<a href="https://opopular.com.br/cidades/contrato-com-a-fundahc-deve-ser-reduzido-em-pelo-menos-27-2-1.3217224" target="_blank">https://opopular.com.br/cidades/contrato-com-a-fundahc-deve-ser-reduzido-em-pelo-menos-27-2-1.3217224</a>Dez leitos intensivos para adultos do Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) serão desbloqueados para a regulação municipal com a assinatura do novo contrato entre a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). Ao todo, são <a href="https://opopular.com.br/cidades/saude-descarta-ampliac-o-de-utis-para-criancas-cardiopatas-em-goias-1.3226287" target="_blank">20 leitos</a> do tipo na unidade. Entretanto, desde que a Prefeitura de Goiânia passou a acumular dívidas com a fundação, eles ficaram restritos às mulheres pacientes da própria unidade. Agora, metade será liberada. Nesta sexta-feira (7), conforme o painel de monitoramento da SMS, apenas dois estavam ocupados.

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O novo contrato entre a Prefeitura e a Fundahc irá diminuir de R$ 20,5 milhões para R$ 12,3 milhões por mês, uma redução de 40%, e terá duração de 120 dias. “O que foi demandado foi totalmente incorporado na proposta. Isso mostra a flexibilidade desse convênio. Nesses 120 dias, nós vamos avaliar como está sendo a entrega desse serviço”, diz a diretora-executiva da Fundahc, Lucilene Maria de Sousa.

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A diretora-executiva da Fundahc, Lucilene Maria de Sousa, e o assessor corporativo Rogério de Paula (Wesley Costa / O Popular)

O desejo da SMS de chegar a esse valor já havia sido adiantado pelo POPULAR em reportagem publicada na edição de 7 de janeiro. O novo plano de trabalho foi enviado pela Fundahc para a SMS e depende ainda da aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) para a assinatura do <a href="https://opopular.com.br/cidades/contrato-com-a-fundahc-deve-ser-reduzido-em-pelo-menos-27-2-1.3217224" target="_blank">novo contrato</a>. A expectativa da fundação é de que todo o trâmite seja finalizado até o final deste mês.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/justica-volta-a-bloquear-recursos-da-saude-de-goiania-para-repasse-de-r-11-7-milh-es-a-fundahc-1.3222876" target="_blank">Justiça volta a bloquear recursos da Saúde de Goiânia para repasse de R$ 11,7 milhões à Fundahc</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/contrato-com-a-fundahc-deve-ser-reduzido-em-pelo-menos-27-2-1.3217224" target="_blank">Contrato com a Fundahc deve ser reduzido em pelo menos 27,2%</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/fundach-paga-salarios-e-greve-e-encerrada-nas-maternidades-de-goiania-1.3212204" target="_blank">Fundach paga salários e greve é encerrada nas maternidades de Goiânia</a></div>

A suspensão da regulação para esses leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) adulto da Célia Câmara ocorreu no final de agosto de 2024, quando as maternidades passaram a oferecer apenas atendimentos de urgência e emergência justamente por conta do débito acumulado por parte da SMS. Ao longo do último mês, a <a href="https://opopular.com.br/cidades/fundach-paga-salarios-e-greve-e-encerrada-nas-maternidades-de-goiania-1.3212204" target="_blank">Fundahc </a>e a SMS têm se reunido para discutir a readequação no valor do contrato, o que já foi aprovado pelo CMS, e o escopo do novo plano de trabalho.

Ao POPULAR, o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, diz que a negociação foi importante para que a SMS não aumente ainda mais a dívida com a Fundahc e comemora a reabertura dos leitos. “Antes, se tivesse uma paciente em um Cais precisando de um leito assim, não podia fazer a regulação. Agora, será possível”, esclarece.

Pela readequação, a maternidade com o maior corte de repasse será justamente a HMMCC: de R$ 10 milhões para R$ 4,1 milhões. O Hospital e Maternidade Dona Iris (HDMI) deixará de receber R$ 7,6 milhões para R$ 6,2 milhões. Já a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) passará de R$ 2,9 milhões para R$ 1,9 milhão.

