O presidente do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires, defendeu, na noite desta terça-feira (4), em Goiânia, a redução do desmatamento no Cerrado. Para ele, a área aberta no bioma é suficiente para manter a atividade econômica no campo. “Não é necessário mais desmatar para ampliar a produção, basta trabalhar com produtividade.”

O presidente do ICMBio afirmou que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) trabalha para apresentar em 11 de setembro, Dia Nacional do Cerrado, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado). O programa vai mirar a proteção à vegetação remanescente e também a recuperação de áreas degradadas. “É possível a gente fazer uso dos pastos da pecuária para a produção agrícola. Então, fazendo esta conversão (de pastagem em lavoura) já é suficiente para atender a demanda nacional e a demanda internacional”, considera Pires.

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Estudo desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) estima ser possível <a href="https://opopular.com.br/cidades/estudo-da-ufg-indica-ganho-ambiental-e-economico-em-recuperar-pastagens-no-cerrado-1.2608014">aumentar o estoque de carbono no solo</a> do Cerrado em 70 milhões de toneladas. A medida pode ser viabilizada por meio da recuperação de pastagens degradadas, o que proporciona ganhos ambientais e econômicos. Estas áreas que não têm boa produtividade para a pecuária também podem servir para o plantio.

A pesquisa é desenvolvida no Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig). As áreas monitoradas foram classificadas como: ausência de degradação, degradação intermediária e degradação severa. “Uma grande possibilidade (para valorizar a floresta em pé) se trata do crédito de carbono. É um mecanismo que beneficia aquelas propriedades com área de vegetação nativa, mantendo aquela área e ela recebe por isto. Este crédito vem de empresas que precisam reduzir as emissões e por alguma razão não conseguem”, explica Pires.&nbsp;

O gestor do ICMBio considera que o Cerrado “vem enfrentando um desmatamento muito elevado”. Pires promete que a fiscalização terá papel importante e explica que a Amazônia tem área duas vezes maior que a do bioma preponderante em Goiás, mas que este apresenta o dobro de área perdida em relação ao bioma do Norte do País.&nbsp;

A situação é mais complicada porque enquanto a perda de vegetação na Amazônia está em queda (31% de janeiro a maio), no Cerrado está acelerando (35% de janeiro a maio). Os dados são do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora alertas de derrubada da floresta. O dado consolidado é apresentado por outra ferramenta do Inpe, o Prodes.

O presidente do ICMBio considera que Goiás é um dos estados com potencial para alinhar maior produtividade e proteção ambiental. O Brasil assumiu o compromisso internacional de zerar o desmatamento até 2030. “Isto significa desmatamento ilegal zero, sem dúvida, mas aquilo que poderia ser desmatado legalmente, nós queremos trabalhar com iniciativas com possibilidade para que evite este desmatamento”, finaliza.

Comenda

O presidente do ICMBio, que é de Anápolis, veio a Goiânia representar a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, na <a href="https://opopular.com.br/cidades/personalidades-s-o-reconhecidas-por-pautar-protec-o-ambiental-com-comenda-washington-novaes-1.3045035">entrega da Comenda Washington Novaes</a>, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). A ministra não pode comparecer porque precisou participar de uma audiência na Comissão de Minas e Energia. Ficou remarcado para o dia 17 de agosto para que ela venha receber a honraria. Esta não é primeira vez que ela falta ao compromisso. Em 12 de junho Marina Silva não pode vir porque estava internada para tratamento de problemas na coluna.

"Não é necessário mais desmatar para ampliar a produção", diz presidente do ICMBio em Goiânia

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Matéria - Cidades

Meio ambiente

Goiás possui quase 1,1 milhão de hectares (ha) – 10,8 mil quilômetros quadrados (km²) – em área de unidades de conservação (UCs) de proteção integral. Esse é o total obtido com a soma das superfícies ocupadas por 14 unidades estaduais (12 parques, 1 estação ecológica e 1 floresta) e 8 unidades federais (2 parques, 2 florestas nacionais, 2 áreas de proteção ambiental e 2 reservas extrativistas). Para ter uma ideia do que isso representa, observe o Distrito Federal num mapa e imagine aquele quadrilátero de 5,8 km² com quase o dobro do tamanho. Ou então junte todos os municípios da Região Metropolitana de Goiânia, que tem cerca de 7 mil km², e acrescente mais metade da mancha então formada.

