Um grupo suspeito de praticar crimes em contratações realizadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), no ano de 2018, sobretudo na área de prestação de serviços de radiologia e imagem, á alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF). Há oito mandados de busca e apreensão em Brasília e em Goiânia.Quatro ordens judiciais estão sendo cumpridas no Distrito Federal em residências dos servidores do IGESDF que atuaram na contratação; em endereços vinculados à empresa contratada e a outras empresas ligadas a ela e os outros quatro na capital goiana.A Polícia Civil informou que as investigações tiveram inicio a partir de informações da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do Distrito Federal (Prosus/MPDFT), que atuou em parceria com o Decor, com o apoio da com apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO), para cumprimento dos mandados.De acordo com a PC, a apuração apontou que embora o Iges-DF não esteja sujeito à estrita observância da Lei Geral de Licitações e Contratos é obrigado como destinatário de recursos públicos, por regulamento próprio, a pautar-se nos princípios gerais que orientam a execução da despesa pública.Porém, a investigação demonstrou que diversos contratos apresentaram problemas na elaboração dos elementos técnicos dos atos convocatórios, como por exemplo, o fato de não especificar, de forma satisfatória, o que deveria ser fornecido ao IGESDF, ignorando por completo o princípio da economicidade.Mediante isso, os contratos propiciaram gastos bem superiores e também foi verificado aparente direcionamento do processo seletivo à empresa, que acabou sendo contratada, além de conluio entre empresas para se revezarem nas contratações.Operação Medusa, a ação recebeu esse nome em referência a uma das três irmãs górgonas da mitologia grega – Esteno, Euríale e Medusa. O nome foi escolhido em razão de o Decor ter, em andamento, três investigações sobre contratações irregulares, realizadas pelo Iges-DF, no mesmo período.