Para conseguir reduzir o valor do contrato em 40%, o corte ocorreu, principalmente, nos atendimentos eletivos. Na Nascer Cidadão - que atende a região Noroeste de Goiânia e faz partos de complexidade mais baixa -, haverá o remanejamento dos atendimentos eletivos via complexo regulador. Na Célia Câmara e na Dona Iris - que acompanham gestantes com maior complexidade -, a urgência seguirá em funcionamento, mas os atendimentos eletivos, inclusive as cirurgias, serão suspensos.

O cenário não é muito diferente do que já é encontrado atualmente nas duas unidades. Para se ter ideia, do final de agosto (quando as maternidades começaram a ofertar apenas atendimentos de urgência) até agora, cerca de 32 mil atendimentos eletivos (consultas, procedimentos e exames) deixaram de ser realizados nas três maternidades.

Além disso, alguns serviços acontecerão exclusivamente em determinadas unidades. O serviço de laboratório das maternidades ficará concentrado na Dona Íris. Dessa forma, as outras unidades deverão coletar os materiais e enviar para lá, para que sejam processados. A Dona Iris também passará a ofertar exames de apoio ao diagnóstico (raio-x e ultrassom, por exemplo) apenas para pacientes atendidas pela urgência. Até então, também havia oferta desses exames para a regulação. Além disso, a Dona Iris será a única das três maternidades a oferecer mamografias para o complexo regulador. O mesmo acontecerá com a Célia Câmara, mas em relação às tomografias.

<h2>Dívida</h2>

O novo contrato não inclui a negociação do passivo da Prefeitura com a Fundahc. Segundo Lucilene, o débito da Prefeitura com a fundação já gira em torno de R$ 200 milhões, valor que cresceu consideravelmente desde o ano passado. Há meses o município não consegue fazer o repasse integral de R$ 20,5 milhões por mês para a Fundahc. Em janeiro, por exemplo, de acordo com o portal da transparência da Prefeitura, foram repassados apenas R$ 12,4 milhões, excluindo os repasses referentes ao pagamento do piso da enfermagem.

De acordo com a diretora-executiva da Fundahc, a situação tem afetado diretamente o pagamento de fornecedores, já que a prioridade é dada para a folha de pagamento. “Situação muito difícil”, pondera ela, que diz que a fundação apostou na economia de escala para elaborar o novo plano de trabalho.

Ao mesmo tempo, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), tece críticas ao custo do contrato desde que assumiu a administração municipal. A mais recente foi feita na última terça-feira (4), ocasião em que disse que o contrato seria cortado em 40% porque “não tem cabimento naquele custo”. Na oportunidade, ele voltou a dizer que cada parto feito nas maternidades estaria custando R$ 25 mil. A informação já foi refutada pela Fundahc anteriormente.

A fundação diz que o valor por parto é de R$ 3,1 mil e que já comprovou esse montante em reuniões com a nova gestão. Juntas, as três maternidades realizam cerca de 880 partos por mês. Lucilene destaca ainda o caráter educativo da fundação, que oferce residências médicas nas unidades.

<h3>Estado</h3>

Mesmo com a redução no custo do <a href="https://opopular.com.br/cidades/fundach-paga-salarios-e-greve-e-encerrada-nas-maternidades-de-goiania-1.3212204" target="_blank">contrato com a Fundahc</a>, o secretário municipal de Saúde de Goiânia conta que vai procurar a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) para discutir a possibilidade de se criar um plano de fortalecimento por conta da quantidade de partos de pacientes do interior que a capital realiza.

De acordo com Pellizzer, Goiânia faz cerca de 5 mil partos por ano de pacientes vindas do interior. Segundo ele, o plano de fortalecimento poderia render em torno de R$ 2 milhões por mês para os cofres do município, ou seja, cerca de R$ 24 milhões por ano. “Já ajudaria muito. Estamos com uma situação financeira difícil e precisamos da ajuda do Estado”, avalia.

