacia. Não há possibilidade de negociação por aluguel. Em meados de setembro, o deputado Mauro Rubem (PT), presidente da Comissão de Cultura, Esporte e Lazer da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), encaminhou requerimento à presidência da Casa propondo a aquisição da residência, que é a atual sede do Instituto Cultural e Educacional Bariani Ortêncio (Icebo), com o objetivo de transformar o imóvel na Casa Bariani Ortêncio.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/sobrado-da-academia-goiana-de-letras-completa-85-anos-e-mantem-viva-a-memoria-literaria-de-goias-1.3299299" target="_self">Sobrado da Academia Goiana de Letras completa 85 anos e mantém viva a memória literária de Goiás</a> 
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Na proposta, a Casa seria utilizada como sede das atividades culturais da Alego, aberta à população, e também a manutenção e o fortalecimento do Icebo, “garantindo a preservação do legado do escritor”. Até então, porém, a proposta ainda não chegou à procuradoria jurídica da Alego para análise. No requerimento, Rubem ressalta que “Bariani Ortêncio foi referência nacional em literatura, folclore e identidade cultural do Centro-Oeste”. Acrescenta que “sua residência é ponto de cultura consolidado, cenáculo de intelectuais e artistas goianos por mais de 70 anos” e que a “aquisição preservará patrimônio cultural material e imaterial, em consonância com o artigo 216 da Constituição Federal”. O argumento considera que o Icebo, fundado em 2012, abriga “biblioteca, acervo documental e originais das obras do escritor”, em que “há risco real de perda deste espaço caso o imóvel seja alienado a terceiros”. Para o deputado, a incorporação pela Alego “assegura continuidade, fortalece vínculos institucionais e cria sinergia entre ações culturais da Casa e o instituto”.

“Óbvio que existe a decisão de pedir, com o requerimento, e há vontade do presidente Bruno Peixoto (UB), mas há um procedimento legal que precisa ser feito, por se tratar de dinheiro público. Acho até que essa aquisição deveria ser de algum órgão do Executivo, mas sei que o Estado e a Prefeitura têm suas limitações”, afirma Mauro Rubem. O presidente do Icebo, Beto Selva, que também é genro de Bariani, relata que há interesse da família e do instituto em uma negociação com o setor público, como modo de garantir a preservação do imóvel e, também, de todo o acervo deixado pelo folclorista. Ele relata ainda que já esteve com o presidente da Alego, em que recebeu a confirmação do interesse no imóvel, mas sem ainda a realização de uma proposta. O POPULAR contatou a presidência da Alego, que informou que o requerimento e a proposta ainda não chegaram ao gabinete de Peixoto.

“Espero que a gente não perca essa oportunidade, que dê tempo de fazer essa aquisição”, afirma Mauro Rubem. O deputado complementa, no entanto, que a Casa não será do Icebo, mas o instituto poderá ter seu espaço no local, como guarda e uso do acervo de Bariani Ortêncio. “Há a disposição da família, então eles podem esperar um pouco mais, ajustar o valor, se for o caso, após a análise jurídica da Alego. Tudo isso ainda tem de ser feito e é necessário, porque é dinheiro público”, diz.

Ele afirma ainda que a Alego não possui um centro cultural, que também não é comum nas assembleias legislativas, mas há casos, como no Rio Grande do Sul, em que o imóvel para esse fim é mantido pelo Legislativo estadual. “O presidente Bruno já expandiu o entendimento do que é uma Assembleia Legislativa, de sua importância e presença na sociedade. E, se for o caso, pode ser repassado para a Secretaria de Cultura, para um uso conjunto ou algo do tipo, não há nada que impeça.” Beto Selva conta que o instituto, atualmente, funciona mais para a realização de eventos e há o interesse de participar de editais públicos para manter o local.

O andar de cima da casa ainda é uma residência utilizada por um dos seis filhos de Bariani quando em estadia na capital, mas, como há outros imóveis, não haveria dificuldade de desocupação. A reportagem apurou que a publicação de um anúncio sobre o imóvel não estava autorizado, já que havia o interesse de esperar pela definição da Alego a respeito da compra, mas que o imóvel está à venda, recebendo propostas de interessados mais específicos. “Eu ainda não desisti de uma negociação com alguma entidade pública. Se não for a Alego, vamos correr atrás de outra instituição. Lá é um ponto de cultura, tem um eixo cultural, é ao lado do IHGG (Instituto Histórico e Geográfico de Goiás), onde ao lado terá uma unidade do Sesc (Serviço Social do Comércio).”

