O aumento no número de nomeações para cargos comissionados na Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) a partir de abril deste ano coincide com a indicação no mesmo período de pessoas que mantém entre si relação de parentesco e ligação com políticos que disputam as eleições em outubro. Levantamento feito pelo POPULAR identificou pelo menos três casos envolvendo ao todo sete pessoas e o pagamento de R$ 49,8 mil em salários brutos no mês de agosto.<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/n%C3%BAmero-de-comissionados-na-comurg-cresce-135-7-em-1-ano-1.2531887" target="_blank">Na segunda-feira (19), O POPULAR mostrou que aumentou de 140 para 330 o número de comissionados trabalhando na Comurg, sendo que 69,7% deles foram nomeados para os respectivos cargos neste ano</a>. Além disso, a partir de abril, houve um crescimento no número de nomeados por mês, sendo que a partir de junho foram mais de cem. Seis das sete nomeações identificadas pelo POPULAR para esta reportagem ocorreram entre os dias 12 e 15 de julho.Um dos casos é do superintendente de Urbanismo da Comurg, Elton Vinicius de Souza Carmo, nomeado para o cargo no dia 9 de junho. Pouco mais de um mês, no dia 12 de julho, foram contratados também como comissionados a esposa de Elton, Diescika Lorrane Pereira, e o cunhado, João Victor Delmondes Pereira. Na folha de pagamento de agosto da Comurg, Elton aparece com o salário bruto de R$ 15 mil, enquanto Diescika e João Victor, com R$ 8,1 mil.Em seus perfis no Instagram, os três fazem campanha para o vereador Clécio Alves (Republicanos), que tenta uma vaga na Assembleia Legislativa. Antes de ir para a Comurg, Elton estava lotado em um cargo comissionado na Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) de Goiânia, presidida por Luan Alves, que é filho de Clécio. Elton também tem outras passagens por cargos comissionados na Prefeitura na gestão passada.Nesta terça-feira (20), Elton fechou seu perfil no Instagram e apagou oito fotos. Diescika tirou da bio de seu perfil a informação que é personal trainer. Já João Victor mudou a do perfil, que antes tinha ele ao lado do vereador com o número de campanha dele. Agora é uma dele com uma bebida na frente. Após O POPULAR entrar em contato com João Victor, este bloqueou o perfil para acesso ao repórter.O vencimento inicial de Elton na Comurg é de R$ 2,6 mil, enquanto o da esposa e do cunhado é de R$ 1,6 mil. No entanto, os três recebem gratificações pelo cargo comissionado. No caso de ocuparem comissões da companhia, pode haver uma gratificação por isso também. Na Amma, onde ficou por um ano e dois meses, Elton recebia em torno de R$ 6,8 mil sem os descontos.Diescika foi nomeada para um cargo de assessoria na presidência da Comurg, enquanto João Victor foi escalado para uma vaga na Diretoria de Limpeza Pública. Ambos apresentam os mesmos vencimentos e os mesmos valores para gratificações na folha de agosto.Outro caso identificado pelo POPULAR envolve Victor Maurício Beraldo e Gustavo Filipe Beraldo, ambos nomeados no mesmo dia, 12 de julho, assim como Diescika e João Victor. Entretanto, o salário de Victor e Gustavo é um menor que o dos irmãos: em agosto, eles tiveram como vencimento inicial em torno de R$ 1,3 mil e como salário bruto – incluindo as gratificações – R$ 2,6 mil.Em uma postagem nas redes sociais, Victor se identifica como tio de Gustavo. E ambos têm uma relação familiar com pelo menos uma pessoa que trabalha como cabo eleitoral do vereador Clécio Alves. Victor foi nomeado para um cargo de assessor na Gerência de Compras da Comurg, enquanto Gustavo está lotado na corregedoria da companhia.Já Lucas Campos Sales e Matheus Campos Sales, além do mesmo sobrenome, também foram nomeados no mesmo dia, 15 de julho, com os mesmos salários – tanto vencimento como gratificação. Lucas atuou como assessor do deputado estadual Charles Bento (MDB), que tenta a reeleição. Já Matheus estava lotado na Câmara Municipal antes de conseguir o cargo na Comurg.Lucas foi colocado em um cargo na corregedoria interna, enquanto Matheus responde como servidor da Assessoria de Assuntos Comunitários. O vencimento inicial é de R$ 1,4 mil, mas com as gratificações vai para R$ 6,4 mil.No perfil deles no Instagram, há uma imagem com o número de campanha de Charles Bento nestas eleições. O deputado nega ter qualquer envolvimento na indicação deles, diz que não conhece Matheus e sugere que o uso do número no perfil deles pode ser por gratidão.A reportagem deixou mensagens nas redes sociais de todos os citados nesta reportagem, mas nenhum deles retornou. O vereador Clécio Alves foi procurado, chegou a visualizar a mensagem deixada em seu WhatsApp, mas não atendeu as ligações nem deu resposta.Presidência exonera sete citados na reportagemO