Quem precisa acionar o resgate de animais silvestres em Goiânia pode enfrentar dificuldades para conseguir atendimento. O caso de um filhote de arara-canindé que caiu do ninho no Parque Amazônia, mostrado pelo Bom Dia Goiás, expôs um problema recorrente: nem mesmo entre os órgãos ambientais e de salvamento há clareza sobre de quem é a responsabilidade e qual deve ser o fluxo de atendimento quando um animal é encontrado por moradores. O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) informou que atua “dependendo da situação”, especialmente em casos de risco imediato para o animal ou para as pessoas. O atendimento é avaliado caso a caso pelos operadores da corporação, mas a instituição não detalhou quais são os critérios específicos utilizados nem em quais circunstâncias o resgate é negado. Muitas pessoas também procuram a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), mas a reportagem apurou que não há previsão no regimento interno para que o órgão realize resgates de fauna silvestre. Segundo a própria agência, a Amma não faz captura de animais de vida livre — prática considerada crime ambiental. O atendimento municipal se restringe a acolher animais feridos ou debilitados que possam ser encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).