Questionado pela reportagem sobre o assunto, o secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, explicou que ainda não chegou até a pasta nenhuma proposta da Saúde Goiânia para cofinanciamento de maternidades.

Novo contrato com a Fundahc devolverá 10 leitos de UTI para a regulação municipal

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Matéria - Cidades

Saúde

Em meio a movimentações da Prefeitura de Goiânia para a abertura de novos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) na capital por conta da sobrecarga na rede municipal de Saúde, 10 leitos do tipo que estavam sem uso há pouco mais de seis meses no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMCC) foram reativados. O motivo da ociosidade é a dívida da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). Na última sexta-feira (14), a administração municipal fez um repasse de R$ 14,7 milhões para a fundação. O dinheiro foi usado, principalmente, para arcar com os custos da folha de pagamento.

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A suspensão da regulação para esses leitos de UTI adulto da Célia Câmara ocorreu no final de agosto de 2024, quando as maternidades da capital passaram a oferecer apenas atendimentos de urgência e emergência, justamente por conta do débito acumulado por parte da SMS. Atualmente, a dívida gira em torno de R$ 200 milhões.

De acordo com o painel de monitoramento dos leitos de UTI da Prefeitura, atualmente a Célia Câmara oferece 20 vagas, sendo 10 para adultos e 10 para bebês. No início da tarde deste domingo (14), os 10 leitos de UTI neonatal e 6 leitos de adulto estavam ocupados. Apesar de a reabertura dos 10 leitos de UTI adulto acontecer oficialmente nesta segunda-feira (17), O POPULAR apurou que eles começaram a funcionar no sábado (15).

Até semana passada, a Célia Câmara não recebia nenhum paciente via regulação da rede municipal. Dos 20 leitos de UTI adulto, apenas 10 funcionavam e, de acordo com a Fundahc, serviam para “atender apenas pacientes internos da unidade”. O mesmo vale para os 10 leitos de UTI neonatal. Nos demais leitos - enfermarias e Unidades de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) - são admitidos apenas aqueles que chegam ao pronto-socorro, dentro do perfil de urgência e emergência. A partir de agora, para além dos 10 leitos de UTI destinados para demanda interna, a unidade de saúde voltará a oferecer 10 leitos do tipo para a regulação municipal.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-mortes-a-espera-de-vagas-dez-leitos-de-uti-s-o-anunciados-para-goiania-1.3239703" target="_blank">Após mortes à espera de vagas, dez leitos de UTI são anunciados para Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/falta-de-leitos-de-uti-para-pacientes-foi-causada-por-alta-demanda-durante-carnaval-diz-mabel-1.3239454" target="_blank">Falta de leitos de UTI para pacientes foi causada por alta demanda durante carnaval, diz Mabel</a></div>

A assessoria do deputado estadual Mauro Rubem (PT) esteve na unidade de saúde na última quarta-feira (12) e registrou, em foto e vídeo, os leitos vazios. No início do mês passado, reportagem do POPULAR já havia mostrado que 10 dos 20 leitos intensivos para adultos na Célia Câmara seriam desbloqueados para a regulação municipal com a assinatura do novo contrato entre a SMS e a Fundahc. A reabertura dos leitos aconteceu mesmo com o trâmite documental parado (leia mais abaixo).

Crise

Em 9 de fevereiro, O POPULAR mostrou que a Prefeitura avaliava a possibilidade de reduzir o número de maternidades na capital. Um dia depois, em entrevista concedida ao jornal, o prefeito Sandro Mabel (UB) descartou a transformação da unidade em um hospital geral, mas afirmou que discutia ampliar o perfil de atendimento da unidade de saúde. Na ocasião, ele disse que ainda está em avaliação quais outros tipos de atendimentos podem ser feitos no local, que está com mais da metade da infraestrutura sem utilização.

