Dois dos seis policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) presos por suspeita de execução de dois homens em um confronto simulado próximo ao Setor Jaó, em Goiânia, no começo de abril, têm um histórico bastante parecido de promoções por ato de bravura, de como saíram de praças para oficiais na corporação e também de unidades de segurança por onde passaram.

Os tenentes Wandson Reis dos Santos e Allan Kardec Emanuel Franco, inclusive, já atuaram juntos na Superintendência de Segurança Militar da Secretaria da Casa Militar (Secami) sob o comando do tenente-coronel Edson Luís de Souza Melo, o coronel Raiado, responsável pela segurança do governador Ronaldo Caiado (UB). Além disso, eles têm uma promoção por bravura em comum.

Além de Wandson e Allan Kardec, respondem pelas mortes de Junio José de Aquino Leite, de 40 anos, e de Marines Pereira Gonçalves, de 43, na suposta execução em 1º de abril, os sargentos Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira e Wellington Soares Monteiro e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/quatro-policiais-do-cod-envolvidos-em-suposto-confronto-que-terminou-com-duas-mortes-s-o-presos-1.3125766#state=dbbffde8-2e20-4701-a8c0-bfa3d1b67110&amp;session_state=6cae91d6-10ed-4f0a-9a94-9d1b153509d2&amp;code=be403be1-7deb-480c-ba89-5cf20bdde7b2.6cae91d6-10ed-4f0a-9a94-9d1b153509d2.b9b3328a-640e-4deb-9f63-4c9096be6cf7" style="font-size: 12px;" target="_blank">Quatro policiais do COD envolvidos em suposto confronto que terminou com duas mortes são presos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/video-mostra-quando-dois-pms-envolvidos-em-suposto-confronto-que-deixou-duas-mortes-s-o-levados-a-delegacia-em-goiania-1.3125877" style="font-size: 12px;" target="_blank">Vídeo mostra quando dois PMs envolvidos em suposto confronto que deixou duas mortes são levados à delegacia em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pm-que-moveu-corpo-em-conflito-simulado-no-jao-n-o-foi-preso-1.3126019" style="font-size: 12px;" target="_blank">PM que moveu corpo em conflito simulado no Jaó não foi preso</a></div>

As investigações estão sendo mantidas em sigilo, mas o que foi tornado público pela família dos mortos é que Junio teria ido à sede do COD se encontrar com Allan Kardec momentos antes de ser morto com Marines em uma rua ao lado do centro de treinamento do time do Vila Nova, que está localizado a 1,6 km do comando.

No dia seguinte às mortes, vazou um vídeo feito no celular de Junio que mostra ele e Marines desarmados sendo mortos pelos policiais, Allan Kardec à paisana arrastando um corpo e dois policiais retirando armas de uma sacola e efetuando dois disparos de cada uma. No registro, eles afirmam que reagiram aos tiros disparados pelos suspeitos durante a abordagem e apreenderam junto aos corpos uma pistola e um revólver.

Allan Kardec e Wandson são os únicos oficiais que estavam na abordagem a Junio e Marines. Ambos entraram na Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) como praças, na graduação de soldados de 2ª classe, a base da pirâmide hierárquica da tropa, e se tornaram oficiais, respectivamente, em 2022 e 2023, após uma série de promoções. O primeiro entrou na corporação em 1998, enquanto o outro dois anos depois.

Juntos, eles somam sete promoções por bravura e estão com novos pedidos encaminhados tanto dentro da corporação como na Justiça. Allan Kardec ganhou três entre 2018 e 2021, enquanto Wandson levou quatro entre 2019 e 2023. Quando chegaram ao cargo de subtenente, eles tentaram chegar ao posto de oficial por meio de promoção por bravura. O primeiro não conseguiu, recorreu na Justiça, mas fez um curso de habilitação e foi nomeado em julho de 2022. Já o outro foi promovido em julho de 2023.

Na semana passada, O POPULAR mostrou que os policiais presos pela ação no Setor Jaó estavam conseguindo ascender na carreira militar por meio de <a href="https://opopular.com.br/politica/promoc-es-de-oficiais-por-bravura-quadruplicaram-entre-2019-e-2023-1.3126366" target="_blank">promoções por ato de bravura</a>. Somadas com as de Allan Kardec, foram 10 ao todo. Além deles, o sargento Marcos Jordão, que entrou no COD em abril do ano passado, também já teve duas, em 2022 e 2023.

Este tipo de promoção, que leva em conta critérios subjetivos, tem sido uma ferramenta usada pelo atual governo para elevar a remuneração e as graduações dos policiais militares, principalmente os praças, conforme afirmam os próprios. Entretanto, reportagem do jornal no dia 8 mostrou que as promoções de oficiais por bravura quadruplicaram entre 2019 e 2023.

Uma das promoções por ato de bravura de ambos foi por uma mesma ação, em agosto de 2018, quando ambos estavam nas Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), uma abordagem em Ouvidor a suspeitos de pertencer a uma facção criminosa que pretendiam se vingar de policiais que um tempo antes mataram quatro do grupo em outra operação.