presidente da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), Alisson Borges Silva, exonerou no final da tarde desta terça-feira (20) cinco dos sete nomes levantados pelo POPULAR após a reportagem entrar em contato com a companhia perguntando sobre as nomeações. Um outro servidor comissionado, cujo sobrenome é o mesmo do diretor administrativo e financeiro da Comurg, citado nas mesmas perguntas feitas pelo jornal, também foi exonerado. O motivo das exonerações teria sido o parentesco entre os envolvidos descoberto pela reportagem.Em nota ao POPULAR, o presidente afirmou que identificou também “outros casos” além dos citados pelo jornal e fez mais exonerações, entretanto, sem citar nomes ou números. “Essa atitude, motivada pela participação importante da imprensa, na busca pelos esclarecimentos e por apontar as falhas e problemas que a Comurg, historicamente acumula, é fundamental para que a companhia consiga trilhar o caminho de recuperação e de consolidação das ações de compliance que está implantando”, afirmou Alisson ao jornal.Foram exonerados Victor Maurício Beraldo, Gustavo Filipe Beraldo, João Victor Delmondes Pereira, Diescika Lorrane Pereira, Matheus Campos Sales e Lucas Campos Sales. A presidência da Comurg encaminhou uma cópia do ofício de exoneração dos seis.&nbsp;Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/n%C3%BAmero-de-comissionados-na-comurg-cresce-135-7-em-1-ano-1.2531887" target="_blank">-&nbsp;Número de comissionados na Comurg cresce 135,7% em 1 ano</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/secretaria-de-goi%C3%A2nia-substitui-m%C3%A3e-por-filho-em-cargo-comissionado-1.2517115" target="_blank">-&nbsp;Secretaria de Goiânia substitui mãe por filho em cargo comissionado</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/prefeitura-de-goi%C3%A2nia-coloca-parentes-no-lugar-de-servidores-exonerados-1.2483479" target="_blank">-&nbsp;Prefeitura de Goiânia coloca parentes no lugar de servidores exonerados</a>Dos sete citados na reportagem, o único que aparentemente está mantido no cargo é Elton Vinicius de Souza Carmo, superintendente de Urbanismo da Comurg.O outro exonerado foi Gabriel Ribeiro Itacarambi, cujo sobrenome é o mesmo do diretor Ricardo de Souza Itacarambi. Gabriel foi nomeado no dia 3 de fevereiro e recebeu o salário bruto de R$ 3,9 mil na folha de agosto. Ele tinha um cargo de frentista na Diretoria de Logística da companhia.&nbsp;O presidente cita como motivo para as exonerações o grau de parentesco entre os citados e afirma que desconhecia tal fato. Entretanto, não respondeu outras perguntas feitas pelo POPULAR, como quais foram os critérios que levaram às nomeações, se houve indicação política, o que faziam os servidores na pasta. Também não foi dito qual a relação entre Gabriel e o diretor administrativo, que inclusive assina o ofício de exoneração.A nota foi encaminhada pela presidência da companhia, que acionou uma assessoria externa para elaborá-la. Foi a única resposta encaminhada ao jornal.Companhia fala em concurso públicoA presidência da Comurg chamou atenção na mesma nota em que fala das exonerações para um déficit de profissionais na companhia. Alisson Borges diz que enviou um ofício no dia 18 de julho ao Conselho de Administração da estatal solicitando a realização de concurso público para preenchimento de vagas. “O processo ainda está em análise e, neste período, como acontece em todas as empresas, recebeu indicação de vários profissionais, mas assume que desconhecia o grau de parentesco. Por conta disso, exonerou, tão logo foi questionado pelo Jornal O Popular e após apuração do fato”, afirmou na nota.O presidente afirma que a companhia tem atualmente 7.056 servidores e que os comissionados não representam nem 5% dos funcionários, “o que é permitido em lei”.&nbsp;“Por ser uma empresa de economia mista, entende seu papel e dever de prestar contas e apresentar seus números com o máximo de clareza.”Reportagem publicada pelo POPULAR na segunda-feira (19) mostrou que na verdade, segundo o Portal de Transparência da Prefeitura de Goiânia, o total de comissionados representa 6,2% dos servidores da Comurg e que em agosto de 2021 eram apenas 2,7%. Além disso, os comissionados respondem por 9% dos gastos com pessoal, segundo a folha do mês de agosto da companhia.Alisson diz que, desde que assumiu a presidência da estatal, em março deste ano, tem continuado o trabalho de reestruturação da gestão. “A companhia foi a primeira sociedade de economia mista, em todo o estado de Goiás, a firmar parceria no Programa Compliance nos Municípios, desenvolvido pela Controladoria Geral do Estado de Goiás (CGE). Programa que, após ser implantado na sua completude, vai mudar a cultura da Comurg para uma outra com melhores práticas de integridade.”

