Único centro de alta complexidade em oncologia (Cacon) do Estado, o Hospital Araújo Jorge, da Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), que atende mais de 90% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), receberá em 2026 um novo acelerador linear para o serviço de radioterapia. O equipamento de alta tecnologia vai ampliar o número de pacientes atendidos diariamente, a principal premissa do programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo Ministério da Saúde (MS) em maio deste ano.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Superintendente estadual do MS em Goiás, Lucas Betti de Vasconcelos lembrou durante a visita que o tempo de espera para atendimento é um dos grandes desafios do SUS, por isso a atenção prioritária da pasta para o Agora Tem Especialistas, com dez estratégias, entre elas prevenção, diagnóstico e controle do câncer. Até o ano que vem, o MS deve entregar em todo o País 121 aceleradores nucleares, entre eles o do Hospital Araújo Jorge. Atualmente, a unidade atende, somente no Serviço de Radioterapia, mais de 300 pacientes por dia e há uma fila de espera de 170 pessoas.

CEO do Araújo Jorge, Kleber Rosa elogiou o esforço de parlamentares que têm atuado para melhorar as condições de atendimento do hospital, entre eles a deputada federal Adriana Accorsi (PT), o deputado estadual Antônio Gomide (PT) e a vereadora por Goiânia, Aava Santiago (PSDB), todos presentes na cerimônia. Por três vezes, a vereadora esteve com o ministro Alexandre Padilha relatando a necessidade de um novo acelerador linear para o principal hospital oncológico do Centro-Oeste. A quebra de um desses equipamentos no início do ano deixou mais de 300 pacientes aguardando pelo tratamento.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/araujo-jorge-suspende-atendimento-de-radioterapia-para-novos-pacientes-1.3252285" target="_self">Araújo Jorge suspende atendimento de radioterapia para novos pacientes</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/suspens-o-de-produc-o-de-radiofarmacos-afeta-pacientes-de-cancer-1.3249181" target="_self">Suspensão de produção de radiofármacos afeta pacientes de câncer</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tratamento-de-radioterapia-e-afetado-no-hospital-araujo-jorge-apos-maquina-apresentar-defeito-e-pacientes-reclamam-1.3246524" target="_self">Tratamento de radioterapia é afetado no Hospital Araújo Jorge após máquina apresentar defeito, e pacientes reclamam</a></div>

Vice-presidente do Conselho de Administração do Araújo Jorge, Paulo Moacir de Oliveira Campoli explicou que o setor de radioterapia do hospital funciona com três máquinas há vários anos, período em que a população e o número de pacientes cresceram. Duas máquinas de radioterapia foram adquiridas com recursos próprios da ACCG há 12 anos e a outra veio do governo federal, já há 25 anos. “Ela tem uma defasagem imensa, tanto do ponto de vista de tecnologia quanto de capacidade de atendimento.” Foi esse equipamento que quebrou na virada do ano, deixando centenas de pacientes sem atendimento.

Conforme Paulo Moacir, o Araújo Jorge é uma instituição que praticamente carrega sozinha todo o volume de atendimento oncológico do SUS em Goiás. “A quarta máquina vai atender uma demanda reprimida que já temos, de 170 pacientes que estão aguardando para fazer o tratamento. Somente vamos reduzir essa fila de espera quando o novo equipamento estiver em funcionamento.” Para suprir a alta procura, o setor de radioterapia funciona 20 horas por dia e chegou a operar por 23 horas diárias quando houve a quebra da máquina mais antiga.

“Temos um déficit e temos demanda”, afirmou Kleber Rosa, ressaltando a importância da chegada do novo equipamento. O Hospital Araújo Jorge atende pacientes dos 246 municípios goianos e de outros Estados da região. O novo acelerador linear será adquirido pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que incentiva a captação de recursos para ações de prevenção, tratamento e combate ao câncer por meio de incentivo fiscal. Ou seja, empresas e pessoas físicas podem direcionar parte do Imposto de Renda para projetos aprovados pelo MS. O valor do novo acelerador linear aprovado pelo MS é superior a R$ 9,9 milhões.