Os dois oficiais estavam com outros seis policiais em Ouvidor, após orientação do serviço de inteligência da PM, quando, segundo o relatório que aprovou as promoções, teria havido uma troca de tiros no começo da manhã com os faccionados. Dois suspeitos morreram e três teriam fugido. “No confronto, os policiais foram alvos de vários disparos de arma de fogo e tiveram suas vidas expostas em meio a violenta agressão sofrida contra eles”, diz o documento.

Histórico juntos

Os dois oficiais presos atuaram juntos na segurança do governador por 15 meses, entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2022, período em que o segundo ficou na superintendência. Já o primeiro esteve na pasta mais tempo, entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2023. Neste período coincidente, estiveram sob o comando de Edson Luís, que passou por lá entre janeiro de 2019 e julho de 2022.

Pela passagem na Secami, os dois policiais receberam um elogio formal na ficha por parte do tenente-coronel. Estes elogios são usados posteriormente na busca por promoções por merecimento. Em sua mensagem, Edson Luís afirmou que, durante seu comando na superintendência, Wandson e Allan Kardec atuaram “na segurança do senhor governador, vice-governador, bem como de suas respectivas famílias com dedicação e esmero, contribuindo para a boa execução de diversas agendas no Estado e no País.”

O tenente-coronel deixou o posto na Casa Militar para tentar, sem sucesso, uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022. Após a derrota, foi nomeado para o comando do COD em fevereiro de 2022. Wandson entrou na especializada em fevereiro de 2023, e Allan Kardec, em abril do mesmo ano. Enquanto o primeiro comandava uma equipe de rua, o outro ao ser preso estava como chefe do serviço de inteligência da unidade. Após o vazamento do vídeo, Edson Luís foi exonerado do cargo e transferido para o Comando de Operações do Cerrado (COC), ainda sem ter uma função definida.

O serviço de inteligência do COD é citado em inquéritos policiais como a fonte de informações que levaram alguns policiais a ações que resultaram em mortes, como a de Flávio José Gomes da Silva, de 43 anos, em novembro de 2023, na GO-070, em Goianira. Ele foi morto com cinco tiros, sendo um no pescoço, três na região da barriga e um no braço após abordagem por uma equipe do COD que recebeu informação de que um homem em um carro com as características do veículo de Flávio estaria na região e era suspeito de série de estupros em Inhumas.

No registro de ocorrência do caso do Jaó, feito antes de se tornar público o vídeo mostrando a possível simulação do confronto, consta que a operação foi uma ação em conjunto entre a equipe de rua e o serviço de inteligência. Apesar de estarem presentes na abordagem, os nomes de Allan Kardec e de Diogo, que seria o motorista do primeiro, não aparecem no registro e nem seriam citados nas investigações se não fosse pelo vídeo.

Levantamento feito pelo POPULAR mostra que pelo menos 30 pessoas foram mortas em 2023 em ações de policiais do COD, sendo que Wandson aparece em seis e Franco em nenhuma. Em uma destas ocorrências, em 30 de janeiro, Wandson estava acompanhado do comandante da unidade, Edson Luís e mais três policiais.

Na ocasião, foi informado que um homem foi morto à noite após reagir com tiros a abordagem da equipe em uma via no Jardim Marilizia, em Goiânia. Também foi dito que ele seria um ladrão de bancos e que a equipe chegou até o local após receber informações de que alguém estaria planejando roubos a instituição financeira na região da capital.

PM fora do inquérito tenta promoção

O tenente Allan Kardec Emanuel Franco aparece junto com o tenente-coronel Edson Luís de Sousa Melo e mais outros seis policiais em um pedido de promoção por ato de bravura pela ação que resultou na morte de Lázaro Barbosa de Sousa, em junho de 2021, em Cocalzinho, no entorno do Distrito Federal. As buscas por Lázaro após a morte de quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia (DF) mobilizou as forças policiais de Goiás e da capital federal por 20 dias. O nome de Allan Kardec, entretanto, não apareceu no inquérito aberto pela corregedoria da Polícia Militar e remetido à Justiça no qual se concluiu que não houve irregularidades na morte. 
 
Na época, Edson Luís era responsável pela segurança do governador e pediu autorização para ir até Cocalzinho ajudar nas buscas junto com mais sete membros de sua equipe, um deles sendo Allan Kardec. No inquérito consta que o grupo foi dividido em duas equipes e que a liderada pelo tenente-coronel foi quem se deparou com Lázaro. Allan Kardec aparece como “testemunha”.&nbsp; 
 
Em depoimento no inquérito, Allan Kardec diz que estava com uma equipe na outra margem de um rio da região quando ouviu disparos, sem conseguir visualizar nada por causa do mato alto, e que ao chegar ao local de onde vinham se deparou com a outra equipe já ao lado de Lázaro caído. Apesar de o suspeito ter sido atingido por 50 tiros, os policias afirmam que ele estava vivo e o levaram para socorro na base de operações. 
 
