Web: Plano para o Imas inclui aportes da Prefeitura

"O Imas é uma entidade que não deveria existir", diz prefeito Sandro Mabel

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Bruno Peixoto (UB): “Apoiei Sandro [Mabel], sou grato e leal ao governador Ronaldo Caiado (UB). Eu participei da interlocução dessa matéria. Só que nós aprovamos a pedido do nosso governador”, disse em entrevista ao quadro Na Trilha da Política, na CBN Goiânia, nesta quarta-feira (24) (Weimer Carvalho / O Popular)

A Assembleia Legislativa encerrou o ano legislativo de 2025 após várias sessões extraordinárias, na segunda-feira (22), para aprovar projetos de interesse do governo estadual. Entre eles estava o projeto que alterou a Lei Complementar 169/2021, que estabelece a governança do sistema de transporte da Região Metropolitana de Goiânia. “Apoiei Sandro [Mabel], sou grato e leal ao governador Ronaldo Caiado (UB). Eu participei da interlocução dessa matéria. Só que nós aprovamos a pedido do nosso governador”, disse o presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), em entrevista ao quadro Na Trilha da Política, na CBN Goiânia, nesta quarta-feira (24).

Com as alterações na LC 169/2021, a prefeitura de Goiânia perdeu o direito de indicar, em sistema de revezamento com o Estado, o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivo (CMTC). A partir de 2026, essa indicação caberá exclusividade do governo. Também mudaram as <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-da-cileide/cdtc-aprova-mudancas-no-transporte-com-votos-contrarios-de-goiania-e-senador-canedo-1.3353388" target="_self">regras para divisão do subsídio do Estado e dos municípios à tarifa de ônibus</a>. Mabel discordou das mudanças, mas a prefeitura foi voto vencido.&nbsp;

Na entrevista, o presidente Bruno Peixoto fez um balanço do ano legislativo e afirmou que, com a adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), confirmada pelo Ministério da Fazenda nesta véspera de Natal, tanto a Assembleia Legislativa quanto o Tribunal de Justiça e os órgãos independentes conseguirão cumprir o novo teto de gastos, que agora será individualizado e não mais cumprido globalmente pelo Poder Executivo, como foi durante o Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Confira a entrevista abaixo:

Entre os projetos relevantes e aqueles que incomodaram a base, qual é o balanço final do ano?

Nós apreciamos entre requerimentos e projetos mais de 3 mil [proposituras], ou seja, um ano legislativo bastante produtivo. Nós tivemos projetos de emenda constitucional analisados, entre eles, o que nós saímos do Regime de Recuperação Fiscal e adentramos ao Propag, melhorando a capacidade do Estado de investir. Sem sombra de dúvidas, de grande relevância para toda a sociedade, até mesmo porque vários projetos de infraestrutura estavam aguardando a saída do regime. Entre estes, a duplicação até a cidade de Santo Antônio, a duplicação de Bela Vista, a cidade de Catalão, a duplicação da cidade de Goiás até São Miguel do Araguaia. Nós também aprovamos projetos de repercussão, em relação à alíquota de cobrança dos combustíveis. Foram projetos que, por mais que estivessem sendo aplicados e havendo a necessidade de convalidação, conforme o Código Tributário, a Constituição, e aprovado pelo Confaz, teve a votação na Assembleia. São projetos importantes, que trouxeram desgastes, mas necessários em virtude da legislação nacional. Nós tivemos o projeto também sobre o Ipasgo. Nós entendemos a necessidade do plano de saúde, a importância do plano de saúde. Sou usuário do Ipasgo desde que nasci. Meu pai [era] servidor público efetivo, hoje aposentado. Então eu fico com extrema dificuldade em votar algumas matérias, mas eu entendo a necessidade, para não acabar com o plano de saúde dos servidores e servidoras, foi necessária essa readequação. Mesmo com a readequação, o Ipasgo ainda é o plano de saúde mais barato no Estado de Goiás, mas ainda deixa a desejar. E nós esperamos que, com a aprovação desse projeto, nós tenhamos, sim, a possibilidade de ter um plano de saúde melhor. Nós tivemos matérias também de grande importância apresentada por parlamentares. E eu quero aqui citar projetos sobre a preservação [ambiental], sobre mata ciliar, sobre várias questões, inclusive de agilidade para a emissão de licenças. Exemplo sistema Ipê [da Secretaria de Meio Ambiente].

