Atualizada às 13h43 de 15/04/22Pai da estudante de 17 anos, que teve o corpo queimado por uma colega, de 19, no dia 31 de março, dentro do Colégio Estadual Setor Palmito, no Jardim Novo Mundo, região leste de Goiânia, foi proibido de visitar a adolescente que está internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Marcelo Areco contou ao POPULAR nesta sexta-feira (14) que sua ex-mulher foi informada pela equipe de psicologia de que ele não poderá mais entrar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade de saúde pública por ter questionado o tratamento recebido pela filha. Segundo o analista de sistemas, ele ouviu o pedido da filha para ser trocada de hospital em razão do “tratamento abrupto” que vem recebendo dentro da UTI no momento de movimentá-la na cama. A adolescente teve 49% do corpo queimado, passou por cirurgias, raspagens e transfusão de sangue e seu estado de saúde ainda é considerado grave. “Eu procurei a psicóloga, fora da UTI, questionei o assunto e disse que minha filha sente muita dor. Eu ouvi dela que isso não está acontecendo. Como ela sabe que minha filha não sente dor? Ninguém consegue responder aos nossos questionamentos. Nós, pais, ficamos nas mãos deles”, reclamou.Marcelo relatou que ao visitar a filha nesta quinta-feira (14), a mãe da adolescente ouviu da psicóloga responsável que Marcelo não poderia ir mais à UTI por estar “desestabilizando a equipe”, conforme relatou Marcelo. “Estou proibido de ver a minha filha.” Segundo o analista de sistemas, o caso foi relatado na ouvidoria do Hugol. “Eu não posso ficar sem vê-la”, disse. A adolescente, que estudava no período matutino, se transferiu para o turno noturno um mês antes do ataque da colega, que mal conhecia. A Polícia Civil concluiu que a jovem que a agrediu agiu de forma premeditada e com intenção de matar. No dia do ataque ela foi para o colégio com um vidro de álcool, isqueiro, uma faca e um canivete. “Ela esperou a vítima ir para a fila da merenda, ficar de costas e ateou fogo. Depois saiu andando tranquilamente”, afirmou a delegada Marcela Orçai. A jovem alegou que a vítima implicava com seu bronzeado. Ela foi indiciada por tentativa de homicídio triplamente qualificada.A reportagem procurou a assessoria de impensa do HUGOL. Em resposta nesta sexta-feira (15) o hospital informou que "o pai será orientado a respeito da visita. Foi uma situaçao pontual."