<h2>Pacientes morrem sem conseguir tratamento</h2>

A visita de representantes do Ministério da Saúde (MS) ao Hospital Araújo Jorge representou, segundo seus dirigentes, o início do plano de expansão dos serviços de radioterapia. A unidade é a única de Goiás habilitada a oferecer tratamento radioterápico pelo SUS. Em 2024, foram 265.216 aplicações, média de 320 atendimentos diários. Secretária de Saúde de Araçu e presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems), Patrícia Fleury afirmou que há um grande gargalo e demanda reprimida. “Muitas vezes o paciente morre sem ter acesso ao serviço.”

O representante do MS em Goiás, Lucas Betti reforçou a importância do Super Centro para Diagnóstico do Câncer, parceria com o paulistano Hospital AC Camargo. O Super Centro vai reduzir de 25 a 5 dias o parecer para pacientes do SUS. A rede nacional, integrada com foco em telemedicina, tem capacidade para realizar até mil laudos por dia e 400 mil por ano. A estrutura, já em funcionamento, conta com uso de telepatologia, telelaudos e teleconsultoria.

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Nova máquina reforça radioterapia do Araújo Jorge a partir de 2026

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Programa nacional

No verde que se ergue entre colunas e janelas, o Palácio das Esmeraldas sussurra a história de Goiânia. Suas paredes refletem não apenas a luz do Cerrado, mas também as vozes de governantes, arquitetos, artistas e da própria cidade que nasceu ao seu redor. Adentrar o espaço é o mesmo que viajar no tempo. Personificado em texto teatral, adornado por vitrais que contam a saga da região, o palácio é mais que sede do poder: é símbolo de identidade de um Brasil Central que teima em crescer.

Em comemoração ao centenário do art déco no mundo, o POPULAR dá continuidade à série especial sobre as influências do movimento arquitetônico em Goiânia. Projetada nos anos 1930, a cidade incorporou o estilo em suas construções públicas e privadas, tornando-se uma das cidades brasileiras com maior número de obras nessa linguagem.

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Conheça mais sobre o movimento que faz parte da arquitetura e da história de Goiânia desde sua construção&nbsp;no&nbsp;g1 Goiás:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2022/08/17/cores-pasteis-e-construcoes-modernas-conheca-locais-com-arquitetura-art-deco-em-goiania.ghtml" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">Cores pastéis e construções modernas: Conheça locais com arquitetura Art Déco em Goiânia</a></li>
</ul>

O Palácio das Esmeraldas é, com toda a certeza, o maior ícone art déco de Goiânia. Demorou mais de cinco anos para ser construído e foi inaugurado em um grande baile promovido por Dona Gercina Borges no salão que leva seu nome, em 1938. A reportagem entrou no interior do palácio nesta semana e conta agora o que viu em suas salas, jardins, corredores e quartos que escondem memórias de uma Goiânia de outrora.

<img attr-cid="policy:1.3306130" attr-version="policy:1.3306130:1756504855" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3306130/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Projetado por ninguém menos que Attilio Corrêa Lima, o Palácio das Esmeraldas é um verdadeiro museu de arte e de história (Wildes Barbosa / O Popular)

Antes de mais nada, é preciso reiterar: o Palácio das Esmeraldas é a edificação mais bem preservada entre todos os prédios e monumentos citados nesta série especial, como o Teatro Goiânia e a Antiga Estação Ferroviária. O fato talvez se justifique por conta do seu uso contínuo e misto: além de servir como espaço administrativo para reuniões e eventos políticos, é também morada do governador Ronaldo Caiado e da primeira-dama Gracinha Caiado.