Os leitos da Célia Câmara estão sendo reabertos em um momento delicado para a Saúde da capital. Depois de uma crise que levou à queda do último secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, ainda na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD), neste ano a rede municipal de Saúde voltou a sofrer com a escassez de leitos. Uma série de reportagens recentes da TV Anhanguera evidenciou a situação. Neste mês, duas mulheres morreram enquanto aguardavam por uma vaga: Grazielle Silva de Souza, de 25 anos, e Lucia Helena Pereira Magalhães, de 60 anos.

Vale destacar que, no final de janeiro deste ano, o Hospital Santa Rosa, localizado no Setor Campinas, anunciou o encerramento das atividades depois de 70 anos de existência em Goiânia. O motivo foi justamente a dificuldade financeira decorrente da não quitação de débitos por parte da Prefeitura. O Santa Rosa era responsável por ofertar seis leitos de UTI adulto para a rede municipal.

O prefeito chegou a dizer que a falta de leitos de UTI se justificava por conta da alta demanda por vagas durante o carnaval e por conta do aumento de casos de bronquiolite. Após as mortes, Mabel abriu 10 novos leitos de UTI na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia na última quinta-feira (13). Neste domingo, de acordo com o painel de monitoramento dos leitos de UTI da Prefeitura, dos 113 leitos de UTI adulto da capital, 93,8% estavam ocupados. Dentre os 74 leitos de UTI neonatal, a ocupação era de 98,6%. 
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Novo contrato sequer foi assinado 
Ainda não foi assinado o novo contrato que irá diminuir o repasse da Prefeitura de Goiânia para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) de R$ 20,5 milhões para R$ 12,3 milhões por mês, uma redução de 40%, e terá duração de 120 dias. O desejo da SMS de chegar a esse valor já havia sido adiantado pelo POPULAR em reportagem publicada na edição de 7 de janeiro.&nbsp;

O anúncio do novo contrato foi feito em meados de fevereiro e a expectativa era de que todo o trâmite fosse finalizado até o final do mês passado. Entretanto, até agora, não houve assinatura. Em nota, a Fundahc informou que a readequação dos novos planos de trabalho está em tramitação. Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) comunicou que “a secretaria solicitou à fundação adequações nos novos planos de trabalho apresentados para a gestão das maternidades e aguarda o reenvio dos documentos para assinatura do novo termo aditivo”.

Em reportagem publicada em 7 de fevereiro, O POPULAR mostrou que o novo plano de trabalho havia sido enviado pela Fundahc para a SMS, mas ainda dependia da aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) para a assinatura do novo contrato. Questionado, o presidente do CMS, Venerando Lemes, explicou que o documento ainda não chegou ao conselho. “Estamos aguardando, até porque nós aprovamos (o novo valor do contrato) com a condição da apresentação deste para nossa avaliação”, ponderou.

Pela readequação, a unidade com o maior corte de repasse será justamente o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara: de R$ 10 milhões para R$ 4,1 milhões. O Hospital e Maternidade Dona Iris (HDMI) deixará de receber R$ 7,6 milhões para R$ 6,2 milhões. Já a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) passará de R$ 2,9 milhões para R$ 1,9 milhão. Para conseguir reduzir o valor do contrato em 40%, o corte ocorreu, principalmente, nos atendimentos eletivos, cenário que não difere do que já é encontrado nas unidades de saúde.

Hospital Célia Câmara reabre 10 leitos de UTI após mais de 6 meses desativados

A Prefeitura de Goiânia avalia a possibilidade de <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/justica-volta-a-bloquear-recursos-da-saude-de-goiania-para-repasse-de-r-11-7-milh-es-a-fundahc-1.3222876" target="_blank">reduzir o número</a> de maternidades na capital. O intuito é otimizar a rede de atendimento. Na última semana, ficou acordado que o contrato entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) irá diminuir de R$ 20,5 milhões para R$ 12,3 milhões por mês, uma redução de 40%. Mesmo assim, nos bastidores, o fechamento ou a mudança de perfil de uma das três unidades existentes ainda é ventilado, sem definição clara de qual maternidade seria afetada.