<h2>Histórica</h2>

O POPULAR apurou também que, apesar de a família ter o interesse na preservação do imóvel, já se sabe que, juridicamente, não há impedimento para uma descaracterização futura, já que a residência não tem qualquer tipo de tombamento. O imóvel é um dos primeiros construídos sob a arquitetura modernista em Goiânia, com um projeto de Eurico Calixto de Godoi, o primeiro arquiteto desse movimento em Goiás, ainda no final dos anos 1950. É de Godoi projetos notáveis do modernismo na capital goiana, como o Parque Mutirama e o prédio situado no Bosque dos Buritis, que foi sede da Alego e repassado ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), caracterizados pelo uso de linhas retas e planta livre, de aspectos mais funcionais e jardim interno.

No caso da residência na Rua 82 do Setor Central, que ficou pronta em 1964, se destaca também a escada externa e a utilização de elementos modulares vazados (cobogós). O seu primeiro morador foi a família do empresário Eurípedes Ferreira, que, entre outros negócios, atuava no ramo imobiliário. A venda para Bariani se deu em 1969, e assim ficou até então. Em todos esses anos, a única mudança significativa na estrutura do imóvel foi a construção de uma cozinha extra no quintal, com um fogão caipira, onde antes ficava um campo de futebol.

Além da importância arquitetônica, em que o imóvel se destacava entre os demais no estilo art déco que predominava na região central da capital, há também a importância cultural do local. Bariani fez de sua residência um local de encontros, eventos e reuniões de artistas, público, empresários e políticos, especialmente voltados à literatura, música e ao estudo do folclore goiano. Os eventos ocorriam essencialmente no primeiro andar, com o vão aberto da garagem onde havia lançamentos de livros e de discos e reuniões importantes para a cultura goiana. Logo em frente a esse espaço, foi montada a Oficina Literária, onde está um acervo de obras editadas e publicadas em Goiás, considerado o maior de todo o Estado, estimado em cerca de 5 mil exemplares.

Marca da arquitetura modernista em Goiânia, casa do escritor Bariani Ortêncio está à venda

Urbanismo 

Quatro meses após a sua criação, a Comissão Técnica de Implantação de Sistema de Segurança da Câmara Municipal de Goiânia foi encerrada na semana passada com a divulgação de um relatório que apontou série de vulnerabilidades na rotina de segurança da Casa e medidas que devem ser adotadas para corrigir os problemas, incluindo a compra e instalação de equipamentos, como detectores de metais, que servirão para impedir o acesso às dependências do Legislativo municipal com <a href="https://opopular.com.br/politica/apos-volta-de-kowalsky-novandir-pede-reconduc-o-de-servidor-envolvido-no-episodio-com-arma-de-fogo-1.3280547" target="_self">armas de fogo</a>.&nbsp;

Segundo informou a assessoria da Câmara ao POPULAR, após a apresentação do relatório, a mesa diretora deve dar andamento às propostas apresentadas com a solicitação de um estudo de impacto financeiro e a previsão de execução orçamentária. Apesar de não haver uma data definida para os próximos passos, a expectativa é que a implementação das medidas de segurança fique apenas para o ano que vem, já que para este não há previsão das despesas no orçamento da Casa.

A comissão, composta por cinco servidores técnicos da Câmara, foi criada em maio após o episódio de discussão envolvendo o procurador-geral da Câmara, Kowalsky Ribeiro, que <a href="https://opopular.com.br/politica/mp-go-denuncia-kowalsky-por-ameaca-em-episodio-com-arma-1.3278762" target="_self">portava uma arma de fogo</a>, e o ex-chefe de Gabinete do vereador Sargento Novandir (MDB), Sérgio Dorneles, em um dos estacionamentos da Casa. O caso, ocorrido em 5 de maio, resultou na exoneração dos dois. Entretanto, ambos retornaram à Casa para as mesmas funções cerca de um mês depois, em junho.&nbsp;

<ul>
	<li>Assista o momento do desentendimento na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/procurador-pediu-medida-protetiva-contra-vereador-e-assessores-apos-briga-na-camara-13575215.ghtml" target="_blank">Procurador pediu medida protetiva contra vereador e assessores após briga na Câmara</a></li>
</ul>

O relatório produzido pela comissão foi apresentado no dia 5 de agosto e tem uma parte mantida em sigilo em virtude de potenciais “pontos de vulnerabilidade da Câmara”. No documento aberto, disponibilizado no sistema da Casa, entre os principais déficits mapeados estão a cobertura insuficiente de câmeras, o posicionamento inadequado de equipamentos, a ausência de controle de entrada de armas de fogo e a saturação do portão principal de acesso.&nbsp;

O colegiado também destacou a necessidade de integrar os sistemas internos existentes na Câmara - como o controle de acesso, CFTV, o do departamento de Recursos Humanos e o Suap - em um servidor de dados mais robusto, para garantir maior eficiência e segurança das informações.