Parentes ligados a políticos são nomeados na Comurg

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O pagamento de trabalhadores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), referente a outubro, foi realizado nesta quinta-feira (7) - 5º dia útil do mês - e provocou reclamação entre membros da categoria pelo tratamento diferente em relação aos servidores da administração direta, que receberam o dinheiro na conta no dia 30 de outubro.

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“Sabemos que está dentro da lei. Porém, a insatisfação dos trabalhadores é que historicamente sempre houve pagamento de salários no mesmo dia que os servidores da administração direta”, disse Melquisedeque Santos de Souza, presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Goiás (Seacons), que representa os trabalhadores da companhia.

De acordo com Souza, o cenário deste mês “foi atípico”. O presidente disse que o sindicato participou de reunião na Comurg na quarta-feira (6), quando o tema foi tratado, com a promessa de pagamento nesta quinta. “Esperamos que no próximo mês seja pago no mesmo dia da administração direta”, disse Souza.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-10-anos-juiza-absolve-ex-presidentes-da-comurg-1.3195814" target="_blank">Após 10 anos, juíza absolve ex-presidentes da Comurg</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-preve-reformas-para-os-100-dias-iniciais-1.3196388" target="_blank">Mabel prevê reformas para os 100 dias iniciais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/forca-tarefa-aprofunda-trabalho-em-areas-de-risco-de-goiania-1.3195827" target="_blank">Força-tarefa aprofunda trabalho em áreas de risco de Goiânia</a></div>

Em outubro, a folha de pessoal da Comurg teve um total de R$ 30,7 milhões. A informação na companhia é que o “atraso” ocorreu por problemas técnicos no envio de informações de pagamento ao banco. Reportagem publicada pelo POPULAR na edição de 28 de outubro mostrou que a falta de recursos na empresa estava afetando serviços da companhia, como poda de árvores, varrição manual de vias públicas, manutenção de canteiros e praças e obras.

<h2>Contexto</h2>

O temor relacionado ao atraso no pagamento tem rondado servidores da Prefeitura de Goiânia desde que o prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), mencionou a possibilidade para os meses de novembro e dezembro, no contexto de dificuldades financeiras enfrentadas pela gestão. O prefeito Rogério Cruz (SD) já rebateu o comentário, afirmando que as folhas dos próximos meses serão pagas por ele.

Em nota, a Prefeitura destacou que a atual gestão municipal tem realizado o pagamento dos servidores da administração direta em dia, assegurando o crédito salarial sempre antes do encerramento do mês trabalhado. “A administração reforça que seu compromisso é honrar os pagamentos dentro do mês trabalhado, garantindo previsibilidade e tranquilidade aos servidores”, afirmou.