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O POPULAR conversou com profissionais que acompanham o cenário do atendimento materno-infantil na capital e a avaliação da maioria, inclusive técnicos da SMS, é de que a capital consegue operar com apenas duas das três maternidades em funcionamento. O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) é a maior das três unidades e também a que mais custa para os cofres públicos. Atualmente, o repasse é de R$ 10 milhões para o funcionamento do local, mas o valor cairá para R$ 4,1 milhões por mês com o novo contrato.

Parte do custeio da Célia Câmara vem do governo federal. Uma portaria do final de abril de 2024 estabeleceu o repasse de R$ 77,8 milhões por ano - R$6,4 milhões/mês - para a Célia Câmara por parte do Ministério da Saúde. O montante chega via financiamento da Média e Alta Complexidade (MAC).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-contrato-com-a-fundahc-devolvera-10-leitos-de-uti-para-a-regulac-o-municipal-1.3228982" target="_blank">Novo contrato com a Fundahc devolverá 10 leitos de UTI para a regulação municipal</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/justica-volta-a-bloquear-recursos-da-saude-de-goiania-para-repasse-de-r-11-7-milh-es-a-fundahc-1.3222876" target="_blank">Justiça volta a bloquear recursos da Saúde de Goiânia para repasse de R$ 11,7 milhões à Fundahc</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/contrato-com-a-fundahc-deve-ser-reduzido-em-pelo-menos-27-2-1.3217224" target="_blank">Contrato com a Fundahc deve ser reduzido em pelo menos 27,2%</a></div>

O recurso foi conquistado sob a gestão do ex-secretário municipal de Saúde, <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-secretario-de-saude-assinou-convenio-de-forma-definitiva-e-determinou-repasse-a-associac-o-apos-retornar-ao-cargo-1.3211166" target="_blank">Wilson Pollara</a>, que se envolveu em uma série de escândalos no segundo semestre de 2024 e chegou a ficar preso por um período. Em julho passado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve na Célia Câmara para inaugurá-la após uma obra que contou com cerca de R$ 40 milhões em investimentos do governo federal. Ela estava acompanhada do ex-prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (SD).

O POPULAR apurou que no contexto da <a href="https://opopular.com.br/cidades/sms-de-goiania-volta-a-suspender-contrato-da-gest-o-anterior-1.3220458" target="_blank">crise financeira</a> vivida pela SMS, a pasta não pretende fechar a Célia Câmara justamente por ela ser uma unidade de saúde que recebe um volume considerável de <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/justica-volta-a-bloquear-recursos-da-saude-de-goiania-para-repasse-de-r-11-7-milh-es-a-fundahc-1.3222876" target="_blank">recursos do governo</a> federal. Entretanto, a possibilidade de mudança do perfil do local é ventilada. Em entrevista concedida ao POPULAR e a CBN Goiânia na última quinta-feira (8), membros da Fundahc comentaram sobre o assunto. “Tem estrutura física para ser não só um hospital da mulher e maternidade, mas um hospital geral. Cirurgia geral, neurologia, ortopedia (...) Lá tem uma estrutura física grande, mas habilitada e equipada, falta” disse Rogério de Paula, assessor corporativo da Fundahc. Conforme apurado pelo POPULAR, atualmente, mais da metade da estrutura física da maternidade não é utilizada.

Assim como a Célia Câmara, o Hospital e Maternidade Dona Iris (HDMI) é responsável por cuidar de partos de alto risco e acompanhar casos mais complexos. Ela é a segunda com o maior custo para a administração municipal e a que receberá o menor corte no valor repassado. O montante diminuirá de R$ 7,6 milhões para R$ 6,2 milhões por mês. Pelo fato de a unidade receber alto fluxo de pacientes e estar em uma localização estratégica - a Dona Iris fica na Vila Redenção, região mais central do que a Célia Câmara, que fica no Conjunto Vera Cruz -, a avaliação é que ela corre menos risco de mudanças.