Nos termos de medidas práticas, o grupo propôs a instalação de detectores de metais e catracas com controle facial e tag magnética nas entradas, o reposicionamento de câmeras de segurança com equipamentos de alta resolução e a substituição do sistema biométrico atual por reconhecimento facial. Também foi sugerida a criação de um novo acesso lateral exclusivo para parlamentares, a fim de reduzir o congestionamento no portão principal e melhorar o fluxo de veículos e visitantes.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/apos-volta-de-kowalsky-novandir-pede-reconduc-o-de-servidor-envolvido-no-episodio-com-arma-de-fogo-1.3280547" target="_self">Após volta de Kowalsky, Novandir pede recondução de servidor envolvido no episódio com arma de fogo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/desentendimento-por-uso-de-estacionamento-tem-arma-de-fogo-e-ameacas-1.3260327" target="_self">Desentendimento por uso de estacionamento tem arma de fogo e ameaças</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mp-go-denuncia-kowalsky-por-ameaca-em-episodio-com-arma-1.3278762" target="_self">MP-GO denuncia Kowalsky por ameaça em episódio com arma</a></div>

O relatório recomenda ainda que o espaço anteriormente utilizado pela Caixa Econômica Federal, na entrada principal, seja destinado à Guarda Civil Metropolitana (GCM), para que o órgão possa exercer de forma adequada o controle de porte e de guarda de armas nas dependências do Legislativo.

A comissão informou que iniciou a elaboração de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para disciplinar o controle de acesso físico, o porte de armas, a conduta das equipes de segurança e o protocolo de ação em situações de risco.&nbsp;

Ao longo de suas atividades, a comissão técnica realizou três reuniões presenciais, duas remotas, cinco encontros com fornecedores, três visitas técnicas e a redação do Termo de Referência que servirá de base para as contratações e para as obras necessárias à adequação.

Caso as medidas avancem sob aprovação da mesa diretora, ainda não há consenso sobre como será tratado o acesso ao plenário por vereadores que possuem porte de arma. Nos bastidores, a informação é de que a entrada armada deve ser proibida inicialmente, mas a restrição tende a ser revertida ou contornada posteriormente.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp</a>

<h2>Vereadores</h2>

Resolução de maio de 2022 proíbe o porte de armas de fogo por parte de servidores e vereadores nas dependências do Legislativo. A norma estabeleceu exceção apenas para agentes de segurança da Casa no exercício de suas funções.

Na esteira do episódio entre Kowalsky e Dorneles, um levantamento do POPULAR realizado em maio mostrou que 33 dos 37 vereadores dizem ser favoráveis à instalação de detectores de metais nas dependências da Câmara a fim de ampliar a segurança interna e de coibir possíveis atos, evitando “tragédias” na hipótese de novos episódios “acalorados”.

Questionados se são favoráveis que o porte/posse de armas dentro das instalações do Legislativo seja restrito somente às forças de segurança em cumprimento da função na Casa, a maioria disse que sim, mas os parlamentares que se manifestam contrariamente ressaltaram que a Câmara “não possui aparato necessário” para fazer a restrição, sobretudo a quem é militar.

Comissão cita falhas após episódio com arma e faz recomendações à Casa

Política

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Matéria - Política

Câmara de Goiânia

Quando o Teatro Goiânia aparece iluminado no mês de outubro, o anúncio está dado: é semana de Goiânia Mostra Curtas. O festival chega a sua 23ª edição nesta terça-feira (7) e segue até o domingo (12) ocupando diferentes pontos da região central da capital. Toda a programação é gratuita, entre exibição de filmes, curso, aula, estudo de caso, encontros com realizadores de filmes, lançamentos literários e homenagens. Na abertura, às 20 horas, a cantora Jaloo faz um pocket show com músicas de seus quatro álbuns.