Quanto ao caso da Comurg, a Prefeitura destacou que o pagamento é realizado pela própria companhia e foi feito no 5º dia útil do mês.“ (...) o procedimento está em conformidade com a legislação e não representa uma mudança de diretriz. O pagamento para celetistas é até o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado”, disse a administração na nota.

A preocupação da futura gestão com a folha de pagamento foi expressa nesta quinta por Valdivino Oliveira, membro da comissão de transição de Mabel, à jornalista Fabiana Pulcineli, no programa Papo Político, da CBN Goiânia. Embora Mabel tenha afirmado que os membros da comissão não são necessariamente aqueles que ele escolherá para o secretariado, Oliveira é visto como um dos nomes mais cotados para comandar a Secretaria Municipal de Finanças (ele é economista e já esteve à frente de pastas desta área tanto na capital quanto no estado de Goiás e outras cidades).

Na entrevista, ao analisar a situação financeira da Prefeitura, Oliveira disse que, em sua experiência, já viu “coisa pior” e que “no setor público, nada assusta”. “A única coisa que assusta a gente é se funcionários ficarem sem receber. Aí, não tem ambiente de trabalho. A única coisa que mete medo assim é… será que o prefeito vai entregar com todas as folhas pagas? Ele disse que vai entregar com todas as folhas pagas e a gente acredita nele”, disse Oliveira.

Falta de isonomia é criticada por servidores da Comurg

Política

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Prefeitura de Goiânia

Primeiras definições

Mabel cria plano para primeiros 100 dias

O planejamento para os cem primeiro dias de mandato, a redução da estrutura administrativa do Paço Municipal e o “choque de gestão” na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) foram foco da primeira reunião do prefeito eleito de Goiânia, o ex-deputado federal Sandro Mabel (UB), com a sua equipe de transição, na noite de terça-feira (7). No encontro, de quase 7 horas, Mabel sinalizou para algumas das prioridades (veja quadro) para o início da gestão, em janeiro.

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Nesta quarta-feira (6), o prefeito eleito foi a Brasília para reuniões em três ministérios - Educação, Saúde e Desenvolvimento Regional - em busca de recursos para 48 projetos. A maior parte deles tem inclusão no plano para cem dias, especialmente melhorias em unidades de saúde e maior oferta de mais vagas da rede de ensino.

Mabel também participou de treinamento para prefeitos eleitos promovido pela Fundação Índigo, braço de formação e pensamento do União Brasil. Conforme antecipou o POPULAR nesta quarta, o futuro prefeito viajará a Londres (Inglaterra), dos dias 16 a 20 de novembro, como parte dos eventos promovidos pelo partido.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mdb-se-divide-sobre-disputar-presidencia-da-casa-com-policarpo-1.3196386" target="_blank">MDB se divide sobre disputar presidência da Casa com Policarpo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/goiania-e-unica-capital-fora-do-escola-em-tempo-integral-1.3196384" target="_top">Goiânia é única capital fora do Escola em Tempo Integral</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-vai-a-londres-em-treinamento-do-uni-o-brasil-para-novos-prefeitos-1.3196012" target="_blank">Mabel vai a Londres em treinamento do União Brasil para novos prefeitos</a></div>

A reunião de Mabel com auxiliares de sua transição ocorre paralelamente aos trabalhos da comissão definida em conjunto por ele e pelo atual prefeito Rogério Cruz (SD). No encontro, que começou às 17 horas, na Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), havia 129 ítens na pauta. Ao chegar em 80, uma nova reunião foi agendada para a manhã de sábado (9).

Além dos 14 integrantes que o prefeito eleito indicou para a comissão, também participaram outros técnicos convidados por Mabel.

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A equipe indicada por Cruz tem prazo até 11 de novembro para o envio de documentos solicitados pelo grupo da futura gestão.

No planejamento para os cem primeiros dias, estão previstas medidas relacionadas a compromissos de campanha feitos pelo ex-deputado, mas também houve a inclusão de novos pontos. A expansão de vagas em centros municipais de educação infantil (Cmeis), o atendimento pediátrico nas unidades e a regulamentação das feiras estão entre as promessas incluídas.