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/caiado-vai-pedir-que-alego-fique-de-prontid-o-no-fim-do-ano-por-conta-do-propag-1.3335204" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Caiado vai pedir que Alego fique de prontidão no fim do ano por conta do Propag</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/senado-libera-novo-limite-e-viabiliza-goias-no-propag-1.3327937" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Senado libera novo limite e viabiliza Goiás no Propag</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/devolveremos-r-600-milh-es-ao-governo-para-obras-em-infraestrutura-diz-bruno-peixoto-1.3329276" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">'Devolveremos R$ 600 milhões ao governo para obras em infraestrutura', diz Bruno Peixoto</a></div>

Deputado, mas há divergências, porque a área ambiental discordou muito desses projetos de iniciativa da Assembleia. Os projetos, se não me engano, foram do sr. e do Thales Barreto e o setor entende que houve flexibilização na legislação ambiental em Goiás.

O que nós mudamos foi que nós temos que preservar, nós temos que cada dia mais atualizar, mas precisa de modernização. Nós permitimos à Secretaria de Meio Ambiente poder agilizar a emissão das licenças, contando com laudos técnicos privados para liberação e emissão de licenças, onde o profissional assume toda a responsabilidade. Aceitando, inclusive, via satélite, fotos das áreas. Eu entendo que o produtor não pode ser prejudicado por inoperância da secretaria. Então nós ampliamos o potencial da secretaria através da utilização de tecnologia.

A prorrogação do prazo para os lixões foi uma bola fora, né? Essa lei foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça.

Nós temos que acabar com os lixões. Porém, nós estamos analisando, o governador Ronaldo Caiado, as prefeituras, a Saneago, a Secretaria do Meio Ambiente, todos têm que participar desse debate. Nós fizemos, como você acompanhou, a regionalização do sistema de água, esgoto e dos aterros sanitários. É inadmissível termos lixões, porém, alguns prefeitos ainda não conseguiram capacidade financeira para eliminar de uma vez por todas. Então nós estamos trabalhando nesse sentido, em que a Saneago, a Secretaria do Meio Ambiente, a prefeitura, tenham toda uma estruturação, para que possam fazer um processo licitatório e que tenham êxito. Por isso que nós dividimos o Estado em regiões para que possa facilitar, inclusive para os pequenos municípios, a eliminação dos lixões. É impossível num curto espaço de tempo, mas nós não podemos mais aceitar os lixões. O mundo eliminou os lixões. E o Brasil não pode ser diferente. O Estado de Goiás não pode ser diferente. Nós estamos trabalhando para viabilizar o fim dos lixões.

Deputado outra crítica à Assembleia, e recebeu particularmente do prefeito Sandro Mabel, é em relação à aprovação rápida de projetos. Mabel criticou a votação do projeto do transporte coletivo, que chegou na Assembleia no final da tarde da quinta-feira (18) e segunda-feira (22) foi aprovado em segunda votação. A Assembleia abriu mão de discutir esse projeto e tem feito isso com outros projetos?

Nós debatemos todas as matérias, respeitamos os prazos regimentais. Os deputados pedem vistas, a oposição pediu vista da matéria. Apresentou voto em separado. Levamos para a comissão, votação preliminar. Depois fomos para o plenário em primeira e segunda votações. Então ele foi amplamente divulgado, foi debatido. O questionamento [do prefeito Mabel] é que está transferindo a gestão [da CMTC], que em 2026 iria para o município de Goiânia e, com a aprovação dessa matéria, o comando passa a ser do governo do Estado. É mais um debate político do que propriamente um debate técnico.