O prédio passou por um restauro em 2024 sob coordenação da Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional da Secult Goiás. Problemas hidráulicos foram sanados, além da reforma nas sacadas e fachada do edifício, que tem todas as dicotomias de uma construção dos anos 1930. “Fizemos uma extensa pesquisa para entender as problemáticas e promover um retorno ao passado do ícone art déco de Goiânia”, salienta a gerente de projetos da pasta, a arquiteta Melissa Alves.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/corac-o-da-cidade-praca-civica-reune-maior-conjunto-art-deco-de-goiania-1.3303296" target="_self">Coração da cidade, Praça Cívica reúne maior conjunto art déco de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/lyceu-de-goiania-e-o-ifg-mostram-como-o-art-deco-caminhou-pelas-instituic-es-de-ensino-na-capital-1.3300568" target="_self">Lyceu de Goiânia e o IFG mostram como o art déco caminhou pelas instituições de ensino na capital</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/de-portas-fechadas-desde-maio-grande-hotel-preserva-a-historia-de-uma-goiania-em-construc-o-1.3297914" target="_self">De portas fechadas desde maio, Grande Hotel preserva a história de uma Goiânia em construção</a></div>

<h2>Interior</h2>

Por dentro da fachada esverdeada que cria contraste com o céu de Goiânia, o palácio é dividido em três pavimentos muito bem estruturados. O primeiro, o térreo, é destacado pelo Salão Verde, local para reuniões, homenagens, cerimônias de posse, recepções oficiais e conferências. Chama a atenção o mobiliário de madeira em formato oval para os encontros, além de uma obra de arte em grande dimensão assinada pelo artista visual goiano Dek, de 1992.

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De uso misto, o Palácio é, ao mesmo tempo, sede do governo e casa do governador e da primeira-dama (Wildes Barbosa / O Popular)

Por lá há um painel que toma conta de toda a parede ilustrado por uma foto da época da construção da <a href="https://opopular.com.br/magazine/corac-o-da-cidade-praca-civica-reune-maior-conjunto-art-deco-de-goiania-1.3303296" target="_self">Praça Cívica</a> com os dizeres embutidos em letras garrafais de Adolpho Boari, pedreiro da época: “Uma cidade aqui, meu Deus? Saí de Lavras, Minas Gerais. A cidade era quase um deserto. A Avenida Goiás era só um risco lamacento no Cerrado. Fui ficando, virei goiano, ou melhor, goianiense. E se falo com orgulho daquela época é porque eu seria capaz de começar tudo de novo”.

O térreo também é marcado pelo Salão Dona Gercina Borges, espaço que presta uma homenagem às primeiras-damas de Goiás. Recheado de mobiliário de décadas passadas e obras de arte, o cômodo é constantemente usado para cerimônias de lançamentos, eventos políticos e culturais. Em maio deste ano, por exemplo, Siron Franco inaugurou a instalação Solo Goiano, hoje em cartaz no Palácio Conde dos Arcos, antigo palácio do governo na primeira capital.

Os acessos ao segundo e terceiro pisos se dão por meio do primeiro elevador instalado em Goiás. Foi um acontecimento na época. Com desenhos fundidos em cobre de figuras indígenas, o elevador foi construído em frente aos vitrais coloridos que criam um jogo de cores e formas em todo o corredor. Por lá existem salas e antessalas, gabinetes e escritórios, salas de jantar e de chá, e uma pequena capela, sempre iluminadas por grandes lustres de cristais ou de vidros esculpidos.

O terceiro andar, que dá acesso à sacada privilegiada e mais alta do edifício, com vista para toda a Praça Cívica, guarda os aposentos do governador e da primeira-dama. Há quartos paralelos em tamanhos reduzidos, usual da época, além de sala de jantar onde Ronaldo e Gracinha costumam tomar o café da manhã. Entre longos corredores, o que mais chama a atenção é o arrojo arquitetônico criado em uma época de limitações construtivas. Uma obra-prima que podia ser vista de longe.

<h3>“O Palácio é a nossa casa”</h3>

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O jardim do Palácio apresenta fontes e postes que remetem aos da Av. Goiás; há também as jabuticabeiras de Gercina Borges e instalações como academia e cinema privativo(Wildes Barbosa / O Popular)

Como habitar um palácio e construir identidade de lar em um local que é, ao mesmo tempo, casa e sede do governo? Quem pode responder à curiosidade de muitos é Gracinha Caiado, primeira-dama que avisa de antemão: “Moramos no Palácio desde o primeiro dia de governo. Com o passar dos anos eu acabei me acostumando. Nós realmente moramos no Palácio, é a nossa casa”.