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Relatórios dos órgãos responsáveis por essas UCs mostram que 1,62% da área delas foi atingida pelas chamas desde janeiro. Parece pouco, mas seria o equivalente, em hectares, a quase um quinto da área do município de Goiânia (72.830 ha). No entanto, embora seja muito cedo para respirar aliviado – como os próprios agentes que cuidam dessas unidades de conservação avisam –, é um índice que pode ser considerado baixo. Tendo em vista as marcas negativas históricas de focos de incêndio neste ano, pode-se dizer que essas reservas protegidas de forma mais sistemática em Goiás estão conseguindo sair apenas “chamuscadas” do inferno que se tornou não só o Estado, mas todo o País nesta temporada de estiagem.

Até o fim de agosto, o fogo descontrolado havia queimado 1,54% da superfície das 14 principais unidades monitoradas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semad) – o índice vai subir, como adverte a pasta, por conta dos focos deste mês. Já os dados repassados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o balanço das queimadas deste ano fechado até a quarta-feira (18), mostram que houve 15.306 hectares destruídos pelos incêndios, de um total de 938.693,51 ha de áreas federais de proteção integral situadas em Goiás, o que significa 1,63% do total.

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A maior dessas unidades federais no Estado é o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), que distribui seus mais de 240 mil hectares por cinco municípios do Nordeste goiano – Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, São João d’Aliança, Teresina de Goiás e Nova Roma. O relato do ICMBio apresenta uma perda de 3,8% da cobertura vegetal do parque para as chamas. São mais de 9,1 mil hectares, o que não é pouco – significa que viraria cinzas um município e meio de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, um dos menores do Estado (6.145 ha). Mas o que o PNCV perdeu para o fogo aleatório é pouco mais do que foi provocado dentro dele de forma preventiva, pelas queimas prescritas (8.329,58 ha) e controladas (590,68 ha) feitas de acordo com o protocolo de manejo da unidade.

O intuito dessas queimas é se antecipar ao fogo, seja com finalidade de conservação (queima prescrita), seja com finalidade agropastoril (queima controlada). No caso do PNCV, a porção de queima controlada se refere a ocupantes remanescentes e propriedades ainda não indenizadas que ficam dentro da unidade.

“Essas queimas são uma ação de prevenção a incêndios que ocorre em períodos determinados, em áreas abertas, para eles não conseguirem avançar sobre áreas mais sensíveis. É um procedimento comum fazer essa queima entre março e junho, quando a vegetação ainda está úmida e o fogo gerado se torna de baixa intensidade”, explica Bruno Cambraia, analista ambiental do ICMBio e que ocupa a função de ponto focal de Manejo Integrado do Fogo (MIF) na Gerência Regional 3 – Centro Oeste (GR3).

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Bruno Cambraia, do ICMBio: “Manejo de queimas é essencial” (Acervo ICMBio)

“O fogo de um incêndio é muito mais severo do que o de manejo, até porque ocorre no auge do período seco, juntamente com ventos fortes, temperaturas altíssimas e baixa umidade do ar”, continua Cambraia. “O manejo com essas queimas é fundamental para que esse impacto seja diminuído se ocorrer uma queimada numa unidade de conservação.”

Sobre os números gerais das perdas nas UCs, ele ressalta a importância de não observar apenas a quantidade, mas também a “qualidade” do que está sendo afetado. “Não dá para olhar só para a área queimada. É preciso entender o que está queimando. Um incêndio pode atingir muita área de floresta, de mata ciliar, de refúgios da fauna”, diz o analista do ICMBio.

