Duas licitações milionárias da Prefeitura de Goiânia receberam pareceres negativos do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), sendo que em um dos casos - o que terceiriza a Área Azul com valor estimado de receita à empresa em R$ 233 milhões por 10 anos - a equipe técnica do órgão apontou uma série de irregularidades que culminou em um pedido de anulação do procedimento. Na outra licitação, a que trata da digitalização do arquivo físico de documentos do Paço Municipal por R$ 48,5 milhões, o tribunal recomenda mudanças no edital para que ele possa prosseguir. A Prefeitura tenta desde 2017 terceirizar o serviço de estacionamento público rotativo na capital, o chamado Área Azul. O edital mais recente, lançado em maio do ano passado e questionado pelo TCM-GO após denúncia de uma empresa, previa a substituição do sistema atual, no qual o motorista adquire um talão em papel, por um digital, com receita líquida estimada à vencedora em torno de R$ 17 milhões em 10 anos de contrato. O edital também apontava que o número de vagas pagas iria quadruplicar em dois anos.