O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) entrou com recurso contra a decisão da Justiça que livrou do júri popular três dos seis policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) acusados de executar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado. Uma das vítimas era suspeita de ajudar agentes de segurança pública a se apropriar de mercadorias roubadas e drogas. Para a Justiça, devem responder pelo crime apenas os policiais que efetuaram disparos. Já os promotores que assinam a petição dizem haver provas no processo de que os outros colaboraram para que o crime fosse bem sucedido. Seguem respondendo por homicídio qualificado o tenente Wandson Reis dos Santos e os sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O primeiro deu os tiros que mataram o autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, enquanto os outros dois, os que levaram à morte o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes na abordagem, mas não atiraram e, por isso, se livraram do processo. Junio era informante de policiais militares e a suspeita é de que ele delatava criminosos em troca de parte do material apreendido.