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A cantora Jaloo faz o show de abertura do festival de cinema (Divulgação)

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O festival presta homenagens nesta edição. São lembrados a produtora audiovisual Zita Carvalhosa (1936–2025), criadora do festival de curtas Kinoforum, em São Paulo; Jean-Claude (1936–2025), crítico de cinema, ensaísta, professor, roteirista, escritor e diretor; e a atriz Marcélia Cartaxo, celebrada por personagens como Macabéa, em A Hora da Estrela (1985), papel que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim.

“Zita e Jean-Claude foram grandes incentivadores da Goiânia Mostra Curtas, desde o início do projeto. Estiveram presentes no festival e sempre trouxeram estímulo e vigor. Zita tem sua importância para todos os festivais independentes do Brasil e para nós apresentou generosidade e orientação. Jean, quando esteve no festival, se surpreendeu com a variedade de filmes de regiões diferentes do país, que não costumava encontrar em outros lugares”, conta Maria Abdalla, diretora geral do evento.

Marcélia também esteve no festival como exibidora de um filme que dirigiu e se mantém na ativa ainda hoje com atenção a importância dos filmes de curta-metragem, a exemplo de Umbilina e sua Grande Rival, que será exibido durante a homenagem. “As homenagens finais são a Márcio Paixão Jr., representativo para a cultura goiana, multiartista e que mostra pela arte um ato de resistência e liberdade. No momento político estabelecido nos últimos anos, é muito importante lembrarmos da Apan, associada à produção audiovisual do povo negro brasileiro”, comenta.

Um dos festivais mais longevos e relevantes dedicados ao curta-metragem no Brasil, a Goiânia Mostra Curtas é reconhecida pela diversidade cultural, valorização regional e democratização do acesso ao audiovisual. Novidade desta edição, a Curta Mostra Origens – Curtas Universitários Goianos apresenta 20 produções com curadoria de Elinaldo Meira. Os filmes serão exibidos sábado (11) e domingo (12), às 15 horas.

Na tradicional Mostrinha, dedicada ao público infantil que está em sua 22ª edição, serão cinco filmes exibidos selecionados pela escritora, jornalista e documentarista Gabriela Romeu. Nos dias 9 e 10 de outubro, a mostra tem sessões reservadas a estudantes do ensino básico. No dia 12, Dia das Crianças, a sessão tem início às 10h30 e é aberta ao público geral, com votação de melhor filme por júri popular.

O festival conta, ainda, com as mostras Curta Mostra Brasil, Curta Mostra Goiás e Curta Mostra Especial - Falando em Línguas, Vendo em Vistas – (De)colonialidades e (des)enquadramentos. Com curadoria de Mariana Queen Nwabasili, será exibida na sexta-feira (10), às 14 horas.

Todas as sessões de filmes são no Teatro Goiânia, no coração da cidade, reafirmando o espaço como palco central do evento. Após o festival, a Curta Mostra Cinema nos Bairros exibe produções selecionadas por Maria Abdalla nos bairros Conjunto Vera Cruz, Conjunto Primavera, Residencial Real Conquista e Vila Pedroso.

SERVIÇO 
Evento: 23ª Goiânia Mostra Curtas 
Data: 7 a 12 de outubro&nbsp; 
Local: Teatro Goiânia - Rua 23, 252 - Setor Central 
Informações: www.goianiamostracurtas.com.br e @goianiamostracurtas 
Evento gratuito

&nbsp;

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

7 de outubro (terça) 
20h - Abertura com pocket show de Jaloo, exibição do filme Umbilina e sua Grande Rival (PE) e homenagens à atriz e diretora Marcélia Cartaxo, à produtora Zita Carvalhosa (in memoriam) e ao diretor, crítico e teórico de cinema Jean-Claude Bernardet (in memoriam) 
Local: Teatro Goiânia

&nbsp; &nbsp; &nbsp; 
8 de outubro (quarta) 
Local: Sala Multimídia João Bênnio, Vila Cultural Cora Coralina 
10h - Aula Internacionalização de Filmes com Dora Amorim 
14h - Curso Política da Memória, com Safira Moreira

Local: Teatro Goiânia 
15h - Curta Mostra Goiás&nbsp; 
19h - Curta Mostra Brasil

9 de outubro (quinta) 
Local: Teatro Goiânia 
9h - 22ª Mostrinha para alunos da rede pública

Local: Vila Cultural Cora Coralina 
9h - Curso Política da Memória 
10h - Encontro com realizadores de filmes