O governador Ronaldo Caiado tomou posse no dia 1º de janeiro de 2019. Desde então a família ocupa os aposentos do local e tenta fazer do edifício histórico um verdadeiro lar. Já se vão sete anos. Os moradores até que tentaram deixar os cômodos com suas caras. É possível ver isso em parte do mobiliário, nos porta-retratos de família, arranjos florais com muitas orquídeas brancas e o altar com imagens de inúmeros santos católicos, entre eles, de Nossa Senhora das Graças, que o casal é devoto.

“Vou sentir mais saudade da equipe do que das próprias instalações do imóvel. É um pessoal muito importante para a manutenção e cuidado que um palácio precisa ter”, reitera Gracinha. Trata-se de uma equipe de colaboradores de diversas áreas, como segurança, limpeza, cozinha e almoxarifado. “Particularmente eu acho um lugar lindo, passo as festas de família aqui. Tem um salão na parte de cima onde fico com minhas filhas, passo um tempo. Guardamos muitas memórias ao longo dos anos”, completa a primeira-dama.

De fato, foi no Palácio das Esmeraldas que a família precisou se isolar durante a pandemia em 2020. Foi lá também que comemoraram os natais e outros festejos familiares. Mas existe um cantinho do prédio que Gracinha tenha um apreço mais? Ela responde sem pestanejar: “Eu adoro o jardim, muito pelo fato de gostar de natureza. Acho lindo. Tomo café na mesa que montamos lá”, conta.

O jardim é a cereja do bolo de toda a espacialidade art déco que o palácio mantém em seu projeto arquitetônico. Com muitos elementos paisagísticos franceses que remetem ao Palácio de Versalhes, além dos postes que lembram os da Av. Goiás, há espécies da flora e quem se diverte mesmo por ali são os cachorros da família. Perto dali há ainda um cinema privativo, que está fechado para manutenção, e uma academia de ginástica. Um espaço mais isolado do jardim guarda as jabuticabeiras que, reza a lenda, foram plantadas pela própria Gercina Borges. É história em todo canto.

<h3>Luzes do Cerrado</h3>

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Os vitrais coloridos foram criados pelo artista russo Conrado Sorgenicht (Wildes Barbosa / O Popular)

Um detalhe chama a atenção em todo o Palácio das Esmeraldas: os vitrais criados pelo artista russo Conrado Sorgenicht. Espalhados pelos pavimentos, fazem um interessante jogo de luz nos corredores e retratam a história social, cultural e econômica de Goiás. Há elementos como cavalos, indígenas, carros-de-boi, bandeirantes e ícones da fauna e flora do Cerrado. É como se a história goiana estivesse sendo contada por meio do reflexo do vidro.

Não apenas os vitrais colorem o prédio. Obras de arte de artistas, muito goianos, também fazem dos corredores do palácio um verdadeiro museu. Nomes como D.J. Oliveira e Juca de Lima decoram as paredes do imóvel. O prédio em si, projetado por Attilio Corrêa Lima, é uma joia da arquitetura brasileira. Terminou de ser construído pelos irmãos Coimbra Bueno. Foi palco de importantes episódios da política goiana, como em 1961, quando aviões das forças armadas sobrevoaram o palácio para intimidar Mauro Borges e fazê-lo renunciar ao governo.

Anos mais tarde, o edifício também ficaria marcado como o palco do lançamento do movimento das Diretas Já em comício realizado na porta do local. No livro Os Inquilinos da Casa Verde, o jornalista Hélio Rocha reconta a trajetória do Palácio das Esmeraldas desde Pedro Ludovico até Marconi Perillo, com entrevistas e relatos curiosos sobre política e sociedade.

Curiosamente o palácio foi concebido como personagem da peça de teatro Goiânia, do poeta Vasco dos Reis Gonçalves, que estreou em 1938 no Cine-Teatro Campinas. O musical celebra a identidade de Goiás e o palácio é um personagem da trama: “Minha cor verde relembra tal qual a cor do Cerrado, a terra que me viu nascer”, ele canta.