Já a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) é a que custa mais barato para a SMS. Atualmente, são R$ 2,9 milhões por mês, valor que cairá para R$ 1,9 milhão. O fechamento do local não envolveria imbróglios como, por exemplo, a diminuição do número de <a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-contrato-com-a-fundahc-devolvera-10-leitos-de-uti-para-a-regulac-o-municipal-1.3228982" target="_blank">unidades de terapia intensiva</a> (UTIs) neonatais da rede municipal, já que a unidade fica responsável por realizar partos de complexidade mais baixa. Entretanto, mudanças na Nascer Cidadão têm o potencial de gerar desgaste para a administração municipal, já que a unidade possui um valor simbólico para os moradores da região Noroeste. Com 24 anos de existência, a construção da unidade e a operação da unidade envolveram diretamente as demandas e a força de trabalho dos moradores do Jardim Curitiba, onde está localizada.

Com todos os prós e contras de promover mudanças nas maternidades ainda em avaliação, a SMS já conseguiu bater o martelo sobre a necessidade de reduzir o custo do serviço. Para conseguir reduzir o valor do contrato em 40%, o corte ocorreu, principalmente, nas atividades das maternidades Dona Iris e Célia Câmara. Nos dois locais, a urgência seguirá em funcionamento, mas os atendimentos eletivos, inclusive as cirurgias, serão suspensos. O cenário não é muito diferente do que já é encontrado atualmente nas duas unidades, já que desde o final de agosto de 2024 as maternidades passaram a oferecer apenas atendimentos de urgência e emergência por conta do débito acumulado por parte da SMS. Hoje, a dívida gira em torno de R$ 200 milhões.

O desejo da SMS de chegar a esse valor já havia sido adiantado pelo POPULAR em reportagem publicada na edição de 7 de janeiro. O novo plano de trabalho foi enviado pela Fundahc para a SMS e depende ainda da aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) para a assinatura do novo contrato. A expectativa da fundação é de que todo o trâmite seja finalizado até o final deste mês.

Reportagem do POPULAR publicada na edição deste sábado (8) mostrou que dez leitos intensivos para adultos do Célia Câmara serão desbloqueados para a regulação municipal com a assinatura do novo contrato entre a SMS e a Fundahc. Ao todo, são 20 leitos do tipo na unidade. Mas desde que a Prefeitura de Goiânia passou a acumular dívidas com a fundação, eles ficaram restritos às mulheres pacientes da própria unidade. Agora, metade será liberada.

<h2>Pediatras pararam neste domingo</h2>

Os pediatras que atendem no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) paralisaram as atividades durante a tarde deste domingo (9). Os atendimento foram retomados às 19 horas do mesmo dia. O motivo da paralisação foram <a href="https://opopular.com.br/cidades/maternidade-dona-iris-entra-em-colapso-e-apenas-casos-de-extrema-urgencia-ser-o-atendidos-1.3188984" target="_blank">pagamentos atrasados</a> por parte da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) para com a empresa Instituto dos Médicos Intensivistas do Estado de Goiás (Intensipeg), responsável por fornecer médicos especializados em pediatria.&nbsp;

O POPULAR esteve no local no início da tarde deste domingo e não havia movimentação de gestantes e puérperas procurando por atendimento. Um aviso colocado na porta da entrada de urgência dizia que a unidade estava fechada para novas internações e que os casos de urgência e emergência, além das pacientes em trabalho de parto, deveriam procurar outras unidades de saúde.