No resumo da sindicância que analisou a possibilidade de promoção e que O POPULAR teve acesso não é detalhada essa divisão das equipes na hora da abordagem. Neste mesmo documento, é informado que em uma primeira fase os pedidos foram aprovados. 
 
Ao POPULAR, a PM informou que o processo “segue o rito legalmente previsto aguardando julgamento, sem previsão de data”. A reportagem tentou sem sucesso contato com o tenente-coronel.

Oficiais presos após confronto falso têm histórico similar de ações e ascensão

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Violência

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Carro e carreta após acidente que matou cinco pessoas da mesma família em Cabeceiras (Divulgação/Bombeiros)

<span class="TextRun SCXW191183425 BCX0" data-contrast="none" lang="PT-BR" style="font-size: 9pt; -webkit-user-drag: none; -webkit-tap-highlight-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; font-variant-numeric: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-position: normal; font-variant-emoji: normal; font-style: normal; white-space-collapse: preserve; line-height: 14px; font-family: Arial, Arial_EmbeddedFont, Arial_MSFontService, sans-serif;" xml:lang="PT-BR">As cinco pessoas,<a class="Hyperlink SCXW191183425 BCX0" href="https://opopular.com.br/cidades/acidente-entre-carro-e-carreta-deixa-cinco-mortos-na-go-346-1.3213501" rel="noreferrer noopener" style="-webkit-user-drag: none; -webkit-tap-highlight-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; font-family: &quot;Segoe UI&quot;, &quot;Segoe UI Web&quot;, Arial, Verdana, sans-serif; white-space-collapse: preserve; text-decoration-line: none; color: inherit;" target="_blank"><span class="TextRun Underlined SCXW191183425 BCX0" data-contrast="none" lang="PT-BR" style="-webkit-user-drag: none; -webkit-tap-highlight-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; font-variant-numeric: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-position: normal; font-variant-emoji: normal; color: rgb(7, 130, 193); font-size: 9pt; font-style: normal; text-decoration-line: underline; line-height: 14px; font-family: Arial, Arial_EmbeddedFont, Arial_MSFontService, sans-serif;" xml:lang="PT-BR">&nbsp;que morreram em um acidente em Cabeceiras</a><span class="TextRun SCXW191183425 BCX0" data-contrast="none" lang="PT-BR" style="font-size: 9pt; -webkit-user-drag: none; -webkit-tap-highlight-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; font-variant-numeric: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-position: normal; font-variant-emoji: normal; font-style: normal; white-space-collapse: preserve; line-height: 14px; font-family: Arial, Arial_EmbeddedFont, Arial_MSFontService, sans-serif;" xml:lang="PT-BR">, no Entorno do Distrito Federal, eram da mesma família e viajavam para passar o Natal na casa de familiares em Minas Gerais. A informação foi confirmada ao&nbsp;<span class="TextRun SCXW191183425 BCX0" data-contrast="none" lang="PT-BR" style="font-size: 9pt; -webkit-user-drag: none; -webkit-tap-highlight-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; font-variant-numeric: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-position: normal; font-variant-emoji: normal; font-style: normal; white-space-collapse: preserve; line-height: 14px; font-family: Arial, Arial_EmbeddedFont, Arial_MSFontService, sans-serif; font-weight: bold;" xml:lang="PT-BR">POPULAR<span class="TextRun SCXW191183425 BCX0" data-contrast="none" lang="PT-BR" style="font-size: 9pt; -webkit-user-drag: none; -webkit-tap-highlight-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; font-variant-numeric: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-position: normal; font-variant-emoji: normal; font-style: normal; white-space-collapse: preserve; line-height: 14px; font-family: Arial, Arial_EmbeddedFont, Arial_MSFontService, sans-serif;" xml:lang="PT-BR">&nbsp;por uma amiga de infância do homem que dirigia o carro. As vítimas são pai, filho, marido, irmão e nora.&nbsp;&nbsp;<span class="EOP SCXW191183425 BCX0" data-ccp-props="{&quot;134233117&quot;:false,&quot;134233118&quot;:false,&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:1,&quot;335551620&quot;:1,&quot;335559738&quot;:0,&quot;335559739&quot;:180,&quot;335559740&quot;:240}" style="font-size: 9pt; -webkit-user-drag: none; -webkit-tap-highlight-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; white-space-collapse: preserve; line-height: 14px; font-family: Arial, Arial_EmbeddedFont, Arial_MSFontService, sans-serif;">&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

<cite>Elias Rodrigues de Oliveira, 48 anos, era marido de Carlos Jose da Silva, de 42. Izaias Rodrigues de Oliveira, 52,era irmão de Elias. Lucas Gabriel da Costa Rodrigues, 23, era filho de Elias e Graziela Damasceno Teixeira dos Santos, 24, era namorada de Lucas. Eles iam passar o Natal na casa da irmã do Elias em Minas Gerais", explicou&nbsp;Virlene Soares de Abadia.</cite>

Entenda o caso&nbsp;