<h2>Experiência com incêndio na Chapada em 2017 mudou padrão</h2>

“O melhor brigadista que a gente tem é São Pedro, mas ultimamente ele não está atendendo nem respondendo ao WhatsApp.” A frase de humor sarcástico é do coordenador de Manejo do Fogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), João Morita, pouco antes de ele ter de interromper abruptamente a entrevista que concedia de Brasília ao POPULAR na tarde de terça-feira (17). Era um chamado urgente para o combate a um novo foco de incêndio na região. “Desculpe, tenho de voar”, despediu-se.&nbsp;

Antes de a emergência chamar, Morita teve tempo de contar um pouco da história de como foi a operação de combate ao incêndio de 2017 no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o maior da história da unidade e da qual participou ativamente. Se agora nesta temporada de grandes prejuízos com o fogo a reserva perdeu até o momento menos de 10 mil hectares (ha), muito se deve às lições aprendidas ainda durante a catástrofe de sete anos atrás, que devorou quase 70 mil hectares.

“Aquele incêndio foi um marco, ainda que negativo, e mudou a forma de fazer manejo. Impulsionou várias ações, como uma melhor articulação entre brigadistas, contratados pelo ICMBio e pelo Ibama, brigadistas voluntários e o Corpo de Bombeiros, novos acordos de acionamento e novo modo de compartilhamento de informações, para melhor efetividade nas ações de combate”, conta Morita. Foi como estratégia de contenção àquele fogaréu que foram feitos os primeiros testes de queima prescrita. “Aquele incêndio não rompeu essas pequenas queimas. Depois, como se viu que essas ações de manejo poderiam ajudar, foram feitas outras (queimas), inúmeras”, explica o coordenador do ICMBio.

Se o incêndio deste ano foi controlado em menos de uma semana, consumindo cerca de 7 mil hectares, em 2017 foi quase um mês. “Eu me lembro que começou no feriado de 12 de outubro e lutamos por semanas. Só foi controlado em meados de novembro, com a ajuda das primeiras chuvas”, lembra João Morita.

Antes da ação antrópica, o Cerrado sofria queimas no período chuvoso, por conta da descarga de raios. “Essa é a única maneira natural que há no Brasil para que ocorra um incêndio num bioma. A outra seria por vulcões, que não é nosso caso”, lembra Bruno Cambraia. Seu colega de ICMBio João Morita completa, dizendo que o homem alterou o cronograma e a intensidade do fogo: o que ocorreu durante milhares ou milhões de anos durante as chuvas, em poucos séculos passou a acontecer na estiagem. “Os incêndios no Cerrado não existiam em setembro, mas se tornaram intensos pela presença humana, com a expansão agrícola, abertura de estradas, loteamentos e outras ações.”

O Parque Nacional das Emas, a outra unidade federal mais representativa em Goiás, teve apenas 500 de seus mais de 132 mil hectares atingidos por incêndios nesta temporada. Como unidade de manejo mais consolidado e com mais estrutura, o trabalho de controle fica facilitado, garantem os técnicos do ICMBio.

<h2>Brasília</h2>

Desde agosto, o Distrito Federal sofre com grandes incêndios por todo o território. Uma fumaça espessa se formou sobre toda a cidade e deixou a qualidade do ar insuportável, até 350 vezes mais sujo, segundo dados da plataforma PurpleAir. Escolas tiveram de suspender aulas, unidades de saúde ficaram sobrecarregadas e exercícios físicos se tornaram proibitivos.

Em comparação a Goiás, as unidades de conservação do DF sob comando do ICMBio tiveram perdas mais chocantes, embora o porcentual final (1,53%, até quarta-feira) seja até menor. Entre as áreas de proteção ambiental (APAs), a da Bacia Rio São Bartolomeu havia sofrido até então uma perda praticamente nula, de 0,003%, enquanto a do Rio Descoberto teve 1,17% e a APA do Planalto Central, 1%; o Parque Nacional de Brasília – que estava em chamas naquele dia – tinha balanço até então de 4,5% de perda de vegetação, enquanto a Reserva Biológica de Contagem perdia 13,7%. Mas nenhuma unidade sofreu tanto proporcionalmente quanto a Floresta Nacional de Brasília, que foi consumida pela metade (50,23%).