Entre a chegada do projeto, quinta-feira à tarde e a segunda votação foram quatro dias, com um sábado e um domingo no meio. A Assembleia cumpriu os prazos regimentais, mas não o discutiu. Inclusive, essa questão política sobre quem vai ou quem não vai fazer a gestão do sistema é relevante.

Olha, eu tenho grande admiração e respeito por Sandro Mabel. [Ele] foi presidente da Assembleia Legislativa, eleito e reeleito. Apoiei Sandro, sou grato e leal ao governador Ronaldo Caiado. E realmente, eu participei da interlocução dessa matéria. Só que nós aprovamos a pedido do nosso governador Ronaldo Caiado, e é evidente que a gestão de 2026 caberá ao Estado com a aprovação da matéria. O Estado é quem faz o maior aporte. E quero lembrar que governos anteriores a de Ronaldo Caiado não faziam aporte mensal ao sistema de transporte público. O governo que fez e faz aporte [é] somente de Ronaldo Caiado, com autorização dos deputados e deputadas. O maior aporte é feito pelo governo do Estado. Conversei com o Sandro Mabel e expliquei a ele que compreendesse a votação, que nós estamos atendendo ao pedido do governador.

Com a saída do RRF e a entrada no Propag, o teto de gastos [dos demais poderes e órgãos independentes] vai ser individualizado. Isso foi feito apenas em um ano, em 2023, e criou uma crise entre Estado, Assembleia e Tribunal de Justiça, porque os dois poderes não tinham cumprido o teto individualmente. A Assembleia se prepara para esse cumprimento, inclusive neste ano de 2025?

Importante esse tema, até mesmo porque a Assembleia Legislativa respeitou o teto fiscal. Respeitou os limites em relação ao regime, tanto é que em 2023, 2024 e 2025, nós estamos dentro do teto. Não houve superação do teto. Em 2025 não há mais o que se falar de teto referente ao regime, porque com a promulgação da PEC, encerrou-se tudo do Regime de Recuperação Fiscal. Então não há que se dizer que a Assembleia Legislativa rompeu o teto. Inclusive, nós temos R$ 114 milhões em superávit orçamentário, ou seja, eu tenho o orçamento e tenho um recurso. Por quê? Trabalho de gestão. E nós temos aproximadamente R$ 600 milhões em caixa, então nós fizemos o dever de casa. A Assembleia Legislativa, fazendo a gestão de três anos, não houve rompimento em relação ao teto do regime de recuperação fiscal.

E em relação ao Propag?

Em relação ao Propag, o ano de referência [para cálculo do teto de gastos] será 2021. A Assembleia Legislativa precisa que seja incluído o fundo [o fundo de R$ 600 milhões]. Os outros poderes vão ter a exclusão dos fundos, porque eles têm receita dentro dos fundos, a Assembleia, não. Então haverá a inclusão para cálculo do fundo da Assembleia, a exclusão para cálculo do fundo dos outros poderes e órgãos autônomos e independentes. Evidentemente, aplicado à inflação, mais X% em relação ao superávit, ou seja, o que foi arrecadado pelo Estado acima do índice inflacionário...

O sr. já fez essa conta aproximada, já sabe o que vai ser?

Sim, nós vamos ter um acréscimo de aproximadamente R$ 83 milhões. Nesse ano já tivemos, com o corte de despesas, em relação ao orçamento, um superávit de R$ 114 milhões. Ou seja, com mais de R$ 83 milhões [de 2025 para 2026]. Com a gestão austera, de análise de despesas, com análise de investimento, com todos os controles que nós estamos fazendo, nós conseguimos economizar. Por isso a Assembleia Legislativa tem aproximadamente R$ 600 milhões em caixa. Evidentemente, o governador Ronaldo Caiado paga em dia o duodécimo, todo dia 20 do mês repassa constitucionalmente para a Assembleia o valor na íntegra. Tem que reconhecer isso, que governos anteriores não passavam.