O <a href="https://opopular.com.br/cidades/acidente-entre-carro-e-carreta-deixa-cinco-mortos-na-go-346-1.3213501" target="_blank">acidente aconteceu na tarde de segunda-feira (23),&nbsp;na GO-346</a>. De acordo com os bombeiros, o carro estourou um pneu traseiro e o motorista perdeu o controle da direção, invadiu a pista contrária e bateu de frente com uma carreta.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/acidente-entre-carro-e-carreta-deixa-cinco-mortos-na-go-346-1.3213501" style="font-size: 12px;" target="_blank">Acidente entre carro e carreta deixa cinco mortos na GO-346</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/acidente-com-tres-carros-causa-morte-na-br-452-1.3212899" style="font-size: 12px;" target="_blank">Acidente com três carros causa morte na BR-452</a></div>

Com a força do impacto, todos os ocupantes do carro sofreram politraumatismo e morreram no local devido aos ferimentos, segundo os bombeiros. Ainda não há informações sobre o velório e enterro das vítimas.

"Ainda não tem nenuma informação [sobre velórios e enterros] porque conseguiram fazer o reconhecimento dos corpos 12h desta teça-feira (24) e estão procurando uma documentação do carro", explicou Virlene.&nbsp;

O motorista da carreta não apresentava ferimentos e se recusou a ser encaminhado ao hospital. A Polícia Militar informou que&nbsp;ele realizou o teste do bafômetro, que deu negativo.&nbsp;

<h2>Sonhos</h2>

Virlene contou que Elias e Carlos sonhavam em ter a casa própria e estavam construindo há cinco anos. A previsão era que o caso ia se mudar no póximo ano. "Estavam construindo há cinco anos e estava previsto para eles mudarem para a casa deles", afirmou.

Já o casal, Lucas e Graziela, eram estudantes da Universidade Federal de Catalão (UFCAT) que publicou uma nota sobre a morte do casal.&nbsp;"A Reitoria da UFCAT se solidariza com os amigos e familiares, bem como com os(as) professores(as), técnicos(as) e estudantes do Instituto de História e Ciências Sociais e do Instituto de Biotecnologia neste momento de dor".

<img attr-cid="policy:1.3213648" attr-version="policy:1.3213648:1735074149" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3213648/Proporção para foto do site (18).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Lucas Gabriel da Costa Rodrigues e a namorada Graziela Damasceno Teixeira dos Santos (Reprodução/Redes sociais)

Universitários

Lucas era estudante do curso de História, enquanto Graziela era estudante do curso de Psicologia. De acordo com uma amiga, Graziela era uma 'menina sonhadora' que deixa um legado.

"Dói tanto você ver uma pessoa especial partido de uma forma tão trágica, uma menina sonhadora , humilde e entre outras qualidades. Embora tenha partido, seu legado de amor e bondade continuará a nos guiar. Que o seu descanso seja sereno, e que a sua memória continue a iluminar nossas vidas”, ressaltou Amanda Gomes.

Cinco mortos em acidente na GO-346 viajavam para passar o Natal em Minas Gerais com a família, diz amiga

pneu estourou

Um acidente envolvendo um ônibus, um caminhão e um automóvel deixou 22 mortos na rodovia BR-116 na madrugada deste sábado (21) em Teófilo Otoni, no interior de Minas Gerais. O acidente ocorreu por volta das 3h30 no km 285 da rodovia, no bairro Lajinha.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, o ônibus, da empresa Entram, saiu de São Paulo com destino Jequié, na Bahia, quando um pneu estourou e o veículo invadiu a contramão da BR-116, colidindo contra uma carreta carregada de pedras. Um carro que vinha atrás também bateu no ônibus. Os três ocupantes do automóvel foram resgatados com vida.

Com a colisão, o ônibus pegou fogo. Dos 45 passageiros que havia no coletivo, 13 foram resgatados e encaminhados para hospitais da cidade.

A pista ficou totalmente interditada e não há previsão de liberação, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). Agentes no trecho orientam o trânsito local.

O governador Romeu Zema disse que determinou mobilização total para o atendimento às vítimas e suporte aos familiares no trágico acidente. Zema afirmou que as forças de segurança trabalham sem interrupção desde a madrugada e ao longo dessa manhã para atender com agilidade a ocorrência.

Disse, ainda, que colocou as aeronaves do Gabinete Militar do Governador à disposição para fazer o deslocamento das equipes de trabalho e apoio para reforçar o atendimento em Teófilo Otoni.

"Toda minha solidariedade aos familiares e amigos. Estamos trabalhando para que as famílias das vítimas sejam acolhidas para enfrentar de forma mais humanizada possível essa tragédia às vésperas do Natal, uma data tão significativa para todos", disse o governador, nas redes sociais.

O incêndio já foi controlado e os bombeiros aguardam a chegada da perícia para retirar as ferragens e ter a confirmação do número total de vítimas.