Conheça os segredos do Palácio das Esmeraldas, referência do art déco goiano

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Esmeraldas ao Sol

Quem percorre hoje as avenidas de Goiânia talvez não tenha ideia de como a cidade começou a ser traçada no papel e erguida no chão vermelho do Cerrado há menos de um século. Um mergulho nesse tempo inaugural é justamente o que propõe a exposição Acervos de Urbanismo: Coimbra Bueno e Joaquim Guedes, que reúne documentos, fotos e registros raros da construção da capital no final da década de 1930. A mostra, com coordenação da professora Sandra Pantaleão, fica aberta para visitação até 23 de outubro, na Galeria da PUC Goiás, localizada na Área 3. A entrada é gratuita.

Organizada por docentes da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP), a exposição apresenta acervos da empresa Coimbra Bueno &amp; Cia. Ltda pouco conhecidos do público. Fundado em 1933 pelos irmãos e engenheiros Jerônimo e Abelardo Coimbra Bueno, o grupo foi responsável pela construção de Goiânia e por vários planos e projetos para diversas outras cidades, além de ter participado ativamente do movimento de transferência da capital nacional para Brasília e também de discussões sobre ocupação no Brasil Central.

Já o arquiteto e urbanista Joaquim Guedes atuou, desde a sua graduação em 1954, em obras de arquitetura, planos de urbanismo e na concepção de cidades como Caraíba (BA), Carajás (PA) e Marabá (PA). Professor titular da FAU/USP, esteve presente em debates sobre o planejamento urbano no País e integrou diferentes conselhos e entidades de classe. Reconhecido pela produção crítica e criativa, recebeu prêmios nacionais e internacionais ao longo da carreira. Responsável por mais de 500 projetos, chegou a disputar com Oscar Niemeyer o concurso para a construção de Brasília.

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&nbsp;(Diomício Gomes / O Popular)

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Na mostra, o visitante terá acesso a plantas originais, fotografias, publicações em jornais, relatórios e outros documentos que ajudam a entender não só a fundação da capital, mas também os debates sobre urbanismo no Brasil do século 20. Outra proposta é ampliar o debate sobre recepção, catalogação, manutenção, organização e preservação de documentos fundamentais para a memória da cidade geridos por laboratórios e centros de documentação universitários. O projeto foi contemplado em 2024 pelo edital de patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO).

“É uma volta no tempo. São muitos documentos e acredito que o visitante ficará pelo menos umas duas horas para absorver todas as informações que estão expostas na galeria. Além disso, tem mídias interativas e um documentário em que o Hélio de Oliveira, pioneiro da fotografia em Goiânia, fala sobre a construção da cidade e as memórias da população. É um acervo muito rico”, adianta a coordenadora Sandra Pantaleão. A mostra está vinculada ao seu pós-doutorado e soma às pesquisas que ela desenvolve no grupo Cidade, Morfologia, Paisagem e Arquitetura (CIMPARQ/PUC Goiás).

Outra parte bastante curiosa da mostra são as fichas originais dos trabalhadores que participaram da construção de Goiânia. A coleção completa conta com 900 documentos, mas por uma questão de espaço, nem todas foram expostas. “Além das personalidades conhecidas na história, temos registros daqueles que efetivamente estiveram ali na lida para que a capital pudesse ser construída. Pode ser que muita gente encontre os seus antepassados”, ressalta Sandra. O acervo, além de emocionar, ajuda a dar visibilidade a homens e mulheres que deixaram suas marcas na história da cidade.

