Dois anos depois de fazer todo o processo para retirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) junto ao Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), órgão que insistia em informar que ela estava morta, a servidora pública municipal de Goiânia, Kátia Cecília Soares, recebeu o documento das mãos do presidente do órgão, delegado Waldir Soares, nesta sexta-feira (25). O presidente do Detran-GO atribuiu a demora na concessão da CNH a um erro do sistema cartorial e à própria Kátia que não providenciou uma Certidão Negativa de Óbito. A pedagoga chegou ao Detran-GO em clima de descontração brincando com o presidente do órgão como se fosse um fantasma, mas a conversa endureceu. Waldir ouviu o relato de Kátia sobre o início do imbróglio que a deixou como morta. Ao registrar a morte do pai no cartório do Registro Civil de Pessoas Naturais da 1ª Circunscrição, em Itumbiara em 2013, como o POPULAR contou em reportagem publicada na terça-feira (22), foi o CPF dela que passou a constar em outros sistemas, como da Caixa Econômica Federal, onde ela era correntista, e da Receita Federal. Kátia provou que houve um erro e que a data sugerida de sua “morte” era a mesma do óbito do pai, portanto o CPF que deveria constar era o dele e não o dela.