Na Gerência Regional 3 – Centro Oeste (GR3) do ICMBio, porém, nada se compara ao caso da Estação Ecológica Serra das Araras, em Mato Grosso: a unidade perdeu 26,7 mil de seus 27,2 mil hectares. A área nos municípios de Cáceres e Porto Estrela, na região oeste do Estado, é representativa para as populações residentes no entorno, porque, além de preservar as cabeceiras dos afluentes do Rio Salobro, curso de água que abastece diversas comunidades tradicionais, também abriga inscrições rupestres e é sede de pesquisas de universidades. “Tem muita fazenda no entorno e o relevo é muito montanhoso. Não teve como conter o fogo, só salvamos a sede da unidade”, lamenta o analista ambiental Bruno Cambraia. E agora, como fica uma unidade de conservação assim? “A vegetação se recupera dentro do possível. Algumas áreas mais sensíveis ficam alteradas e sofrem mais. O Cerrado, em geral, dá conta.”

<h3>Outros fatores</h3>

Bruno é taxativo para definir o que ocorre neste período de estiagem. “Estou desde 2011 nesse trabalho e nunca teve nada parecido. Nem é preciso esperar o fim da temporada para saber que foi a mais crítica”, resume.

O servidor do ICMBio, no entanto, não coloca tudo na conta das mudanças climáticas: há também uma parcela de responsabilidade da gestão. “É um conjunto de fatores. Tem, claro, a questão climática, mas houve também cortes orçamentários no primeiro trimestre, brigadas que foram reduzidas, processos seletivos adiados. Tudo isso culminou em mais dificuldades e afetou o trabalho”, avalia.

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<h4>Com cautela, Semad diz que medidas reduziram ocorrências</h4>

Ao responder ao pedido do POPULAR sobre o balanço dos incêndios nas unidades de conservação de Goiás, a Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semad) reforçou que os números ainda devem sofrer bastante alterações, já que se referem ao período de janeiro a agosto deste ano – portanto, sem englobar o mês de setembro, quando praticamente todos os recordes de focos de incêndio foram superados em Goiás e também no País.&nbsp;

De fato, nesta época, qualquer número é basicamente provisório, dado o risco contínuo por que passam as UCs com o espalhamento de focos por todo o Estado. Enquanto era feita esta reportagem o Parque Estadual dos Pireneus sofria com as chamas. Outra unidade de proteção integral, o Parque Estadual Águas do Paraíso, em Alto Paraíso de Goiás, estava sobre ameaça iminente porque a vizinha Área de Preservação Ambiental (APA) Pouso Alto sofria com uma queimada.

A secretaria, no entanto, faz um balanço positivo do que se passou até o momento. “Esse número reflete uma queda em comparação a anos anteriores, como 2019, quando foram queimados 32.281,08 hectares. Em 2020, houve uma redução para 8.291,4 hectares, seguida por um aumento em 2021, com 27.312,56 hectares atingidos. Já em 2022, a área queimada foi de 8.166,8 hectares; e, em 2023, 12.046,44 hectares”, diz a nota.

Para a Semad, essa diminuição observada pode ser atribuída às medidas adotadas para prevenir e combater os incêndios. “Entre as ações, destacam-se a criação da Gerência de Gestão e Prevenção de Incêndios, a aquisição de equipamentos, o aumento do efetivo de brigadistas, a redução do tempo de resposta às ocorrências e o trabalho de inteligência social realizado com as comunidades que vivem nessas áreas e propriedades do entorno”, declara a pasta.&nbsp;

O trabalho de inteligência consiste em oficinas, palestras e visitas com o objetivo de orientar sobre práticas adequadas do uso do fogo e o perigo que as queimadas podem provocar na saúde humana, na economia local e no ecossistema, segundo a Semad. “As brigadas desempenham um papel fundamental na prevenção, manejo do fogo e no combate aos incêndios. A atuação das brigadas, tanto no interior quanto no entorno das UCs, fortalece parcerias, aproxima a comunidade e aprimora a eficiência do controle dos incêndios”, finaliza.