Acidente com ônibus e carreta deixa 22 mortos no interior de Minas Gerais

BR-116

POP_AbordagemPM_0812

webstories dois servidores presos

Webstories

ENFERMEIROS CELIA CAMARA PM

<div attr-cid="policy:1.3207972" attr-version="policy:1.3207972:1733675002" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3207972" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3207972', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3207972">POP_AbordagemPM_0812 (1.3207972)</a></div>

A enfermeira Fabiana Ribeiro de Sousa, envolvida em um <a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-video-mostra-quando-policial-da-mata-le-o-em-maqueiro-preso-durante-confus-o-em-maternidade-1.3207969" target="_blank">episódio de confusão na Maternidade Célia Câmara</a>, lamentou o fato ocorrido no seu ambiente de trabalho e disse que ela e o colega estão sendo injustiçados. Nas imagens de câmeras de segurança, obtidas com exclusividade pela TV Anhanguera, é possível ver o momento em que o maqueiro tenta impedir a prisão da colega e foi contido pelos policiais (assista acima).&nbsp;

<cite>Não precisava disso tudo. Era uma situação que dava para ser contornada com conversa. Estamos sendo injustiçados por conta de toda essa situação. Eu estava no meu ambiente de trabalho, prestando uma assistência que com certeza, nunca deixei a desejar. Estava prestando um serviço à comunidade e ao município que inclusive não pagou o nosso salário e o nosso 13º está atrasado”, declarou a enfermeira em entrevista à TV Anhanguera.&nbsp;</cite>

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<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">Dois servidores são presos após confusão em maternidade de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-video-mostra-quando-policial-da-mata-le-o-em-maqueiro-preso-durante-confus-o-em-maternidade-1.3207969" target="_blank">Novo vídeo mostra quando policial dá 'mata-leão' em maqueiro preso durante confusão em maternidade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/inconformado-maqueiro-diz-que-foi-tratado-como-bandido-pela-pm-e-pede-justica-1.3208075" target="_blank">Inconformado, maqueiro diz que foi tratado como bandido pela PM e pede Justiça</a></div>

O caso aconteceu na noite do dia 6 de dezembro, quando a <a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">enfermeira e o seu colega foram detidos e encaminhados para a Central de Flagrantes</a> sob as acusações de desobediência e resistência. A Polícia Militar (PM) destacou que a equipe atendeu uma ocorrência de possível omissão de socorro a uma gestante, que passava mal no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3207978" attr-version="policy:1.3207978:1733676871" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3207978" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3207978', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3207978">webstories dois servidores presos (1.3207978)</a></div>

<h2>Entenda o caso</h2>

O caso aconteceu na noite do dia 6 de dezembro,&nbsp;de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), <a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">durante a troca de plantão dos funcionários</a>, após o marido de uma gestante, classificada como de “menor gravidade”, exigir atendimento prioritário.

A PM, por meio de nota enviada ao&nbsp;POPULAR, informou que durante o atendimento da ocorrência,&nbsp;a equipe policial enfrentou resistência de alguns servidores do hospital, que se recusaram a fornecer informações essenciais para o registro dos fatos, comprometendo o andamento regular da ocorrência. E tal conduta exigiu <a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-video-mostra-quando-policial-da-mata-le-o-em-maqueiro-preso-durante-confus-o-em-maternidade-1.3207969" target="_blank">medidas adicionais por parte dos policiais para assegurar o cumprimento das determinações legais</a> e o restabelecimento da ordem&nbsp;(confira a nota ao fim do texto).

<div attr-cid="policy:1.3208266" attr-version="policy:1.3208266:1733761037" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3208266" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3208266', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3208266">Webstories (1.3208266)</a></div>

O Sindsaúde-GO classificou a abordagem policial como um episódio de violência e abuso de autoridade, durante a troca de plantão dos funcionários&nbsp;(veja nota abaixo).&nbsp;Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o delegado Rilmo Braga, da Central de Flagrantes, disse que não houve nenhum registro de reclamação, por parte dos funcionários da&nbsp;Maternidade Célia Câmara, de abuso de autoridade pelos PMs envolvidos na ocorrência.

<div attr-cid="policy:1.3207724" attr-version="policy:1.3207724:1733568215" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3207724" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3207724', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3207724">ENFERMEIROS CELIA CAMARA PM (1.3207724)</a></div>

De acordo com a Polícia Civil, com relação à enfermeira foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por desobediência, e ela foi liberada com compromisso de comparecer à audiência de custódia.&nbsp;Já contra o <a href="https://opopular.com.br/cidades/inconformado-maqueiro-diz-que-foi-tratado-como-bandido-pela-pm-e-pede-justica-1.3208075" target="_blank">maqueiro foi registrado um auto de prisão em flagrante por resistência</a> com lesão corporal. Ele só foi liberado após pagamento de fiança de um salário mínimo.

