Atualizada às 11h32.A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quinta-feira (27), uma operação contra suspeitos de envolvimento em um esquema de superfaturamento de até 400% e desperdício de medicamentos na Secretaria de Saúde de Araguaína, na região Norte do Tocantins. Os policiais cumprem 12 mandados de busca e apreensão em Palmas e Araguaína (TO) e em Goiânia e Aparecida (GO).A investigação teve início após uma denúncia sobre irregularidades ocorridas no Centro Logístico da Prefeitura de Araguaína. A falta de controle nas compras de insumos e medicamentos teriam gerado perdas por vencimento dos prazos de validade de diversos produtos, além da aquisição desnecessária de diversos itens com baixa rotatividade.Dentre as irregularidades, a PF constatou o superfaturamento em diversos itens adquiridos pela secretaria, bem como a existência de produtos abaixo do preço de custo, gerando suspeitas sobre a utilização de um artifício denominado “jogo de planilha”.A operação conta com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), que também deverá realizar a análise técnica de parte do material apreendido.O nome da operação faz alusão à necessidade de doses exageradas de medicamentos para que possam produzir os efeitos desejados, fazendo analogia à aquisição em excesso de alguns insumos.Em nota, a Procuradoria de Prefeitura de Araguaína informou que o Município está tranquilo em relação à operação da Polícia Federal e que a Secretaria da Saúde e Departamento de Licitação do Município se colocaram à disposição da investigação todos os documentos solicitados.A gestão esclareceu ainda que os valores investigados é o objeto da investigação, sendo determinado inclusive pelo juiz responsável pelo caso que "as medidas devem ser cumpridas com as cautelas necessárias empregando-se meios moderados e evitando-se repercussões sociais ou interpretações dissociadas do objeto"; o que não ocorreu, segundo a Prefeitura. Conforme o órgão, os processos foram realizados obedecendo rigorosamente aos princípios da legalidade e publicidade, “como será provado ao final desta investigação”, completa.