Deputado, o sr falou de duodécimo e do fundo de R$ 600 milhões, que é, digamos, a poupança da Assembleia. Já se falou muito que a Assembleia vai devolver essa sobra de duodécimo, mas não aconteceu ainda. Não vai devolver, não é necessário?

É sim. Tenho conversado muito com o governador. A Constituição Federal deixa muito clara a obrigatoriedade de devolução. Nós faremos. Evidentemente, estamos em diálogo com o Tribunal de Contas do Estado e faremos a devolução no momento oportuno. E é claro que esse recurso será investido em obras. Nós vamos dialogar com o [vice-governador] Daniel Vilela, que, tudo indica, assumirá em abril. Esse recurso não é da Assembleia Legislativa, não é do governo, é do povo goiano. E eu tenho certeza de que tanto Daniel, quanto o governador Ronaldo Caiado pensam no bem do cidadão e da cidadã, e esse recurso será investido da melhor maneira possível, que traga benefício e qualidade de vida.

Não houve acordo ainda entre Estado e Assembleia para que os recursos devolvidos sejam direcionados a projetos indicados pelos deputados?

A obrigação da Assembleia, constitucionalmente, é fazer a devolução. E nós faremos. Nós estamos inclusive dialogando com o Tribunal de Contas do Estado para ver o momento em que tem que ser e o valor exato.

Bruno Peixoto diz que Assembleia aprovou mudanças no transporte a pedido de Caiado

Opinião

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Cileide Alves

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Chega pra Cá

A inauguração do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), ocorrida em setembro deste ano, representa também uma nova possibilidade de permanência: crianças e adolescentes com câncer que antes precisavam deixar o Estado para realizar tratamento agora podem passar o Natal mais perto de casa, junto de seus familiares. Em conversa com O POPULAR, mães e pais relataram os caminhos árduos impostos pela doença e a esperança que surge ao imaginar uma celebração marcada pela crença na cura.

A pequena Marielly Pereira Caetano, de 8 anos, é a caçula dos quatro filhos de Lindalva Siqueira Caetano, de 34, e recebeu em agosto deste ano um diagnóstico que mudou a rotina da família: um tumor cerebral. Vieram primeiro a febre, a dor de cabeça e a moleza. Depois, o corpo passou a falhar e os movimentos do lado direito começaram a desaparecer.

Moradora de Cocalzinho de Goiás, a cerca de 130 quilômetros de Goiânia, Marielly percorreu hospitais de Águas Lindas e Anápolis até que um exame de imagem, solicitado por um neurologista, revelou a causa dos sintomas. Identificaram uma mancha na massa encefálica e a menina foi encaminhada para o Cora.

Na unidade de saúde, os médicos constataram que o tumor estava em uma região delicada, o que tornava a cirurgia inevitável. “Mexeu comigo totalmente”, conta Lindalva. Em setembro, Marielly passou pela operação, que durou dez horas e resultou na retirada parcial do tumor. “Só consegui voltar a comer quando ela também pôde”, lembra a dona de casa.

Em fevereiro de 2026, a família saberá se será necessária uma nova cirurgia ou o início de um tratamento com quimioterapia e radioterapia — possibilidades que trazem apreensão. “Estamos tentando digerir, mas não está fácil”, comenta Lindalva. A incerteza faz com que este Natal seja, para ela, atravessado pela angústia, mas também pelo alívio de poder estar ao lado da filha. “Feliz só de saber que ela está se recuperando bem”, conta.

Atualmente, Marielly faz fisioterapia para recuperar os movimentos da perna e fortalecer o braço. Mãe e filha fazem o trajeto entre Cocalzinho e o Cora com o apoio da prefeitura do município, o que permite que a menina durma em casa todos os dias. Lindalva reflete que, caso não tivesse conseguido o tratamento em Goiás, teria de seguir para o Hospital de Amor, em Barretos, no interior de São Paulo. “O que eu iria fazer? Como seria minha rotina? Tenho um filho de 12 anos que ainda estuda. Ia ter de ficar lá por um bom tempo”, aponta.