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela administração da unidade ressaltou que os funcionários seguem um rigoroso protocolo de classificação de riscos nas maternidades&nbsp;(leia a nota na íntegra ao fim do texto).&nbsp;

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Funcionários de maternidade são presos em meio à crise na Saúde em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

Nota à Imprensa do Hospital e Maternidade Célia Câmara&nbsp;

“O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) esclarece que segue rigoroso protocolo de Classificação de Risco, prestando assistência às pacientes de acordo com a urgência que cada caso exige.&nbsp; &nbsp;

A paciente citada tentou ser atendida em desacordo com o protocolo, exigindo passar à frente de outras mulheres, situação que não foi permitida pela equipe.&nbsp;&nbsp;

O HMMCC lamenta a conduta ofensiva da Polícia Militar com os profissionais que seguiam as diretrizes da assistência eficaz, respeitosa e segura, e informa que a Fundahc/UFG, gestora da unidade, acionou uma advogada criminalista para conduzir a situação.&nbsp;&nbsp;

Mesmo com a triste circustância, o hospital mantém o atendimento às pacientes que procuram a Emergência da unidade. O cuidado com a saúde da população não pode parar.&nbsp;

Assessoria de Imprensa Fundahc/UFG&nbsp;

6/12/2024”&nbsp;

Nota da Polícia Militar

“A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) informa que, na última sexta-feira (6), foi acionada para atender uma ocorrência no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, relacionada a um possível caso de omissão de socorro envolvendo uma gestante que apresentava sinais de mal-estar.

Durante o atendimento, a equipe policial enfrentou resistência de alguns servidores do hospital, que se recusaram a fornecer informações essenciais para o registro dos fatos, comprometendo o andamento regular da ocorrência. Tal conduta exigiu medidas adicionais por parte dos policiais para assegurar o cumprimento das determinações legais e o restabelecimento da ordem.&nbsp;

Diante da recusa reiterada, dois servidores foram detidos pelos crimes de desobediência e resistência, sendo conduzidos à Central Geral de Flagrantes. O transporte foi realizado em veículo institucional do hospital, sob a supervisão da equipe policial. Na delegacia, a autoridade competente analisou os depoimentos das testemunhas e os fatos apresentados, culminando na lavratura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e em uma prisão em flagrante, com o devido encaminhamento às medidas legais cabíveis.

Ressalta-se que a gestante foi prontamente conduzida à sala de cirurgia, onde outro médico da unidade realizou o parto, resultando no nascimento de uma menina em segurança, garantindo a integridade da mãe e da criança.

A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e a eficiência de suas ações. Para tanto, foi instaurado um procedimento apuratório que buscará esclarecer todas as circunstâncias relacionadas aos fatos ocorridos.”&nbsp;

Nota Prefeitura de Goiânia&nbsp;

“A Prefeitura informa que está ciente da detenção de dois servidores na Maternidade Célia Câmara, ocorrida no fim da tarde desta sexta-feira, em razão de uma suposta recusa de atendimento a uma paciente.&nbsp;

A administração municipal reforça seu respeito às autoridades policiais e acompanha o caso com atenção, aguardando o desenrolar das investigações para adoção das medidas cabíveis, caso necessário.”&nbsp;&nbsp;

Nota Sindsaúde-GO

“O Sindsaúde-GO manifesta sua perplexidade e indignação diante das cenas de violência e abuso de autoridade registradas nesta sexta-feira (6), na Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, onde dois trabalhadores da saúde foram presos de forma truculenta durante a troca de plantão. As imagens chocantes retratam uma situação inadmissível e inaceitável, especialmente em um contexto no qual os profissionais da saúde já enfrentam sobrecarga de trabalho, atrasos salariais, condições precárias de atendimento e a constante falta de insumos e segurança.

De acordo com relatos de testemunhas, o episódio teve início quando uma paciente gestante, classificada como ficha verde – condição de menor gravidade e sem risco imediato à vida – chegou à unidade durante a troca de plantão. O marido da gestante, insatisfeito com o tempo de espera, acionou o assessor de um vereador, que compareceu ao local, iniciou filmagens e convocou a polícia. Quando os policiais chegaram, ignoraram os protocolos de triagem da unidade e agiram de forma autoritária e desproporcional.

O Sindsaúde se solidariza com os profissionais covardemente agredidos, lamenta profundamente o ocorrido e repudia veementemente a ação truculenta e o despreparo da polícia, que deveria agir para proteger a integridade física e emocional dos cidadãos, e não para intimidar e violentar os profissionais de saúde que dedicam suas vidas à assistência da população. A postura abusiva e desrespeitosa evidenciada no episódio não apenas fere os direitos humanos dos trabalhadores, mas também agrava a crise na saúde pública, ao desmoralizar e desvalorizar ainda mais os servidores já exaustos pelas condições degradantes enfrentadas diariamente.

É inaceitável que, em vez de serem protegidos e apoiados, os trabalhadores da saúde sejam tratados como vilões de uma crise que é resultado direto da negligência e da omissão do poder público. Principalmente, da maioria do Poder Legislativo, que foi conivente com a incompetência do poder executivo e sempre barganhou cargos e mercadejou com o sofrimento e dor das pessoas que utilizam o sistema público de saúde. É preciso identificar e punir o assessor e o vereador que tentaram fazer tráfico de influência na maternidade. Isso é inadmissível!