<img attr-cid="policy:1.3306091" attr-version="policy:1.3306091:1756500998" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3306091/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
&nbsp;(Diomício Gomes / O Popular)

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A coordenação da exposição também realizou uma pesquisa no Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (Cedoc) do POPULAR, reunindo o que foi publicado sobre os irmãos Coimbra Bueno entre 1938 e 1942. O levantamento contempla desde reportagens sobre a atuação deles em outras cidades, como Cuiabá e Curitiba, até propostas de novos projetos urbanísticos. “São páginas que evidenciam a relevância histórica do jornal que nasceu praticamente junto com a cidade e acompanha de perto momentos simbólicos como o batismo cultural, a inauguração e o crescimento de Goiânia”, pontua Sandra.

A exposição é organizada pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica e de Artes, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em História da PUC Goiás. Também integram a iniciativa o Centro de Documentação e Informação e Arte (Cediarte) e o Laboratório de Arquivos Urbanos (LabArquivo) da FAU/UnB. Da Universidade de São Paulo, participam a Seção Técnica de Materiais Iconográficos, o Laboratório de Planejamento (LABPLAN) e o Centro de Referência da Cultura Arquitetônica Paulista (CRCAP), todos vinculados à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP). Antes de Goiânia, o projeto passou por Brasília.

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SERVIÇO

Exposição: Acervos de Urbanismo: Coimbra Bueno e Joaquim Guedes

Visitação: 

Até 23 de outubro, das 9 às 12 horas, das 17h às 21h30; aos sábados das 9 às 12 horas

Local:

Galeria da PUC Área 3 / Avenida Universitária nº 1.440, Setor Universitário

Entrada gratuita

Exposição traz documentos históricos da construção de Goiânia

Memória urbana

<img attr-cid="policy:1.3306077" attr-version="policy:1.3306077:1756499482" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3306077/Proporção para foto do site (43).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Foto da 1ª edição do Desafios de Areia e da Gabriella Moura que estará no Desafios de Areia (Divulgação/All Marketing Digital e Fábio Lima/O Popular)

Acontece neste final de semana em Goiânia o <a href="https://opopular.com.br/esporte/o-popular-realiza-2-edic-o-do-desafios-da-areia-de-beach-tennis-veja-data-e-como-se-inscrever-1.3294849">torneio de beach tennis que irá distribuir R$ 12 mil em prêmios</a> para as duplas campeãs e vice-campeãs das categorias Pro/A, B, C e D, nos naipes feminino e masculino. A 2ª edição do Desafios de Areia ocorrerá nos dias 30 e 31 de agosto, das 8h às 22h, na Arena Tucan, no Jardim América.&nbsp;&nbsp;

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O POPULAR mostrou que os atletas <a href="https://opopular.com.br/esporte/desafios-de-areia-de-beach-tennis-distribui-r-12-mil-em-premiac-o-veja-como-se-inscrever-1.3303391" target="_self">vinham se preparando para o torneio com grande expectativa</a>. Gabriella Moura, de 23 anos, pratica beach tennis há dois anos e disputará pela primeira vez o torneio.&nbsp;

Para ela, participar desta edição do Desafios da Areia será muito especial. “Estou subindo de categoria aos poucos, com paciência, e isso me mostra o quanto é importante nunca desistir de ser melhor do que a gente mesmo", disse.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/desafios-de-areia-de-beach-tennis-distribui-r-12-mil-em-premiac-o-veja-como-se-inscrever-1.3303391" target="_self">Desafios de Areia de beach tennis distribui R$ 12 mil em premiação; veja como se inscrever</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/o-popular-realiza-2-edic-o-do-desafios-da-areia-de-beach-tennis-veja-data-e-como-se-inscrever-1.3294849" target="_self">O Popular realiza 2ª edição do Desafios da Areia, de beach tennis; veja data e como se inscrever</a></div>

Heverton Silva, de 37 anos, pratica o esporte há um ano e meio, já foi campeão de torneios, mas disputará o Desafios da Areia pela primeira vez. Ele vem do interior com um grupo de atletas para o evento.

Frécia Melo, de 37 anos, joga beach tennis há pouco mais de um ano. Em fevereiro do ano passado, participou do seu primeiro torneio e, sem nunca ter feito uma aula, acabou conquistando o lugar mais alto do pódio. Desde então, sua paixão pelo esporte só cresceu.