Luta

Quem também percebe a luta contra o câncer como um caminho que poderia se tornar ainda mais árduo longe de casa é a dona de casa Liliane Borges de Oliveira Lima, de 28 anos. Há um ano, foi por meio de uma súbita perda de visão que ela descobriu que o filho mais velho, Yury Gabriell Gonçalves de Oliveira, de 11 anos, enfrentava um tumor cerebral.

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Liliane Borges, mãe de Yury Gabriell, de 11 anos: "Optei ficar por aqui mesmo. Ainda bem que deu certo” (Fábio Lima / O Popular)

Morador de Indiara, a cerca de 100 quilômetros de Goiânia, o menino iniciou uma travessia por diferentes unidades de saúde da capital: primeiro, a Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog); depois, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG). O diagnóstico apontou um tumor benigno.

Em janeiro, Yury passou por uma cirurgia para a retirada do tumor e permaneceu internado por cerca de quatro meses no hospital federal. Após a alta, veio a necessidade de um acompanhamento contínuo, que se tornou parte da rotina da família. Uma das possibilidades era seguir o tratamento em Barretos. “Lá é muito longe para mim. Optei por ficar por aqui mesmo. Ainda bem que deu certo”, conta Liliane.

A escolha teve um custo: até a inauguração do Cora, Liliane precisou arcar com diversos exames e consultas para o filho. Hoje, Yury frequenta o hospital estadual de duas a três vezes por semana. Lá, realiza sessões de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, além de consultas com diferentes especialistas.

Liliane se lembra do Natal de 2024, que foi atravessado pelos corredores do HC-UFG, com o menino internado. “Ele achou muito ruim”, conta a dona de casa. Já neste Natal, a celebração ganha outro cenário: será na casa da avó materna, com gosto de esperança. “No ano que vem, ele já deve voltar para a escola”, alegra-se.

Tocantins

A família de Fabiana Santos Maiada, de 31 anos, também vai passar o Natal junto de alguns parentes pela primeira vez desde que o filho Mário Francisco Santos da Silva, de 15, recebeu o diagnóstico de leucemia, no ano passado. “Duas sobrinhas vêm para cá passar o Natal com a gente”, celebra a dona de casa, com um misto de alívio e esperança.

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Fabiana Maiada, mãe de Mário Francisco, de 15 anos, sobre apoio da família e amigos: "Você se sente bem, como se estivesse em casa” (Fábio Lima / O Popular)

Fabiana e o filho são de Araguatins, no Tocantins, a 1,3 mil quilômetros de Goiânia. A doença de Mário começou a se revelar quando ele perdeu peso, passou a sentir dores nas pernas e a dormir mais do que o habitual, há pouco mais de um ano. O hemograma alterado deu o primeiro sinal de que algo sério acontecia. Desde então, ele já enfrenta o tratamento há pouco mais de um ano.

Da cidade natal, Mário foi para Augustinópolis, cidade vizinha, e de lá seguiu para Palmas, capital do Tocantins. “Parece que meu mundo caiu. A gente fica em desespero sobre como vai ser o tratamento. A médica disse que lá (no Tocantins) não tinha”, lembra Fabiana, recordando os dias de incerteza e medo.

Posteriormente, Mário foi transferido para Porto Velho, capital de Rondônia, a 2,3 mil quilômetros de Augustinópolis, em uma unidade de terapia intensiva (UTI) aérea. A família passou nove meses na cidade nortista, vivendo uma rotina de hospitais e esperas. Em março deste ano, uma enfermeira contou a Fabiana sobre o Cora. Assim que a unidade foi inaugurada, tentaram a transferência. Conseguiram no segundo semestre deste ano. O Cora ainda não recebe pacientes de outros estados – o caso de Mário foi uma exceção.

Em Porto Velho, o marido de Fabiana estava desempregado. “A situação financeira já estava nas últimas”. Em Goiás, ele, que é pedreiro, conseguiu retomar trabalhos de diárias. Atualmente, a família mora em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, e a vida começa a ganhar um ritmo menos apertado.