O Sindsaúde tem denunciado reiteradamente a falta de segurança nas unidades de saúde, onde servidores têm sido vítimas de agressões, assaltos e até estupros. Onde estava a polícia e os vereadores que sempre se omitiram? O que se presenciou hoje, no entanto, ultrapassou todos os limites: o uso do aparato estatal de forma abusiva e autoritária contra trabalhadores que apenas cumprem seu dever dentro das condições possíveis.

O Sindsaúde exige uma apuração rigorosa e transparente do caso e responsabilização dos envolvidos no abuso de poder. Reiteramos nosso compromisso em defender os trabalhadores da saúde e cobrar das autoridades uma atuação ética, justa e respeitosa, que garanta a segurança e a dignidade desses profissionais. Seguiremos acompanhando o caso de perto e tomaremos todas as medidas necessárias para que a justiça seja feita.”&nbsp;

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Enfermeira diz que confusão poderia ter sido evitada com diálogo (Reprodução/TV Anhanguera)

Enfermeira diz que confusão poderia ter sido evitada e afirma: 'Estamos sendo injustiçados'

CRISE NA SAÚDE

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Um vídeo obtido com exclusividade pela TV Anhanguera mostra quando policial dá 'mata-leão' em <a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">maqueiro preso por desobediência após uma confusão na Maternidade Célia Câmara</a>, em Goiânia (assista acima). Nas imagens é possível ver o momento em que o maqueiro teria tentado impedir a prisão da colega e foi contido pelos policiais.&nbsp;

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O caso aconteceu na noite da última sexta-feira (6), quando dois servidores foram detidos e encaminhados para a Central de Flagrantes sob as acusações de desobediência e resistência. A Polícia Militar (PM) destacou que a equipe atendeu uma ocorrência de possível omissão de socorro a uma gestante que passava mal no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara.

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De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), a confusão começou após o marido de uma gestante, classificada como de “menor gravidade”, exigir atendimento prioritário.&nbsp; O Sindsaúde-GO classificou a abordagem policial como um episódio de violência e abuso de autoridade, durante a troca de plantão dos funcionários (veja nota ao final do texto).

A PM, por meio de nota enviada ao POPULAR, informou que durante o atendimento da ocorrência,&nbsp;a equipe policial enfrentou resistência de alguns servidores do hospital, que se recusaram a fornecer informações essenciais para o registro dos fatos, comprometendo o andamento regular da ocorrência. E tal conduta exigiu medidas adicionais por parte dos policiais para assegurar o cumprimento das determinações legais e o restabelecimento da ordem&nbsp;(confira a nota ao fim do texto)

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688" target="_blank">Dois servidores são presos após confusão em maternidade de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-fala-em-colapso-ao-avaliar-uma-intervenc-o-na-saude-1.3207697" target="_blank">Mabel fala em "colapso" ao avaliar uma intervenção na Saúde</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-go-pede-intervenc-o-do-estado-na-area-da-saude-de-goiania-1.3207484" target="_blank">MP-GO pede intervenção do Estado na área da Saúde de Goiânia</a></div>

&nbsp;

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela administração da unidade, revelou que foram detidos uma enfermeira e um maqueiro. A instituição ressaltou que eles seguem um rigoroso protocolo de classificação de riscos nas maternidades (leia a nota na íntegra ao fim do texto).&nbsp;A reportagem não conseguiu contato com os funcionários até a última atualização deste texto.&nbsp; 
 
Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o delegado Rilmo Braga, da Central de Flagrantes, disse que não houve nenhum registro de reclamação, por parte dos funcionários da&nbsp;Maternidade Célia Câmara, de abuso de autoridade pelos PMs envolvidos na ocorrência.

De acordo com a Polícia Civil, com relação à enfermeira foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por desobediência, e ela foi liberada com compromisso de comparecer à audiência de custódia.&nbsp;

Já contra o maqueiro foi registrado um auto de prisão em flagrante por resistência com lesão corporal. Ele só foi liberado após pagamento de fiança de um salário mínimo.

<img attr-cid="policy:1.3207973" attr-version="policy:1.3207973:1733675998" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3207973/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Funcionários de maternidade são presos em meio à crise na Saúde em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

Nota à Imprensa do Hospital e Maternidade Célia Câmara&nbsp;

“O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) esclarece que segue rigoroso protocolo de Classificação de Risco, prestando assistência às pacientes de acordo com a urgência que cada caso exige.&nbsp; &nbsp;

A paciente citada tentou ser atendida em desacordo com o protocolo, exigindo passar à frente de outras mulheres, situação que não foi permitida pela equipe.&nbsp;&nbsp;

O HMMCC lamenta a conduta ofensiva da Polícia Militar com os profissionais que seguiam as diretrizes da assistência eficaz, respeitosa e segura, e informa que a Fundahc/UFG, gestora da unidade, acionou uma advogada criminalista para conduzir a situação.&nbsp;&nbsp;

Mesmo com a triste circustância, o hospital mantém o atendimento às pacientes que procuram a Emergência da unidade. O cuidado com a saúde da população não pode parar.&nbsp;

Assessoria de Imprensa Fundahc/UFG&nbsp;

6/12/2024”&nbsp;

Nota da Polícia Militar

“A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) informa que, na última sexta-feira (6), foi acionada para atender uma ocorrência no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, relacionada a um possível caso de omissão de socorro envolvendo uma gestante que apresentava sinais de mal-estar.

