O contrato para a revitalização da Praça do Trabalhador entre a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), responsável pela realização da obra, e a Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh), terá um aditivo no prazo de entrega do serviço em mais um mês. A previsão inicial de finalização da obra era setembro, graças a acordo assinado em junho para fazer os 26% restantes do projeto, mas o contrato já teve de ser aditivado por um período de mais 90 dias, fazendo com que a previsão da entrega do espaço fosse estipulado para esta quarta-feira (28), o que também não foi possível.Agora, a Comurg terá até o dia 27 de janeiro para entregar a revitalização da Praça do Trabalhador, cuja obra foi iniciada ainda em meados de 2019, na gestão Iris Rezende (MDB), pela Construtora Ventuno. A previsão naquela época era de que o projeto fosse executado em 120 dias, ou seja, estaria pronto em outubro daquele ano, mas já soma mais de três anos e meio em execução. A Comurg assumiu a obra depois que houve um distrato entre o Paço e a construtora vencedora da licitação, justamente pela incapacidade da mesma em terminar a obra.Quando foi realizado o aditivo em setembro, a promessa da Comurg foi de entregar o espaço finalizado no último dia 22. Na data, O POPULAR publicou que a companhia alegou que isso não seria cumprido “em função das fortes chuvas que caem com grande intensidade desde o início do mês de dezembro”. Porém, havia a intenção de finalizar o projeto ainda neste ano, ou seja, cumprido o prazo acordado no aditivo feito com a Seplanh em junho deste ano. Oficialmente, a companhia ainda afirma que trabalha para finalizar a obra neste ano, mesmo tendo assinado novo aditivo.A reportagem apurou, no entanto, que isso não será feito e que a tendência é que a obra seja entregue até meados de janeiro. A informação é que, de fato, a execução já está em fase final, mas que as chuvas e a necessidade de remanejamento de profissionais da companhia, tanto em função do final de ano e recessos quanto para a finalização de outras obras na capital, farão com que o período para a entrega ainda demore mais duas semanas. Desde essa terça-feira (27) e até quinta (29), a Prefeitura de Goiânia está entregando 19 praças que foram revitalizadas ou reconstruídas pela Comurg em projeto iniciado em meados do ano com anúncio do prefeito Rogério Cruz.Leia também:- Praça do Trabalhador em Goiânia vai ter novo adiamento de obra- Quatro obras em Goiânia ficam para 2023- Repasse de R$ 30 milhões para Comurg evitaria colapso na limpeza urbana em GoiâniaA demora na entrega da Praça do Trabalhador também não adiantou a discussão sobre o modelo de ocupação do espaço, que foi iniciado em 2021. Na época, a intenção era discutir qual seria o uso da praça no período em que não houvesse a realização das feiras especiais (Hippie e da Madrugada) e mesmo como os feirantes poderiam usar o local. As dúvidas tinham relação com o modelo de barraca que seria usado, já que todas passariam a ser idênticas e de modo a não estragar o piso da praça e, ao mesmo tempo, quantos feirantes cadastrados poderiam estar nas feiras.Existia um levantamento dos feirantes que apontavam cerca de 5,8 mil trabalhadores na Feira Hippie, mas o cadastro da Prefeitura aponta cerca de 4 mil. A situação é que o primeiro número não caberia no novo espaço da Praça do Trabalhador, no entanto, atualmente já está pacificada a existência dos 4 mil feirantes, restando decidir o modelo da barraca e qual a localização de cada quadra da feira.