Mário vai ao Cora até cinco vezes por semana, onde faz fisioterapia — havia ficado sem andar —, quimioterapia e acompanhamento com psicóloga e nutricionista. Em Goiás, a família já recebeu visitas de parentes tocantinenses. “Mais perto dos meus familiares e amigos.” Além disso, Fabiana tem uma amiga de infância que mora na capital. “Você se sente bem, como se estivesse em casa”, diz, emocionada.

Apesar de planejarem uma viagem para Tocantins em 2026, o longo tratamento de Mário faz com que a família planeje permanecer em Goiás por pelo menos mais seis ou sete anos, entre esperanças, cuidados e pequenas vitórias diárias. Outra família que também pensa em permanecer em Goiás é a do servidor público Hallendhone de Alencar Santiago, de 43 anos, pai de Rhômullo Apinajé Santiago, de 18.

Eles são de Imperatriz, no Maranhão, a 1,3 mil quilômetros de Goiânia. O jovem foi diagnosticado com leucemia em outubro deste ano, após a constatação de blastos (células sanguíneas imaturas) em um exame de sangue. Diante da notícia, Hallendhone embarcou com o filho em um voo com destino à capital goiana.

A ideia inicial era apenas pousar em Goiânia e seguir viagem para Brasília, onde mora uma tia. No entanto, o quadro de Rhômullo se agravou rapidamente. Ao chegar à cidade, Hallendhone soube da existência do Cora. Pai e filho buscaram atendimento em uma unidade de pronto atendimento (UPA) e, em seguida, foram encaminhados ao hospital. Rhômullo ficou internado por quase 40 dias e, agora, retorna à unidade para sessões de quimioterapia. Hallendhone conta que, até então, era uma pessoa descrente da saúde pública. “Agora, vemos esperança”, comenta.

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Hallendhone Santiago, pai de Rhômullo Apinajé, de 18 anos: "Estar perto ajuda muito no processo de cura” Isso ajuda muito no processo de cura” (Fábio Lima / O Popular)

Após a chegada de pai e filho ao Cora, a esposa e o outro filho de Hallendhone também vieram para Goiânia. Mesmo deixando para trás amigos e familiares, a família relata que já começou a conhecer outras pessoas e a fortalecer novos laços. Para este fim de ano, a expectativa é simples e cheia de significado: “Vamos poder passar o Natal com ele em casa. Isso ajuda muito para o processo de cura”, diz Hallendhone.

Como o tratamento de Rhômullo deve durar de um a dois anos, os planos para 2026 são manter a calma e focar na melhora do estado de saúde do jovem. “Estou bastante crente de que essa melhora pode surgir. Já melhorei bastante, comparando a como cheguei aqui”, empolga-se o jovem.

Pacientes

O diretor-geral do Cora, Rafael Mendonça, conta que, assim que a unidade foi aberta, sentiu o impacto da fila de pacientes graves que aguardavam atendimento havia muito tempo. “Algumas famílias não tinham condição ou não queriam sair daqui para fazer o tratamento em Barretos ou qualquer outro estado”, relata. Atualmente, segundo ele, o cenário está mais controlado.

A maioria dos pacientes atendidos pelo Cora é do interior de Goiás (79,37%), principalmente dos municípios de Rio Verde, Aparecida de Goiânia, Mineiros e Jataí. Atualmente, a unidade conta com 60 leitos em operação, sendo 37 de enfermaria, 11 de UTI e 12 de observação do pronto-socorro.

Apesar de ter sido inaugurada em setembro, a unidade infanto-juvenil iniciou os atendimentos em junho deste ano, com regulação estadual tanto para internações quanto para atendimentos ambulatoriais. Desde então, o Cora já atendeu todos os tipos de câncer pediátrico, incluindo tumores de fígado, rins e ossos, sarcomas de partes moles, tumores de células germinativas e linfomas. Os principais destaques foram os tumores do sistema nervoso central e as leucemias.

