Em abril, o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, morreu em Aquidauana (MS), no Pantanal, após ser ferido por uma onça. Foi o primeiro caso de ataque fatal de grandes felinos no Brasil em duas décadas. Mas outros quatro registros, sem óbitos, foram feitos só em 2005 no Brasil. Para discutir situações assim, que estão menos raras, começa nesta terça-feira (26) e segue até quarta (27), em Campo Grande, um evento que traz ao Brasil especialistas do mundo inteiro em felinos de grande porte. É o 1º Workshop Internacional “Conflitos com Grandes Felinos: Riscos, Causas e Soluções”, que leva até a capital sul-mato-grossense pesquisadores nacionais e também referências no assunto vindas de países como Índia, EUA, África do Sul, Bangladesh e Chile, entre outros.O Instituto Onça-Pintada (IOP), de Goiás, participa da organização do encontro e estará representado pelo biólogo Leandro Silveira, presidente e cofundador da entidade, que é referência internacional na preservação da onça-pintada. No workshop, o trabalho do IOP será destaque em temas como estratégias de coexistência, protocolos de campo e respostas a incidentes envolvendo grandes felinos.O evento tem como missão integrar ciência, políticas públicas e saberes locais na construção de soluções concretas para um dos principais desafios da conservação: o convívio seguro entre humanos e predadores de topo, como onças-pintadas, pumas, tigres e leões.