<h2>Alto nível técnico</h2>

O evento conta com alto nível técnico e organização profissional com assessoria técnica de Daniella Cruvinel (Barra Beach Tennis) e arbitragem geral de Stefani Schettino (Federação Goiana de Tênis). &nbsp;

<h2>Premiações</h2>

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&nbsp;

Pro: feminino e masculino

<ul>
	<li>1° lugar - R$ 2 mil</li>
	<li>2° lugar -&nbsp;&nbsp;R$ 2 mil</li>
</ul>

A: Feminino e Masculino

<ul>
	<li>1° lugar - R$ 1 mil</li>
	<li>2° lugar -&nbsp;&nbsp;R$ 500</li>
</ul>

B: Feminino e Masculino

<ul>
	<li>1° lugar - R$ 700&nbsp;</li>
	<li>2° lugar -&nbsp;&nbsp;R$ 300</li>
</ul>

C: Feminino e Masculino

<ul>
	<li>1° lugar - R$ 300&nbsp;</li>
	<li>2° lugar -&nbsp;&nbsp;R$ 200</li>
</ul>

O&nbsp;1° e&nbsp;2° também receberá trofeu em todas as categorias.

O Desafios de Areia Beach Tennis é uma realização do Jornal O Popular, com patrocínio da Unimed Goiânia e Frutos de Goiás, além do apoio da Schweppes, CMO Construtora e Arena Tucan.&nbsp;

<h2>Desafios de Areia&nbsp;</h2>

<ul>
	<li>Data: 30 e 31/08&nbsp;</li>
	<li>Horário: das 08h às 22h &nbsp;</li>
	<li>Local: Arena Tucan - Av. C-197, 1430 - Jardim América, Goiânia&nbsp;</li>
	<li>Realização: O Popular &nbsp;</li>
	<li>Assessoria Técnica: Daniella Cruvinel&nbsp;&nbsp;</li>
	<li>Arbitragem Geral: Stefani Schettino &nbsp;</li>
</ul>

&nbsp;

&nbsp;

Torneio de beach tennis acontece neste final de semana com R$ 12 mil em prêmios

disputa

CHUVA_POP_AGOSTO_2025

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Choveu em Goiânia e na Região Metropolitana da capital, na tarde desta sexta-feira (29). Apesar do baixo volume e pouca duração, foi possível aliviar o calor, segundo moradores: “Ficou aquele cheiro bom de terra molhada. Tomara que continue”, disse a advogada Priscila Pulcineli, que mora no Setor Vila dos Alpes e registrou o momento da chuva (veja o vídeo acima). Áreas de instabilidade também foram registradas no Setor Recanto do Bosque, e em Trindade.

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Segundo a coordenadora do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Alves Ferreira, uma rápida frente fria e os ventos fortes colaboraram para a presença da chuva.

<cite>Essa condição foi favorecida pela convergência de umidade, a passagem rápida dessa frente fria, que trouxe essa instabilidade. Como na superfície estava bastante seco, e essa condição de umidade em altitude foi mais intensa, os ventos favoreceram a convergência dessa umidade, acabou ocorrendo aí a chuva", explicou.</cite>

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O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, afirmou que houve registro de 0,2 milímetros na região noroeste de Goiânia.

<cite>No período da tarde tivemos o aumento da nebulosidade como podemos ver na imagem de satélite, isso favorece a formação de áreas de instabilidade”, acrescentou o gerente.</cite>

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Imagens de satélite mostra aumento da nebulosidade no estado. Outro gráfico aponta volume de chuva na Grande Goiânia (Reprodução / Cimhego)

A previsão para sábado (30) é de predomínio de sol e calor no período da tarde, de acordo com o prognóstico do Cimhergo. A umidade relativa do ar, por sua vez, apresentará uma queda acentuada no período da tarde, indicando um ar mais seco e prejudicial à saúde, conforme o instituto.

Em Goiânia, a temperatura máxima poderá chegar aos 34 °C e umidade relativa do ar variando entre 14% a 60%. O estado continua em nível de alerta devido a umidade relativa do ar estar abaixo de 20%.