Manejo 'blinda' do fogo unidades de conservação

Incêndios em Goiás

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Incêndio no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Divulgação/Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros)

Um <a href="https://opopular.com.br/cidades/incendios-atingem-a-chapada-dos-veadeiros-1.3172120" target="_blank">incêndio que já dura quatro dias</a> no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás,&nbsp;nordeste do estado, já destruiu cerca de 10 mil hectares, segundo o Corpo de Bombeiros. O Parque informou que dois aviões do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão atuando no local para auxiliar no combate ao fogo.

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Nayara Stachesk, chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), afirmou que os aviões estão sendo utilizados para o lançamento de água. Ela detalha que mais de 50 brigadistas estão trabalhando para controlar as chamas.

“Estão na linha cerca de 25 brigadistas do ICMBio, 25 do PrevFogo [Ibama], cinco bombeiros militares e dois voluntários. Hoje devem entrar outros cinco voluntários da Aliança da Terra", destacou.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/incendios-atingem-a-chapada-dos-veadeiros-1.3172120" target="_blank">Incêndios atingem a Chapada dos Veadeiros</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-de-40-incendios-s-o-registrados-em-24h-em-goias-e-tres-pessoas-s-o-presas-videos-1.3172224" target="_blank">Mais de 40 incêndios são registrados em 24h em Goiás, e três pessoas são presas; vídeos</a></div>

A chefe do PNCV afirmou que acredita que a área atingida pelo fogo deve aumentar neste domingo. Segundo ela, o que auxiliaria a controlar a situação seria um apoio de um helicóptero.

“O helicóptero colocaria os brigadistas na linha, porque a linha de fogo está em um lugar de difícil acesso. Estamos na tentativa de consegui-lo”, completou.&nbsp;

<h2>Incêndio&nbsp;</h2>

O incêndio começou na quinta-feira (5), na região do Pouso Alto, lugar com maior altitude do estado de Goiás, conforme o Corpo de Bombeiros. No sábado (7), 11 bombeiros militares de Alto Paraíso e Cavalcante atuaram no combate às chamas.&nbsp;

“É uma área difícil. O fogo está se alastrando muito rápido. Tem muito vento que está seguindo na direção leste, que nos preocupa bastante porque com o aumento dos ventos, ele pode atingir algumas comunidades da região do Moinho e Sertão. Mas temos equipes em campo tentando evitar que isso aconteça", explicou a chefe do parque, Nayara Stacheski, em entrevista à TV Anhanguera.

<img attr-cid="policy:1.3172270" attr-version="policy:1.3172270:1725809866" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3172270/WhatsApp Image 2024-09-08 at 12.04.27.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Incêndio já dura 4 dias na Chapada dos Veadeiros (Divulgação/Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros)

&nbsp;

Incêndio na Chapada dos Veadeiros já consumiu mais de 10 mil hectares; aviões são enviados para o combate

Destruição

Morreu nesta terça-feira (18) Maria Batista de Souza, mãe de José Garrote, presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial). Ela faleceu aos 88 anos.

De acordo com a assessoria da Adial Goiás, Maria Batista estava internada no Hospital do Coração Anis Rassi, em Goiânia, há 15 dias. A causa da morte não foi divulgada.

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O velório e enterro acontecem na manhã desta quarta-feira (19) no Cemitério Jardim das Palmeiras, que fica no setor Centro Oeste, em Goiânia.

Maria Batista deixa outros três filhos, Marília, Geovane e Rosana, além de&nbsp;vários netos e bisnetos. Ela era dona de casa, cozinheira e já tinha enfrentado um câncer.