A Fundahc está em atraso com a Intensipeg há pelo menos desde o final de 2024. O cenário é fruto da dívida que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acumula com a fundação e impede que os pagamentos aos prestadores de serviço das maternidades sejam realizados integralmente.&nbsp;

Em nota, a Fundahc informou que houve tentativa prévia de negociação, sem sucesso, e após reunião entre a fundação e a prestadora de serviço realizada neste domingo, ficou acordado o pagamento imediato dos valores devidos referentes ao mês de novembro de 2024 e, nos próximos dias, de dezembro passado.&nbsp;

A fundação também comunicou que além de médicos, a unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal tem atuação de enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipe multiprofissional composta por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e outros, “garantindo o cuidado integral aos pacientes internados e o apoio aos seus familiares.”&nbsp;

A Fundahc destacou que “ambas entidades estão atuando para garantir a manutenção do cuidado de excelência” aos bebês nascidos na maternidade e aos pacientes internados nas UTIs e unidades de cuidados intermediários (Ucins).

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Goiânia estuda reduzir total de maternidades públicas

Saúde 

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (<a href="https://opopular.com.br/cidades/sandro-mabel-quer-rever-contratos-com-a-fundahc-1.3210268" target="_blank">Fundahc</a>) pagou os salários de novembro dos trabalhadores das três maternidades municipais - Dona Iris, Célia Câmara e Nascer Cidadão - na tarde desta quinta-feira (19), logo após receber R$ 12 milhões da Prefeitura de Goiânia. O recurso faz parte dos <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-desbloqueia-r-57-milh-es-para-sms-pagar-credores-1.3211825" target="_blank">R$ 57 milhões</a> do Fundo Municipal da Saúde (FMS) que tinham sido bloqueados pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) justamente para o pagamento das contas da Saúde.

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De acordo com a fundação, com o recurso foram pagos: folha salarial, primeira parcela do 13º, férias e vale-alimentação. Os enfermeiros que atuam nas <a href="https://opopular.com.br/cidades/maternidades-da-rede-municipal-tem-situac-o-piorada-em-goiania-1.3210950" target="_blank">maternidades </a>tinham começado uma paralisação no dia 9 deste mês justamente por conta do atraso nos pagamentos. Desde o último domingo (15), estavam em greve. Foram mantidos apenas 30% dos atendimentos classificados como urgência e emergência. A categoria reivindicava o pagamento de salário de novembro, além da primeira parcela do 13º salário e o adiantamento de férias.

Conforme a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg), Roberta Rios, com o recebimento dos salários, a greve foi suspensa. “Voltamos totalmente já na noite de hoje (ontem)”, diz. Dos 1,5 mil colaboradores da Fundahc, praticamente metade são <a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeiros-e-tecnicos-de-enfermagem-das-maternidades-paralisam-atividades-1.3208344" target="_blank">enfermeiros </a>ou técnicos de enfermagem. Nos últimos dias, na Maternidade Nascer Cidadão, no Jardim Curitiba, região noroeste da capital, o movimento aumentou por causa da maior disponibilidade de serviços, já que o percentual de servidores efetivos é maior na unidade. A situação dos trabalhadores estava tão delicada que colegas chegaram a organizar cestas básicas para serem distribuídas entre aqueles que estavam sem receber.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-desbloqueia-r-57-milh-es-para-sms-pagar-credores-1.3211825" target="_blank">Justiça desbloqueia R$ 57 milhões para SMS pagar credores</a> 
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Por conta de toda a situação, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO) realizou, nesta quinta, uma assembleia com todos os trabalhadores contratados das três maternidades. O intuito era deliberar sobre um indicativo de greve. O encontro aconteceu na Câmara Municipal, mas com a realização dos pagamentos, ficou decidido que não haveria paralisação. “Voltaremos a nos reunir dia 27 de dezembro, em frente a Dona Iris, para nos articularmos a fim de evitar que aconteça a mesma coisa de novo”, explica Flaviana Alves, diretora do sindicato.

Um ponto central da crise da saúde municipal é justamente a dívida da SMS com a Fundahc. De acordo com informações que constam no requerimento de intervenção estadual na Saúde de Goiânia feito pelo MP-GO à Justiça, o montante da dívida gira em torno de R$ 121 milhões. No último ano, o débito tem prejudicado diretamente os usuários. Nas três maternidades, os atendimentos eletivos chegaram a ficar suspensos por mais de dois meses em 2024. Na última semana de outubro, eles foram retomadas gradualmente.