Para 2026, a proposta é expandir as atividades, com o início do transplante de medula óssea nos próximos três meses e funcionamento das casas de apoio em outubro do ano que vem. O governo estadual ainda não possui pactuação com nenhum estado brasileiro para o atendimento de pacientes no Cora, mas as negociações estão avançadas com o Tocantins, com previsão de início para os próximos três meses.

Tratamento no Cora traz conforto a famílias de pacientes do interior goiano

Esperança

Vídeo

Imitador do govenador Ronaldo Caiado impressiona com semelhança na voz ao enganar pai de amigo

<div attr-cid="policy:1.3353703" attr-version="policy:1.3353703:1766601589" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3353703" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3353703', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3353703">Vídeo (1.3353703)</a></div>

Um vídeo de um imitador do Ronaldo Caiado tem repercutido nas redes sociais pela semelhança da sua voz com a do governador&nbsp;de Goiás ao enganar o pai de um amigo. O registro foi compartilhado por Pedro Leonardo, um empreendedor dono de uma loja de celulares, que ligou para seu pai dizendo que havia acabado de vender um aparelho para o político.&nbsp;

Na ligação, Pedro alega que foi entregar o celular pessoalmente no Palácio das Esmeraldas. “Ver se o senhor conhece esse cara aqui, que tá comprando um celular meu”, disse ele, ao passar o celular para o amigo (assista acima).&nbsp;

Na chamada, o imitador elogia o trabalho de&nbsp;Célio&nbsp;Pires, pai de Pedro, que é policial. “Ô seu Célio… Primeiramente gostaria de parabenizar pelo senhor fazer parte da nossa Polícia Militar, que tanto nos elogia, que dedica sua vida para a segurança pública do estado”, afirmou.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/casal-diverte-mostrando-problemas-de-casamento-com-humor-e-ganha-elogio-de-celebridades-1.3342800" target="_self">Casal diverte mostrando problemas de casamento com humor e ganha elogio de celebridades</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/divo-morador-de-goias-vira-sucesso-na-internet-com-jeito-simples-de-aproveitar-a-vida-e-e-chamado-para-reality-show-1.3345502" target="_self">'Divo', morador de Goiás vira sucesso na internet com jeito simples de aproveitar a vida e é chamado para reality show</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/crianca-viaja-400-km-com-gato-escondido-do-pai-video-1.3347492" target="_self">Criança viaja 400 km com gato escondido do pai; vídeo</a></div>

Completamente impactado pela ligação do “falso governador”, o policial responde: “Obrigado o senhor, governador. É um prazer ter o senhor como governador do nosso estado, da nossa polícia.”&nbsp;

Em entrevista à repórter Tatiane Barbosa, do g1 Goiás, o empreendedor Pedro Leonardo revelou que a brincadeira foi desmentida ao pai apenas à noite, no mesmo dia da ligação. “Brinco direto com coisas aleatórias mesmo. Meu pai é tranquilo”, disse Leonardo.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3353747" attr-version="policy:1.3353747:1766607524" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3353747" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3353747', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3353747">Imitador do govenador Ronaldo Caiado impressiona com semelhança na voz ao enganar pai de amigo (1.3353747)</a></div>

Ao POPULAR, Anderson Morais, o imitador, contou que começou a imitar o político recentemente e que não esperava tamanha repercussão. “{Foi} apenas uma brincadeira, nada profissional”, relatou ele.&nbsp;

O vídeo, que já ultrapassa 193 mil visualizações e mais de 800 comentários, rapidamente viralizou, chamando a atenção dos internautas. “Mais parecido que o próprio Caiado”, comentou uma. “A melhor imitação do Caiado que eu já vi até hoje. Muito bom”, disse outro.&nbsp;

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Imitador do governador Ronaldo Caiado impressiona com semelhança na voz ao enganar pai de amigo (Reprodução/Instagram de Pedro Leonardo; Diomício Gomes/O Popular)

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