Durante o atendimento, a equipe policial enfrentou resistência de alguns servidores do hospital, que se recusaram a fornecer informações essenciais para o registro dos fatos, comprometendo o andamento regular da ocorrência. Tal conduta exigiu medidas adicionais por parte dos policiais para assegurar o cumprimento das determinações legais e o restabelecimento da ordem.&nbsp;

Diante da recusa reiterada, dois servidores foram detidos pelos crimes de desobediência e resistência, sendo conduzidos à Central Geral de Flagrantes. O transporte foi realizado em veículo institucional do hospital, sob a supervisão da equipe policial. Na delegacia, a autoridade competente analisou os depoimentos das testemunhas e os fatos apresentados, culminando na lavratura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e em uma prisão em flagrante, com o devido encaminhamento às medidas legais cabíveis.

Ressalta-se que a gestante foi prontamente conduzida à sala de cirurgia, onde outro médico da unidade realizou o parto, resultando no nascimento de uma menina em segurança, garantindo a integridade da mãe e da criança.

A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e a eficiência de suas ações. Para tanto, foi instaurado um procedimento apuratório que buscará esclarecer todas as circunstâncias relacionadas aos fatos ocorridos.”&nbsp;

Nota Prefeitura de Goiânia&nbsp;

“A Prefeitura informa que está ciente da detenção de dois servidores na Maternidade Célia Câmara, ocorrida no fim da tarde desta sexta-feira, em razão de uma suposta recusa de atendimento a uma paciente.&nbsp;

A administração municipal reforça seu respeito às autoridades policiais e acompanha o caso com atenção, aguardando o desenrolar das investigações para adoção das medidas cabíveis, caso necessário.”&nbsp;&nbsp;

Nota Sindsaúde-GO

“O Sindsaúde-GO manifesta sua perplexidade e indignação diante das cenas de violência e abuso de autoridade registradas nesta sexta-feira (6), na Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, onde dois trabalhadores da saúde foram presos de forma truculenta durante a troca de plantão. As imagens chocantes retratam uma situação inadmissível e inaceitável, especialmente em um contexto no qual os profissionais da saúde já enfrentam sobrecarga de trabalho, atrasos salariais, condições precárias de atendimento e a constante falta de insumos e segurança.

De acordo com relatos de testemunhas, o episódio teve início quando uma paciente gestante, classificada como ficha verde – condição de menor gravidade e sem risco imediato à vida – chegou à unidade durante a troca de plantão. O marido da gestante, insatisfeito com o tempo de espera, acionou o assessor de um vereador, que compareceu ao local, iniciou filmagens e convocou a polícia. Quando os policiais chegaram, ignoraram os protocolos de triagem da unidade e agiram de forma autoritária e desproporcional.

O Sindsaúde se solidariza com os profissionais covardemente agredidos, lamenta profundamente o ocorrido e repudia veementemente a ação truculenta e o despreparo da polícia, que deveria agir para proteger a integridade física e emocional dos cidadãos, e não para intimidar e violentar os profissionais de saúde que dedicam suas vidas à assistência da população. A postura abusiva e desrespeitosa evidenciada no episódio não apenas fere os direitos humanos dos trabalhadores, mas também agrava a crise na saúde pública, ao desmoralizar e desvalorizar ainda mais os servidores já exaustos pelas condições degradantes enfrentadas diariamente.

É inaceitável que, em vez de serem protegidos e apoiados, os trabalhadores da saúde sejam tratados como vilões de uma crise que é resultado direto da negligência e da omissão do poder público. Principalmente, da maioria do Poder Legislativo, que foi conivente com a incompetência do poder executivo e sempre barganhou cargos e mercadejou com o sofrimento e dor das pessoas que utilizam o sistema público de saúde. É preciso identificar e punir o assessor e o vereador que tentaram fazer tráfico de influência na maternidade. Isso é inadmissível!

O Sindsaúde tem denunciado reiteradamente a falta de segurança nas unidades de saúde, onde servidores têm sido vítimas de agressões, assaltos e até estupros. Onde estava a polícia e os vereadores que sempre se omitiram? O que se presenciou hoje, no entanto, ultrapassou todos os limites: o uso do aparato estatal de forma abusiva e autoritária contra trabalhadores que apenas cumprem seu dever dentro das condições possíveis.

O Sindsaúde exige uma apuração rigorosa e transparente do caso e responsabilização dos envolvidos no abuso de poder. Reiteramos nosso compromisso em defender os trabalhadores da saúde e cobrar das autoridades uma atuação ética, justa e respeitosa, que garanta a segurança e a dignidade desses profissionais. Seguiremos acompanhando o caso de perto e tomaremos todas as medidas necessárias para que a justiça seja feita.”&nbsp;&nbsp;