A intenção do grupo é enviar o projeto de lei da reforma administrativa à Câmara de Goiânia ainda este ano, como ocorreu na transição de 2020, quando o então prefeito Iris Rezende (MDB) enviou ao Legislativo a proposta feita pela equipe do prefeito eleito Maguito Vilela (MDB).

O presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), faz parte da comissão de transição, nomeado por Mabel, e tem dito nas reuniões não ver dificuldades na aprovação ainda este ano.

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Além de reduzir a estrutura administrativa, com junção de secretarias e redução de níveis de hierarquia, o prefeito eleito também já antecipou que pretende estabelecer um sistema de meritocracia para pagamento de gratificações a servidores. Mabel também deixa claro o seu perfil centralizador, repetindo que pretende cuidar pessoalmente de algumas áreas e acompanhar muito de perto outras.

<h2>Viagem</h2>

Mabel participou nesta quarta de um ciclo de palestras para 140 dos 591 prefeitos eleitos do partido nas maiores cidades do País, promovido pela Índigo, que é presidida pelo ex-prefeito de Salvador (BA) ACM Neto. O evento foi chamado de “Prefeito de Sucesso”.

O treinamento é focado em definição de planejamento estratégico, medidas de transição e gestão pública. A previsão é que o governador Ronaldo Caiado, pré-candidato à Presidência da República pelo UB, faça o encerramento do evento, nesta quinta-feira (7).

Dos participantes do treinamento, 15 prefeitos foram escolhidos para a agenda internacional organizada pela entidade. Mabel disse que resistiu ao convite porque está focado nas reuniões de transição, mas que o partido insistiu na presença. “Não queria ir porque estamos muito atarefados, mas como o partido insistiu, achei por bem participar”, afirmou.

A fundação informou que a intenção é que os futuros prefeitos conheçam programas bem-sucedidos desenvolvidos na capital inglesa, com agenda que inclui visitas a instituições públicas e privadas, encontros com lideranças governamentais e dirigentes empresariais.

Mabel prevê reformas para os 100 dias iniciais

A Justiça estadual absolveu <a href="https://opopular.com.br/cidades/juiz-considera-locac-o-prejudicial-1.518050" target="_blank">os ex-presidentes da Companhia Municipal de Urbanização</a> (Comurg), Luciano Henrique de Castro e Paulo de Tarso Batista, além do ex-diretor administrativo-financeiro da companhia, Paulo César Fornazier, e as empresas Lopac Locadora de Veículos e Metropolitana Serviços Ambientes, da acusação de improbidade administrativa por irregularidades na locação de 54 caminhões compactadores de lixo em 2012. A ação foi proposta pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) há mais de dez anos e a acusação é de que a medida adotada pela estatal causara um prejuízo de quase R$ 19 milhões aos cofres públicos.

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A decisão da juíza Simone Monteiro, da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos de Goiânia, favorável aos réus, se vale das alterações oriundas com a nova Lei da Improbidade Administrativa (Lei Federal nº 14.320/2021), que exige a comprovação de que os acusados agiram com má-fé na clara intenção de desviar recursos públicos. Segundo a magistrada, o MP-GO não conseguiu fazer esta comprovação nos autos.

“Percebe-se que os documentos colacionados aos autos se prestam tão somente a demonstrar a existência de indícios de irregularidades na contratação, porém, sem força suficiente para embasar a condenação dos réus pela grave prática dos atos de improbidade administrativa que lhes são imputados, pois não há comprovação mínima do dolo específico em atingir os objetivos ilícitos”, escreveu Simone em sua decisão, no dia 4 de novembro.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-diz-que-vai-reduzir-decorac-o-da-natal-para-cortar-gastos-1.3195604" target="_blank">Prefeitura de Goiânia diz que vai reduzir decoração da Natal para cortar gastos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goiano-vira-heroi-ao-conter-passageiro-que-tentou-abrir-porta-de-avi-o-durante-voo-video-1.3195574" target="_blank">Goiano vira 'herói' ao conter passageiro que tentou abrir porta de avião durante voo; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-deve-ter-chuva-intensa-e-ventos-de-ate-100-km-h-diz-inmet-veja-areas-que-ser-o-mais-atingidas-1.3195544" target="_blank">Goiás deve ter chuva intensa e ventos de até 100 km/h, diz Inmet; veja áreas que serão mais atingidas</a></div>

O MPGO afirmava que Luciano Henrique e Paulo César, quando estavam na direção da Comurg em 2012, fabricaram uma situação de emergência ao não dar início a um procedimento licitatório para compra de novos caminhões e, assim, justificar a locação de forma emergencial dos veículos junto à Lopac e à Metropolitana. Ainda segundo a acusação, a situação irregular teria sido mantida por Paulo de Tarso a partir de 2013, quando assumiu a presidência da companhia.