Fundach paga salários e greve é encerrada nas maternidades de Goiânia

A escalada da crise da Saúde em Goiânia agravou a <a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeiros-e-tecnicos-de-enfermagem-das-maternidades-paralisam-atividades-1.3208344" target="_blank">paralisação</a> dos servidores da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (<a href="https://opopular.com.br/cidades/sandro-mabel-quer-rever-contratos-com-a-fundahc-1.3210268" target="_blank">Fundahc</a>),que administra as três maternidades do município. Nesta segunda-feira (16), quem buscou atendimento encontrou dificuldade no Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), localizado na Vila Redenção; na Maternidade Nascer Cidadão, no Jardim Curitiba; e no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), no Conjunto Vera Cruz.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Foi no HMMCC que ocorreu, pela manhã, um ato dos trabalhadores em protesto por falta de pagamento e que marca nova fase na mobilização. Uma semana antes, na segunda-feira (9), já havia sido iniciada nas três maternidades uma paralisação com seis horas de interrupção das atividades durante o dia e mais seis horas à noite. Sem reivindicações atendidas nem previsão de pagamento, desde o domingo (15), técnicos e enfermeiros passaram à paralisação ao longo do dia todo.

No HMMCC, a autônoma Neia Gonçalves acompanha a irmã, com quadro de pré-eclâmpsia e precisando de assistência integral à complicada gestação de seis meses. “Ela está com pressão muito alta. A bebê está com 28 semanas e não está recebendo sangue suficiente”, conta. “Está fazendo ultrassom todos os dias, como deve ser, mas nessa situação de greve... médico, enfermeiro, tudo fica mais difícil.”

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Servidor efetivo da Maternidade Nascer Cidadão, onde atua como apoio administrativo da área de nutrição, Alonso Julião da Cruz tem 20 anos de serviço público na Prefeitura, 12 deles dedicados à unidade de saúde. “Já passamos por crises, mas é a primeira vez que não têm insumos nem pagamento”, diz. “Meus colegas contratados estão com salário vencido há dez dias, sem receber parcela nenhuma do 13º nem vale-alimentação.”

A situação é ainda pior para quem ganha menos. É o caso de auxiliar de cozinha, serviços gerais e recepcionista. Com um detalhe: como geralmente essas pessoas não são sindicalizadas, acabam trabalhando mesmo sem receber. Mas nem todos. “Alguns deixaram de vir porque não têm mais dinheiro para bancar o transporte”, diz Alonso.

Em relação aos atendimentos no local em que trabalha, Alonso Julião disse que a Nascer Cidadão teve um dia com muito mais fluxo do que o normal, o que ele atribui à vinda de pacientes que buscariam outras maternidades. Mas quem esteve lá foi atendido, garante. “Como temos na Nascer Cidadão um quadro maior de servidores efetivos do que nas demais (unidades), conseguimos atender. Mas o serviço fica precarizado.”

O servidor denuncia também que a crise reflete nas condições de higiene das unidades. No caso da Nascer Cidadão, a segunda-feira marcou o início da atividade de outra empresa responsável pela limpeza, a Interativa Serviços, de Brasília.

A <a href="https://opopular.com.br/cidades/depoimento-de-diretora-da-fundahc-detalha-atuac-o-de-investigados-dentro-da-sms-de-goiania-1.3210924" target="_blank">Fundahc </a>foi procurada para falar sobre o novo contrato com empresa de limpeza, o fluxo de pacientes e se há plano de pagamento. A assessoria respondeu que a fundação, “no momento”, só atenderá a imprensa por nota, como a publicada nesta segunda. Nela, é reforçado que “diante dos atrasos nos repasses financeiros por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia ”, as três maternidades a cargo da Fundahc “estão atendendo apenas casos de urgência e emergência pelas fichas vermelha, laranja e amarela”.