Um pastor evangélico de 57 anos e outros quatro homens foram presos, nesta segunda-feira (21), suspeitos de homicídio qualificado e ocultação de cadáver de um homem de 41, em Goiânia. O religioso, que também é PM reformado, era sócio da vítima e teria encomendado o crime por conta de divergências no negócio. Segundo a polícia, para incentivar os outros suspeitos, o pastor teria dito que o homem era um estuprador. Ele chegou a fornecer as facas para o grupo, que abordou a vítima e a esfaqueou até a morte.O crime aconteceu por volta de 2h do dia 13 de novembro, no setor JK. Conforme a Polícia Civil, que efetuou as prisões em parceria com a Polícia Militar (PM), o pastor evangélico e soldado reformado J. J. B. tinha uma sociedade com Sebastião Filho Ibiapino de Miranda em um espaço de eventos, localizado no Jardim Nova Esperança.No entanto, o pastor começou a ter divergências financeiras com o sócio, e foi quando teria decidido procurar os quatro suspeitos – J. A. S., de 18 anos; J. M. D., de 24; M. H. R. S., de 19; e J. V. L. V., também de 19 anos -, pedindo que eles matassem o desafeto.Para justificar o crime, o religioso teria dito ao grupo que Sebastião era um estuprador com 19 passagens pela polícia. Ele ainda teria “liberado” que os suspeitos ficassem com o carro da vítima após o crime.Emboscada após o cultoDe acordo com o delegado André Veloso, no dia do crime, um domingo, o pastor levou o grupo para um culto religioso e, no mesmo dia, puseram em prática o plano bolado para matar Sebastião.“Teve um culto no Morro do Mendanha e o pastor levou os quatro autores e forneceu as facas. Um deles ficou no culto e os outros, na tocaia”, detalhou Veloso. Após a celebração religiosa, os quatro, a mando do pastor, conseguiram abordar Sebastião pulando na frente do carro dele e simulando um latrocínio.A polícia apurou que todos os quatro esfaquearam a vítima até a morte, jogando o corpo em um córrego do setor JK. O cadáver foi encontrado no mesmo dia do crime, por volta das 19h50.Ainda conforme o delegado, o pastor exercia influência onde pregava, o que facilitou o convencimento dos suspeitos, que até então não tinham nenhuma passagem pela polícia.Veloso destacou ainda que não há nenhum registro de crimes sexuais contra a vítima Sebastião Ibiapino.A Polícia Civil já pediu a prisão preventiva dos cinco detidos. Eles devem responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.A reportagem tenta localizar a defesa dos suspeitos. Leia também:Jovem morre após ter 90% do corpo queimado em explosão ao abastecer aeronave, em Flores de GoiásMotociclista morre após ser atingido por moto que avançou sinalização, em Goiânia