A juíza não entra no mérito sobre possíveis irregularidades, restringindo-se a dizer que “pode ser questionável a contratação com dispensa de licitação fora das hipóteses legais” e que o MPGO afirma que “houve ‘fabricação de emergência’ para justificar a celebração dos contratos e a consequente prorrogação, além do cometimento de outras infrações contratuais, como descumprimento de cláusulas que teriam resultado em enriquecimento ilícito das empresas e superfaturamento dos valores contratuais”.

<img attr-cid="policy:1.3195812" attr-version="policy:1.3195812:1730853686" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3195812/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Paulo de Tarso assumiu a Comurg em 2013 e manteve as locações(Diomício Gomes / O Popular)

Ainda segundo Simone, as contratações foram “devidamente justificadas” pelos acusados e que, se mesmo assim o MPGO tiver interesse em rediscutir os detalhes da contratação, deve formular o pleito “pela via adequada e não pugnar pela condenação dos réus pela prática de ato de improbidade, sem a presença dos elementos mínimos indicativos de conduta dolosa”.

“Negligência, má gestão pública e contratações irregulares, por si só, e sem o intuito específico de infringir a Lei de Improbidade, ensejam a reparação ou correção das irregularidade por outras vias processuais e administrativas, não sendo admissível o processamento dos réus, e sua consequente condenação, pela modalidade eleita pelo autor: ação de improbidade”, afirmou a juíza.

Simone também explica que a nova legislação implementada em 2021 deixou de prever aplicação de sanções a quem se beneficia de forma direta ou indireta da suposta improbidade, mesmo que essa seja comprovada. Com isso, a juíza não aponta se houve ou não irregularidades nas contratações, mas que o pedido formulado pelo MPGO é improcedente e que o processo deve ser extinto.

A mesma posição quanto aos ex-diretores da Comurg vale, segundo a juíza, para as empresas citadas. “O Ministério Público acabou por pedir a condenação dos réus Lopac e Metropolitana tão somente por terem se beneficiado da prática dos atos de improbidade administrativa narrados, uma vez que não restou suficientemente delimitada, e minimamente demonstrada, a prática de conduta dolosa”, afirmou. “Não pode o órgão ministerial pleitear a condenação tão somente na condição de beneficiários dos atos de improbidade, devendo explicitar a existência de conduta dolosa.”

Na época em que Luciano estava na presidência da Comurg, a empresa substituiu a frota de caminhões de lixo comprados seis anos antes por uma nova com 54 veículos alugados. Foram ao todo quatro contratos emergenciais até 2014, quando a compra foi efetivada após uma forte crise na coleta de lixo que marcou a população até hoje. A licitação para a compra de novos caminhões havia sido iniciada em 2012 e foi concluída no ano seguinte, porém a entrega demorou para ocorrer por diversas justificativas. Em abril de 2014, a Justiça chegou a acatar pedido do Ministério Público e bloqueou as finanças dos envolvidos.

Após 10 anos, juíza absolve ex-presidentes da Comurg

Justiça

Por falta de combustível e outras ferramentas de trabalho, os serviços realizados pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) têm sofrido intercorrências. Servidores apontam que o cenário tem feito com que serviços como poda de árvores, varrição manual de vias públicas, manutenção de canteiros e praças, além de obras conduzidas pela empresa, como o Cemitério Parque, fiquem praticamente paralisados. Conforme relatos feitos ao POPULAR, a situação foi agravada no início do mês e segue sem previsão de regularização.

