Três a cada dez goianos são evangélicos. Dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6), mostram que eles representam 32,6% dos goianos, valor 5,7 pontos percentuais acima da média nacional (26,9%). Em 2000, eles eram 19,5% da população. Goiânia se posiciona como a sétima capital com maior proporção de evangélicos no Brasil, com 33,9% de praticantes. Na contramão, o número de católicos diminuiu, mas eles ainda são maioria. Em 2000, eram 68,5% da população goiana. Em 2022, houve uma queda para 51,9%. Trindade, considerada a capital do catolicismo em Goiás, tinha 61,2% de praticantes da religião em 2010. Em 2022, o número caiu para 47,7%. Estudioso da Ciência da Religião, o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) Luiz Signates avalia que é possível associar o aumento dos evangélicos à queda dos católicos, já que ambos os números são significativos. Ele destaca dois pontos que explicam o crescimento dos evangélicos: a institucionalização e a teologia da prosperidade.