Local: Teatro Goiânia 
15h - Curta Mostra Goiás com legendas descritivas

Local: Vila Cultural Cora Coralina 
17h - Lançamento dos livros Agora e Pouco Antes: Direção de Arte e Cinema Brasileiro (Rebellium Coletiva), de Benedito Ferreira, e Metralha A vida de Nelson Gonçalves em Quadrinhos (Editora MMarte), de Márcio Paixão Jr. e Fabio Cobiaco&nbsp;

Local: Teatro Goiânia 
19h - Curta Mostra Brasil

10 de outubro (sexta) 
Local: Teatro Goiânia 
9h - 22ª Mostrinha para alunos do ensino básico

Local: Vila Cultural Cora Coralina 
9h - Curso Política da Memória&nbsp;

Local: Castro’s Park Hotel 
10h - Laboratório de roteiros audiovisuais do Centro-Oeste, com Nina Kopko e Diego Paulino

Local: Teatro Goiânia 
14h - Curta Mostra Especial Falando em línguas, vendo em vistas&nbsp;

Local: Castro’s Park Hotel 
14h30 - Laboratório de roteiros audiovisuais do Centro-Oeste&nbsp;

Local: Teatro Goiânia 
19h - Curta Mostra Especial&nbsp;

11 de outubro (sábado) 
Local: Vila Cultural Cora Coralina&nbsp; 
9h30 - Roda de conversa Cinema e Educação, com Gabriela Romeu e Rita Márcia 
10h - Estudo de caso &nbsp;̶ &nbsp;A construção de personagens do curta Chão de Fábrica, de Nina Kopko

Local: Castro’s Park Hotel 
15h - Laboratório de roteiros audiovisuais do Centro-Oeste

Local: Teatro Goiânia 
15h - Curta Mostra Origens – Curtas Universitários Goianos 
19h - Curta Mostra Brasil

12 de outubro (domingo) 
Local: Vila Cultural Cora Coralina&nbsp; 
11h - Encontro com realizadores de filmes

Local: Teatro Goiânia 
10h30 - 22ª Mostrinha aberta ao público 
15h - Curta Mostra Origens – Curtas Universitários Goianos&nbsp; 
20h - Encerramento com homenagem a Márcio Paixão Jr., exibição de filmes e premiação

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Goiânia Mostra Curtas começa sua 23ª edição nesta terça-feira (7)

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Brasilidade em cena

O Morce-GO Vermelho Goiás Horror Film Festival divulgou a lista oficial de filmes selecionados para sua nova edição, que acontece entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, no Cine Cultura, com entrada gratuita. Ao todo, 37 produções compõem a programação, escolhidas entre 643 inscrições recebidas de diferentes partes do mundo, sendo 94 apenas da Espanha.A curadoria, formada pelos profissionais Mônica Trigo (longas-metragens), Itamar Borges (curtas nacionais e animações) e Marcelo Milici (curtas internacionais e produções goianas), selecionou obras que refletem a diversidade e a criatividade do gênero fantástico, tanto no Brasil quanto no exterior. Segundo o diretor do festival, Cristiano Sousa, esta edição marca um novo patamar para o evento.Entre os selecionados, destacam-se produções locais como A Queda, de Luísa Mello, e Sereia do Brava, de Luciano Evangelista, além de curtas e longas internacionais vindos de países como Espanha, México, Argentina, Israel e Uruguai. O festival também contará com a mostra Morce-Anima, dedicada às animações do gênero.O gênero de horror ganhou força e popularidade especialmente a partir da década de 1990, quando o público passou a buscar experiências cinematográficas que misturavam medo, suspense e crítica social. Filmes como Pânico (1996) e O Sexto Sentido (1999) redefiniram o terror, abrindo espaço para produções independentes e experimentais que exploravam o psicológico, o sobrenatural e o grotesco com novas linguagens. Essa expansão consolidou o horror como um dos gêneros mais versáteis e expressivos do cinema contemporâneo — influência que se reflete até hoje em festivais como o Morce-GO Vermelho.O Morce-GO Vermelho conta com o apoio do Governo de Goiás, por meio do Programa Goyazes de Incentivo à Cultura, operacionalizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A programação completa, com todos os filmes selecionados, pode ser conferida no site (morcegovermelhofestival.com.br) e nas redes sociais oficiais do Morce-GO Vermelho Goiás Horror Film Festival.ServiçoEvento: Morce-GO Vermelho Horror Film FestivalData: 30/10 a 2/11Local: Cine Cultura / Praça Cívica, CentroEntrada: Gratuita (ingressos em breve via Sympla)

Morce-GO divulga selecionados para exibição no Cine Cultura

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