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Na última semana, o POPULAR havia mostrado que a falta de combustível já afetava alguns dos serviços feitos pela Comurg. Os cinco ecopontos em Goiânia, localizados nos setores Faiçalville, Jardim Guanabara 2, Jardim São José, Parque Eldorado Oeste e Residencial Campos Dourados, tiveram de parar de atender ao público devido à falta do material combustor para os caminhões da Comurg que levam os rejeitos ao<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-vai-pagar-o-dobro-por-gest-o-no-aterro-sanitario-1.3182940" target="_blank"> aterro sanitário</a>. A situação causou a lotação das caçambas e baías que armazenam restos de construção civil, pneus, móveis e eletrodomésticos velhos, materiais recicláveis e restos de poda.

Na unidade do Jardim Guanabara 2, o POPULAR apurou que a falta de rodízio da caçambas tem acumulado rejeitos ao menos desde o último dia 7. Nas baías que guardam os materiais recicláveis, equipes do Consórcio Limpa Gyn estariam fazendo a remoção dos mesmos. Na prática, entretanto, a retirada e destinação final dos materiais deveria ser feita pela Comurg, visto que a terceirizada é responsável apenas pela coleta de lixo e coleta seletiva, além da remoção de entulhos. Conforme a assessoria de imprensa, o consórcio tem ajudado “eventualmente” nos ecopontos. Já a companhia diz que “toda operação nos ecopontos é da Comurg.”

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-avaliou-impacto-da-dependencia-da-comurg-ao-paco-1.3190182" target="_blank">TCM avaliou impacto da dependência da Comurg ao Paço</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/servidores-efetivos-da-comurg-perdem-gratificac-es-1.3188067" target="_blank">Servidores efetivos da Comurg perdem gratificações</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/comurg-e-8-em-ranking-da-divida-ativa-da-uni-o-1.3179348" target="_blank">Comurg é 8ª em ranking da dívida ativa da União</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-vai-pagar-o-dobro-por-gest-o-no-aterro-sanitario-1.3182940" target="_blank">Prefeitura de Goiânia vai pagar o dobro por gestão no aterro sanitário</a></div>

Ainda de acordo com a companhia, os ecopontos estão funcionando para receber resíduos recicláveis. “Quanto aos demais resíduos, a Comurg está em negociação com fornecedores de combustíveis para voltar o funcionamento 100% das unidades.” Não cita, entretanto, nenhuma previsão para a regularização dos pontos de entrega voluntária à população.

Enquanto a situação não é regularizada, entulhos se aglomeram nos arredores dos ecopontos, como é o caso do Jardim Guanabara 2. Durante o período chuvoso vivenciado na capital, o cenário é ainda mais alarmante por se tratar de possíveis focos do mosquito Aedes Aegypti, causador das doenças dengue, chicungunha e zika. Conforme o Consórcio Limpa Gyn, foram recolhidas mais de 100 mil toneladas por mês, seguindo a média das últimas duas medições feitas pela prestadora.

Durante a ronda feita pela reportagem nesta semana, a reclamação de servidores foi unânime: falta combustível e material para a realização dos serviços. Por conta da ausência de logística na empresa, funcionários ficam ociosos durante a maior parte do período de trabalho. É o que se observou na sede da Comurg, localizada na Vila Aurora, onde há pontos de apoio para varrição manual, serralheria e marcenaria e obras, além da unidade no Jardim América. No local, saem trabalhadores da poda de árvore e da pintura de meio-fio. No viveiro da Vila Redenção, onde são produzidas mudas para canteiros e praças, o cenário é o mesmo.

Servidores da poda de árvores comentaram que o serviço tem sido realizado de forma emergencial, ou seja, quando há risco à população. Já as podas feitas de forma preventiva, especialmente no período chuvoso, não estariam sendo feitas diante da falta de combustível para os veículos que levam os trabalhadores aos pontos de trabalho. A Comurg, por outro lado, garante que tem feito normalmente as atividades de poda preventiva. “Por mês, a Comurg faz a poda preventiva em cerca de 5.600 árvores de pequeno, médio e grande porte. De janeiro a setembro de 2024 foram podadas 56.315 unidades. No mesmo período de 2023 foram 47.731 árvores podadas”, garante.