A família descreve Maria Batista como “uma mulher guerreira que sempre enfrentou os desafios da vida com coragem e determinação”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/morre-ex-deputado-estadual-e-escritor-eurico-barbosa-dos-santos-1.3145735" target="_blank">Morre ex-deputado estadual e escritor Eurico Barbosa dos Santos</a> 
 
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<a href="https://opopular.com.br/cidades/morre-aos-94-anos-a-economista-maria-da-conceic-o-tavares-1.3144082" target="_blank">Morre aos 94 anos a economista Maria da Conceição Tavares</a></div>

A Adial Goiás também postou uma nota de pesar nas redes sociais para informar a morte de Maria Batista. “Sua presença era um porto seguro para seus filhos e netos, a quem dedicava um amor imenso e incondicional. Seu legado de carinho, dedicação e força ficará eternamente em nossas memórias”, diz o comunicado. &nbsp;

Morre mãe de José Garrote, presidente do Conselho da Adial

LUTO

Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Goiás devem entrar em greve nos próximos dias. A paralisação foi aprovada em assembleia realizada na sexta-feira (14).&nbsp;

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De acordo com o presidente da associação dos servidores do Ibama e ICMBio,&nbsp;Leo Caetano, além de Goiás outros 14 estados já aprovaram a greve depois que o Governo Federal, segundo ele, quebrou acordos e insiste em uma proposta&nbsp;que piora os níveis iniciais da carreira, o que prejudica, especialmente, os novos servidores.&nbsp;

<cite>Temos mais de 4 mil vagas ociosas, pouquíssimo pessoal sobrecarregado e nos últimos concursos a taxa de pessoas que entraram e saíram da carreira está em 25%, justamente porque a carreira é pouco valorizada”, explicou Leo Caetano, em entrevista ao POPULAR. &nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/desmatamento-em-novembro-cresce-238-no-cerrado-e-cai-68-na-amazonia-1.3090680" target="_blank">Desmatamento em novembro cresce 238% no cerrado, e cai 68% na amazônia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/entidades-se-movimentam-no-supremo-a-favor-de-leis-ambientais-goianas-1.3109382" target="_blank">Entidades se movimentam no Supremo a favor de leis ambientais goianas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/queimadas-ja-cresceram-70-em-goias-neste-ano-1.3143623" target="_blank">Queimadas já cresceram 70% em Goiás neste ano</a> 
&nbsp;</div>

O POPULAR&nbsp;entrou em contato com o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público para pedir um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.&nbsp;

A greve está marcada para o dia 24 de junho na maioria dos estados, mas alguns deixaram para 1º de julho. Eles pedem por melhorias na Carreira de Especialista em Meio Ambiente (CEMA) e no Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio Ambiente (PECMA).&nbsp;

<cite>Apesar de reduzirmos nossos pedidos na última resposta ao Governo, ele decidiu nos ignorar e encerrar a discussão. Entendemos que essa atitude prejudica a missão institucional, uma vez que piora a carreira, diminuindo a atratividade e o período que os servidores permanecem no serviço público. Treinamos pessoas, elas ficam um tempo e saem. Perdemos tempo e recursos. Pedimos mais concursos, reestruturação da carreira, valorização das pessoas com atividade de risco, entre outras coisas”, afirma Leo Caetano.&nbsp;</cite>

Com a greve da categoria, as superintendências, unidades técnicas, Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), gerencias regionais, Centros de Conservação e Unidades de Conservação ficarão com o atendimento ao público prejudicado. &nbsp;

<cite>Somente serviços essenciais que serão negociados com o Governo e haverá prejuízo no atendimento ao público.&nbsp; Especialmente licenciamento das grandes obras e fiscalização ambiental. Prejudica também a importação de veículos”, informou Leo Caetano.&nbsp;</cite>

<h2>Estados que aderiram:</h2>

<ul>
	<li>Acre;</li>
	<li>Bahia;</li>
	<li>Distrito Federal</li>
	<li>Espírito Santo;</li>
	<li>Goiás;</li>
	<li>Pará;</li>
	<li>Paraíba;</li>
	<li>Pernanbuco;</li>
	<li>Rio de Janeiro;</li>
	<li>Rio Grande do Norte;</li>
	<li>Rio Grande do Sul;</li>
	<li>Santa Catarina;</li>
	<li>São Paulo;</li>
	<li>Tocantins;</li>
	<li>Minas Gerais.</li>
</ul>

&nbsp;