Sacos plásticos de lixo, enxadas e pás, uniformes e equipamentos de proteção individual (EPIs) são alguns dos materiais citados pelos servidores que estão em falta. Na manhã última segunda-feira (21), a reportagem fotográfica do POPULAR flagrou a situação em que garis tinham de fazer o trabalho na Praça Universitária, no Setor Universitário. Após a limpeza do espaço que abriga uma feira aos domingos, os rejeitos eram levados nos carrinhos de coleta e empilhados em um único local diante da falta dos sacos de lixo para serem ensacados. Por volta das 17h, os resíduos continuavam amontoados na praça.

O POPULAR questionou à Comurg o motivo da falta de combustível e de materiais aos trabalhadores. Em nota, a companhia nega qualquer paralisação dos serviços e diz que os mesmos têm seguido “normalmente, conforme programação diária”. Por outro lado, admite que “a aquisição de alguns itens estão suspensos, aguardando a conclusão de novas licitações”. Estas ferramentas que estão com a aquisição suspensa, entretanto, não são listados.

Em 8 de outubro, a Comurg rescindiu parte do contrato junto à empresa Ita Serviços Ltda, que trata do fornecimento de veículos e motoristas. O documento, publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do último dia 16, reduz 21 veículos e equipamentos, além de 42 motoristas. Desta forma, o contrato permaneceu com o fornecimento de 143 veículos e equipamentos e 136 profissionais. Conforme a companhia, a medida foi tomada pois “com a transição de alguns serviços para o Consórcio LimpaGyn, alguns equipamentos e veículos foram devolvidos, por não ter mais a necessidade de manter o aluguel.”

<h2>Obras seguem paradas</h2>

Além dos serviços rotineiros feitos pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), as obras conduzidas pela empresa também não têm tido grandes avanços. No Cemitério Municipal Parque, localizado no Setor Gentil Meireles, a reforma “geral e adequação elétrica, estrutural, hidráulica e arquitetônica” teve início em outubro de 2022, com previsão para ser entregue em seis meses. Até agora, apenas o muro foi erguido, mas ainda não foi finalizado.&nbsp;

O terceiro aditivo foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 2 de maio, prorrogando, novamente, o contrato junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), com valor total de R$ 5,8 milhões. Desta vez, com prazo para outubro deste ano. Passado o período, ainda não há previsão para quando a obra será entregue.

Após dois anos de obras, a companhia aponta já ter finalizado 51% da intervenção no Cemitério Parque. Após “Atualmente, aguarda a conclusão de licitações para compra de materiais. Com o fim das licitações, a Comurg poderá retomar os trabalhos para finalizar os 49% restantes”, diz, em nota.&nbsp;

A justificativa foi a mesma encaminhada ao POPULAR em meados de setembro, quando a reportagem mostrou que intervenções que já custaram R$ 8 milhões aos cofres públicos avançavam lentamente. O valor foi o montante pago antecipadamente à Comurg antes do início dos serviços, tanto no Cemitério Parque quanto nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras).&nbsp;

Esse foi o outro contrato junto à Sedhs em que a companhia também ficou responsável pela reforma de 14 Cras. O contrato foi firmado em novembro de 2022 com valor total de R$ 10,3 milhões e um prazo inicial de 12 meses, que não foi atingido. As obras só foram iniciadas em três unidades, nos Cras Vila Redenção, Recanto do Bosque e Baliza, e em nenhuma destas foi entregue até o momento.&nbsp;

Em nota, a Comurg pondera que nenhuma das unidades foi finalizada e justifica que “a continuidade dos trabalhos também aguarda o encerramento dos processos licitatórios”. “Da mesma forma, as demais obras nos Cras terão início logo após a conclusão das respectivas licitações, sendo essa etapa essencial para a aquisição dos materiais necessários”, pontua, sem apresentar previsão de entrega.

Além dos três que tiveram a intervenção iniciada, constam no contrato a reforma nos Cras Capuava, Floresta, Jardim Curitiba 2, Jardim Colorado, Jardim Cerrado 3, Recanto das Minas Gerais, Real Conquista, Vera Cruz 2, Vila Canaã, Vila Isaura e Vila União. Em visita nas unidades em abril deste ano, o POPULAR observou a precariedade na maioria desses espaços que prestam serviços sociais à população vulnerável.